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História Blind - Don't wake me just yet


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Oi, gente linda e cheirosa <3 Como tão?
Primeiramente, queria agradecer aos comentários e os favoritos. Cada um deles é muito importante e me deixa muito feliz e motivada para seguir com a fic :3
E, bem, esse capítulo não ficou tão grande, mas eu gostei muitíssimo de escrevê-lo, espero que apreciem a leitura <3

Capítulo 6 - Don't wake me just yet


Erik Lehnsherr se serviu do melhor whisky e deu um sorriso satisfeito. Seus olhos foram parar em Charles que estava debruçado na varanda do segundo andar admirando o anoitecer. O céu vívido começava a escurecer e algumas estrelas já começavam a despontar no horizonte.

Ele se aproximou com passos suaves do bailarino que usava uma camiseta branca levemente folgada por causa do corpo delgado. Queria toma-lo para si ali mesmo, mas ainda temia que um ato ousado o faria correr em disparada. Como tinha sido na última vez que se encontraram. Erik ainda podia sentir o gosto amargo da decepção quando o moreno pediu para ir embora enquanto se beijavam, enquanto se tocavam. Se fosse possível, ele faria de tudo para evitar que aquilo ocorresse outra vez.

O bailarino virou o rosto um pouco, apenas o bastante para que o magnata pudesse ver o meio sorriso faceiro que tinha no rosto. Como num impulso, o Lehnsherr se aproximou com cuidado e pôs o corpo atrás do moreno. Algo dizia a ele que Charles se encaixaria perfeitamente em si e queria tirar a prova disso. Erik fechou os olhos e parou um segundo para sentir o cheiro que vinha do outro e abandonou o copo de vidro que ainda segurava para que ficasse com ambas as mãos livres. Charles estremeceu, mas não moveu um músculo.

Devagar, ele levou a mão esquerda para debaixo da camisa branca do bailarino, sentindo sua pele, seus detalhes e até mesmo o pequeno arrepio que seu toque causou. Então, o empurrou com cuidado para seu encontro. O magnata queria ficar o mais próximo possível. Queria sentir o cheiro do cabelo escuro, toda a extensão da sua pele e queria que Charles sentisse o volume em suas pernas para que ele entendesse como o achava maravilhoso. A mão direita foi para o rosto de Charles que o virou apenas o bastante para que Erik pudesse beijá-lo no canto da boca.

O magnata sabia que deveria ter cuidado, mas não conseguia resistir a ele. Ainda mais quando o bailarino aceitava os seus toques com um gemido que só o deixava ainda mais excitado. O Xavier apenas fechou os olhos e suspirou apreciando o momento.

O que você quer de mim, Lehnsherr? – Charles inquiriu manhoso após umedecer os lábios com a língua.

– Você já sabe – Erik disse. Ao contrário de tudo que havia imaginado, aquela visita ao teatro quando o tinha percebido, se tornou algo muito maior do que ele pudesse conter. Uma parte de si dizia que todo aquele desejo era apenas teimosia por não ter tido o jovem dançarino quando o queria, mas a outra insistia que era algo a mais. Charles não era o primeiro a fazer rodeios com ele, mas era o primeiro, em muito tempo, que tinha tirado seu sono a noite.

– Eu quero que você me diga em voz alta. – O moreno soltou um suspiro quando Erik começou a desabotoar sua camisa e beijou seu ombro desnudo. – Por favor.

– Charles – Erik adorava como o nome dele saía da sua boca. – Eu quero seu corpo. – O Lehnsherr fez uma pequena pausa para mais um beijo no ombro desnudo do bailarino. – Eu quero o seu cheiro. O seu gosto. – Então, o beijou logo atrás da orelha e mordeu o próprio lábio quando escutou o moreno rindo baixinho – Quero esse seu sorriso quando acordarmos juntos pela manhã. – O magnata se distanciou, apenas o bastante para que virasse o Xavier, pudesse olhá-lo nos olhos por alguns segundos e o beijasse com avidez. Quando terminou, então disse – Por completo, Charles. Eu quero você por completo.

O bailarino gemeu seu nome em resposta e se jogou em seus braços. Erik sentiu-se arrepiar por inteiro e enquanto o levava para o sofá ia tirando a própria camisa de um jeito desajeitado. O beijo do moreno era como algo desesperado, como se eles parassem de se beijar fossem morrer. Havia aquela estranha sensação que eles não tinham muito tempo pairando no ar e, por isso, Erik queria aproveitá-lo o máximo possível.

Quando Charles gemeu seu nome outra vez já estava completamente nu e tudo o que o magnata queria era possuí-lo, penetrá-lo, mas se permitiu um instante para admirar o corpo de dançarino que era ao mesmo tempo frágil e forte. A pele clara invocava nele a vontade de mordê-lo para deixar sua marca, entretanto o Lehnsherr apenas o beijou. Como se fosse a coisa mais preciosa que já tivesse posto as mãos. Nesse momento, ele se encaixou e entrou no bailarino com vontade.

E então antes que mais alguma coisa acontecesse, acordou.

Erik encarou o teto do próprio quarto por um segundo e rugiu.

Droga!

Olhou para o lado da cama com uma falsa esperança, mas ele estava sozinho. Levantou-se e foi em direção ao banheiro sabendo que precisava de uma ducha fria. Entrou embaixo do chuveiro ainda com a calça cinzenta de moletom e esperou por alguns segundos enquanto a água gelada caia por todo seu corpo. Tinha o corpo curvado, com os braços apoiado na parede enquanto olhava para o chão. Sua mente estava a mil por hora repassando os detalhes do sonho sem parar, até que respirou fundo e viu que o resultado daquele sonho não iria passar sozinho.

Retirou a calça molhada e a jogou em um canto e já completamente nu começou a se tocar enquanto lembrava dos detalhes que o sonho tinha lhe trazido mais uma vez. O cheiro dele, o cabelo sedoso, a boca vermelha, a pele branca... Fechou os olhos verdes e pensou mais uma vez o quanto queria Charles para si.

 

 

– Qual o problema, bonitão?

– Hm? – Erik resmungou. A pergunta o tirou do décimo devaneio que tinha se enfiado naquela manhã e percebeu que tinha uma Emma Frost o encarando bastante curiosa e com um meio sorriso debochado no rosto.

– A noite deve ter sido muito boa, você não está prestando a mínima atenção no que eu estou dizendo sobre o contrato com problemas. – A loira apontou para a pilha de papéis que havia trazido para o escritório do Lehsnherr alguns momentos antes. – Nada contra o que você faz ou deixa de fazer Erikzinho, mas, infelizmente, eu não posso resolver tudo sozinha.

O magnata apertou a ponte do nariz e tomou um momento para se recompor. A verdade era que o maldito – bendito? – sonho não havia saído da sua cabeça por um instante desde que havia acordado. Emma era sua parceira nos negócios e confiava plenamente nessa área, mas não sentia a mínima vontade de dividir assuntos pessoais, por isso respirou fundo e perguntou:

– Qual o problema?

– Ah, acho que entendi. – Ela ficou algum tempo calada como se estivesse pondo as ideias em ordem e então continuou – Olha, eu não faço a mínima ideia de quem é a pessoa da vez, mas eu tenho certeza que você sabe como agradar uma mulher, Erik. Se ela estiver fazendo birra, apenas dê o que ela deseja. Se ela te deixa nesse estado, com certeza deve valer a pena. – Emma terminou de falar, mas quando viu que o ruivo não falaria nada, complementou – A verdade é que você é um homem atraente, rico, elegante e charmoso. A agrade um pouco, faça as vontades dela e você a tem quanto tempo quiser.

– E você? – Erik perguntou com um sorriso debochado. – Você sempre faz questão de negar qualquer aproximação nossa. Então como eu posso acreditar que o que você disse é verdade?

– Convenhamos, – Emma o encarava chocada como se ele tivesse dito a coisa mais absurda do mundo – nós dois somos terríveis demais para termos qualquer coisa juntos. Além do que, eu aprendi minha lição a muito tempo. Negócios são negócios, sexo fica a parte. E eu gosto muito do meu emprego aqui para querer ser despedida depois, chuchu.

– Eu não te despediria, Emma.

– Não? Como não? Quando você se envolve com alguém não quer nem mais vê-la pintada de ouro quando termina.

Erik riu alto e apesar de que receber conselhos amorosos de Emma fosse uma coisa fora do normal e o deixasse particularmente desconfortável, o Lehnsherr deu um menear de cabeça para avisar que tinha entendido a mensagem. Então, ele deu uma tossida seca como se para passar a página daquele assunto de vez e perguntou novamente:

– Qual o problema afinal? Percebeu alguma falha no contrato?

– É aquele príncipe egípcio. Está dando uma dor de cabeça com as modificações que quer fazer sem aumento do prazo...

O magnata revirou os olhos e puxou os documentos para uma leitura rápida enquanto escutava a loira. O trabalho que havia escolhido para si próprio não era o mais prazeroso e muito menos o mais fácil, mas vinha com uma porção de vantagens. Uma delas era ter tanto dinheiro que podia ter o que quisesse e quem bem entendesse. Ele acabaria dando um jeito para resolver aqueles sonhos que o atormentavam.

 

 

O fogo na lareira crepitava de uma maneira lenta e Erik o encarava enquanto se perdia em meio aos pensamentos. Com uma das mãos segurava um copo de scotch e com a outra batia as pontas dos dedos de maneira distraída no braço da poltrona. Conferiu as horas no seu rolex e se perguntou quando Logan retornaria.

Mais uma vez ele tinha mandado o segurança com um presente para Charles. Dessa vez, havia sido o quadrado com o Narciso que ele tinha apreciado na última vez que te estiveram juntos. Ele tinha visto como o bailarino tinha apreciado a pintura e apesar do valor tanto artístico quanto econômico que ela levava, o quadro não significava muito para ele. A verdade era que a maioria das obras de artes que estavam em suas propriedades eram apenas parte de sua vaidade. Queria que os outros o invejassem, o tomassem como um exemplo poderoso a se seguir.

O Lehnsherr bebeu mais um gole do uísque, mas acabou deixando o copo de lado. Estava tão nervoso que não conseguia nem beber direito e aquilo o irritava. Irritava se sentir ansioso pela resposta que viria, irritava porque sabia o quanto ficaria com raiva se mais um não viesse e o irritava mais ainda que acabaria tento mais um daqueles sonhos se não naquela noite, com certeza na próxima.

Seu telefone tocou em algum lugar, mas não deu importância; esperou que o toque fosse embora sozinho. Uma das mãos foi em direção a barba sem perceber e se tocou que nem ao menos tinha a aparado pela manhã antes de ir ao trabalho.

Herr Lehnsherr.

Erik levantou os olhos e viu que Logan havia adentrado na sala e ele não tinha percebido. Fez uma careta enquanto fazia uma nota mental para resolver aquela distração de qualquer forma. Em seu ramo de negócios, não era um modo adequado de levar a vida.

– Logan, qual foi o resultado?

– Mais uma vez, o senhor Xavier não aceitou o presente. Eu já pedi a seus empregados para que botassem a pintura de volta em seu lugar costumeiro.

– Foda-se a pintura. – O ruivo passou a mão pelo próprio cabelo de maneira nervoso e depois a levou para apoiar o queixo. – Ele disse alguma coisa dessa vez?

– Sim. – Logan fez uma pausa e viu Erik ergueu as sobrancelhas ansioso pela continuação enquanto escolhia as palavras certas para usar. O jovem bailarino havia lhe confessado algumas palavras a mais do que ele esperava, mas sendo em um momento informal enquanto bebiam café, ele não queria passar dos limites. – O senhor Xavier avisou que se o senhor deseja tanto vê-lo, deverá pessoalmente ir ao seu encontro.

– Apenas isso?

– Ele também pede encarecidamente que o senhor não se sinta ofendido, mas que não suporta os presentes que tentou destinar a ele.

– Por que? Eu não entendo, eles não eram de qualidade boa o bastante?

Logan sabia que Erik apenas pensava em voz alta, mas resolveu se intrometer do mesmo jeito.

– O senhor me permite a palavra? – O magnata o olhou com olhos pesados como se quisesse desvendar logo o que ele teria a dizer, mas acabou dando um aceno avisando que ele poderia continuar. – Não é a escolha dos presentes senhor, acredito que ele apenas genuinamente não queira nenhum deles.

Erik continuou calado e apenas avisou com a mão que o segurança estava liberado e poderia ir fazer o que bem entendesse. Deu um suspiro e acabou lembrando do que Emma tinha falado mais cedo “dê o que ela deseja”. Bem, por um lado a loira tinha errado feio já que era um belo “ele” que fazia com que dormisse mal, por outro acreditava que ela tinha razão... Bastava apenas descobrir o que seria tão importante para Charles.


Notas Finais


Não esqueçam de comentar nem que seja para reclamar uns defeitinhos que vocês acharam xD
Todo comentário, crítica, sugestão, dica, etc. é amado e apreciado <3
Até a proximo capítulo e um monte de beijo da Nash o/~


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