História Blame society - Welcome to my life!

O som que exalava dos autos falantes se intesificavam a cada batida. As pessoas dançavam se movimentando freneticamente, tornando impossível o trajeto sem esbarrar em alguém. Andy, minha melhor amiga me puxava pela mão, tentando nos devincilhar da confusão.
                                         
   –    Corre Jade, corre. – Andy gritava desesperada em minha frente.

   Forçava minhas pernas para correrem mais rápido possível, sempre nos olhavamos e caíamos na gargalhada. Não dava mais, minha respiração estava ofegante e minhas pernas não obedeciam mais.

    – Andy....

       – Corra Jade, quem mandou você mentir pra sua mãe.  - Falava ela quase sem ar.

   – Eu juro...não da mais, pare de correr- falei apoiando as mãos em meus joelhos.

   Nos olhamos e caímos na gargalhada e por conta disso o ar me faltava e eu estava mais do que roxa.

   – Eu ainda não acredito no que você fez.

   – Você achava mesmo que eu Jade iria ficar em casa a noite em plena sexta feira? - Falei me jogando no chão, não aguentava com meu próprio peso.

    – Tudo bem, mas não precisava ter falado com ela daquele jeito.

  – Ta, ta, eu estava irritada,ta bem? mas não se preocupe ao chegar em casa explico tudo e ele me perdoa, acredite em mim.

  – Eu acho bem difícil, seu castigo só irar aumentar- dei de ombros- E você ainda mais assim bêbada -ela ela riu.

   – Ao invés de prever o futuro vamos andando, não estou afim de ser estuprada na rua -falei notando alguns carros passar nos olhando.

  As ruas já estavam silenciosas, fomos o caminho inteiro caladas, com exceção de alguns barulho dos vizinhos e o meu salto se chocando no asfalto. Insisti para que Andy domisse lá em casa hoje, além do mais, sempre que a Andy estava a bronca da minha mãe era menor.

  Girei a maçaneta da porta na expectativa de encontrar minha mãe na sala e começa a reclamar comigo, mas não. As luzes da sala estava todas apagadas e o único barulho que pudemos escutar foi alguns fungados vindo da cozinha.
      
       – O que aconteceu?- perguntei espantada encontrando Maria, nossa empregada chorando com um pano na tentativa de limpar suas lágrimas.

     – J-jade! v-ocê chegou- ela limpou as lágrimas- lamento le informar m-mas, sua mãe sofreu um acidente grave e se encontra no hospital- ela voltou a chorar-

Meus pais se separaram quando eu tinha seis anos. Papai foi morar na Coreia do Sul e mamãe sempre esteve comigo aqui no Brasil. Após a separação deles minha mãe nunca começou um novo relacionamento e por onde eu sei Papai também não. Papai tinha um empresa lá na Coreia de cosméticos e era bem famosa. Eu tinha uma relação muito forte com meu pai sempre nas férias eu passava um tempo com ele. E mamãe por sua vez era Jornalista e passava um bom tempo focada escrevendo ou até mesmo passava dias foras.

Meu corpo paralisou, não podia acreditar no que eu havia acabado de escutar. Minha mente repassava cada palavra dita por ela. Sentia como se o chão estivesse faltando e severo abismo a se desdobrar em minha mente.

– N-ã-o, não pode ser - negava com a cabeça e meus olhos           estavam marejados por conta das lágrimas que caiam desesperadamente.

    – Jade....- senti Andy me abraça mas eu me afastei, não estava afim de piedade sobre mim.

     – ONDE ELA ESTA? P-OR QU-E VOCÊ NÃO ME CONTOU ISSO ANTES - chorava loucamente e derrubava alguns potes que se encontravam nas prateleiras.

  –E-la esta no hospital, seu acidente foi muito grave mais ela ainda se mantém consciente.

Não pensei duas vezes, peguei as chaves do carro e fui em direção a garagem, mas fui impedida por Andy e Maria. - Eu me debatia loucamente- precisava saber da minha mãe, ainda quero me desculpar por tudo que eu a fiz, uma angústia enorme me consome.

–  POR QUE EU FUI PARA AQUELA MALDITA FESTA? É TUDO CULPA MINHA.-  falava aos prantos agarrando a Andy, que estava assustada com tudo aquilo. Me joguei no chão como uma criança fazendo birra e chorando, eu chorava feito uma criança. Eu estava no chão em frente a porta, totalmente derrotada.

– JADE, VOCÊ NÃO TEM CULPA TA LEGAL? VEM- Andy me puxova na tentativa de me levantar do chão. O que foi totalmente estúpido, por que eu mal me mexia. Me de as chaves do carro eu dirigo- Andy falou chorando de soluçar, ela era muita apegada a minha mãe.

    minha mãe era meu tudo. Minha rainha. Vinha lembranças dos nossos momentos juntos e eu chorava mais ainda no banco detrás do carro. Paramos o carro em frente ao hospital e eu abri a porta desesperadamente e corri em direção as médicas.

– C-cade ela? cadê minha mãe? eu preciso vê-la- Estava tão desesperada que nem liguei com os olhares sobre mim. Estava me Fudendo pra essas pessoas.

– Se controle!- falou uma mulher toda de branco, provalmente era médica.- Qual o nome da sua mãe?

– É-é Lídia, ela acabou de ser internada, e-la sofreu um  acidente de carro - Falei e me sentei no banco apoiando as mãos nos joelhos.

–Só um minuto, irei checar na portaria- falou ela e saiu andando.

– Vai ficar tudo bem!- Falou Andy em quase um sussurro e esfregou meus braços com a mãos na tentativa de me consolar e eu ri baixo.

        –   E-u não tenho nada, e-eu não tenho mais ninguém aqui Andy. Eu estou sozinha. - Falava aos prantos agarrando a Andy, que me abraçava forte.

   – Você tem a mim Jade. Você sabe que pode contar comigo pra tudo. Eu sempre estarei aqui para o que você precisar. - falava ela na tentativa de me consolar.

  – Quem aqui estava a Procura de Lídia Pierre? - perguntou a mulher branco.

– EU - me levantei rapidamente e sai seguindo a mulher que me guiava pelos longos corredores brancos.

  Assim que a mulher de branco abriu a porta eu vi ela. Vi ela ali, com os olhos em direção a porta. Ela o arregalou ainda mais ao notar minha presença e eu soltei um suspiro de alívio.

–M-ãe- sussurei e ela tentou falar algo mas não a deixei. Ela teria que me ouvir ali e naquele momento.Eu só queria dizer o quanto eu a amo.

– Mãe, e-eu não tenho palavras para dizer o quanto eu amo você- ri fraco- Não era pra ser assim, era pra ser algo bom, para eu sorrir e me divertir com você, não para eu chorar e ficar triste. - por que tem que ser assim?- me desculpa, me desculpa por tudo. Por todos os problemas que dei a você e por tudo que eu te falei hoje cedo, e-eu sou uma idiota mesmo. Mas saiba que eu te amo, te amo mais do que a mim mesmo e-e - Não deu tempo de falar mais nada. Minha mãe esti cou seu braço e apertou minha mão e alisou com um polegar.....E aos poucos ela foi separando nossas mãos e aos poucos seus olhos foram fechando. E aquilo foi como uma apunhalada em meu peito.-Eu te amo tanto- sussurei pela última vez.-

Sai da sala levando as piores lembranças que alguém poderia ter. Da minhã mãe, ali, morrendo aos poucos em minha frente e eu não poder fazer nada. Aquilo me doía a cada segundo profundamente.

Mas no fundo estava feliz,feliz por eu ter falado tudo o que sentia por ela e por ela ter me perdoado

Terminei de arrumar minha mala já que iria para Coréia. Mas não estava preparada para sair do Brasil. Peguei o único retrato que tinha da minha mãe e me escondi no banheiro chorando.

Sequei as lágrimas, fungando o nariz e saindo quarto indo em direção ao aeroporto. Papai assim que soube da morte de minha mãe ligou para se comunicar comigo e me falar que eu podia ir para lá e foi isso que eu fiz. Por mais que eu tivesse a Andy ali eu queria mais, e Papai e fomos muitos juntos e grudados um com o outro. Me doeu muito ter que deixar a pobre Andy ali. Mas ela tinha me prometido que sempre iria manter contato comigo e se pudesse iria me visitar. Eu iria sentir falta dela.

Acordando dos meus pensamentos lá estava eu, No aeroporto com as malas nas mãos e indo de encontro a meu novo futuro.

  Continua...