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História Blind - E Eu Com Isso?


Escrita por: Jackpot_

Notas do Autor


Boa noite, pessoal! o/

Boa leitura para todos! <3

Capítulo 61 - E Eu Com Isso?


Fanfic / Fanfiction Blind - E Eu Com Isso?

 

Durante as semanas seguintes, relatos e notícias sobre Choi Dae Yeon dominaram os jornais. Se alguém o informasse do fato, a novidade talvez o deixasse em estado de êxtase com a própria figura.  Infelizmente para ele, não tinha permissão para assistir à TV, muito menos um advogado para lhe transmitir o que acontecia além dos muros da prisão.

Após ser informado sobre seus crimes, o homem que havia contratado anteriormente para defendê-lo abandonou o caso alegando não querer qualquer vinculação de seu nome com o dele. Aparentemente, mesmo parasitas tinham seus limites. Mesmo se conseguisse fugir da justiça, não iria muito longe. Além disso, todos desconfiavam de que ele não fosse durar muito depois que os colegas descobrissem que estupro também constava em sua extensa ficha de acusação. No mínimo, receberia o mesmo tratamento que havia dado as suas vítimas.

No entanto, a posição da própria imprensa em certos aspectos incomodava Hyunseung. Como por exemplo, as diversas matérias apontando a coleção de filmes e livros encontrados na residência do assassino.

Ele parou e ficou encarando a TV, que no momento exibia uma reportagem “bem intencionada” sobre o assunto. Franziu a testa.

Desde que a arte popular e barata produzida em massa apareceu pela primeira vez, no século XVIII, críticos a culparam por degradar o gosto do publico, corromper princípios morais dos menores e fornecer a potenciais psicopatas dicas úteis de como cometer crimes. Quando Jesse Harding Pomeroy, por exemplo, com então 13 anos, foi preso por mutilar e assassinar duas crianças, em 1872, críticos imediatamente acusaram os romances baratos e cheios de ação tão amados por leitores juvenis dos EUA-pós-Guerra Civil. O fato de que não havia nenhuma sombra de prova de que Pomeroy houvesse lido esse tipo de literatura não fazia diferença para esses moralistas, que insistiam que os massacres na fronteira retratados em livros como Raiders of the Rawhide Range (Caçadores das Montanhas do Couro Cru, em tradução literal) e Rattlesnake Ned’s Revenge (A Vingança de Ned Cascavel) tinham inspirado o “Menino Demônio” a perpetrar suas atrocidades.

Tão logo o cinema foi inventado, as atenções se voltaram para o novo meio. Em 1903, pouco depois do lançamento do primeiro filme de faroeste do cinema, O Grande Roubo do Trem, de Edwin S. Porter, um trem foi assaltado perto de Scranton, na Pensilvânia, e um passageiro foi assassinado. Críticos logo acusaram o filme, muito embora (como se soube mais tarde) nenhum dos culpados o tivesse visto.

A história tem se repetido desde então. Sempre que um novo meio de massa surge é imediatamente acusado de minar os valores morais e instigar o crime. Durante a “Era de Ouro” do rádio, um crítico declarou que as crianças estavam sendo “transformadas em psicopatas” por populares melodramas ao vivo dos anos 1930, como Lights Out (No Apagar das Luzes) e The Shadow (O Sombra), que glorificavam “toda forma de crime conhecida pelo homem”. Na década de 1950, autoproclamados especialistas em educação infantil declararam que revistas de histórias em quadrinhos causavam desde delinquência juvenil até homossexualidade (um tipo de comportamento que, na época, era considerado apenas um pouco menos hediondo do que o assassinato em massa).

No início da década de 1960, a televisão se tornara a culpada da vez – especialmente séries policiais e de faroeste violentas. Hoje em dia, são os gangsta rap, a série de jogos GTA e outros. Daqui a pouco, serão, sem dúvida, jogos de tiro em realidade virtual nos quais os jogadores podem explodir a cabeça de um zumbi e sentir o respingo do sangue (momento em que, é claro, os bodes expiatórios de hoje serão vistos como os programas de rádio e os faroestes da TV de antigamente – exóticas relíquias de um passado mais inocente).   

Embora a violência na mídia seja um bode expiatório conveniente (particularmente para aqueles que preferem atribuir a culpa dos problemas comportamentais de seus filhos a filmes como Matrix (1999) e franquias de jogos de consoles como PlayStation do que a suas próprias deficiências como pais), não há – apesar de inúmeros estudos científicos dedicados a questão – nenhuma prova definitiva de uma relação direta entre assistir a obras de ficção violentas e cometer assassinato na vida real. É bem verdade que o serial killer ocasional pode ser estimulado por um filme, livro ou música. O problema com psicopatas, no entanto, é que não há como saber o que irá provoca-los. Em 1959, o assassino alemão Heinrich Pommerencke – também conhecido como “A Besta da Floresta Negra” – sentiu-se compelido a cometer quatro assassinatos brutais depois de assistir ao filme Os Dez Mandamentos (1956), de Cecil B. DeMille. E as atrocidades cometidas pela família Manson foram ao menos parcialmente inspiradas pela obsessão do líder pelo Álbum Branco (1968) dos Beatles, uma das obras mais aprazíveis já produzidas pela arte pop.

Além disso, quando uma pessoa comete um crime terrível depois de assistir a um filme, ler um livro ou ouvir uma música de rock, é invariavelmente porque ela estava seriamente perturbada para começar. Em seu estudo de 1999, Serial Killers: The Insatiable Passion (Serial Killers: A Paixão Insaciável) David Lester descreve um caso em que psiquiatras tentaram inicialmente atribuir os crimes de um serial killer ao seu vicio por revistas policiais. Conforme analisaram seu passado, no entanto, descobriram que, durante sua infância e inicio da adolescência, sua mãe o ridicularizava constantemente em público por urinar na cama, e seu padrasto tinha o hábito de tortura-lo com cigarros acesos e força-lo a beber a própria urina. Além disso, em duas ocasiões durante a infância, ele sofrera lesões na cabeça graves o suficiente para deixa-lo em coma.

Por fim, ficou claro que as compulsões sádicas desse homem estavam enraizadas em uma criação gravemente abusiva (como ocorre tantas vezes) e que sua psicopatologia estava consolidada muito antes de se tornar um leitor obsessivo de revistas sobre crimes verídicos. Em outras palavras, seu apetite insaciável por esse tipo de entretenimento vulgar era um sintoma de sua doença, não a causa dela.

Um serial killer chamado David Harker – um indivíduo especialmente perverso, que estrangulou uma mulher de 32 anos durante o sexo, retalhou seu corpo e comeu pedaços de sua coxa com macarrão e queijo – coloca a questão em perspectiva. Conhecido por ser um fã de O Silêncio dos Inocentes, ele foi questionado depois de ser preso sobre a possível influência do filme em seu próprio crime canibalesco. “Pessoas como eu não vêm de filmes”, ele respondeu. “Os filmes vêm de pessoas como eu.”

Atualmente, é claro, sempre que ocorre um assassinato terrível, as preferências televisivas, musicais e de leitura do autor sofrem imediatamente um exame minucioso em busca de evidências de que seus crimes foram de alguma forma motivados pelo entretenimento popular supostamente degradante dos dias de hoje. Quando o assassino em massa Michael McDermott massacrou sete funcionários de uma empresa de alta tecnologia de Boston em dezembro de 2000, os noticiários rapidamente divulgaram que sua videoteca pessoal estava repleta de filmes de ação como Máquina Mortífera (1987) e Duro de Matar (1988) – como se seu gosto por esses blockbusters hollywoodianos explicasse seu ato de extrema violência. Só mais tarde a imprensa revelou que a coleção também incluía a comédia de Steve Martin O Panaca (1979), o drama ganhador do Oscar Um Estranho no Ninho (1975), o filme B de ficção científica Plano 9 do Espaço Sideral (1956), e ainda As Grandes Aventuras de Pee-Wee (1985). Como um criminologista sabiamente observou “eu não recomendaria olhar para essa lista como um indicativo de tendências violentas”.

De fato, qualquer pessoa inclinada a culpar os livros ou filmes favoritos de um assassino pela violência psicopática de seus atos deve lidar com o embaraçoso fato de que um número significativo de serial killers conta com devotos leitores da Bíblia, capazes de cometer os crimes mais hediondos até mesmo enquanto recitavam as Escrituras.

O próprio Hyunseung poderia citar vários exemplos caso alguém o questionasse, mas dependendo da pessoa seria o mesmo que atirar pérolas aos porcos. Sendo assim, era melhor deixar como estava.

Ainda estava refletindo sobre isso quando adentrou o escritório. Poucos minutos depois, Doojoon bateu na porta e se juntou a ele.

– É incrível como não se pode mais assistir a nenhum noticiário sem se deparar com alguma idiotice. – disse ao mesmo tempo em que se sentava em frente ao gabinete.

– Você ainda tenta? – Hyunseung respondeu sem desviar os olhos do monitor.

– Joguei a toalha hoje mais cedo. Mas não foi por causa disso que vim falar com você. – declarou, e quando o amigo apenas o fitou em silêncio, continuou. – Conversei com o promotor e expliquei tudo. Ele concordou em deixar Hyuna de fora do processo como você queria. Se ela precisar depor ele vai cuidar para que seja feito por vídeo conferência.

Hyunseung foi incapaz de esconder seu alívio.

– Ótimo. Obrigado, eu precisava disso. Vou avisá-la daqui a pouco.

– Não consegue esperar para contar cara a cara? – Doojoon sorriu.

– Não. Foi difícil convencê-lo?

– Nem um pouco. Ele ficou horrorizado. Reconheceu que não faria bem nenhum a ela entrar em contato com aquele... – Doojoon fez uma pausa, escolhendo bem as palavras – Aquela coisa. Ainda mais levando em conta o quanto Hyuna já foi afetada. As provas estão lá. O depoimento de vocês e o meu também. Somado a todo o resto é mais do que o bastante. O resto é com ele. Há mais material do que ele precisa para condená-lo, na verdade. Também ficou de me avisar quando o julgamento for marcado, caso a gente queira assistir.

– Me deixe saber assim que ele te ligar. Vou vestir meu melhor terno para assistir aquele maldito ser condenado.

– Conte comigo – Doojoon espalmou as mãos sobre as coxas e se levantou. – Acredito que isso encerra definitivamente a nossa parte.

– Sim – Hyunseung sorriu e balançou a cabeça. Sentia-se leve. – Finalmente está acabado.

– Vai voltar para sua casa?

– Oh, sim. Pretendo voltar hoje mesmo.

Doojoon sorriu e abriu a porta.

– Será que vai?

– O que quer dizer com isso?

– Que você está se esquecendo de levar o fator madame Jang em consideração.

– Oh céus... – Hyunseung bateu a testa contra a mesa ao mesmo tempo em que a risada do amigo se afastava. Filho da mãe.

 

 ...

– Não. – a senhora Jang foi categórica. – Não vão.

– Como assim não vão? – Hyunseung a fitou. Se não a conhecesse tão bem estaria em choque.  – A senhora não pode me impedir.

Havia acontecido exatamente como previra. Primeiro, havia ligado para esposa a fim de dar as boas notícias e dizer que se preparasse para voltar. Claro que ela aceitou tudo muito bem na hora. Contudo, recebeu uma mensagem de texto da mãe protestando veementemente contra a ideia apenas alguns minutos depois.

Agora estavam ali. Sete da noite e a família toda reunida na sala assistindo ao embate.

– Não posso? – a senhora Jang levantou a sobrancelha. Os braços cruzados. Era óbvio para qualquer um que ela estava irredutível. Era difícil vencê-la quando se posicionava daquela maneira. – É bom você repensar suas palavras, querido filho.

Hyunseung engoliu em seco. Encarar um psicopata não era nada comparado a tentar bater de frente com sua mãe.

– Eu aposto 500 dólares na mamãe – declarou Yoseob enquanto apanhava um pouco de pipoca do balde de Hyuna. – Mais alguém?

– Eu dobro – disse o senhor Jang. – E também aposto minhas fichas na sua mãe.

– De novo?! – Hyunseung os encarou, indignado. Dessa vez, os dois estavam contra ele. Não bastou terem apostado sobre sua virgindade anos antes. Não. Tinham que apostar sobre isso também. – E o que você pensa que está fazendo? – ele olhou para esposa. A traidora. Sentada entre os dois com um balde de pipoca – que por sinal já aguardava quando ele chegou. – Que lindo.

– Obrigada. – Hyuna sorriu e jogou uma pipoca para cima, apanhando-a com a boca um segundo depois. Demonstrar habilidade era uma parte importante. Havia esperado ansiosamente por aquilo. Sabia muito bem qual seria o resultado, então porque não se divertir com o desenrolar dele? – Apenas lembre-se: Eu te amo. E aposto 500 em omma.

– Como você pôde? – ele levou a mão ao peito, horrorizado. Aquilo era demais para um homem aguentar. – Ohh... Eu não posso acreditar nisso. Estou com dor. Sério. A punhalada. Até tu, Brutus? – lamentou, mas a referência foi apenas um pontapé para que ela começasse a gargalhar.

– Ai, ai. Tão dramático – Hyuna sorriu enquanto secava as lágrimas dos olhos com um lenço dado por Yoseob.

– Dramático você diz. Pelo menos não sou eu que vou ficar sem jantar por estar me entupindo de pipoca. – Hyunseung resmungou.

– Tsc. Você pode até sonhar, mas isso não vai acontecer, meu amor. Eu estou com fome agora mesmo.

– Agora é meu amor? Agora? Sério?

– Isso não tem preço. – disse Yoseob. Estava rindo tanto que há muito o riso mudo havia começado. A crise era incontrolável.

– Trabalho por dias a fio. E quando penso que posso finalmente relaxar em casa, sou traído. Nós temos uma casa, se lembra? – Hyunseung olhou para a esposa outra vez.

– Continue, por favor – disse o senhor Jang, com o celular apontado para ele. Por sorte, foi completamente ignorado pelo filho.

Você se lembra? – Hyunseung se virou para a mãe, desistindo de argumentar com os demais. Decidido a vê-los perder a disputa. – Não estou pedindo nada absurdo. Só quero voltar com Hyuna para nossa própria casa. Ela também vai voltar ao trabalho no inicio da próxima semana.

– E eu com isso? – respondeu a senhora Jang.

– Nada. Nós é que precisamos tomar conta da casa. Pensar no quarto dos bebês.

– É só isso? Se por cuidar você quer dizer manter tudo limpo, é uma empresa de limpeza que cuida disso. Três vezes por semana. Enquanto vocês trabalham. O quarto dos bebês será no quarto ao lado do de vocês. Podemos pensar na decoração aqui. Sem contar o fato de que dividirão o quarto com eles nos primeiros seis meses, que por sinal também será o tempo que passarão aqui em casa após o parto antes de sequer pensarem em voltar para casa. Quanto ao trabalho, ninguém aqui vai impedi-la.

Hyunseung piscou algumas vezes. Será que tinha ouvido direito? Se sim, aquilo significava que passariam os últimos dois trimestres da gravidez de Hyuna com eles. Se somasse isso aos seis primeiros meses dos bebês... Passaria quase um ano inteiro morando sob o mesmo teto que seus pais! Que sua mãe. Que Deus se compadecesse dele. E o que ela quis dizer com “podemos pensar na decoração aqui?” Aquela decisão cabia apenas a eles, não a toda a família. Esquece. Era melhor não pensar muito profundamente sobre aquilo naquele momento.

 – A senhora não pode estar falando serio. – riu. A incredulidade nítida em seu tom.

– Ah não, estou mesmo – a senhora Jang balançou a cabeça. – Vocês nunca tiveram um filho antes, não fazem ideia de como é. Os primeiros meses podem ser muito complicados para pais de primeira viagem. Pior ainda se puxarem para você.

– Como assim pior se puxarem para mim?!

– Você era exigente demais. Desde bebê. Se eu atrasasse um minuto para te alimentar você abria o maior berreiro. Avaliava as pessoas, os brinquedos, tudo. Absolutamente tudo a sua volta.

– Simplesmente não posso acreditar nisso.

– Tudo verdade! – disse Yoseob.

– Cala a boca – Hyunseung apontou para ele. Exatamente como uma criança emburrada faria. – Aposto que você nem se lembra de nada.

– Tsc – Yoseob olhou para o lado. – Até parece que não. Você podia passar horas olhando para o teto. Se alguém te chamasse você olhava, bem serio. E se ninguém falasse mais nada você voltava sua atenção para o teto.

– E daí? – ele deu de ombros. – Analisar pessoas é o que eu faço.

– O teto é uma pessoa? Até hoje não sei o que havia de tão interessante lá. Talvez seu supercérebro estivesse vendo além e contemplasse o universo. – brincou.

– Eu vou te bater.

Yoseob levantou as mãos para cima.

– Ui. Que violento.

A senhora Jang limpou a garganta. Hyuna e o senhor Jang se acabavam de rir no sofá. Aquilo devia ir parar na internet. Com a influência deles seria viral.

– Muito bem. – disse a matriarca da família. – Podem parar. O que são vocês? Crianças?

– Foi ele que começou – Hyunseung apontou para o irmão outra vez. – Briga com ele.

– É feio apontar – disse Yoseob, sem conseguir segurar o riso por mais tempo. – Como você regrediu.

– “Como você regrediu” – o mais novo o imitou. O tom enjoado. – Eu vou te mostrar o que é regressão já já. Seu traidor.

– Se não pararem já coloco os dois de castigo. – a senhora Jang declarou firmemente um tom acima do normal.

– Espera aí! – protestou Yoseob. – Eu estou do seu lado aqui.

– Eu tenho o que? – Hyunseung olhou para ela. – Sete anos? Dez?

– Eu estou me lixando. Enquanto eu estiver viva punirei vocês quando se comportarem como dois patetas.

– Nos deixar sem sobremesa não vai adiantar.

– Dois homens adultos agindo como bebês, meu Deus. O pai de vocês está filmando tudo, sabiam?  Aposto que quando assistirem vão sentir vergonha. E eu vou fazer com que assistam. Essa será a punição de vocês. Que tal?

Houve um segundo de silêncio apenas. Depois, os dois baixaram a cabeça e disseram em uníssono:

– Sentimos muito.

– Isso mesmo. Nunca se esqueçam de que me devem respeito. Agora – ela se voltou para o filho mais novo –, Hyunseung. Você entende porque devem ficar aqui?

– Não! Para falar a verdade ainda não.

A senhora Jang levantou a sobrancelha novamente. Quanta petulância a daquele garoto.

– São dois bebês, Hyunseung. Dois! Hyuna vai precisar de mais cuidados quando entrar na reta final da gestação, e os bebês do dobro de atenção. Quando ela tirar licença do trabalho você não vai poder ficar cuidando dela sozinho. Vai poder acompanha-la ao hospital quando necessário e ir a todas as consultas? Sim. Mas não vai poder tomar conta de tudo em tempo integral como acha.

– E a senhora pode.

– Lógico. Para que você quer ir para casa? Se a levasse eu teria que ir para lá. Já parou para pensar em como seria para sua esposa ter que se virar com dois bebês sozinha? E quando você não estiver em casa? O que Hyuna vai fazer? Dar mamadeira para um enquanto escuta o outro se esgoelando de fome? Colocar um no berço para trocar a fralda do outro sem preocupações? Vocês. Precisarão. De. Ajuda. – arrematou lentamente. Apenas para ter certeza de que suas palavras entrariam na cabeça dura do filho.

– Yeobo – Hyuna chamou a atenção dele. Era hora de falar serio –, eu realmente vou precisar de ajuda.

Hyunseung a fitou. Chegou a abrir a boca para retrucar, mas não o fez. Ao invés disso, olhou para cima, suspirou e depois tornou a encarar a mãe. Mesmo que fosse pensar a frente demais, os argumentos eram lógicos, e ter alguém da família tomando conta de tudo era muito melhor que contratar uma pessoa estranha. Assim mesmo, doía um pouco em seu orgulho o fato de ter que admitir aquilo. No entanto, também precisavam de privacidade. Coisa que não teriam muito ficando por ali.

– Tudo bem – disse por fim. – Ainda acho um pouco excessivo ficar aqui por tanto tempo, mas vocês venceram. Nós vamos ficar. Mas – ele levantou o indicador –, vamos para a nossa própria casa e ficaremos lá até que Hyuna entre no último trimestre e tire a licença. Oferta final. Não vou aceitar menos que isso.

Dessa vez, foi a senhora Jang quem suspirou.  

– Tudo bem – ela revirou os olhos. – Mas nem um dia a mais.

– Feito. – Hyunseung sorriu e trocou um rápido olhar com a esposa, ciente de que ela se encontrava tão satisfeita com a resolução quanto ele, ainda que tivesse se divertido às suas custas durante o processo.

Enquanto seu pai e irmão gaguejavam sem saber o que fazer a respeito da aposta com aquele desfecho, optou por ocultar de sua mãe que deixa-la tomar conta de Hyuna nos últimos meses de gravidez já fazia parte de seus planos desde o inicio. Ainda teria que se acostumar com a ideia de que voltaria a viver com os pais por alguns meses, mas pelo menos não havia perdido completamente a batalha.

 

 


Notas Finais


Bem pessoal, por hoje é só! Como sempre, obrigada por lerem! Espero que tenham gostado! <3

O próximo capítulo saíra em no máximo cinco dias! <3

Até breve, meus queridos leitores! <3

Kissu ~ <3


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