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História Black X White - Penetras


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Olá <3

Desculpe a demora, caiu um raio na casa da minha vó e a luz apagou, depois disso a internet não queria conectar no notebook. Maaaas, eu consegui e aqui estou ^u^

Esse capítulo não está muito, muito grande, e também é o que eu chamo de “encher linguiça” :V ele não está ruim, mas ele “existe” para dar compreensão a acontecimentos mais importantes.

Bem, desculpe os erros e boa leitura <333

Capítulo 30 - Penetras


Fanfic / Fanfiction Black X White - Penetras

Shownu subia as escadas apressadamente. Son precisava encontrar Minhyuk, ele não podia encontrar com Wonho. Não é como se não quisesse que Minhyuk descobrisse a verdade logo, mas aquele não era um bom momento e nem uma boa forma. Ele ficaria arrasado.

Continuou subindo lances de escadas, por vezes pulando os degraus de dois em dois. Quando estava prestes a ir para o quarto andar, encontrou o Lee nas escadas do terceiro. Shownu parou de andar ao avista-lo. Minhyuk estava sentado no chão encostado na parede, onde as escadas quebravam e davam dois metros de piso reto, antes de se formarem degraus novamente.

Por um instante Shownu ficou congelado com a cena. Minhyuk derramava lágrimas pesadas e arfava como se não conseguisse respirar. Ele batia o punho no peito, aparentemente achando que seria suficiente para o coração parar de doer. Shownu não conseguiu mais ficar olhando sem fazer nada, e foi quando se aproximou de Lee e se agachou a sua frente. Não era uma tarefa difícil levando em conta que Minhyuk estava com as pernas encolhidas.

O primeiro a reagir, por incrível que pareça, foi Minhyuk, que levantou o rosto e fitou o mais velho.

— Você tinha razão. — Falou tão baixo que Son quase nem escutou.

Para o moreno não precisou ser dita mais nem uma palavra. Ele pôs as mãos na lateral do rosto de Minhyuk e o puxou para um abraço, sem dizer absolutamente nada. O Lee também não disse nada, apenas enlaçou os braços nas costas do maior da forma mais confortável possível e deixou as lágrimas, agora silenciosas, aguarem a camisa de Son.

.

— Eu não vou deixar você atirar nele.

— Chang, por favor… — Engoliu em seco. — Sai da frente.

— Não! — Falou firme.

Gun estava ajoelhado no chão extremamente surpreendido pela cena presenciada. Jooheon quase atirara em si e Changkyun de braços abertos o defendendo. O mais chocante e inacreditável era ver o Lim o defendendo de Jooheon, a quem Gun tinha certeza que Chang gostava.

Jooheon fechou os olhos com o cenho franzido. — Ele matou Takada. — Falou baixo, tentando controlar as próprias emoções com a comprovação do óbvio.

Por um momento Changkyun hesitou, mas permaneceu na mesma posição. — Você não sabe se foi ele.

Riu desacreditado. — Eu tenho certeza que foi ele. A bala que matou Takada é do mesmo calibre da arma desse… — Rosnou sem conseguir completar o insulto.

— Não foi ele que o matou.

— Você conhecia o Takada, como pode estar do lado dele? — Falou com certa decepção na voz.

Chang vacilou e engoliu a seco. Olhou para o corpo caído mais atrás de Jooheon e para Gun ferido ainda atordoado com tudo que estava acontecendo. Seus olhos se cruzaram e Changkyun suspirou, se voltando novamente para Jooheon.

— Não foi ele. — Repetiu.

Jooheon tinha a mão livre cerrada ao lado do corpo, e tremendo levemente. Changkyun notou isso. — Por favor. — Sua voz estava baixa. — A morte dele não pode ser em vão.

— Eu não vou sair. Se quiser atirar nele… vai ter que atirar em mim também. — Olhou firme para o Nomura.

Engolindo a seco, Lee olhou para trás, vendo o amigo falecido no chão e então voltou-se para frente novamente, olhando para Gun que o encarava com uma expressão indecifrável e para Chang, que agora já tinha abaixado os braços, mas continuava na mesma posição. Por um instante ele se perguntou porque gostava tanto de Changkyun e se valia a pena defender alguém a quem só beijou uma vez e que claramente não ligava para a Towa e nem para ninguém de lá. Seu amigo estava morto e a única coisa que podia fazer agora era se vingar. Estava entre a honra e memória de seu amigo e colega e ao sentimento confuso a Changkyun, alguém que mal conhecia. Parecia injusto com Takada abrir mão disso por um “relacionamento” tão novo e instável. Entretanto, com todas essas afirmações, ele abaixou a arma. Fez isso com os olhos fechados e só os abriu quando sentiu que nenhum líquido escorreria deles.

— Eu achei que você fosse diferente. — Encarou Chang com mágoa. — Mesmo quando eu descobri que você era um Inagawa. Eu pensei… — Parecia que tinha um bolo em sua garganta, então ele resolveu terminar a frase na metade, pois não queria ter um momento de fraqueza agora.

Ele se virou e andou até Takada, se agachando ao seu alcance. Olhou uma última vez para trás, tendo os olhares dos dois em si. Se voltou para frente e não teve muita dificuldade para carregar o corpo falecido e ensanguentado do amigo, afinal ele era alto, mas bastante magro. Ele sumiu da vista dos dois Inagawa rapidamente e foi só ele sair que Chang soltou a o ar dos pulmões, como se só agora tivesse lembrado de respirar. Encontrar Jooheon novamente foi mais difícil do que ele imaginava que seria.

— Você está bem? — Chang perguntou para o moreno no chão, se recompondo o melhor possível. O que não era muito.

Gun aceitou a mão lhe estendida e se levantou, fazendo uma leve careta enquanto tinha a mão direita na lateral esquerda do corpo.

— Por que fez aquilo por mim? — Respondeu com uma pergunta.

— Porque era o certo. — Falou simplista.

Chang tinha o olhar perdido onde Jooheon havia sumido e isso não passou despercebido por Song.

— Você está bem?

Lim finalmente voltou a si. — Estou. Estou sim. Eu só… — Negou com a cabeça. — É melhor sairmos logo daqui.

— Claro, vamos. — Mas foi só Gun dar um passo que novamente ele estava com a mão na lateral do corpo, com uma careta de dor. Chang pôs as mãos em seus ombros o analisando. — Eu estou bem, temos que ir.

Lim o impediu de continuar andando. — Nem pensar. Deixa eu ver isso. — Gun hesitou mas concordou com a cabeça, tirando a mão da lateral do corpo. Chang levantou sua camisa e não precisou de muito para descobrir o problema. — Isso é mal. Você quebrou a costela. — Então encostou no hematoma, fazendo Gunhee reclamar com a dor. — Talvez mais que uma. Consegue andar?

— Consigo, isso não é nada.

— Eu te ajudo. — Lim pegou um dos braços de Gun e pôs em seu ombro.

Gun ainda sentia dor ao andar, mas com a ajuda de Changkyun ele estava conseguindo. Infelizmente eles não chegaram muito longe.

— Aonde vocês pensam que vão?

Os dois olharam para trás.

.

— Hoseok… — Hyungwon falou com cautela.

— Vamos continuar com a missão.

Shin passou pelo mais alto, mas esse segurou em seu braço o impedindo de continuar.

— Você não está bem para continuar.

Engoliu a seco. — Não podemos parar agora.

O Chae soltou um longo suspiro quando o loiro se desvencilhou de si e seguiu em frente. Hyungwon o conhecendo bem sabia que ele não falaria sobre o assunto. Pelo menos não até a missão ter terminado.
Sem muita alternativa, Hyungwon seguiu com Wonho pelo prédio. Os dois eram provavelmente os únicos que sabiam da presença de chineses no local. Chae não sabia o que estava acontecendo e nem porque tinham chineses no prédio, mas depois de ver Kwangji, ele estava certo que coisa boa não era.

 

*Flashback On*

 

— Você foi bem hoje Hyungwon. Se tornará um ótimo gerente futuramente. — Kakuji o elogiou, já na festa.

Anuiu — Acredito que eu seria mesmo, embora não tenha certeza se gerenciar se encaixe comigo.

— Bobagem, eu não penso em ninguém melhor que você para aconselhar Gun. — Deu um tapinha em suas costas e levou a taça de vinho aos lábios, em seguida acenou para um senhor que lhe sorriu de canto em comprimento.

— Kihyun se enquadra bem em gerente. Ele seria totalmente fiel à Gun. — Bebericou um pouco de seu vinho. A mão livre no bolso da calça.

Riu baixo, o som como o ronco de um carro. — Não duvido de sua lealdade com meu filho, mas Kihyun está longe de ser adequado uma ver que sabemos de seu problema.

Deu de ombros. — Ele pode ser diferente, mas é confiável.

— Tenho certeza que teremos muito tempo para discutir sobre isso. — Soltou a taça vazia na bandeja de um garçom que desfilava por ali. — Preciso resolver outro assunto agora.

Hyungwon não viu quem era, mas Kakuji saiu aparentemente atrás de alguém. O Chae vagou pelo salão vislumbrando os convidados. Ele pôde ver uma movimentação sorrateira dos membros da Towa e também da Inagawa. Parecia bastante discreto, porém Chae era observador e notou os detalhes, os headsets pendurados no pescoço sem uso, a silhueta das armas nas costas dos membros, e não só da Towa e da Inagawa, mas das quatro famílias da Yakuza. Avistou também, Jooheon falando com Seokwon, que logo correu para as escadas, deixando o Lee sozinho. Hyungwon olhou para Jooheon e Jooheon olhou para Hyungwon, no olhar trocado ambos tiraram a mesma conclusão de que estavam na mesma missão. Novamente, aliás.

Hyungwon seguiu seu caminho, não mais prestando atenção no Nomura. Wonho lhe mandou uma mensagem e o Chae tirou o celular do bolso para lê-la. Ali, no meio da multidão mesmo. Nesse curto período de tempo ele sentiu um ombro esbarrar em si, consequentemente fazendo com que deixasse a taça cair no chão e se quebrar espalhando vidro e líquido vermelho-arroxeado pelo chão de concreto. Hyungwon levantou o olhar do celular e se deparou com a figura a qual esbarrou.

— Opa! Olha por onde anda. — Sorriu de canto com malícia.

— Kwangji!

 — Shi! — Pôs o indicador sobre os lábios e então sorriu novamente. — Estou de penetra, seria ruim se mais alguém me descobrisse, não acha?!

Dito isso ele apenas passou reto pelo salão, por entre a multidão, deslizando tão facilmente quanto uma cobra. Hyungwon foi atrás, mas o caminho estava trancado pelas pessoas que dançavam e conversavam no meio de seu caminho, perdeu Kwangji de vista quando seu braço foi puxado em direção oposta, e quando olhou por cima do ombro novamente, ele havia sumido.

— Achei você. — Era Hoseok.

— Wonho, acabei de ver Kwangji.

Franziu o cenho. — O que? Por que ele estaria aqui?

— Essa é uma ótima pergunta.

 

*Flashback Off*

 

Wonho permaneceu em silencio o percurso inteiro, o que realmente não era normal. Hyungwon estava preocupado, não só com o Shin, mas com toda aquela situação e se pegava pensando constantemente sobre o objetivo de Kwangji ali. O documento já estava em segurança com Teddy, mas nem o Chae e nem o Shin iriam embora sem Gun e Changkyun, principalmente depois da chegada dos chineses. O pior era que Hyungwon não conseguia se comunicar com Gun e nem com Chang.

— Você disse que eles estavam no sétimo. — Hyungwon falou.

Anuiu. — Eles já devem ter decido, talvez encontremos eles pelo caminho.

— Precisamos de um plano melhor. Podemos facilmente nos desencontrar. — Falou pensativo. — Vamos nos dividir. Você vai pelas escadas e eu pelo elevador.

— Não, péssima ideia. — Wonho falou. — E olha que de péssimas ideia eu entendo.

Deu de ombros. — Estamos sem muita opção, não acha?

— O elevador está interditado, de qualquer forma. Quando os “ataques” começaram eles foram desativados. Além disso o prédio foi cercado. Ninguém entra e ninguém sai.

— Mas que… — Suspirou, ainda andando. — Não sabemos nem como encontrarmos eles e ainda temos que nos preocupar em como sair daqui.

Eles estavam de frente para uma bifurcação. Pegaram o caminho da esquerda, passando por diversas encruzilhadas.

— Uma coisa de cada vez. Primeiro vamos encontrar eles, depois pensamos em como. AH!

Foram pegos desprevenidos, quando passavam por mais uma encruzilhada um homem pulou em Hoseok e lhe injetou uma seringa no pescoço. Wonho pôs a mão sobre a picada com uma careta e então desmaiou. Quando Hyungwon ia atirar no sujeito, teve sua arma jogada no chão por um chute de um segundo homem. Ele se virou rápido o suficiente para se defender do soco deste mesmo homem. O punho passando raspando por seu nariz. Hyungwon em reflexo agarrou o pulso do homem, que agora viu estar mascarado, e o puxou, torcendo seu braço para trás do corpo. Teria conseguido o imobilizar se o homem, também mascarado, que atacou Hoseok não tivesse intervindo.

Sentiu uma picada no pescoço e a formicação e queimação no tecido de sua carne. Em seguida teve a visão esbranquiçada como se névoa cobrisse seus olhos, sentiu as articulações moles e então caiu. A última visão que teve foi de Hoseok inconsciente ao seu lado e então o escuro.

.

Jooheon sentia vontade de chorar e de gritar. Atirar em alguém. Explodir algo. Mas estava tão chocado que sua mente estava simplesmente em branco, como se agisse no automático. Entregou o corpo falecido de Takada para Seokwon e o mandou que levasse para fora. Mesmo com as diversas queixas, Seokwon obedeceu e para sua sorte o prédio ainda não havia sido cercado, fazendo com que Seokwon conseguisse deixar o local rapidamente. Lee por outro lado não teve esse luxo, pois precisava encontrar Shownu e Minhyuk. Ele pensou em ligar para um dos dois, mas lembrou que havia deixado seu celular com Shownu.

Ele pegou as escadas e para a sua surpresa, encontrou os dois mais rápido do que achou que encontraria. Porém, não foi como ele imaginou. Ele com certeza não esperava ver os dois amigos brigando fisicamente com não dois, nem três, mas cinco homens mascarados.

Shownu se livrou facilmente de um dando-lhe um chute forte o bastante para quebrar uma costela. O homem, entretanto, quebraria várias outras, já que caiu das escadas espirais direto para o térreo. A especialidade de Minhyuk nunca foi luta corpo-a-corpo, mas estava se saindo bem batendo a cabeça de um mascarado na parede. Dois homens avançaram para cima de Shownu com golpes marciais dignos de ninjas. Son desviou de um chute voador agarrando o pescoço do ninja no ar e o prensando com força nos degraus, dando um belo impacto na cabeça do mascarado. Ainda com a mão no pescoço de um, ele olhou para trás a tempo de ver o outro mascarado vindo em sua direção com uma faca serrilhada. Shownu, ainda na mesma posição, chutou o estomago do sujeito, o fazendo derrubar a arma branca, mas não o derrubando no chão. O mascarado aproveitou o ataque para agarrar o tornozelo de Shownu e puxar, derrubando-o nas escadas e arrastando alguns degraus para baixo. Minhyuk estava agora deitado sobre o quarto mascarado, tentando enforca-lo enquanto lhe desferia socos na face. O sujeito não ficou apanhando por muito tempo, pois contra-atacou lhe empurrando com força para o lado. Provavelmente ele ficaria por cima de Minhyuk, se este já não estivesse ocupado rolando escada abaixo. Minhyuk só parou de rolar quando os degraus acabaram em uma superfície plana de dois metros, aos pés de Jooheon. Tudo isso aconteceu em fração de segundos.

— Minhyuk, você está bem? — Se abaixou e virou os ombros do Lee mais velho para cima.

Min tossiu com uma careta. — Filho da mãe. — Xingou, o que dizia que estava tudo bem.

O mascarado correu em direção a Jooheon, e só então ele notou especificamente que mascaras estavam usando. As máscaras de praga do prédio de Fai Lin.

Jooheon se levantou rápido quando viu o homem-praga se aproximando. O homem pulou por cima de Minhyuk como se não fosse nada e com rapidez desferiu um chute alto, na altura do rosto de Jooheon. O Nomura cruzou os braços em um X, com os punhos fechados, amortecendo o chute, mas se deslocando dois passos para trás com o impulso. Os golpes continuaram em uma sequência de socos, chutes e joelhadas, os quais eram retribuídos pelo Nomura que desviava os golpes e contra-atacava. Em um momento de distração Jooheon vislumbrou Shownu lutando agora com três homens, o que não era nada bom, e essa brecha foi o suficiente para o mascarado o golpear no peito com a palma da mão, perto do pulso, e dedos fechados, como mãos de macaco. A força fez ele perder o ar momentaneamente e teria sido trágico caso Minhyuk não tivesse dado uma rasteira no homem mascarado, o derrubando no chão e pulando em cima de si.

— Vai ajudar o Shownu. — Falou para Jooheon, mas sem nem mesmo olhar para esse.

Ele não pensou duas vezes, correu os degraus até Shownu. O primeiro a lhe avistar foi o mascarado mais alto e esguio. Logo que o vê ele saca uma faca da cintura e iria acertar em cheio Jooheon, mas os mascarados não eram os únicos que sabiam artes marciais.

Jooheon acelerou em sua direção, mas ao invés de dar de frente com o homem-praga, ele correu pela parede poucos passos e então quando estava ao lado do homem, lhe desferiu um chute na lateral do rosto. O golpe o fez girar e cair nocauteado no chão. Jooheon “pousou” com um joelho e uma mão no chão, estilo pose de super-herói. Levantou a cabeça encarando os dois homens restantes atacar Shownu. Eles estavam momentaneamente paralisados pelo pequeno Parkour inesperado e essa foi a chance de Shownu agir.

Son agarrou a gola do sobretudo de um e o socou no rosto. Nesse exato momento o outro homem torceu seu pulso para trás e só não lhe socou pois Jooheon chegou mais rápido e segurou seu punho, em seguida o puxando e girando por cima de seu ombro, o derrubando de costas na escada. Shownu desferiu mais alguns socos certeiros no sujeito antes dele deslizar e cair de forma torta nos degraus. Os dois olharam para os degraus debaixo e viram Minhyuk de pé chutando as costas do homem que havia o derrubado enquanto o xingava de idiota. Os dois desceram as escadas passando pelo Lee mais velho.

— Minhyuk, vamos. — Jooheon falou, puxando Minhyuk pela manga.

Eles estavam no quarto andar e desciam as escadas correndo. No terceiro andar a porta do andar foi aberta e eles se viram na mira de armas.

— É melhor vocês virem com a gente. — Era mais um mascarado, mas embora as vestes e o cabelo curto, a voz era feminina.

Minhyuk fez um movimento para alcançar a arma no cós da calça, mas teve outra arma apontada para si.

— Ah ahn. Nem pense nisso. — Um outro mascarado, atrás da garota, falou.

.

Changkyun e Gunhee estavam amarrados juntos, de costas um para o outro com as pernas amarradas e as mãos prendidas junto com as mãos do outro. Estavam ali a algum tempo e mesmo que tentassem, não conseguiam desamarrar as cordas ou fazer qualquer coisa para fugir. Por incrível que pareça — até mesmo para Chang —, o Lim não estava assustado, estava irritado. Provavelmente as experiências com sequestros drenaram seu medo e o deixaram sem dúvida frustrado.

— Argh! Que droga, eu odeio isso! — Reclamava enquanto torcia os pulsos tentando se soltar.

— Chang, para. Você está fazendo isso a horas, não vai funcionar.

Mas ele continuou puxando os pulsos. — Eu não vou desistir tão fácil.

— Você vai se machucar.

— Não me importo. Eu só quero sair daqui. — Falava irritado, ainda remexendo os pulsos, que já sangravam.

O mais velho falava calmo. — Estamos amarrados juntos. Vai me machucar também.

Lim parou abruptamente, se dando conta disso só agora. — Desculpa.

Gun sorriu curto, comprovando a teoria de que o Lim pararia com as tentativas de fuga caso alguém que não a si próprio estivesse se machucando. Changkyun era realmente um médico, afinal.

— Eu estou bem, só não se esforce muito.

Suspirou, apoiando a cabeça no ombro de Gun. — Estou cansado disso.

— De ser sequestrado toda hora? — Riu nasalado e também deitou a cabeça no ombro do mais novo.

— De tudo. — Falou melancólico. — Como você aguenta essa loucura todo dia?

— Ah, a gente se acostuma, né.

— Eu acho que nunca vou me acostumar. — Falou baixo.

Gun virou levemente a cabeça sobre o ombro de Chang, o fitando de canto. — Vem cá… por que você me defendeu àquela hora?

— Por que você era inocente. — Falou simples.

— E o que te faz pensar isso?

Chang também virou rosto. Os dois se olhando. — Eu vi nos seus olhos. — Gun ficou surpreso. — Independente da raiva que tem por Jooheon e pela Towa, eu não acredito que você faria aquilo.

— Obrigado. — Voltou a cabeça para cima. — Por acreditar em mim. Sabe… você me salvou.

— Você acha que Jooheon te mataria mesmo?

— Você acha que não?! — Fechou os olhos.

— Eu não sei mais o que achar. — Suspirou e virou a cabeça para cima, fechando os olhos. — E então? O que fazemos agora?

— Esperamos?! Acho que aqueles caras não vão chegar tão cedo.

Foi só dizer isso que a porta se escancarou e três homens-praga entraram. Os dois rapazes desencostaram as cabeças dos ombros e enrijeceram em tensão. Os três se aproximaram deixando a porta aberta. O do meio era alto, assim como os outros, mas era mais esguio. Ele se aproximou de Chang e se agachou a sua frente, pendendo a cabeça para o lado como um cachorro curioso. Seu comportamento era peculiar.

— Hu hu hu. Então é você o famoso Lim Changkyun. — Chang engoliu em seco.

O sujeito levou a mão até o bico da máscara e o puxou para cima, retirando e revelando seu rosto. Era um rapaz jovem, pele clara, cabelos negros, olhos em um cinzento claro e rosto brincalhão.

— Quem é você?

O Rapaz pôs uma mão em sua bochecha e sorriu largo. O ato lhe subiu um frio na espinha.

— Você é bonitinho. Me pergunto quanto tempo duraria.

— Se afaste dele. — Gun se remexeu, tentando em vão se soltar.

O rapaz se levantou e se agachou novamente, mas dessa vez na frente de Gun. — Ora, ora. É Gunhee Inagawa, não é?! Eu estudei você. — Suspirou decepcionado. — Você é menos impressionante do que eu achei.

— Me solte e vamos ver.

Sorriu. — Tentador.

O rapaz se levantou novamente e se virou de costas para os dois, cochichando algo no ouvido de um dos homens, que anuiu com a cabeça. O rapaz pôs a máscara novamente e saiu da sala. Os dois homens saíram logo depois, mas voltaram depois de pouco tempo, trazendo Hoseok e Hyungwon com as mãos e pés amarrados. Eles os traziam nas costas como sacos de batatas e simplesmente o jogaram no chão.

— Wonho! Hyungwon! — Chang arregalou os olhos.

— Desgraçados. — Gun rosnou.

Os dois homens se aproximaram e desamarraram as mãos dos dois. Um dos homens levantou Changkyun e o outro ia amarrar as mãos de Gun individualmente. Song tentou reagir e socou o homem, mas o que estava segurando Changkyun apenas o soltou no chão e foi ajudar o companheiro, injetando uma seringa no pescoço de Gun, depois o amarrando novamente. Changkyun aproveitou o momento para desamarrar os pés, mas quando se levantou pronto para correr ou fazer qualquer coisa, os dois mascarados o seguraram e eram muito mais fortes que si.

— Me soltem! — Se debatia. — Gun!

Mas ele já estava inconsciente assim como os outros dois amigos no chão.

Um dos homens lhe desferiu um soco que cortou seu supercílio e o canto do lábio. Eles não falavam uma palavra se quer. Os dois estavam fortemente o segurando e assim desse jeito o arrastaram para fora. Chang tinha os cabelos úmidos de suor e sangue seco grudado na testa. O corredor estava escuro e era iluminado apenas pelas luzes dos prédios e carros que passavam iluminando pelas janelas. Quanto mais ele se debatia, mais os homens o apertavam. A tropeços ele foi levado para o final do corredor. Eles subiram uma escada e no topo dela abriram uma porta metálica. Ele descobriu que estava no decimo andar, pois assim que a porta foi aberta ele pôde ver a vista da cidade nublada. Ele estava no terraço.

Lim foi empurrado para dentro e a porta se fechou atrás de si. Ele chutou e socou, mas de nada adiantava no metal. Vasculhou os bolsos, mas não estava com nenhum objeto útil, nem mesmo uma caneta.

— Droga! — Socou a porta mais uma vez.

Se virou de costas para a porta e finalmente olhou para o terraço inteiro. Ele via as luzes de prédios e casas iluminando o chão e a paisagem, os carros pintando as ruas com faróis e cantando com suas buzinas barulhentas. O céu não estava estrelado, estava nublado de nuvens carregadas. O vento estava úmido e abafado e trazia gotículas de uma chuva próxima. O terraço estava vazio, exceto por algumas sacolas pretas de lixo, latinhas de cerveja e tocos de cigarro, alguns canos enferrujados, folhas de jornais trazidas pelo vento e uma figura encapuza na ponta do prédio. Chang engoliu em seco e se aproximou alguns passos cautelosamente.

— Finalmente nos encontramos. — A voz masculina falou e então o homem encapuzado se virou para si, pulando da beira do prédio para sua frente. — Lim Changkyun.  Sorriu largo, com um brilho injetado nos olhos.


Notas Finais


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E aí? <3

Gostaram do capítulo? <3 Espero que sim >///<

Eu disse que era “encher linguiça”, mas não foi um capítulo ruim ou tedioso, né?!
Espero que tenham conseguido imaginar as cenas direitinho. Principalmente as cenas de ação ><
Kaskaskas falando em cena de ação, a minha preferida foi a do Jooheon correndo na parede :V <3 bem foda u.u
Wonho querendo abafar os pensamentos com “trabalho” ;-----; boa sorte aí ><
Hyungwon só me dá orgulho <3 seria um ótimo gerente mesmo (a posição mais importante depois do Oyabun e do kobun) <3 Ele está sempre dando concelhos e eu acho que é um dos únicos que dá concelhos realmente bons :v
Ihhh, mas que história é essa de “problema” do Kihyun? Muito estranho isso e.e
Shownu mandando ver com três. TRÊS ninjas. O homão hein u.u
Minhyuk é incrível com uma arma, mas em luta é cômico :v
Changkyun e Gun com as cabecinhas encostadas nos ombros um do outro <3 que forfo =3 <3
Identificaram quem é aquele garoto que se agachou na frente do Chang? Depois do “Hu hu hu” eu acho que ficou um pouquinho óbvio <3
Ehhh que maravilha, tá todo mundo desmaiando ‘u’ legal hein OuO
Gente, vai dar uma treta.... Kwangji está de penetra.... ihhhhh
E agora, mais importante.... quem era o cara do terraço e o que ele queria?

É, foi isso <3 espero que tenham gostado <3

Me desculpem pela demora em postar esse capítulo e em responder aos comentários >///< mas muito obrigado por todos aqueles comentários, me incentivaram muito <3 e também por tantos favoritos <333 MUITO OBRIGADA MESMO!!! <333
Quando essa fanfic acabar, estou com planos de escrever uma Block B =3 está bem interessante e já tem uns capítulos prontos <3 falarei mais sobre isso futuramente <3 mas o que vocês acham da ideia? <3

Obrigada por lerem e novamente, desculpem os erros, até a próxima <333

Beijosssssss~ <333


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