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História Blank Space - 8. And how You got me blind is still a mystery.


Escrita por: mryiero

Notas do Autor


Oi, pessoinhas! Voltei novamente <3
Já disse pra vocês se acostumarem a Blank Space mais vezes, mas tô só reforçando a ideia. <3 Obrigada, primeiramente, às meninas que comentaram no capítulo anterior e quem não comentou também, obrigada por apoiar essa história louca.
Bom, a partir de agora, as coisinhas vão andar mais depressa, tenham noção disso, o próximo capítulo já está sendo escrito tenho algumas surpresinhas bem interessantes... Esperem de tudo, afinal, essa fic não tem a menor noção mesmo e eu tive que buscar noção pra ela, antes que perdesse a cabeça. Eu gosto desse capítulo, pois, finalmente, essa coisa obesa tão linda vai tomar alguma atitude digna a partir de então. Aquele famoso momento do "agora vai", a fic tá basicamente dividida em umas 4 partes e a gente tá entrando na segunda. Já passamos da parte em que eles se conhecem, as "realizações" das coisas, etc. Agora a gente vai pra parte em que as coisas são experimentadas, não vou falar muito a respeito, mas é o "substancial" disso tudo aqui.
Espero que cs gostem desse capítulo e dos próximos e, favorzinho, não desistam de mim. Vou tentar postar com mais constância assim que eu terminar meu tcc, afinal, só tô basicamente escrevendo essa história aqui e uma outra que ainda não postei. Assim que eu tiver mais tempo pra me dedicar, vou tentar colocar Blank Space toda semana. É uma promessa, espero cumprir sim.


Enfim, boa leitura, maninhas lindas. <3

Capítulo 8 - 8. And how You got me blind is still a mystery.


8. And how you got me blind is still a mystery.  

 

 

 

 Gerard dormiu com Frank diante de si, com os flashes daquela noite bem diante de seus olhos, quase o fazendo precisar se aliviar com a mão, antes que enlouquecesse bem em sua cama. Gerard também sonhou com Frank… E o sonho não era tão empolgante quanto na vida real, uma vez que Frank o perseguia com uma machadinha, gritando que o amava, vestido de bailarina, com Mikey como seu cúmplice, carregando uma serra elétrica. O ofegante e atordoado Gerard entreabriu seus olhos drasticamente, e acordou também com Frank bem diante de seus olhos.

 É sério, literamente.

 

- Ei, gatinho. – A voz rouca de Frank era fascinante, principalmente pela manhã… Principalmente quando era a primeira coisa que Gerard escutava, após uma noite tumultosa e quase estressante demais. A imagem de franca de bailarina, correndo histericamente atrás dele, implorando por sexo e tudo mais, desapareceu da cabeça de Way em súbito, quando, assim, tudo o que pode enxergar foi aquele par de olhos cor de avelã que significavam toda a sua perdição.

 

 Por um momento, Gerard esqueceu que estava com sua camisa dos Flinstones, calça listrada preta e branca e com uma pseudo-ereção matinal se formando debaixo dos lençóis, quando tinha Frank sorridente e tão oposto da imagem que ele mesmo moldava para si. Ele era apenas um garoto doce, de sorriso sincero, feições coradas e um olhar que beirava o “maravilhado”… Gerard deveria estar amassado, inchado de sono, com a cara mais redondada do que a sua própria bunda, mas, ainda sim, Frank o olhava como se não houvesse mais ninguém no mundo para ele.

 E Frank sabia: não havia mais ninguém, ninguém mesmo.

 

- Você é adorável dormindo. – Frank estava desconfortável, ajoelhado ao lado da cama de Gerard, mas sabendo que era a criatura mais adorável do mundo com os braços apoiados sobre o colchão dele, o queixo sobre as mãos e olhando-o fixamente. Okay, talvez Frank estivesse bancando o stalker bizarro, mas… Já deveríamos aprender que ele nunca se arrependia. No Crepúsculo de sua vida, Frank era Edward, o creepy desesperado que vigiava Gerard, sua Bella, sem qualquer noção de privacidade.

 

- Você parece uma assombração. – Era a maior mentira do mundo, claro. Frank era lindo, ainda usando a roupa do dia anterior, com ligeiras olheiras debaixo dos olhos e tão carinhoso em seu olhar, que Gerard escondeu o rosto com o lençol colorido, afundando-o também contra o travesseiro, tentando escapar de Iero.

 

- Hummm… Alguém acorda de mau humor, que sexy. – Ignorar Frank era o mesmo que falar “Por favor, venha para cima de mim”, o que o garoto imediatamente fez. Subiu sobre a cama, cuidadosamente, puxando o lençol, em atos nada delicados dessa vez, enfiando-se naquela pequena e estreita cama com Gerard ao seu lado. Ou melhor, quase subindo em cima dele, sem qualquer cerimônia de anunciação. – Esse quarto é a sua cara mesmo.

 

 Frank já havia tido tempo de ver tudo. As paredes cheias de pôsteres de filmes de ficção, uma prateleira repleta de livros impecável em sua arrumação, assim como sua escrivaninha pequena, do lado oposto da cama. Havia uma janela enorme ali também, mas estava disfarçada com cortinas grossas de um azul escuro, que quase trazia sobriedade ao quarto. Para um homem de mais de trinta anos, Gerard tinha um quarto de um adolescente de quinze anos. E Frank estava adorando isso.

 Não só por descobrir que ele era um completo nerd virgem, aparentemente, mas por saber que já tinha noção pré-definida de seus gostos, tudo aquilo que Frank duvidava encontrar na vida. E sempre iria querer descobrir mais, sua inconveniência era extravagante demais para alguém pequeno, por isso, puxou o lençol para que o seu corpo também ficasse completamente coberto e deixou-se levar pelo fato de estar tão próximo de Gerard, como nunca. E em uma fodida cama!

 

- Você está invadindo a minha privacidade e… Oh, okay. – Gerard havia pensado em gritar, mas a mão de Frank espalmando suas costas, os dedos sendo quase um paraíso para ele, mesmo que ainda sobre a sua camisa que usava. E piorou, quando Frank sussurrou um “Você cheira bem, é hipnotizante”, que fez Gerard gemer com um pouco de sensibilidade demais para alguém que fingia não se importar em ganhar carinho, o rosto virando-se um tanto em direção ao garoto, percebendo que estavam ridiculamente próximos demais.

 

 Frank havia praticamente colado a lateral de seu rosto ao dele, a pontinha gélida de seu nariz e do piercing deslizando por sua bochecha, em movimentos não muito característicos de alguém que não parava quieto. Mas, uma vez que Frank se deparou com o quanto ele cheirava bem (algo entre erva doce, café e cigarro, uma mistura muito agradável disso tudo), a bateria que morava no peito de Iero desenfreou, mas seu pequeno corpo era quase um peso morto sobre Way, incapaz de mover-se e perder o contato que tinham. Ainda que afagasse suas costas, ainda que uma das pernas já se enroscasse na dele, Gerard percebeu que ele era cuidadoso, quem sabe um reflexo do comportamento nada delicado vindo de Gerard na noite anterior.

 Way poderia ser um poço de indelicadeza e impaciência ás vezes, mas, tratando-se de Frank, nenhum dos dois surpreendeu-se quando Gerard levou uma das mãos para a camisa do menor e, em atos preguiçosos demais, adentrou o tecido fino, em busca da pele do outro. Era como se Gerard, então, houvesse mergulhado de uma só vez em Frank.

 Na maciez daquela pele e como ele parecia o completo oposto que dizia ser por aí, parecia pequeno, delicado, frágil sob os dedos carinhosos de Gerard. Um garoto que nunca havia sido tocado daquela forma de verdade e era a mais pura verdade… O número de camas que havia passado não significava nada quando era tocado como cada pedacinho seu fosse o bem mais precioso de um mundo que só os dois repartiam. Frank sentia seu peito explodir por dentro, por isso se calou, por isso se concentrou em tudo o que Gerard estava representando para ele.

 Não só o cara do mercado, ou o professor esquisito ou o esquentadinho que odiava fama e atenção, ou… Gerard era inúmeras coisas para ele. E por ser uma quantidade inominável de “Gerards” em sua cabeça, Frank percebeu ele representava tudo. Não de uma forma obsessiva e ridícula, como alguns casais faziam por aí, mas em um tom de descobrimento que lhe arrancava um sorriso doce, alguns arrepios fortes e uma vontade sem fim de se plantar naquela cama e criar raízes. Se alimentar de Gerard e o que sentia.

 E não, Frank não era um zumbi. Só estava apaixonado… Embora dar umas mordidinhas em Gerard parecesse uma boa opção.

 

- Você passou a noite aqui? – Way quebrou o silêncio, percebendo que praticamente levantava a camisa de Frank, fazendo-o mover-se minimamente, encolhendo-se contra seu corpo, conforme ronronava em resposta. Gerard sorriu, um sorriso que Frank não havia visto, enquanto afundava seu rosto contra os cabelos escuros do outro, emitindo mais um barulhinho estranho, mas que Way havia achado adorável. E não é que Frank poderia mudar de Chucky, o brinquedo assassino, para um bichinho fofo de pelúcia de uma hora pra outra?!

 

- Dormi como um anjo… E acordei mais cedo pra fazer café pra você, espero que goste… Mas não saia agora, aqui está muito confortável. – A mão de Frank fez um caminho um pouquinho ousado, descendo quase para a bunda de Way, que precisou conter a sua bicha interior para não empiná-la, pedindo aos céus que Frank Iero não destruísse sua pose de bom moço com aquela mãozinha atrevida. – Precisa de um pouquinho de sexo matinal pra me perdoar por ontem? – E ele iria começar, claro. É óbvio, nítido, evidente, meu caro Watson, Frank Iero não sabia brincar e era agressivo, ainda que fosse bem manso ao afagar e cheirar Gerard em toda sua quietude. – Eu sou muito bom com boquetes, pra sua informação…

 

- Frank! – Gerard tentou adverti-lo, pronto para virar-se de lado, a mão de Iero graciosamente deslizando para a lateral de sua cintura, enquanto a de Gerard se apoderava da dele, fazendo Frank quase perder-se no quão grande e acolhedora era sua mão naquele ponto de seu corpo. Então, por sua posição ser de certa vantagem sobre um Gerard mais do que sonolento e anestesiado, Frank não demorou a adiantar sua mão para um volume especial na calça de tecido tão fino de seu pijama. E constatando o que dizem por aí sobre homens de dedos tão longos e apetitosos, como os dele: Gerard tinha um monstro fálico dentro daquela calça. E Frank adorava monstros, principalmente fálicos.

 

- Opa! Acho que alguém fica bem animado quando acorda e… E… Bem… Hum, grande. – Frank quase gemeu o adjetivo, deixando Gerard ainda mais vermelho do que havia se tornado, quando a mão dele o espalmou. Way não havia reparado, era como se fosse totalmente natural ficar duro ao lado daquele exemplar pequeno de luxúria humana, tão normal, que Gerard esqueceu por completo o que diabos poderia estar ocorrendo do lado de fora daquele quarto. Se é que ocorria algo naquele bairro ridiculamente pacato… Mas, cá entre nós: estava.

 

- Frank… Frank, quer… Tirar a mão daí? – Gerard praticamente grunhia, recuando o quadril, assim que o espalmar tornou-se praticamente um “agarrar”, que o fez quase destruir sua tranquilidade mental ao reparar que mão de Frank era pequena demais para ele. Tentou focar-se em outra coisa e aqueles dois segundos de concentração em algo que não fosse a abusada mão de Frank e o fato de que fingia recuar, mas não queria levantar por nada do mundo. Ao mesmo tempo, sua sanidade fez Gerard escutar um burburinho, não muito ao longe. Um conjunto de vozes que pareciam aumentar cada vez mais. – Frank… Que barulho é esse? Quer prestar atenção em mim? – E desceu a mão, trêmula, por sinal, para cima da dele e, se Frank não estava louco ou fantasiando demais, ele havia o apertado um pouco contra si, antes de afastar Frank de toda a sua dureza.

 

- Ei! É difícil prestar atenção quando você está todo preparado pra mim e… - Frank entreabriu os olhos, quando o sentiu recuar de uma vez. Todo o calor de seu corpo esvaindo, trazendo a ele um choque de temperatura e vazio, quando Way fez questão de tirar o lençol de cima dos dois, quase jogando-o no chão. O barulho era mais alto e parecia não vir de uma TV ou rádio, parecia vir do lado de fora da casa e Gerard imediatamente olhou para Frank, acusação planando em seus olhos verdes. – Ei, aonde você vai?! Gerard! – Exclamou, quando viu que seu sorrisinho simpático e as bochechas coradas não iriam enganá-lo. Gerard se levantou, saltando da cama desajeitadamente e pouco se importando se a sua barraca estava mais do que armada naquela calça ridícula, que Frank olhava aquilo tudo com tamanha devoção, ao que ele se aproximava da janela de seu quarto. – Não! Não, ei… Volta aqui pra cama, eu… - Novamente, era tarde demais. Frank se esparramou na cama, afundando o rosto contra o travesseiro e deliciando-se um pouco mais com o cheiro de Gerard, enquanto o escutava abrir as cortinas e, logo em seguida, a janela. Com a mesma velocidade com que a abriu, fechou, quando entendeu perfeitamente o porquê de Frank parecer um pequeno filho de chihuahua que havia comido todo o papel higiênico da casa. – Você vai ficar bravo comigo de novo, não é?!

 

- Você tem dez segundos pra me explicar o que toda essa gente está fazendo na porta da minha casa! – Gerard gritou. Pois é, o professor aparentemente calmo e centrado… Okay, quem queremos enganar?

 

 Gerard não era nada daquilo, principalmente quando viu a sua varanda empilhada de repórteres e suas câmeras caras… A rua pacata, agora movimentada com carros e vans de veículos de comunicações, alguns que sequer havia ouvido falar na vida. E todos eles provavelmente o haviam registrado de pau duro, um foguetão preparado para decolar, abrindo a janela de seu quarto com seu pijama tão ridículo quanto aquela situação constrangedora.

 Ele queria bancar o calmo, ao virar-se para Frank e vê-lo agora sentado, ajoelhado na sua cama, com a roupa toda bagunçada, o cabelo despenteado e o ar acuado, mas não conseguia. Nem mesmo quando o rapaz sorriu, o pequeno chihuahua transformando-se no Frank cara de pau que Gerard conheceu naquele mercadinho.

 

- Não sei, eles fazem muito barulho, sabe? Acordei umas quatro da manhã com essa gente toda montando as tralhas deles na porta da sua casa. – Deu de ombros, tentando amenizar tudo com um sorriso, arrastando-se para a beirada da cama, conforme Gerard se aproximava, as mãos na cintura e um olhar pesando sobre o garoto, que tentou puxá-lo pela cintura, percebendo que o volume, quase rente ao seu rosto, parecia mais calmo do que alguns minutos atrás.

 

- Frank Iero! – Gerard segurou as mãos dele, quase que imediatamente, mas sem afastá-las de si. Queria ganhar atenção e conseguiu, notando Frank um pouquinho acuado. Quase nada, pois o garoto ainda queria acreditar que poderia reverter Gerard e toda sua preocupação a respeito daquilo tudo… Era só… Só fama, só mentiras que nunca seriam quem ele era de verdade. Só todas as coisas que Gerard mais abominava no mundo e Frank estava começando a ter uma noção disso naquele exato segundo. – Você chamou a imprensa pra minha casa?! E responda direito, sem piadinhas! E sem esse sorriso maníaco!

 

- Não! Eu não chamei ninguém, Gerard. Pode ter sido o post de ontem… A foto e tudo mais. – Frank gesticulou, afastando as mãos de Gerard visivelmente um pouco sem jeito. Respirou fundo e colocou-se de pé, no pequeno espaço entre Gerard e a cama, recebendo aquele olhar verde e mais fulminante do que sabres de luz o fatiando em mil pedacinhos. – Eles devem ter vindo aqui pra saber mais sobre você… Tirar umas fotos. É o procedimento hollywoodiano. É uma bosta, mas é o que fazem. Se quiser… - Pensou em mil coisas, em retirar a foto da internet, durante a madrugada, mas não conseguia… Não iria de deixar de expor que alguém estava o fazendo feliz pela primeira vez na vida. Por mais que milhões de pessoas fossem ver aquilo e que a pessoa em questão estivesse odiando toda aquela situação. Estaria Frank estragando suas chances? Fiquem ligados nos próximos capítulo dessa novela mexicana passada em solo americano.

 

- Você vai descer agora e dar um jeito de se livrar dessa gente. Eu não quero saber como, mas… - “Hey, Gerard, eu…”, Frank tentou intermediar, tocando-lhe os ombros, mas Gerard prontamente recuou seu corpo e se direcionou para o armário, próximo à janela, para buscar alguma roupa decente ou apenas fugir dos olhos grandes e adoráveis de Frank. – Dê um jeito, Frank… Se você quiser olhar pra minha cara depois disso tudo, você vai tirar essa gente daqui.

 

 E Gerard dramaticamente se manteve de costas, podendo imaginar o olhar entristecido de Frank, ao que os passos dele demoraram a ecoar pelo quarto, denunciando que estava de saída. Cinco minutos de silêncio, de Gerard quase virando e pedindo desculpas para Frank… O que não ocorreu, não naquele momento e enquanto ele não achasse que estava em um Big Brother da vida real de muito mau gosto.

 Quando Frank saiu do quarto, entreabrindo a porta, ao mesmo tempo em que Gerard fingia se entreter com um paletó vermelho berrante que havia usado em um momento chamado nunca, o mais velho sentiu um peso drástico sobre si. Geralmente ele era o cara simpático, o professor que os alunos sequer precisavam puxar saco para ganhar uma nota boa… O namorado paciente e controlado, que poderia aguentar semanas de drama sem abrir a boca sobre qualquer besteira.

 Ele não entendia o que acontecia quando estava perto de Frank, quando ele se tornava o oposto de tudo o que acreditava ser. Gerard se tornava intenso, ligado em sensações que causavam tremores por todo o seu corpo e lhe arrebatavam com reações como aquelas: quando decidia ser um completo boçal com o cara que havia ganhado o seu coração em tempo recorde.

 

- Você pegou pesado, sabe? – Mikey era aquela espécie de irmão fantasma, que surge em seu quarto em momentos inapropriados, como, por exemplo, quando Gerard colocava certos episódios de certas séries intergaláticas para se “animar” um pouquinho. Entenda “animar um pouquinho como quiser”. “Você estava escutando tudo?!”, Gerard exclamou, fechando a porta do armário em um estrondo, enquanto ainda escutava certo barulho vindo do andar inferior. – Eu também acordei com essa gente desocupada… Gerard, agora me diz, qual a porra do seu problema?! – Mikey cruzou os braços, aparentemente já estava vestido e arrumado para fazer “sabe-se lá o que”, com um moletom listrado, calças que apertavam até suas bolas e coturnos gastos, o tipo de roupa que usava desde os quinze anos. E foi aquele adolescente enxerido que Gerard viu diante de si. – Ele realmente gosta de você! Então você decide fugir e fazer alguma merda sempre que está próximo de ser feliz de alguma forma. Seja por causa de um pau, seja por causa da sua vida acadêmica… Assim não dá!

 

- Eu não fujo. – Gerard cruzou os braços, se encostando contra o armário e encarando um Mikey ainda mais irritado, que retrucou com um “Você sabe que sim!”, apontando seu dedo magrelo em sua direção. – Okay, eu não sirvo pra essas coisas… Ainda com mídia no meio. Eu sou um zero à esquerda, okay? É pra ser assim… Pessoas como Frank cansam de pessoas como eu… É a ordem natural das coisas. – Pronto, foi o suficiente para fazer Mikey revirar os olhos e quase assassinar Gerard com os ossos que chamava de mãos.

 

 Aquele era o Gerard que estava se escondendo dentro do armário novamente, como quase havia feito quando mais novo. Não que ele fosse dar uma de pseudo-hetero, fingir apaixonar-se por uma mulher e ter uma filha com nome de cachorro, mas era o armário onde Gerard se rebaixava. Ele havia sempre sido o cara assumido, de bem com sua sexualidade, até o momento em que sua auto-estima estava em jogo. E digamos que ela era baixa. Muito baixa.

 Tão baixa quanto o pequeno Frank que parecia querer levantá-la a qualquer custo. E quanto mais estava próximo de transformar Gerard em um homem de trinta e tantos anos que sabia o que queria da vida, além da arte, mais Way se tornava um pequeno floquinho de neve prestes a derreter e virar uma pocinha de desolação e solidão.

 

- Eu acho que você está totalmente enganado. – Mikey retrucou, afastando-se da porta, quando viu que o irmão estava prestes a fugir do próprio quarto, vendo-o vermelho por inteiro. Até a ponta daquele narizinho ridículo e fino estava naquele tom e isso só o motivou a segui-lo em direção às escadas, na tentativa de ser o mais implicante possível. E nem sequer reparou que a movimentação do andar inferior e do lado de fora da casa havia cessado abruptamente, o que foi apontado no segundo seguinte por seu irmão e sua graciosa e irritante mania de desviar do assunto em momentos propícios.

 

- Eu acho que está totalmente silencioso e isso é esquisito pra caralho. – Gerard resmungou consigo mesmo, desnorteado o suficiente para descer as escadas de dois em dois degraus. Como caiu? Até hoje a ciência não sabe, mas chegou rapidamente no andar inferior, deparando-se com a sala vazia. Sem nenhum rastro de Frank Iero e todo o colorido e escândalo que trazia sempre consigo. Sem sinal, principalmente, de todos os repórteres amontados do lado de fora da casa dos Ways.

 

 E como Gerard sabia disso? Era só olhar para as janelas entreabertas, o vazio do lado de fora da rua e, se fosse possível, poderiam até escutar grilos pelo bairro, tamanha a pacificidade que emanava, como se nenhum papparazzi nojento ou repórter desocupado tivesse passado por ali. Gerard correu até uma das janelas, entreabriu cuidadosamente a cortina escura, até encontrar o nada… A rua deserta, desprovida de carros e pessoas, ainda que alguns vizinhos se amontoassem nas janelas de suas casas, assim como ele.

 Antes que o vissem, Gerard desapareceu do campo de vista, notando que Mikey havia rodado o andar inferior, saindo do banheiro dos fundos da casa e da pequena sala, onde guardavam suas quinquilharias, com uma expressão perdida em seu rosto. Gerard queria tranquilidade, não queria? Então porque se sentia desprovido de algo, perdido e vazio em sua própria casa? Porque queria sair porta à fora e ir atrás de qualquer coisa que o fizesse sentir-se inteiro novamente?

 Porque ele queria Frank. E Frank não estava ali.

 

- Ele foi embora? – Gerard perguntou para si mesmo, uma das mãos ajeitando a camisa em seu corpo, ao que caminhava errantemente pela sala, como se fosse encontrar um pequeno Frank escondido atrás do sofá, pronto para gritar “Surpresa!” e lhe matar do coração. Ele se desesperou internamente por isso, acreditando que havia feito a merda do século por não ter Iero ali. 

 

 Então Gerard caminhou até a cozinha, deparando-se com a geladeira repleta de imãs coloridos, aonde o pequeno quadro de avisos jazia, como se algo o levasse até ali. E quando viu o recado ali escrito, entendeu o que era sua inquietação tão repentina… Frank ainda estava ali, de alguma forma… Estava em sua letra esquisita, em um emoticon sorridente e desenhado por ele no pequeno quadro de recados. Ele estava bem ali, no “Frank Iero esteve aqui” escrito por ele, que fez Gerard sorrir. Nem em um milhão de anos ele apagaria aquela mensagem. Nem que fosse obrigado a escrever a lista de compras na própria geladeira ou nas paredes da cozinha.

 E, olhando o cômodo melhor, Gerard não pode conter um resmungo surpreso, ao ver a bancada posta com pratos e copos, bem organizados, alguns sanduíches pequenos feitos e um cheiro absurdamente gostoso e incrível de café. O gordinho interior e exterior de Gerard falou mais alto, fazendo-o caminhar até a bancada e tomar um dos sanduíches, com um sorriso carinhoso no rosto. Se alguém gostaria de ganhar definitivamente o seu coração e, principalmente, seu físico arredondado e fofo, era só fazê-lo com comida.

 

- Oh, ele realmente fez café da manhã pra mim. – Gerard resmungou, falando de boca cheia e mostrando toda a educação do mundo ao colocar quase todo o sanduíche na boca, como também mostrando seus atributos especiais orais. Entenda como quiser.

 

- Tem certeza de que Frank é o tipo de pessoa que você “acha” que ele é? – Mikey se uniu a ele, roubando um dos pequenos sanduíches, recebendo um olhar mortal do irmão, o mais intenso que lasers, mais poderoso que Lord Voldemort e Darth Vader juntos. “Eu sei que não”, Gerard respondeu seco, em um reflexo pelo sanduíche roubado, enquanto o irmão se sentava no banquinho diante da bancada e lhe dava mais um de seus inúmeros sermões. – Então para de ser pau no cu. Vai dar uns beijos naquela boca, dar essa bunda caída… Ou comer a bundinha dele, vocês é quem decidem essas coisas. Mas… - Gerard estava tão vermelho que achou que fosse explodir. Ou talvez fosse o quarto sanduíche que estava comendo em menos de cinco segundos, enquanto tentava colocar o café em uma das canecas de Star Wars que lhe pertenciam. Tão distraído, acabou permitindo que o inevitável acontecesse, deixando que café (aparentemente muito bem feito) de Frank sujasse quase toda a bancada e respingasse contra a calça de seu pijama, fazendo-o xingar alto e quase derrubar tudo de uma vez: a caneca, o prato com sanduíches, a cafeteira e sua teimosia em não levar as palavras de Mikey à sério, quando o irmão continuou, mais firme do que antes. – Você sabe bem o que merece, Gerard. Não negue isso… Não faça uma merda dessas.

 

 Gerard não o respondeu e Mikey muito menos esperou.

 Anos de terapia do silêncio, de um irmão temperamental e que se colocava para baixo o tempo inteiro, não importa o que Mikey se propunha a falar, o havia feito se tornar expert em tolerar tanto drama. Então apenas o assistiu limpar a bancada com um guardanapo, pacientemente, tão pensativo, que Michael apenas sorriu. Abriu seu sorriso quase maníaco, digno de Norman Bates, não por pensar em fatiar Gerard com aquela faquinha de manteiga (o que não era uma má ideia, se continuasse a fazer cu doce), mas por saber que o irmão mais velho estava pensando no que havia dito.

 Então o assitiu afastar-se subitamente da bancada, sumindo da cozinha por alguns simples minutos. Alguns ruídos no andar superior, resmungos de Gerard consigo mesmo e Mikey observando o teto branco da cozinha, como se conseguisse ver o irmão andando de um lado para o outro em seu próprio quarto, ele retornou com o celular em mãos. E, displicente, o empurrou para cima de Mikey, que foi obrigado a segurar aquele aparelho em questão de segundos, antes que mais um conflito dramático se iniciasse.

 O que encontrou na tela do celular o fez dar um salto súbito naquele banquinho pequeno, do tamanho da sua bunda magrela, colocando-o de pé. “Eu fui um idiota mais cedo… Podemos tomar um café juntos amanhã? Acho que já sinto sua falta.”, havia sido escrito pelo irmão e enviado há menos de dois minutos. E Mikey se sentia orgulhoso, bizarramente orgulhoso e pronto para se jogar em cima do irmão, quando o celular apitou em sua mão. Antes mesmo que se atrevesse a olhar a resposta do seu ídolo/futuro cunhado, Gerard arrancou o aparelho de sua mão e se lançou para o outro extremo do cômodo, antes que fosse incomodado.

 

- O que ele respondeu?! O que ele respondeu?! – Fugir de Michael era a mesma coisa que nada, já que sua voz insistente e, naquele momento, mais do que irritante, ecoou incansáveis vezes do outro lado da bancada, por mais que estivesse de costas e com a cara quase enfiada contra a parede, tentando conter o que quer que estava acontecendo consigo.

 

 Gerard se sentia tão pateticamente feliz, que tinha certeza de que poderia começar um musical ridículo naquela cozinha, cantando sobre o príncipe encantado que a sua princesa da Disney interior encontrou, depois de tanto tempo. Mas se conteve, ainda que sorrisse e sentisse um arrepio percorrer todo o corpo, uma vez que viu a mensagem extensa e tão típica vinda de Frank.

 “Você é um idiota adorável, mas eu te perdoo... E sim, claro que quero tomar um café… Tomar também outras coisas, se quiser. Não nego um pedido seu por nada. P.S.: Me desculpe ter sumido, aqueles caras só sairiam daí, se eu fizesse uma das minhas loucuras, então decidi correr pelo bairro, até pegar um ônibus e sentar no colo de uma senhora de oitenta anos, acho que eles tem material meu por pelo menos uma semana. Enfim, eu sinto a sua falta, pra caralho.

 

 

-

 

 

 Do outro lado da cidade, Frank estava com um sorriso tão grande quanto o de Gerard ao ver sua mensagem. Já havia lhe dado aquela resposta há horas, relido a dele e, inclusive, planejado o casamento dos dois com direito a uma viagem ao Caribe, uma cerimônia com temática espacial em homenagem à Gerard e seu gosto excêntrico e Frank chorando compulsivamente quando o via subir ao altar. Parecia perfeito, mas Iero precisava voltar ao mundo real, no qual talvez estivesse um pouquinho fodidinho, tudo bem inho mesmo.

 Infelizmente, ele não poderia vestir seu terno vermelho berrante e seus sapatos brilhantes para se casar com Gerard, não no momento, e duvidava que o futuro noivo fosse deixar uma atrocidade extravagante daquelas acontecer, então decidiu dar uma volta pela cidade. Certo… O “dar uma volta” tinha nome e sobrenome e, quando parou diante do apartamento de Jeph Howard, o amigo que parecia ter sido esquecido por Frank, mas que não negou seu chamado quando o descompensado Iero implorou para buscá-lo e ser sua companhia em uma “missão”.

 

- Ah, meu Deus! O que deu em você?! – Jeph praticamente gritou, após sair da entrada antiga de seu prédio, contornando o carro de Frank em passadas rápidas, até alcançar o lado do carona, tudo rapidamente, antes que alguém percebesse que Frank Iero estava naquela rua tão movimentada. Largou-se ali, fazendo Frank reclamar da forma como estava tratando seu carro, em um resmungo irritado, enquanto o amigo continuava. – Você some por dias! Daí posta uma maldita foto no instagram… Aquela do cara do mercado… E aparece nos canais de TV em plena manhã de sábado tocando o maior terror em Nova Jérsei! Eu não acredito que essa sua loucura chegou a um ponto tão crítico!

 

- Ei! Vamos com calma, pequeno gafanhoto… Vamos com calma! Não é uma loucura total, talvez só um pouco, mas… - Antes que Jeph o interrompesse, Frank fez um gesto dramático com uma das mãos, levando esta, logo em seguida, para a chave de ignição do carro e acionando-o bruscamente. Talvez aquilo fosse uma espécie de quase sequestro, já que havia dito para Jeph que só queria dar uma volta… E não que queria levá-lo para Nova Iorque em seu carro, em alta velocidade e sem seu conscentimento. – Digamos que as coisas estão caminhando bem… Acho que o “cara do mercado” gosta mesmo de mim. – Usou de ironia para mencionar Gerard daquela forma, afinal, em sua cabecinha desregulada os dois já eram até casados, e ele já havia deixado de ser “o cara do mercado” há muito tempo.

 

- Gostar… Gostar mesmo? – Até Jeph duvidava que alguém fosse gostar de toda aquela piração ambulante, mas, ao ver o sorriso nada maníaco em Frank, um quase doce e bonitinho, típico de princesas da Disney, teve certeza de que era bastante real. “Sim, ele não quer saber da fama, de nenhuma parte dessa indústria de merda… E ele me fala coisas que eu sei que não gosta de repartir com mais ninguém. E eu acabo fazendo o mesmo, acho que ele tem algum poder mágico sobre mim…”, Frank era sonhador demais, mesmo que já tivesse arrancado o carro e dirigido furiosamente pelas ruas, um lado que assustava Jeph mais do que todos os filmes ruins de terror feitos por Frank Iero juntos. – Então isso é mesmo mais grave do que eu pensei. Há quanto tempo você não se droga ou enche a cara até perder os sentidos? – No mundo de Frank Iero, aquela pergunta era crucial e por mais que Jeph soubesse a resposta e visse na agitação de Iero, causada por outros motivos, Frank o respondeu com tudo aquilo transbordando mais e mais.

 

- Umas duas semanas. Isso é algo bom, não é?! Digo, era pra eu estar com a cara enfiada em um montinho de pó numa hora dessas, mas… Acho que encontrei algo mais viciante. Eu não preciso de drogas pra me deixar anestesiado, nem bebida pro mundo parecer mais tolerável… Eu só… É esquisito precisar só dele? Não em uma questão de dependência doentia, mas… Eu tenho alguém. Um professor nerd e chato, que se veste bem estranho, mas eu tenho. – E quanto mais falasse “eu tenho”, mais Frank sentia as palavras ganharem forças em sua boca,  mais o contagia a acreditar que tinha alguma coisa. Algo que estava construindo, que não iria deixar largado, como abandonava seu Lego, quando criança ou todas as pseudo-conquistas amorosas que fazia. Muito longe daquilo. Ele ainda queria mais.

 

- Não acredito que esse tipo de coisa aconteceu logo com você… Eu achava que Frank Iero era imune, sabe? O mundo está bastante perdido, mas pelo o que a mídia está falando a seu respeito… Acho que você conseguiu se tornar o novo queridinho da América por “namorar” um humano tão comum. – Jeph o cutucou com o indicador em um dos ombros, antes de decidir colocar o cinto de segurança, assim que Frank fez questão de passar por uma lombada a mais de oitenta quilômetros por hora em uma via movimentada. Talvez eles fossem morrer antes mesmo do mundo comprovar que Frank Iero tinha salvação. – E o que vamos fazer agora? E as festas? Você está se aposentando? Isso é real?! – Jeph começou a se preocupar de verdade, pensando em tudo no qual a amizade dos dois se resumia… Frank era um amigo atípico, ele tinha conformidade a respeito disso, mas se estava abandonando toda aquela vida louca para investir em um romance relâmpago, Jeph sinceramente tinha medo de acabar ficando para trás. E Frank sabia disso, por isso repreendeu o amigo imediatamente.

 

- Cale a boca, Jeph! Acho que encontrei um novo foco artístico pra minha vida e isso é bastante importante. Afinal, eu nem precisei contatar aquela cartomante de novo ou tentar exorcismo pra receber uma energia diferente… Eu estou bem e não vou abandonar o meu amigo só por tentar algo mais “normal”. – Frank gesticulou, assustadoramente dirigindo com apenas uma das mãos e olhando para o amigo, como se não estivesse ultrapassando um sinal e fizesse Jeph se agarrar às laterais do assento, tentando lembrar-se como rezar um maldito “pai nosso” antes que acabassem virando carne moída ou churrasquinho em algum acidente trágico. – Eu quero voltar a fazer o programa, sair dessa pausa… Fazer uma edição especial.

 

- O que você quer dizer com isso? – Jeph desviou o olhar para Frank, que agora ganhava toda a sua atenção, ainda que estivesse tentando matá-los com aquele carro, agora adentrando uma estrada estreita, deixando, gradativamente, aquele bairro residencial. – Você enlouqueceu, não foi? Você disse que não queria entrar em um estúdio tão cedo, disse que não aguentava mais aquelas pessoas e…

 

- Nop. Eu não aguento mais, odeio todo mundo mesmo… Enfiaria uma bomba no rabo de todos aqueles produtores, porém… Eu não quero falar mais sobre cachorros ou tatuadores. Eu quero falar sobre mim. – Disse tudo rápido, dando um soco no rádio, fazendo um pop, vulgo Justin Bieber, ecoar por todo o carro, para sua felicidade (que prontamente começou a coreografar a música sem nem pensar duas vezes) e para a tristeza de Howard, que não fazia a menor ideia do que Frank queria fazer com a sua vida. E aquilo era assustador.

 

 Okay, Jeph morria de medo de tudo o que Iero se propunha a aprontar e não fazia a menor ideia no que aquilo iria resultar de verdade. Nem mesmo Frank, nem mesmo eu… Nem mesmo você, caro leitor. O que Frank Iero iria aprontar de verdade iria mudar não só a sua carreira, como também a sua vida. E ele nem ao menos fazia ideia disso.

 

 

 


Notas Finais


TÓPICOS FINAIS RAPIDAMENTE

- Esse começo <3 Esses dois na cama <3 Esse Gerard com a barraca armada <3
- Eu amo essa troca de mensagem simples entre eles, mostra um avanço absurdo do Gerard e mostra também que VAI, BRASIL, AGORA VAI. Não sei o que "vai", mas vai.
- Mikey é a melhor pessoa, inclusive, sempre auxiliando os ships, porque olha, Ô GENTE DIFÍCIL, SINCERAMENTE.
- E Jeph muito amorzinho também, inclusive. Ainda vou colocar Gerard pra conhecer ele, interações, vamos saber mais um pouquinho do Howard, essas coisinhas.
- Não vão achando que esqueci de Bert McCracken nessa caralha. <3
- É isso, pessoinhas. ♥


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