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História Blind - When our words collide


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Oi, tetês. Como vão? <3
Espero que bem!
Hoje tem novo capítulo com uns momentos fofinhos, apesar de paradinho. Espero que gostem dele de qualquer jeito.
Muito obrigada pelos coments do ultimo capítulo e pelos novos favs. Vocês são uns amores :3

Capítulo 9 - When our words collide


– Onde está Charles? – Erik perguntou preocupado. Havia ido até o teatro em busca do bailarino, mas não o encontrava em lugar algum. Então, Raven, no alto da provocação com o irmão, foi até o magnata pronta a informa-lo sobre o que fosse possível.

– Adoentado – a loira respondeu dando de ombros.

– Doente? É grave?

– Não, apenas um resfriado. Ele não esperou a chuva passar quando retornava do orfanato do outro dia e ficou assim. Eu disse que ele era impaciente por não ter esperado mais vinte minutos, mas apenas ficou aborrecido...

– Oh. – Erik engoliu em seco ao se relembrar do rosto do moreno quando se despediram na outra tarde. Ele não havia prestado atenção na ocasião, mas agora lhe parecia que ele tinha ficado decepcionado com sua saída repentina. – Bem, diga a ele que eu desejo melhoras o mais rápido possível. – O magnata fez uma pequena mesura para a loira que a respondeu, mas ao se virar ouviu um pequeno riso e a voz dela o chamando o seguida – Algum problema?

– Por que... – Raven fez uma pausa enquanto ria nasalmente – Por que Herr Lehnsherr não vai pessoalmente? Digo, sei que a companhia de uma boa amizade deixaria Charles animado. – Ela pôs as mãos dentro de um bolso na roupa, tirou um par de chaves e estendeu para o ruivo – Tome, eu apenas retornarei quando tiver escuro. Tenho alguns problemas de ordem pessoal para resolver durante o dia inteiro.

– Charles, ele não...

– Provavelmente vai te convidar para assistir um daqueles filmes velhos e chatos que ele adora. Então, esteja preparado. – A bailarina deu mais um sorriso faceiro, como se fosse uma criança aprontando algo de errado, mas logo se curvou e completou – Agora, com a sua licença tenho que retornar ao ensaio. Tenha um bom dia, Herr Lehnsherr...

– Um bom dia, Raven.

 

---

 

– Erik? O que está fazendo aqui? – Charles inquiriu enquanto fazia uma careta e levava uma das mãos para o nariz vermelho.

– Raven me disse que eu podia vir até aqui e fazer companhia a você.

– Raven disse o quê?

– Charles, eu sinto muito. Desculpe meu atrevimento. Imagino que prefira ficar sozinho.

– Não, não... – o moreno balançou a cabeça e as mãos ao ver como o outro estava embaraçado. Ele sentia-se moído pelo desconforto do corpo e só podia imaginar que sua aparência não era das melhores com o nariz avermelhado, mas não era aquela a questão. – Erik é que... Bem, imagino que você tenha uma centena de coisas a fazer do que gastar seu tempo comigo. Ainda mais doente. Raven, eu que peço desculpas por ela, não há porque você ficar aqui quando deve ter muitos problemas para resolver.

– Não.

– Não o quê?

– Não há nenhum – o ruivo deu de ombros.

– Então... – Charles olhou para trás na direção da sala de estar e uma comparação de como era sua casa e a casa do magnata foi inevitável, mas ele suspirou e resolveu que não se importava – Você gostaria de chá e de me fazer companhia no filme?

– Qual filme?

– E o vento levou...

– Um excelente filme.

– Não é?! – O bailarino deu uma risada surda. – Eu sempre tento fazer Raven assistir comigo, mas ela sempre dorme no meio da história. Bem, entre por favor...

– Com certeza.

 

 

Era engraçado como ele se sentia tão diferente estando perto de Charles. Erik sabia que os anos estavam chegando cada vez mais para ele, mas a proximidade com o bailarino o fazia sentir jovem outra vez.

Seu paletó e sobretudo haviam ficado no cabideiro de madeira clara que ficava no início da casa e ele bebia chá em uma caneca azul-claro que Charles havia lhe dado. O moreno vestia algum dos seus inúmeros suéteres, mas era realmente a calça de tecido mole e folgada que dava a aparência que Erik gostava tanto de observar de canto de olho. O magnata sempre estivera rodeado de mulheres belíssimas que se arrumavam para ele e agora estava ali com aquele garoto que conseguia ficar lindo mesmo usando uma roupa como aquela.

E a verdade era que ele não o trocaria.

Mesmo que Charles houvesse rejeitado sua aproximação, ele sentia-se melhor na companhia do bailarino. Quando se passa uma vida inteira vivendo como tinha vivido, chega-se em um certo momento que a tensão pode ser demais nos ombros da pessoa. E quando ele tinha passado todo o tempo achando que a solução para aquilo era o sexo, puramente carnal com que lhe chamasse a atenção. Começava a acreditar que o que precisava era aquele conforto que o moreno lhe proporcionava.

– Oh, meu Deus, Erik. Eu estou tão horrível assim? Pare de ficar me encarando! – A voz de Charles o tirou do devaneio e o fez perceber que estava encarando o mais novo sem nem perceber. Erik riu e bebeu da caneca.

– Não, nada disso... – Ele ia pensar em alguma mentira, mas acabou preferindo dizer a verdade – Você fica bonito de qualquer jeito.

Pfff! Deixe de bobagem... – Charles comentou descrente, mas ao abaixar a cabeça, o ruivo percebeu que ele estava envergonhado. – Sabe o que eu lembrei? Acho que ainda tem muffin de blueberry que a Raven comprou ontem. Você quer?

Erik respondeu confirmando com a cabeça e ficou observando enquanto o moreno saia sala e ia em direção a cozinha. Quando ele voltou de lá trazia meia dúzia de bolinhos e os pôs na mesinha de centro que ficava entre o sofá e a televisão. Os dois ficaram ali assistindo o filme, mais quietos do que conversando, mas estava tudo bem. E o ventou levou... estava prestes a acabar quando o magnata sentiu a cabeça de Charles se apoiando no seu ombro, ele ia perguntar algo, mas resolveu ficar calado quando viu que o moreno havia pego no sono.

Por algum tempo ele não se mexeu, mas depois ele se levantou do sofá e deixou com que Charles se estendesse e ocupasse todo o espaço. Erik puxou o cobertor e o cobriu com cuidado. A poltrona vazia que estava sozinha até então foi logo ocupada por ele que ficou muito tempo sem se mover enquanto esperava até o escurecer.

Sabendo que Raven retornaria apenas a noite, o Lehnsherr não tinha coragem de deixa-lo sozinho. Sabia bem que Charles era um homem crescido com capacidade o suficiente para saber o que era ou não do seu interesse, mas não queria deixa-lo sozinho. Daquele jeito que estava, o moreno parecia tão frágil e indefeso... Uma parte dele queria apenas cuidar dele até que melhorasse, mas não tinha coragem de se aproximar. Tinha medo de que não conseguisse se segurar se ficassem próximos demais...

Erik olhou em volta procurando algo para se distrair até percebeu um livro meio caído na estante da sala com uma capa de couro gasta. Ele se aproximou e leu na lombada Immanuel Kant. Aquilo teria que servir até que a irmã chegasse.

 

 

Raven bateu na porta esperando que alguém abrisse já que havia entregado as próprias chaves para Erik Lehnsherr. Não ia dar chance a sorte de Charles resolver deixa-lo do lado de fora. Algum tempo depois o magnata apareceu na porta já usando o paletó e o sobretudo que com que tinha ido até ali.

 – Charles, ele... – Ela ia perguntar mas foi interrompida.

– Seu irmão está dormindo. Ele está bem, mas – ele fez uma pausa enquanto buscava algo dentro de um bolso, acabou tirando de lá uma carteira e entregou um bolo de notas – chame um médico e compre os remédios que ele recomendar.

A loira ia dizer que não precisava, mas antes que pudesse falar, Erik já estava andando para longe indo em direção a um carro preto que estava ali perto. Ela riu imaginando como Charles teria um ataque se soubesse da generosa doação, mas deu de ombros, se o homem já havia lhe entregue o dinheiro que ela gastasse devidamente. Então, foi atrás do telefone cor-de-bronze que ficava em cima de uma mesinha e ligou para o número que conhecia.


Notas Finais


Apesar de pequeninho (sorry :c), espero que tenham gostado <3
Monte de beijo para vocês
Até o próximo! ~ o/


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