1. Spirit Fanfics >
  2. Blame >
  3. Capitulo 19

História Blame - Capitulo 19


Escrita por: illusionmatt

Notas do Autor


Oi gente, como vocês estão?

Bem, devem estar com raiva de mim pelas promessas que eu não cumpri, mas espero que me perdoem. Eu tenho passado por um momento estranho e dificil, onde eu fico muito autocrítica e acho que tudo que eu faço está horrível ou errado, e isso acabou caindo sobre a fanfic, na minha cabeça, estava uma merda enorme que ninguém nunca ia gostar, pensei até em apagar a fanfic, mas aí eu abri o capítulo 18 e li os comentários, percebi o quanto vcs gostam da fanfic e isso me motivou a continuar ela, desisti de apaga-la. Obrigada, muito obrigada, por me ajudarem a não excluir a melhor coisa que eu já fiz na vida, obrigada por me ajudarem mesmo sem perceber. Estou falando essas coisas que, provavelmente, ninguém vai ler porque, às vezes, creio que vocês não entendem a importância dos comentários de vocês, leitores, para nós, escritores, mas, espero que, agora que vocês viram que os comentários de vocês salvaram minha fanfic, você s entendam o quanto é maravilhoso ler alguém elogiando o seu trabalho e te incentivando a continuar, então, por favor, comentem o que acharam, mesmo que seja só um "continue, gosto muito da fanfic", porque isso faz com que a nossa vontade de continuar seja muito maior, percebemos que estamos agradando alguém com o nosso trabalho. Então comentem, e não comentem só aqui, comentem em todos os lugares, todas as fanfics, todas as histórias em todos os blogs, sites, Instagrams, aplicativos, plataformas, onde tiver a opção "comentar", comentem, por favor, é tudo o que eu peço pra vocês. Um abraço enorme pra todos vocês! ❤

Capítulo 19 - Capitulo 19


14:53, terça-feira, 22 de fevereiro de 2016

Shawn parou em frente à casa de Matthew e eu bati na porta. Nada. Bati novamente e nada de novo. Bufei. Empurrei a porta na esperança de estar destrancada, mas não estava. Olhei em volta a procura de algo ou algum lugar que Matthew poderia ter escondido uma chave reserva e vi alguns vasos de plantas do lado da porta, me abaixei e, no canto do vaso, enfiada na terra, estava uma chave prateada, enferrujada e suja, redonda em cima é bem pequena. Limpei o máximo que consegui e enfiei na fechadura da porta. Depois de destrancar a porta, eu tirei a chave e coloquei no bolso distraidamente. 

Subi as escadas e andei na direção oposta ao quarto de Matthew, acabei entrando em uma espécie de escritório com vários papéis espalhados e um computador, sofás e um armário que não me atrevi a abrir, a janela dava direto para o quintal de trás, mas nem prestei atenção na janela. Andei até a mesa e olhei as fotos. Tinham cartazes na mesa, assim como os que vi na farmácia naquele dia com Larissa. Olhei bem e tinham várias anotações em vermelho no cartaz, não li, olhei para os outros papéis, também cartazes amassados e riscados, papeis riscados também, fotos... Peguei algumas coisas e olhei para elas, bati o olho acidentalmente na janela e vi a salinha onde Matthew deixava seu piano.

As cortinas azuis escuras estavam fechadas, eu não conseguia ver dentro. Coloquei tudo na mesa novamente e sai do escritório fechando a porta atrás de mim. Corri para o andar de baixo e sai da casa, parei assim que cheguei no quintal e andei devagar até a sala de música do Matthew e abri a porta de correr, puxei um pouco a cortina e fiquei espionando enquanto ele tocava e cantava de olhos fechados, concentrado.

"You lead me to heaven and back down, make me cross de hell and left me to drown" Ele cantou, suave como sempre, me fazendo arrepiar "Speechless, you left me on a carousel asking if, one day, you'll see me in the crowd my feelings, I could never define but now, with you, while seeing your eyes shine, I know what it's like" Ele deu uma pausa, e eu tinha certeza que fazia parte da música "give me Your hand I'll be fine on my way down all i think is Your smile." Ele estendeu a última nota e, concentrado, continuou tocando o piano enquanto o corpo ia para trás.

Sem perceber, eu estava completamente dentro da sala, a porta atrás de mim ainda estava aberta e a cortina voava para fora, Matthew abriu os olhos suavemente e logo arregalou, deixando as mãos caírem nas teclas do piano, fazendo um ruído horrível. Comecei a pensar numa desculpa quando ele se levantou e começou a andar na minha direção.

"O que faz aqui?" Ele disse parando na minha frente e se esticando pra fechar a porta atrás de mim.

"Não sei o que deu em você, você ficou estranho do nada, vim te dar uma chance de explicar."

"Uma chance de explicar?" Ele arregalou os olhos e passou a mão no rosto. "Angelina eu não quero me explicar, não tem o que ser explicado, eu simplesmente não suporto esse seu jeito mimado!"

"Tem alguma coisa a ver com a Madison." Conclui.

Realmente tinha, ele estava me tratando até bem considerando o jeito que tratava antes até eles se falarem de manhã. Não sei o que ela disse pra ele, mas ele voltou a ser o que era antes e até pior.

"O quê? Garota vai procurar um psiquiatra!" Ele gritou.

"Não grita comigo!" Gritei.

"Você está na minha casa, debaixo do meu teto, aliás sem a minha permissão, o que é crime, eu tenho o direito de falar com você do jeito que eu bem entender!"

"Você precisa procurar um médico pra ver esse seu problema de bipolaridade! Até ontem você estava me tratando até bem e..."

"Estava te tratando bem porque eu sabia que íamos ter que passar muito tempo juntos, eu não queria que fosse um inferno, mas perto de você não tem como algo ser muito longe de lá!" Gritou.

Você me leva pro paraíso e para baixo de novo, minha mente me fez lembrar da letra, me faz atravessar o inverno e me abandona para me afogar.

Fiquei olhando pra ele parada, sem saber o que dizer. Ele não parecia ter um pingo de arrependimento do que falou, e parecia que não tinha terminado ainda.

"Já terminou o chilique ou eu já posso ir?" Perguntei calma.

"Você não deveria nem ter entrado na minha casa sem a minha permissão pra começo de conversa, fique feliz porque não chamei a polícia. Então se não quiser que eu te arraste para fora da minha casa eu sugiro que saia!"

"Por que você faz isso?! Por que trata todo mundo tão mal?!" Gritei me aproximando dele.

"Não começa!" Ele gritou "Se eu trato todos da forma que eu trato é porque tenho Meus motivos e nenhum deles é da sua conta!"

"Para! Para de fazer isso! Para de me tratar assim!"

"Angelina como quer que eu te trate?! Por mim eu nunca mais olharia na sua cara de novo, mas eu não tenho outra opção não é?! Sai da minha casa agora, e não fale comigo nunca mais! Eu não suporto isso, não suporto seu jeito mimado de se achar, não suporto o jeito que acha que está sempre certa, e eu não suporto sua voz, seu cabelo, seus olhos, seu corpo, e não suporto mais ainda não conseguir odiar você como deveria odiar!" Ele disse.

As lágrimas que estavam prestes a sair dos meus olhos secaram imediatamente. Ele pareceu perceber o que disse, mas já era tarde. Ele abriu as mãos e desfez a pose irritada, ficando relaxado no chão. Olhou para os lados e forçou o maxilar. Logo depois me olhou com a expressão fria novamente.

"Sai." Ele falou.

"O que..." Falei confusa.

"Sai! Agora!" Ele disse apontando para a porta.

"Você só pode estar brincando!" Gritei.

"Não vou repetir." Ele disse fechando os olhos e cerrando os punhos novamente.

"Não, não repita! Eu não acredito! Depois de me falar o que falou vai me mandar ir embora sem me dizer mais nada?!" Perguntei.

"Angelina, sai da minha casa agora." Ele disse andando em direção ao piano.

"Volta aqui!" Gritei correndo pela sala.

"Sai agora!" Ele gritou alto, fazendo com que eu não chegasse perto dele. Arregalei os olhos e meu queixo caiu.

Fechei a boca e trinquei o maxilar. Me virei devagar e mordi o lábio de baixo tentando não chorar enquanto caminhava pra fora da sala de vidro. Parei na porta e olhei pra ele mais uma vez. Ele encarava a parede, como se estivesse pensando, acho que tinha pensado que eu já tinha ido.

"Você é realmente doente... Muito doente, Matthew." Falei.

Caminhei pela grama e quando entrei na casa, atravessei a sala e sai pelo jardim. Andei pela calçada distraidamente por um bom tempo até perceber que tinha acabado no meio do nada. Estava longe da minha casa e não sabia para onde eu tinha que ir, que caminho tinha que seguir, não sabia nem ao menos onde eu estava.

Era uma rua cheia de casas assim como a minha, a de Shawn e de Matthew, mas eu não encontrava a minha casa, muito menos a de Shawn. A rua estava completamente deserta, não tinha uma só pessoa andando com o cachorro para me ajudar a achar o caminho pra casa. Eu estava completamente perdida.

Me sentei na calçada com os pés no asfalto e apoiei a cabeça nos joelhos. Chorei.

Matthew disse que odiava tudo em mim, mas não me odiava. E disse que odiava não me odiar. E depois me mandou embora.

Admito que esperei ele aparecer na casa antes que eu saísse, queria que ele tivesse aparecido, segurado a minha mão e dito que aquilo tudo foi da boca para fora. Que foi em um momento de raiva. Mas ele não faria isso.

Ele não parecia sentir um pingo de culpa, não parecia se arrepender do que disse, de nada do que disse. Tirando que aquele não era Matthew, o Matthew que eu criei na minha cabeça não era como verdadeiro Matthew, e eu não posso exigir que ele seja algo que não é apenas porque eu fantasiei que ele seria, bem no fundo, uma pessoa boa. O verdadeiro Matthew nunca diria que estava errado, nunca iria atrás de alguém para pedir desculpa seja essa pessoa que for, ele não sente remorso ou culpa por nada. Esse é Matthew, e Matthew não sente nada, por ninguém, seja esse sentimento positivo ou negativo, ele não veio com essa capacidade.

Ouvi uma buzina na rua e levantei a cabeça. Nash estava dentro de uma Mercedes preta, me olhando. Jogou o cabelo para trás e abriu a porta do carro, saindo em seguida e se sentando ao meu lado.

"O que faz aqui?" Perguntei.

"Eu que te pergunto, o que faz aqui?"

"Me perdi, estava na casa de Matthew e... Bom... Tentei ir embora sozinha, mas não sei exatamente como chegar em casa." Falei limpando as lágrimas.

"Tudo bem, hãm..." Ele disse jogando o cabelo para trás e olhando para o asfalto por um instante "Que tal eu te levar para uma cafeteria, você se acalma, come alguma coisa, aí eu te levo para casa e, se quiser, pode me explicar o que aconteceu."

Nash parecia alguém confiável, mesmo com o fato de sempre aparecer no lugar exato, na hora exata ele não parecia alguém que se aproveita das pessoas ou coisa do tipo. Parecia um cara legal.

"Tudo bem." Falei.

"Tudo bem?" Ele sorriu e começou a jogar o meu cabelo para os lados.

"Tudo bem." Sorri empurrando suas mãos.

"Vamos, entra no carro." Ele falou sorrindo apontando com a cabeça.

Me levantei e andei até o banco do carona, Nash se levantou logo em seguida e entrou no banco do motorista. Me olhou por um instante, sorriu e acelerou o carro.

Os primeiros minutos do trajeto foram silenciosos, eu não queria conversar, estava apenas olhando as casas passando pela janela enquanto Nash dirigia. Ele então se virou pra mim e eu me virei para ele.

"Então... Quer me contar o que Matt fez?"

"Ele é um idiota."

"Todos sabemos disso." Ele sorriu "Mas o que ele fez para que você achasse isso?"

"Ele não sabe o que quer. É bipolar. Me trata de um jeito e no outro segundo está me tratando de outro. Ele mesmo se contradiz. Eu não aguento mais isso!"

"Então você estava chorando porque o Matthew tem distúrbios psicológicos?"

"Estou chorando porque ele desconta isso em mim."

"Ele desconta em todos."

"Mas ele não pode! Ele acha que é dono do mundo? Acha que pode fazer o que quiser, falar o que quiser com quem quiser e na hora que quiser e não é bem assim que as coisas funcionam! Ele já está me dando nos nervos!" Falei.

"Me explica direito isso, Angel. Até agora você não falou nada com nada." Ele riu.

"Desculpa, é que ele me tira do sério, ele me irrita em um nível que nem meu irmão consegue! Quer dizer, em um dia ele é simpático e no outro ele trata você como um rato de esgoto!"

"Na verdade, Matthew nunca é simpático."

"Não simpático, quer dizer, você consegue ver que ele se esforça para não ser grosso, é simpático na medida do possível." Ele riu "Enfim, em um dia ele estava de um jeito, então eu vi Madison falando com ele e pronto, voltou a me tratar como q novata que ele queria que tivesse medo dele. Quer dizer, ele me beija, depois me dá carona, depois me empresta o casaco, aí me beija de novo, diz um monte de coisas e depois volta a me tratar como se eu não fosse nada! Que ódio! Isso é tudo culpa da Madison!"

"Ou não, quer dizer, talvez a Madison não tenha nada a ver com isso e você está culpando ela sem saber." Ele falou "Matt tem dessas, o problema dele é que ele é muito fechado. Não consegue sentir nada por ninguém, nunca. Não mais." Deu de ombros.

"Eu duvido."

"Não duvide, e se você quer saber, as coisas só vão piorar para você se não se afastar."

"Mas como eu vou me afastar? Eu tenho que cantar com ele no show de talentos."

"Madison sempre diz que quer cantar, por que não fala com a Déborah e dá seu lugar para ela?" Ele disse, olhando para a rua.

"Não é uma ideia ruim." Falei "Vou falar com ela na segunda."

"Tudo bem então, chegamos." Ele estacionou ao lado de uma cafeteria pequena e saiu do carro.

Sai e o segui pela rua até a porta, o sino tocou e nos sentamos em uma mesa com sofás no fundo da cafeteria, encostei os braços na mesa de metal e vi Nash sorrir de lado olhando para o celular.

"Com quem está conversando?" Perguntei sorrindo.

"Ninguém." Ele guardou o celular no bolso e sorriu pra mim ficando na mesa posição que eu.

"Que sorriso é esse?"

"Ah, nada." Ele disse e mexeu no cabelo.

"Você pode me contar, eu te contei os meus problemas, me conte os seus." Dei de ombros.

"Tudo bem... Quando Madison foi embora, nós começamos a conversar, e não paramos desde então, ela se mudou esses dias e está até morando do lado da minha casa."

"E você está gostando dela." Afirmei.

"Talvez." Ele arqueou as sobrancelhas e sorriu em seguida, me fazendo rir "O que vai querer?"

"Só um café." Falei tirando o celular do bolso.

Ele chamou o garçom e fez os pedidos enquanto eu checava as mensagens.

Cameron: A gente precisa conversar. (15:45)
Cameron: Tipo, urgente. (15:46)

Anna: Sei que está me odiando nesse momento, mas quais são as chances de vir pra casa? Precisamos conversar. (15:49)

Ignorei as mensagens e guardei o celular no bolso novamente, o garçom chegou com os pedidos e eu e Nash conversamos ali por algum tempo, eu tomei meu café, Nash tomou seu suco, pagou a conta e fomos embora. Conversamos durante todo o trajeto e percebi que ele estava entrando na rua da casa de Matthew.

"Aonde está indo?" Perguntei.

"É mais rápido por aqui, e é o único caminho que eu conheço para o endereço que me deu." Falou.

Olhei pela janela e passamos pela casa de Matthew. A janela estava fechada, ele não podia me ver, mas eu o via. Ele estava no jardim, abraçando Madison, enquanto afagava o seu cabelo. Desalojei o queixo da porta e olhei para frente. Engoli em seco e senti algo estranho e incomodo, era como raiva e tristeza misturadas com um pouco de inveja. Não acho que era ciúmes. Fechei os olhos e respirei fundo.

Não abri a boca uma vez o caminho todo, quando cheguei em casa estava exausta e triste, eu só queria ligar para as minhas amigas, fazer pipoca e assistir um filme de drama com elas, mas quando entrei em casa eu vi o circo que me esperava.

Cameron se levantou assim que ouviu q porta abrir, Anna se levantou logo em seguida, ela segurou a mão do meu irmão e logo minha mãe saiu da cozinha.

"Antes de começarem a falar, eu gostaria de dizer que eu tive um dia longo e que eu espero sinceramente que vocês não tirem o restinho de paciência que eu ainda tenho, porque, se o fizerem, eu não me responsabilizo pelos membros que posso arrancar do corpo de vocês. Então dependem o que vocês vão falar pra mim e vejam se é realmente algo muito importante para me contar agora. Vou facilitar, se tiver a ver com os dois palhaços parados na frente do sofá eu não quero nem saber, eu vou arrumar escândalo e ficar ainda mais tempo sem falar com o Cameron, então se for sobre eles economizem a saliva de vocês."

Cameron trincou o maxilar e Anna chegou ainda mais perto dele. Minha mãe olhou para o chão depois para mim.

"Já entendi. Estou subindo." Falei.

Subi os degraus rapidamente e entrei no meu quarto, tirei os meus sapatos, minhas roupas e deixei tudo no chão do meu closet. Parei no meio do quarto e enfiei os dedos por dentro do meu cabelo. Por que eu estava me incomodando tanto com o jeito que Matthew estava me tratando? Por que estava me incomodando tanto por ele estar com a Madison? Aquilo não era da minha conta.

Deixei minhas mãos caírem e baterem contra a minha coxa fina antes de entrar no banheiro. Tirei as peças intimidas e entrei debaixo da água esperando que ela lavasse todo o meu estresse, mas não adiantou. Sai do banheiro quando os meus dedos já estavam enrugados e vi Cameron sentado na minha cama.

"A gente precisa conversar, tipo, precisa mesmo. Coisa séria." Ele disse.

"Tudo bem, Cameron. Eu vou trocar de roupa, espera um segundo aí."

Entrei devagar no closet e desejei que um raio caísse na minha cabeça antes que eu saísse de lá, coloquei minhas peças íntimas, enrolei a toalha na cabeça e coloquei uma calça preta larga com desenhos e um moletom cinza da Hollister que eu tinha comprado a pouco tempo, Cameron estava parado na janela quando sai do closet, ele estava apoiado, olhando para lá e eu percebi que era mais sério do que eu pensei que fosse.

"Cameron?" Falei, chamando sua atenção.

"Hum... Eu não esperava ter que falar isso pra você, não agora, não sozinho, mas eu não tive escolha." Ele se sentou na cama.

"Fala logo, Cameron." Falei cruzando os braços, ainda na porta do closet.

"Você vai me odiar por isso." Ele disse passando a mão pelo rosto.

"Meu Deus do céu..." Murmurei "Tudo bem, para, chega, fala logo de uma vez." Falei.

Ele esfregou o rosto e me olhou.

"Promete que não vai ficar muito irritada comigo." Ele falou, me olhando nos olhos, e eu suspirei me sentando ao seu lado. Sabia que, quando ele arma essa cena toda, só pode vir merda.

"Cameron, eu não posso prometer isso. Não sei o que vai me falar, mas só pelo fato de que você me pediu isso eu já sei que tem algo errado." Falei, sem ser grossa, mas também não sendo muito suave.

Ele suspirou, olhou para as mãos e cutucou um anel de prata que estava em seu dedo anelar, que eu tinha certeza de que não estava ali antes. Meu coração parou, minhas veias congelaram e o sangue que corria nelas esfriou, tive certeza de que minha pele estava pálida e não tinha mais tanto controle assim sobre as minhas pernas, ainda bem que estava a sentada. Ele não fez isso, fez?

"Talvez você não acredite no que eu sinto pela Anna, mas eu sei que, o que eu sinto, é mais verdadeiro do que eu pensava, e do que eu esperava ou queria, ela me faz bem, me ajuda quando eu preciso e está sempre ali por mim, mesmo tendo conhecido ela a pouco tempo, ela conseguiu me ajudar em coisas que muita gente nunca conseguiu, e eu senti que já estava na hora de oficializar o que tínhamos, dei um anel de compromisso pra ela e a pedi em namoro, agora somos oficialmente um casal." Ele falou, sua boca jorrava palavras como uma cachoeira e eu senti que aquilo era realmente o que ele precisava, e que não era ele falando, e sim seu coração.

 


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado do capítulo e, para compensar a minha sumida de uns bons 3 meses eu vou postar outro capítulo, estou meio doente e com dor nos músculos, então não fui para a aula hoje, posso ficar aqui o dia todo interagindo com vocês! Beijo grande!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...