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História Bleach: Death and Strawberry - Death and Strawberry


Escrita por: Glatteis

Notas do Autor


Este capítulo era algo que eu tinha que fazer. Me senti na obrigação de colocar um final mais digno no final da obra que terminou de maneira tão lamentável. Princípios e ideais jogados no lixo, e história sem os desfechos merecidos e tão aguardados. Essa é uma das formas que eu vi de me expressar e talvez mudar a visão de vocês sobre o final de Bleach, e mesmo não sendo oficial, talvez seja a que eu guardarei no meu coração como o "verdadeiro" final.
Talvez muitos aqui compartilhem dessa minha visão.
Boa Leitura!

Capítulo 1 - Death and Strawberry


                “Não sei ainda”, disse Akon com receio, “Estamos recebendo leituras muito estranhas”, continuou “Leituras idênticas as... da Reiatsu que Yhwach emitiu há 10 anos!”. Isso foi tudo o que Akon da 12ª divisão conseguiu dizer antes de um estrondo ensurdecedor fazer toda a Soul Society tremer. Naquele exato momento, Kuchiki Rukia havia acabado de ser promovida a Capitã da 13ª Divisão com ainda todos cumprimentando a nova Capitã no final da cerimônia. Tudo isso interrompido, trazendo de volta o sentimento de terror e desespero em seus corações.

– Todos os Capitães, em Formação! – Bradou Kyoraku no mesmo instante. – Não acreditei que isso fosse realmente acontecer, mas acredito que todos aqui sabem o que é esse sentimento.

– Mas é impossível! Yhwach foi completamente destruído! – Disse Soi Fong.

– Então... Ele vai voltar com o mesmo plano... Destronar o Rei das Almas... – Disse Toshiro.

– Então agora... Ele vai atrás do Aizen... – Disse Shinji. – Mal fazem 5 anos desde que ele tomou o posto do antigo Rei das Almas.

– E eu ainda não aceitei isso muito bem... – Reclamou Lisa.

– Tanto faz! Contando que eu possa chutar a bunda dele dessa vez! – Vangloriou-se Zaraki.

– Basta! – Disse Kyoraku.

                Rukia cerrou seus punhos suando frio.

– Ichigo...

                Kyoraku estendeu o braço direito e dispersou todos os Capitães para os locais onde havia concentração da Reiatsu de Yhwach. Kyoraku ficou na sala observando uma gosma preta na qual apenas ele havia notado naquele local sem informar os outros Capitães. O Comandante sacou sua Zanpakuto quando um vulto preto vestindo um kimono preto de mesma cor apareceu em frente a tal gosma brandindo uma espada branca. Kyoraku no mesmo instante embainhou sua espada e abriu um sorriso de lado. Essa pessoa fincou a espada branca na gosma, fazendo a mesma brilhar em profundo branco e em seguida, a espada a absorveu. Em questão de décimos, a tal pessoa sumiu num piscar de olhos.

– Novamente... – Começou Kyoraku. – Ele vem em nosso momento de necessidade...

                Em outros pontos do Seireitei, os outros Capitães ficaram abismados um após o outro. Todos os resquícios da Reiatsu de Yhwach iam sumindo, um após o outro. Rukia estava indo em direção ao único que havia restado, pois estava mais perto. Shinji se aproximou da nova Capitã, pois estava nas proximidades.

– E então, será que você consegue me explicar o que tá acontecendo? Porque eu não tô entendendo bulhufas. – Disse ele com sua expressão tensa.

                Rukia negou com a cabeça.

– Eu não entendo o que possa estar acontecendo. Primeiro sinais de Yhwach são encontrados, mas em questão de minutos, tudo some... Espero que esteja tudo bem com você, meu irmão...

                Byakuya se encontrava com Soi Fong que encontraram Mayuri próximo a um dos pontos na qual havia concentração da Reiatsu negra. Byakuya e Soi Fong balançavam Mayuri de um lado a outro gritando em sua cara com raiva.

– COMO ASSIM UM GAROTO APARECEU E LEVOU A REIATSU EMBORA?! – Gritou Soi Fong com seu conhecido gênio forte.

– Não brinque comigo Kurotsuchi! – Disse Byakuya. – Você provavelmente deu jeito de aprisionar a Reiatsu em algum recipiente especial e vai fazer pesquisas!

                Mayuri puxou uma urna de seu bolso interno e o mostrou para Soi Fong e Byakuya que pularam para trás e empunharam o punhal de suas Zanpakutos ainda embainhadas.

– Querem mesmo me tratar desta maneira? Vocês adivinharam muito bem o meu plano, mas... – Mayuri colocou a mão na tampa, fazendo Soi Fong e Byakuya cerrarem os dentes. Mayuri abriu a urna. – Sinto muito lhes dizer que está vazio.

                Soi Fong e Byakuya voltaram a balançar Mayuri de um lado para outro. Mayuri gargalhou.

– Tá de brincadeira com a minha cara?! – Gritou Soi.

– Enfim, não é algo para preocupação... – Disse Mayuri fazendo os dois o largarem. – Yhwach provavelmente nunca mais será um problema...

– Mas o que está dizendo? – Disse Byakuya.

– Se quer saber, vá atrás dela... – Disse Mayuri com um tom ameaçador. – Ela está prestes a encontra-lo...

– Rukia! – Byakuya sumiu no ar num piscar de olhos.

                Mayuri olhou para os céus da Soul Society e suspirou.

– Novamente um passo a minha frente, hein? Urahara...

                Após algum tempo, Rukia e Shinji finalmente chegaram ao destino, encontrando uma gigantesca concentração de Reiatsu. Rukia rapidamente desembainhou sua Zanpakuto enquanto Shinji apenas assistia, abrindo um sorriso em seguida. Rukia o olhou, preocupada.

– Que despreocupação é essa, Capitão?! – Disse ela.

– Sabe, agora que você é Capitã, pode me chamar pelo nome mesmo... – Riu Shinji. – De qualquer forma, abaixe sua espada, Capitã, não é com Yhwach que estamos lidando agora.

                O vulto negro finalmente chegou a frente dos dois. Sem delongas, a espada branca penetrou a Reiatsu remanescente de Yhwach e a absorveu em um piscar de olhos, finalizando todas as concentrações. A espada brilhou em branco-azulado e em seguida foi embainhada. Quando a poeira abaixou, se via um homem com uma grande espada embainhada em suas costas e a espada branca embainhada em sua cintura. Os cabelos laranja e pontiagudos não deixavam dúvidas, apesar de um pouco maiores.

– Yo! Rukia!

                Rukia engoliu em seco.

– I-Ichi-... ICHIGO!

                Ichigo sorriu. Rukia chegou perto dele e em seguida o chutou na cara.

– Seu idiota! Quase matou todo mundo do coração! Como se atreve a preocupar todos os Capitães desse jeito! Seu imbecil!

– Isso é jeito de me tratar depois de tanto tempo?! Eu vim até aqui pra cuidar de toda essa Reiatsu pra não causar problemas e é assim que me agradece?! Que tipo de Capitã é você?! Espera, você é Capitã agora? Parabéns, hein?

                Rukia o socou na cabeça.

– Calado!

                Após alguns minutos, todos os outros capitães chegaram ao local e em seguida se dirigiram a sala do Comandante Kyoraku novamente. Chegando lá, Ichigo explicava o porquê de ter voltado, quando desembainhou a espada branca novamente.

– Isso é uma invenção do Urahara... Essa espada absorveu todo a Reiatsu do Yhwach e da mesma forma, também tem um destino. Toda essa Reiatsu estava corrompida, e a espada a tornou na mais pura Reishi que já vi. E agora que já coletei tudo, meu trabalho está terminado. Eu devo voltar ao mundo dos vivos.

– Não acho que isso vai acontecer, Kurosaki. – Disse Byakuya. – Não podemos deixar toda a Reiatsu do Yhwach em suas mãos. Não podemos confiar no Urahara.

                Kyoraku deu um passo a frente.

– Não... Ele vai leva-la. Ele mesmo disse que isso já não é mais Yhwach, é apenas Reishi. A mais pura e poderosa manifestação de Reishi.

– Ainda assim é perigoso, se um Quincy botar as mãos nisso... – Byakuya procupou-se. – Ei, então é esse o plano do Urahara?! Ele vai colocar tudo isso nas mãos... Nas mãos do Quincy?!

– Sim... Todo esse poder pertence ao Ishida... – Disse Ichigo embainhando a espada novamente.

– Não brinque comigo! – Bradou Byakuya puxando sua Zanpakuto.

                Ichigo desembainhou sua espada que, para a surpresa de todos, estava em sua forma selada. Uma torrente de memórias passou pela cabeça de Rukia de quando ela liberou os poderes de Shinigami em Ichigo pela primeira vez. A enorme espada era a mesma. Uma energia fundida em cores negras e claras formou uma aura em volta de Ichigo.

– Você não vai me impedir Byakuya...

                Kyoraku colocou o braço entre os dois.

– Ora, ora... Eu já tomei minha decisão, pequeno Byakuya. Leve, Kurosaki Ichigo. Eu sei que posso confiar em Urahara. E principalmente no rapaz que foi crucial para a derrota do ser que quase nos levou a ruína. – Kyoraku olhou para Byakuya. – Você é um tanto mal agradecido, caro Byakuya.

                Os dois embainharam suas espadas.

– Tch! – Byakuya virou o rosto.

                Rukia se aproximou.

– Comandante! Permissão para acompanhar o Substituto de Shinigami de volta ao Mundo dos Vivos!

                Kyoraku sorriu despreocupado.

– Sim, claro! Não há tanta necessidade de manter você aqui, você pode ir. Sei que deve sentir saudades de seus amigos do outro lado.

– Sim! Muito obrigada! – Respondeu Rukia.

                Os dois saíram e enquanto uns os viam sair da Soul Society com confiança e alívio, outros ainda viam motivos para preocupação e até medo. Com a preocupação de que passar tal poder a um Quincy poderia trazer novamente a destruição de todos os mundos.

                A passagem de Ichigo e Rukia para o Mundo dos Vivos foi tranquila. Os dois batiam papo sobre como todos estavam e o que acontecia na falta de Rukia. Sobre a vida em si de cada um no Mundo dos Vivos, e sobre como Grimmjow e Neliel ficaram na loja de Urahara até voltaram para o Hueco Mundo.

– O que?! Harribel governa o Hueco Mundo agora?! – Disse Rukia surpresa.

– Sim. Ela levou em consideração o fato de que a rixa entre Shinigamis e os Arrancars não os estava levando a nada. – Disse Ichigo. – Apesar de ela não se importar nem um pouco com o que acontece com os Hollows menores que vivem fora de Las Noches, ou os que vêm para o Mundo dos Vivos... Isso ainda é um problema pros Shinigamis.

                Após chegarem ao Mundo dos Vivos, todos se encontraram novamente na Loja de Urahara. Ishida, Orihime, Sado, até mesmo Kon, Yoruichi, Ururu e Jinta, junto com Tessai e o próprio Urahara. Todos se dirigiram à base do subsolo da loja para efetuar a passagem da Reishi para o uso de Ishida.

– Então isso vai ser algo como quando eu usava a espada para liberar os poderes do Ichigo? – Disse Rukia.

– Exatamente. Eu fiz essa espada para este exato propósito. – Disse Urahara arrumando seu chapéu. – Bem, Kurosaki. Acho que já pode fazê-lo.

                Ichigo abriu um sorriso malicioso.

– Estocar uma espada no peito do Ishida... Vai ser engraçado...

                Ishida arrumou seus óculos.

– Sabe, eu acho que você não é a melhor pessoa pra isso...

– Então deixa comigo! – Disse Orihime se aproximando.

– Inoue? – Disse Ichigo.

– Eu queria ter uma ideia de como é a sensação já que a Rukia já fez isso duas vezes.

– Bem, você não tá perdendo nada. – Disse Rukia.

– De qualquer forma... – Orihime tirou a espada das mãos de Ichigo. – Aqui vou eu, Ishida! – Orihime segurou a espada com as duas mãos e começou a correr com ela com a ponta direcionada a Ishida.

                Ishida suou frio.

– Espera! Passa pro Kurosaki, PASSA PRO KUROSAKI!

                Uma explosão de luz saiu no exato momento da estocada. Uma aura de luz começou a sair dos pés de Ishida, que estava abismado com o tamanho do poder que tinha em mãos. Ishida tentou convocar um arco, resultando na projeção de um arco de 3 metros.

– Opa, opa! Calibra isso aí! O que você vai lançar desse arco? Bazucas? – Disse Kon.

                Ishida se concentrou um pouco mais até tomar o tamanho de um arco normal.

– Eu vou ter que treinar muito isso até poder convocar um arco de tamanho certo todas as vezes que precisar.

– E com sorte, você não precisará usar com frequência. – Disse Sado.

– Tem razão. – Ishida desfez seu arco.

– E agora voltando à pauta do que estávamos falando antes de você ir. Você já se decidiu Kurosaki? – Disse Urahara.

                Ichigo olhou para Rukia, que o olhou de volta com cara de dúvida. Ele voltou os olhos para Urahara e todos os seus amigos, que sorriram como quem já havia entendido o recado. Ichigo sorriu como quem agradecia a compreensão. Rukia olhou para todos e depois para Ichigo várias vezes.

– Ei, o que está acontece-

– Certo então! Eu vou voltar para a Soul Society. Eu vou me tornar um Shinigami de verdade!

                Rukia abaixou a cabeça e sorriu, fazendo um gesto de negação com a cabeça.

– Idiota... Você já é um Shinigami de verdade. Mais do que qualquer um possa dizer.

                Ichigo a olhou de volta, a fazendo corar um pouco.

– Talvez. Mas preciso provar isso pra mim mesmo também.

                Uma Jigokucho saiu de dentro do kimono de Rukia e abriu o Senkaimon.

– Tem certeza de que é isso mesmo que você quer? – Disse Rukia.

– Diga ao meu velho, Karin e Yuzu que eu virei visita-los regularmente. – Ichigo estendeu a mão para Rukia e a olhou nos olhos. – É hora de ir.

                Ela sorriu e segurou firme em sua mão.

– Sim... Vamos.

                Os dois entraram no portão e pararam por um momento quando Ichigo notou Kon dentro de seu kimono. O mesmo suspirou e o colocou em seu ombro. A alma modificada comemorou em sua forma de bichinho de pelúcia. Enquanto os portões do Senkaimon se fechavam devagar. A visão de Ichigo e Rukia de mãos dadas ficava cada vez mais embaçada. Todos acenavam não como um “Adeus”, mas um “Até Logo”. Lágrimas saíam dos olhos de Orihime enquanto ela via os dois sumindo no corredor.

– Sinto muito, Orihime. Quer dizer, todos sabiam como você se sentia em relação ao Kurosaki. – Disse Ishida.

                Orihime enxugou seus olhos em seguida.

– Não, eu não tenho o direito de ficar assim. Eu não seria uma boa amiga, ou boa pessoa se ficasse desse jeito depois de tudo que passamos. Eu sei dos meus sentimentos, mas não posso mais me enganar. A Rukia é a mulher que mudou a vida do Ichigo. E é óbvio que esses dois têm uma conexão muito especial, e se sentem da mesma forma um pelo outro. – Orihime abriu um sorriso. – Eu amo demais esses dois pra ficar triste nesse momento.

                Ishida colocou a mão em seu ombro, que por sua vez descansou a cabeça em seu peito, enquanto o Senkaimon se fechava mais uma vez.

 

E assim, a Lâmina fez seu corte.


Notas Finais


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