Charles soltou um gemido ao sentir o magnata esfregando a barba em seu ombro. A sensação era gostosa e apesar de quase inocente o enchia de um tesão desesperado. Erik parou o ato para pousar um beijo ali e o bailarino não pode evitar um sorriso. Os dois estavam sentados na poltrona do escritório do ruivo. Nos últimos tempos Charles sempre gastava seu tempo livre indo até a mansão e fazendo companhia a Erik. Algumas vezes o encontrava sozinho no escritório e não demorava muito para que ele fosse sentar em seu colo.
– Sabe qual é a coisa que eu mais gosto em você?
– O quê? – O moreno perguntou com um meio sorriso enquanto mordia o lábio inferior reprimindo um gemido. A verdade é que ele já tinha uma ideia da resposta, mas tinha a vaidade de apreciar Erik a repetindo.
– Esse seu gosto – o ruivo o beijou novamente, agora na base do pescoço e continuou – que me faz querer te lamber por inteiro.
– Faz? – Charles perguntou manhoso enquanto sentia um arrepio na base da espinha querendo que o Lehnsherr continuasse com o charme e com os beijos.
– Hurrum. Me faz querer por você na boca e ouvir você gemer meu nome. – Erik disse ao mesmo tempo que levava a mão direita para dentro das calças do bailarino e apertou o membro que começava a mostrar sinais de excitação. – Você é como um daqueles doces que a gente sempre fica ansioso por mais uma degustação.
O Xavier riu em seco do comentário, mas mesmo assim rebolou a bunda um pouco notando devidamente que Erik também já se encontrava excitado. Talvez estivesse mal-acostumado demais com o jeito agressivo do outro, mas quando percebeu já estava com uma das mãos puxando a própria calça para baixo. Não importava que estivessem no escritório do magnata e que qualquer um pudesse entrar de uma vez.
– Aqui? – A voz baixa veio rouca cheio de desejo. – Tem certeza?
– Por que não? Você mesmo diz que é dono de tudo, Erik.
O ruivo sorriu satisfeito e logo Charles se viu com as calças arrancadas por completo, nu da cintura para baixo com o ruivo o masturbando carinhosamente. Erik esfregou a ponta dos dedos por sua glande espalhando o pré-gozo e fazendo o gemer mais alto do que queria de fato.
– Erik? – O bailarino o chamou baixinho.
– Hm?
– Você não vai tirar a roupa? – Charles perguntou debochado. – Ou vai mesmo apenas ficar me torturando?
– Um homem não pode apreciar o namorado rebolando em seu colo por alguns minutos, Charles?
– Namorado? – O questionamento veio com uma clara entonação de surpresa.
– E que outra coisa você seria? Nós estamos nos encontrando com frequência por mais de dois meses e na maioria delas nós transamos.
– Não sei. Amante, talvez?
– Oh, claro – Erik fez uma pausa na estimulação do bailarino para segurar seus glúteos e esfrega-los em sua ereção com força. – Claro que você é meu amante, mas não é só isso.
– Não?
– Sabe quando nós conversamos sobre os quadros ou quando você me conta sobre algum livro novo que leu? Eu gosto de fazer essas coisas contigo. Quando nós vamos comer e você me conta sobre o que acontece no balé ou me escuta sobre os estresses que Emma me faz passar. Tudo isso eu gosto de fazer com você também.
– Realmente?
– Óbvio. E a cada dia, meu bem – então Erik o puxou com cuidado para um selar de lábios – eu só quero aprender coisas novas – o ruivo esfregou os lábios na boca do outro de maneira provocativa – para fazer em sua companhia.
Charles o encarou em silêncio por alguns instantes. Os olhos esverdeados do magnata ainda tinham aquela mesma chama do início – de quanto toda aquela história começou meses atrás naquele mesmo escritório – e isso o fascinava. Mesmo que os dois fossem tão diferentes. Mesmo que Erik tivesse tanto mais dinheiro, fosse tão mais velho e possuísse uma personalidade quase oposta à sua... ele ainda sentia o peito formigar sempre que se encontravam. No fim das contas, talvez aquela fosse a chave da relação. Ambos completavam um ao outro.
O bailarino começou a desabotoar a camisa que o Lehnsherr usava e a cada pedaço de pele que aparecia ele parava um instante para depositar um beijo. O corpo delgado do ruivo logo estava a mostra e ele mesmo arrancou o suéter que vestia em um piscar de olhos. Erik soltou um grunhido quando ele ficou completamente nu e o puxou para mais um beijo. Dessa vez, demorado e cheio daquela chama que a gente sente dentro do peito.
Charles abriu o zíper da calça do outro e quando o pênis do ruivo saltou ereto para fora ele o guiou para a própria entrada com uma das mãos. Mesmo assim não deixou de gemer alto ao sentir o membro invadindo seu interior. Ele rebolou com cuidado guiando os movimentos e sorriu ao ver que Erik mordia a boca segurando mais um dos grunhidos.
Os dois juntos faziam um barulho único que enchia completamente o ambiente com desejo. E por mais que Charles sempre fizesse graça de alguém aparecer de repente e pegá-los no flagra ninguém nunca aparecia, então os dois sempre podiam curtir um ao outro com beijo e lambidas. O ruivo adorava quando escutava o outro gemendo seu nome, pois aquilo o enchia de vontade de sempre fazer amor com o outro. Os dois gozaram praticamente juntos e trocaram mais beijos quando ainda estavam arfantes e sentiam o corpo irradiando de prazer.
– Sabe de uma coisa... – O Lehnsherr começou a dizer.
– O quê?
– Eu não sei porque você enrola tanto.
– Não entendi.
– Desde nossa viagem ao interior eu lhe disse. Você deveria vir morar comigo.
– Mas isso não faz a mínima lógica, Erik.
– E por que não?
– Porque... Porque eu não vou vir para cá e depois-
– Você ainda tem essa ideia na cabeça que eu vou te dispensar? – Como que o bailarino não respondeu nada e apenas fez uma careta, o ruivo continuou – Depois de todos esses meses, você ainda acha isso?
– A verdade é que eu não sei o que achar. Nós somos muito diferentes. Uma hora esse fato vai explodir e eu realmente não quero ficar perdido depois.
– Você é tão idiota, Charles.
– Tudo bem, Erik?
– Você é um idiota se acha que isso é um problema. Se é justamente isso que dá tanto sentido a gente. Um dos motivos porque eu te adoro é que por sua causa eu consigo ver tudo sobre um novo aspecto. Eu acho fascinante esse seu jeito de encarar as coisas. Droga, você fez amizade até com meu segurança.
– Logan é uma boa pessoa você deveria tentar conversar mais com ele.
– É isso que eu estou falando.
– Que você precisa de alguém no seu pé para que possa conversar com seus próprios empregados?
– É. Basicamente isso. Eu cheguei em um estágio que já me cansei de tudo. E você... você me faz querer vivenciar tudo de novo. Nós não podemos nos casar, mas eu gostaria que nós fossemos tal qual.
– Casar? Seu idiota – Charles sorriu e se aproximou para beijar o ruivo rapidinho. – Apesar de suas palavras bonitas eu ainda não vou me mudar para cá, ok?
– E por que não?
– Eu não vou deixar Raven sozinha e o balé.
– Deveria. Acho que sua irmã já é crescida o bastante e sobre o balé... ee o problema é dinheiro eu posso te pagar o triplo do que você ganha lá.
– Deixe de ser ridículo. Você sabe exatamente que não é pelo dinheiro.
– Ah, é... você é o garoto das artes. Mas, olha, aqui eu tenho uma coleção incrível de quadros e te compraria todos os livros que você quisesse estudar. Não precisaria se sentir sem rumo na vida. – O bailarino apenas riu alto. – Eu estou falando sério, Charles.
– Eu também, Erik.
– Não há mesmo nada que eu possa fazer para te convencer do contrário?
– Por hora... realmente não há nada. Se algo aparecer na minha agenda eu te aviso.
– Obrigado.
– Por nada. – Mais uma risada gostosa saiu da boca do bailarino quando o ruivo se esfregou a barba por fazer na sua nuca. – Eu acho que já deu a minha hora.
– Quem diria. Você faz tanto faz drama sobre eu te abandonar e é você que sempre me deixa solitário aqui. – Erik disse brincalhão enquanto observava o moreno vestir a roupa. Quando ele se aproximou para um beijo de despedida, completou – Peça para Logan te levar até em casa.
– Não precisa.
– Eu insisto.
– Erik...
– Veja como um favor de amigos que ele vai fazer por você.
– Então tá. Tchau.
– Até a próxima.
– Qual sua opinião sobre Erik? – Charles fez a pergunta de repente enquanto Logan abria a porta do carro para ele. Ao ver que o segurança fez uma careta sem entender, ele completou – Digo, o que você realmente acha dele. Sem qualquer romantismo ou falsos elogios porque ele é seu chefe...
Logan não respondeu nada e fez a volta no carro para entrar no banco do motorista. Ligou o carro e apenas quando estavam na rua foi que ele começou a falar.
– Ele não é uma das melhores pessoas que conheci. Acredito que você entenda qual é o ramo de trabalho dele, Charles... Ele não chegou tão longe sendo amigável e gentil com as pessoas a sua volta. Com certeza o oposto disso.
– Entendo.
– E eu vi ele se envolver com todo o tipo de mulher que você imaginar. Com sorte, elas demoravam uma ou duas semanas. Acho que realmente a única que eu nunca vi nenhum envolvimento foi com a Frost. Aquela é muito igual a ele para que dessem certo. Mesmo na cama.
– Ah.
– Porém, você foi uma coisa boa. Eu realmente trabalho para o Lehnsherr porque ele paga muito bem e de vez em quando tem alguma adrenalina que deixa o trabalho divertido, mas como pessoa eu nunca chegaria perto dele. Em 90% das vezes ele é um canalha egoísta. Menos quando você está por perto.
– É sério?
– Sim. Bem, acho que você não pode saber a diferença de fato porque não dá para você conferir o Erik que você conhece com o Erik que não te conhecia. Ele continua achando que o mundo gira em torno da vontade dele. É óbvio.
Charles riu em seco. Sabia que aquilo era verdade. Afinal os insistentes convites para que ele abandonasse a vida no balé e se dedicasse apenas a esquentar a sua cama era um claro sinal disso.
– Mas com você ele é um cara melhor.
– Hm.
– Digo, você ainda é novo. Se quiser tem uma vida toda pela frente e quantos namorados ou namoradas pretender, mas se por algum motivo você quiser continuar com Erik Lehnsherr eu te dou a certeza que se após tantos meses ele não se cansou de você... eu não sei quando vai acontecer. Se algum dia vier a acontecer. Pelo o que eu conheço dele, aquele velho rabugento realmente gosta de você.
O silêncio no carro durou alguns minutos, até que o carro estacionasse em frente à casa do bailarino. Charles destravou o cinto de segurança, então se virou para Logan e disse:
– Obrigado por ser franco, Logan.
O segurança deu um aceno e foi embora com o carro. Por alguns instantes, Charles ficou ainda parado pensando sobre o que deveria fazer a seguir. Apenas quando se decidiu foi que ele entrou em caso e correu para o banheiro afim de tomar um belo banho gelado.
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