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História Blind - Hospital


Escrita por: Misun e yoongizzz

Notas do Autor


Changkyun está bem, calma ae galero. Vocês surtaram bastante nos comentários do capítulo passado, mas pensem, a gente precisava de drama na fanfic e olhem só o que deu q
Estamos perto dos 400 favoritos ~dança Amamos vocês demais <3
Boa leitura <3

Capítulo 23 - Hospital


Fanfic / Fanfiction Blind - Hospital

Changkyun ainda estava no hospital, mas para fazer repouso e também para que os médicos pudessem ficar sempre acompanhando o seu pós operatório, o artista sempre estava recebendo visitas em seu quarto, principalmente as de Minhyuk, Exy, Kihyun e Jooheon, mesmo que o seu namorado e irmã pudessem passar menos tempo consigo do que os demais. O rapaz tentava reclamar o menos possível de dor e também das situações constrangedoras que andava passando, ele não conseguia ir ao banheiro e tomar banho sozinho, quase morria de vergonha toda vez que alguma enfermeira vinha em sua direção para lhe ajudar, era ainda pior quando tinha que pedir, tentava se segurar ao máximo, mas uma hora ou outra tinha que pedir. A comida do hospital era outra coisa que ele odiava até a morte, tinha sorte de Kihyun sempre levar algo gostoso para si ou juraria que iria morrer antes de sair daquele inferno.

Para passar o seu tempo, ele tinha pedido seu notebook e também para que comprassem um caderno para si, escrevia mais do que o seu normal e também trabalhava como podia, até mesmo chegava a conversar com suas fãs nas redes sociais. Minhyuk tinha tirado uma foto da imensa faixa em frente no hospital que seus seguidores tinham feito para desejar as suas melhoras, assim como muitos sempre iam até lá para tentar ver Changkyun na janela, mas ele estava longe demais da mesma para poder fazer aquilo, mesmo que fosse sua vontade.

Jooheon trabalhava e ao mesmo tempo envia mil e uma mensagens para Minhyuk perguntando sobre Changkyun, não só para se acalmar, mas para deixar Exy mais calma também, não era o único preocupado com o estado do Im. Nos primeiros dias que se seguiram, visitou Changkyun todos os dias sem falhar um sequer, mesmo cansado e sabendo que tinha de acordar cedo, ficava algumas horas com o Im para que Minhyuk também pudesse descansar, e um dos seus maiores problemas era convencer Exy de não passar a noite no hospital junto do irmão, ela estava em época de comeback e não podia dar bola a fora com o grupo e consigo mesma. Jooheon tinha de resolver logo com o poderoso sobre quem tomaria conta de Changkyun, visto que ele não demoraria muito a voltar para casa, totalmente debilitado e sem condições de ficar sozinho.

Uma coisa que incomodava o Lee mas que ele guardava a sete chaves era saber que Kihyun visitava Changkyun, não podia impedir o Im de ter amizades, mas não gostava nem um pouco do Yoo, nem dos mimos que ele trazia para o baixinho, muito menos para toda a intimidade que eles tinham, e se mordia de raiva em ouvir Changkyun falar sobre a visita do mesmo em alguns dias daquela semana. Lee Jooheon só queria estar morto.

Changkyun sabia que Jooheon se incomodava com Kihyun então tentava falar do mesmo apenas quando o namorado perguntava, ele não compreendia toda a insegurança que o outro sentia pelo seu amigo. Naquele dia tinha recebido a notícia que iria receber sua alta em poucos dias, nunca tinha ficado tão feliz na vida, aquilo ganhava até mesmo do pedido de namoro de Jooheon e do dia do seu debut. Kihyun estava passando o dia consigo, ele não tinha nada para fazer e o seu "produtor" estava ocupado, então foi levar comida para o Im e passar a tarde conversando com o mesmo sobre coisas aleatórias como sempre faziam.

Naquele dia, antes de ir para o hospital, Jooheon caminhou saltitante para a sala do poderoso, visando pedir a ele para que ficasse como cuidador do Im quando ele voltasse para casa. Não esperava uma resposta negativa, afinal, o ceo já sabia sobre tudo e não adiantava esconder mais nada, e conhecia Changkyun muito bem para saber o quão chato e manhoso o garoto ficava quando doente. Bateu na porta três vezes e a abriu quando fora permitido, sorrindo para o ceo inocentemente e recebendo um olhar feio do mesmo, mas já estava tão acostumado que as bases não tremiam mais.

― Boa noite, Hyunwoo, tem um momentinho para conversarmos? ― Jooheon perguntou esperançoso.

— Claro, entre. — Hyunwoo respondeu tirando a atenção dos papeis a sua frente. — Boa noite senhor Lee, no que posso lhe ser útil?

― Então... ― Jooheon começou, sentando-se na cadeira a frente do ceo. ― Você sabe que o senhor Im se machucou feio e que vai precisar ficar afastado e que precisa de alguém para cuidar dele. ― Disse sorrindo sem mostrar os dentes. ― Pois bem, eu estive pensando e até falei com ele sobre a possibilidade, até mesmo com o Minhyuk, de eu cuidar dele durante esse tempo, o Minhyuk ficaria no meu lugar aqui na empresa e...

— Não. — O ceo respondeu sem nem mesmo terminar de ouvir o que o manager estava lhe dizendo, voltando a mexer nos papeis que antes estava mexendo. — Se é só isso o que gostaria de dizer, tenha uma boa noite.

― Mas senhor Hyunwoo, vamos conversar. ― Jooheon tentou novamente. ― Minhyuk concordou com isso...

— Vocês sabem que Changkyun é um adulto e tem família, não acho que te dar essa dispensa seria algo viável, ainda mais depois do ocorrido no aeroporto, surgiram muitos comentários sobre aquilo e estão de olho no garoto, mesmo que esteja no hospital, tem câmeras de plantão ali apenas esperando o primeiro furo. — Hyunwoo explicou. — Então, a minha resposta é não.

Jooheon olhou incrédulo para o Son, suspirando fundo e saindo da sala, sabia com quem tinha de falar, mesmo que tivesse jurado de dedos cruzados que não iria pedir ajuda ao tal daquela fez, talvez tivesse se esquecido de como Hyunwoo era frio e sincero com suas decisões, mas por Changkyun, Jooheon era capaz de fazer um protesto em frente a empresa só para cuidar do mesmo durante os meses que precisasse. Saiu da empresa e foi direto para o hospital, falaria com Minhyuk o quanto antes, queria de qualquer modo ficar cuidando de Changkyun e que fossem pro inferno as notícias sobre isso. Assim que conseguiu tirar o ruivo do quarto onde o Im estava internado, olhou para o mesmo e ficou sem saber o que fazer.

― Prometi que não iria te pedir ajuda dessa vez, mas você pode me dar uma mãozinha? ― Perguntou preparado para levar outro não.

— Lá vou eu... Do que você precisa? — Minhyuk perguntou sorrindo largo, achando a situação um tanto engraçada.

― Seguinte... ― O Lee sorriu nervoso. ― O poderoso disse que não, eu não posso cuidar do neném bravo e machucado durante os meses de repouso dele... ― Explicou. ― Você podia ir e amolecer o coração da versão masculina da Elsa, né? Aquele coração de gelo só o seu fogo consegue derreter. ― Brincou.

— Ok, vou ver o que posso fazer. — Minhyuk riu alto com a comparação. — Nada que pedir com carinho não faça. — O ruivo se perguntava o que iria fazer para convencer Hyunwoo, já tinha usado tantas táticas que estava tendo que renovar seus planos. — Vou cuidar do coração de gelo do ursinho e depois te falo o resultado. — Pegou suas coisas no banco que tinha no lado de fora do quarto do Changkyun. — Kihyun está ai, tenta ser educado.

― Quem que está aí? ― Jooheon perguntou desfazendo o sorriso de seu rosto. ― Ah não... ― Bufou.

— Ele tem sido um ótimo amigo pro Changkyun, tenta lidar um pouco com o ciúmes, hm? — Minhyuk suspirou. — Bom, estou indo, boa noite Honey. — O ruivo acenou para Changkyun e Kihyun dentro do quarto quando passou pelo mesmo, com um tantinho de medo de Jooheon acabar deixando seu ciúmes falar mais alto do que qualquer outra coisa.

― Boa noite, Minhyuk, e obrigado desde já. ― Jooheon disse e suspirou novamente, olhando para a porta do quarto e rezando para que sua paciência estivesse bem grande para aturar aquela noite.

Paciência essa que, mesmo grande, foi para onde Judas perdeu o vestuário inteiro e talvez algum animal que carregava consigo, dando lugar ao ciúmes, quando viu a cena dentro do quarto. Ok, tinha que lidar com seus sentimentos, tinha que tentar ser amigo do Yoo, mas ele próprio parecia querer lhe irritar. Kihyun estava dando comida na boca de Changkyun, e sorriam feito crianças, e vez ou outra, o Yoo comia um pedaço do doce. Jooheon, se estivesse em um desenho animado, provavelmente estaria soltando fumaças por todos os buracos, estando em um tom bem vermelho. Como não sentir ciúmes de algo assim?

— Boa noite, docinho! — Changkyun disse ao ver Jooheon ali com um sorriso fofo que deixava amostra suas covinhas. Kihyun ao ver a presença do namorado do amigo se afastou, mas ainda segurava o potinho de doces com um sorriso gentil.

— Boa noite, Jooheon, quer mochi? — Kihyun perguntou apontando para os docinhos.

― Boa noite. ― Jooheon entrou na sala um tanto incomodado. ― Ah, bem, eu aceito um. ― Disse tímido, não se sentia tão bem na presença de Kihyun, e não conseguia deixar de sentir ciúmes do garoto.

Kihyun sorriu largo ao ouvir aquilo, se levantando da poltrona que estava sentado e indo até o namorado do amigo, pegando o doce com o hashi e estendendo para o mesmo, esperando que ele abrisse a boca. Ele não tinha nada contra Jooheon, nem mesmo tinha interesse em Changkyun, queria que as coisas fossem melhores entre eles, mas não deixava de compreender o lado do rapaz também sentiria ciúmes se estivesse no lugar dele. O doce era pequeno e cor de rosa, parecia ser bem fofinho, tinha um morango inteiro por dentro que era invisível com o doce fechadinho daquela forma. Jooheon achou estranho de começo, mas deu de ombros e abriu a boca, aceitando o doce e fechando os olhos ao sentir o quão bom ele era, aceitaria até mais um se lhe oferecessem.

― Está tudo bem? ― Jooheon perguntou para Changkyun. ― Sentindo alguma dor? ― Aproximou-se do namorado e lhe deixou um beijo na testa.

— Estou bem, hyung. — Changkyun respondeu sorrindo ainda mais largo com a cena que tinha visto segundos atrás, segurando de leve na mão do namorado e vendo Kihyun prestando a atenção na conversa deles com as bochechas cheias de mochi.

— Você estava até agora reclamando de dor, não minta pro Jooheon só pra não preocupar ele, Changkyunnie. — Kihyun dedurou o amigo. — O médico falou que é normal a dor que ele está sentindo porque a cirurgia não foi há tanto tempo, pode incomodar mesmo e inchar bastante, tem um hematoma imenso no joelho dele e ele não deixa que a enfermeira aplique a medicação certa. — Disse para Jooheon, olhando para a janela e ouvindo os gritinhos das garotas no térreo do hospital, acenou para as mesmas e encostou-se ali, ainda comendo o doce que tinha trazido.

— Baixinho... — Jooheon disse fingindo estar bravo. — Tem que aceitar os remédios, ou então você não vai voltar para os palcos tão cedo. — Acariciou os cabelos do mesmo.

— Dói muito hyung. — Changkyun disse cruzando os braços e fazendo uma expressão emburrada, Kihyun não o ajudava em nada.

— Se você ficar sendo chato assim, nunca vai sair daqui. — Kihyun respondeu deixando o potinho vazio de lado. — Bom, vou deixar vocês dois sozinhos, acho que o Yoongi hyung já saiu do estúdio. — Se aproximou do casal, pegando as suas coisas e fazendo uma careta para Changkyun. — Amanhã trago o que prometi, seja obediente e faça tudo o que for preciso pra melhorar. — Olhou para Jooheon. — Tenta colocar alguma coisa nessa cabeça de girino porque ele tá dando trabalho. — Disse e saiu do quarto, fechando a porta para dar mais privacidade aos dois.

— Tchau. — Jooheon disse olhando para a porta fechada. — Quem é Yoongi? — O Lee perguntou confuso, sentando-se no espacinho que tinha ali ao lado do namorado.

— É o noivo do Kihyun, ele é um produtor bem conhecido e bom, eles tem um relacionamento bem fechado, mas não disfarçam tanto assim. — Changkyun explicou franzindo a testa. — É confuso, mas eles moram juntos tem um tempão e até usam alianças, ninguém nem desconfia.

— O Kihyun é quase casado? — Jooheon perguntou incrédulo.

— Sim, eles estão até procurando formas de adotar uma criança e eu estou ajudando com isso. — Riu da expressão do namorado, indo mais para o cantinho da cama e dando mais espaço para o mesmo, deitando de forma confortável no ombro do mesmo.

— Mas que... — Jooheon disse confuso. — Estou impactado. — Encarou um ponto aleatório.

— Eles estão juntos há bastante tempo... — Deu de ombros. — E você com ciúmes dele atoa.

— Eu tenho medo de te perder, baixinho... — Jooheon disse fazendo um bico para o Im, olhando para o mesmo fingindo estar triste.

— Você nunca vai me perder, docinho. — Riu baixo beijando o biquinho do namorado várias vezes e terminando por dar um beijo estralado na bochecha do mesmo.

— Tentei falar com o poderoso, mas o coração de pedra dele estava ativo. — Jooheon disse tristonho, entrelaçando sua mão a do Im e fazendo um carinho singelo com o dedão na mesma.

— Ele não deixou? — Changkyun perguntou fazendo uma expressão triste, mas a mais fofa que conseguia. — Minhyuk amolece ele, é só esperar a mágica acontecer.

— Eu espero que ele consiga, ele não estava com uma cara muito boa. — Jooheon comentou beijando a bochecha do Im, querendo puxá-lo para um abraço.

— Ele tava com aquela cara de "ursinho mal humorado"? — Changkyun pergunta fazendo aspas no ar. — Minhyuk vive falando dessa cara e o quão sexy é...

— Eu não sei bem que tipo de cara é essa... — Jooheon olhou para o Im e riu baixinho. — Eu não conseguiria achar a cara de mau humor do poderoso algo sexy. — Disse balançando a cabeça negativamente.

— Minhyuk é meio masoquista. — Riu baixo abraçando o braço do namorado e fechando os olhos confortável ali. — Eu não aguento mais isso hyung, quero ir pra casa e conseguir ir no banheiro sozinho.

— Se você tomar os remédios certinho, logo isso vai passar. — Jooheon disse encostando a cabeça no travesseiro. — É constrangedor estar nessas situações e querer ir ao banheiro, não consigo nem imaginar...

— Eu não posso levantar, então... — Changkyun se poupou de dar detalhes, aquilo era extremamente constrangedor. — Estou tomando tudo direitinho, mas é esquisito quando vão tocar no meu joelho e dói... Kihyun hyung me deu o maior sermão do mundo por causa disso, ele disse que eu sou muito dramático.

— Kihyun hyung parece ser alguém muito chato. — Jooheon revirou os olhos.

— Ele não é chato, mas é muito... Mandão? Parece mais minha mãe que a minha mãe. — Changkyun reclamava do Yoo, mas ele gostava muito do amigo e só ele podia falar mal do mesmo. — Você poderia dar uma chance pra conhecer ele agora, já que sabe que não precisa mais sentir ciúmes de nada.

— Pensarei nisso. — Jooheon disse fechando os olhos por um momento, estava cansado e dormia pouco para conseguir passar um tempo com o Im. — Eu quero te levar pra casa logo, e de preferência, pra ficar cuidando de você o tempo todo.

— O médico me disse que eu provavelmente vá ganhar alta essa semana ainda, eles apenas precisam fazer alguns exames para ver se já posso ir ou não. — Changkyun disse abraçando o namorado de forma desajeitada e fazendo carinho em seus cabelos castanhos cacheadinhos. — Vai pra casa dormir melhor, docinho, pode ficar com dor se ficar aqui...

— Não... — Jooheon disse de forma manhosa, abraçando o Im enquanto se deitava um pouco no colchão. — Eu não quero te deixar aqui sozinho, amor, esse é o meu turno e eu vou ficar aqui até a hora que for preciso. — Olhou para Changkyun e lhe roubou um beijo demorado.

O Im retribuiu o beijo no mesmo segundo, desde que estava no hospital ele e Jooheon não se beijaram "de verdade" e sentia a falta do mais velho, se ajeitou como podia na cama, fazendo uma careta ao sentir uma dor incomoda no seu corte, mas não interrompeu o selar. Levando uma de suas mãos até a coxa farta do mais velho sem malícia alguma e a outra até os cabelos do mesmo, deixando seus dedos afundarem nos fios longos do outro, lhe fazendo um cafuné discreto. O Lee sorriu durante o selar, deixando uma de suas mãos irem até a cintura do namorado, segurando o local com cuidado, estava com tantas saudades de Changkyun que quase não cabia em si.

— Desculpe por não conseguir passar tanto tempo aqui com você... — O Lee disse assim que se afastou do Im, acariciando a bochecha do mesmo de forma delicada.

— Está tudo bem hyung, eu entendo que você está trabalhando, desculpe te atrapalhar ainda mais... — Changkyun pensava naquilo constantemente, Jooheon estava trabalhando em época de comeback com as garotas, mal dormia e ainda vinha até o hospital sempre que podia para ficar consigo, sentia-se culpado pelo cansaço do namorado.

— Você não me atrapalha em nada, Changkyun, não fale isso. — Jooheon voltou a se aconchegar ali, fechando os olhos. — Mesmo que eu esteja dormindo menos, vale a pena, é por você, e por você eu sou capaz de qualquer coisa. — Suspirou, abrindo os olhos bruscamente. — Só não me peça pra ir naquele brinquedo assustador de novo.

— Pode deixar, docinho, nós dois nunca mais vamos em um brinquedo de terror ou que seja assustador demais. — Changkyun riu baixo, mesmo que as palavras do namorado não o ajudassem a se sentir melhor. Ouviu batidas na porta do seu quarto, soltou um suspiro frustrado e abaixou a cabeça no mesmo momento, não aguentava mais aquilo tudo, estava sendo o maior desafio de toda a sua vida, ele não gostava de depender dos outros e muito menos de ficar deitado como estava ficando.

— Eu só queria ter paz. — Jooheon resmungou, levantando-se e indo até a porta, a abrindo um tanto sonolento, se encostasse, dormiria aonde estava. — Quem bate?

— Changkyun não fica mesmo sozinho. — A enfermeira comentou alto e passando por Jooheon sem se importar com a expressão do mesmo, indo até o Im e soltando um suspiro. — Bom, você quer ir no banheiro agora ou tomar banho? Preciso trocar seus curativos e te dar os remédios também. — Ela soltou muito rápido mesmo, Changkyun já tinha se acostumado com a enfermeira, era uma senhorinha de meia idade que parecia mais pilhada que muita gente jovem por aí.

— Tem como eu usar o banheiro no banheiro mesmo? — Changkyun perguntou já se encolhendo na cama apenas em ver a vasilha de aço na mão da mesma.

— Só dessa vez. — A senhorinha disse cruzando os braços. — Esses jovens de hoje são tão vergonhosos com tudo, nunca vi igual... Você, fortão ai, me ajuda a colocar ele na cadeira? — Ela perguntou se virando para Jooheon e puxando a cadeira de rodas para perto da cama, já ajustada para que o Im ficasse com a perna levantada mesmo sentado na mesma.

— Ah, claro. — Jooheon disse tentando acordar um pouco. — O Changkyun é mandão assim mesmo, senhora, não ligue pra isso. — Brincou, olhando para o namorado que lhe encarava incrédulo com suas palavras, olhando para o mesmo e o pegando no colo com um pouco de esforço, sentando-o na cadeira de rodas com a maior delicadeza do mundo. A senhora apenas riu de Jooheon enquanto arrumava a perna machucada de Changkyun.

— Me poupe dos detalhes sobre a vida pessoal de vocês, me surpreende que esse aqui tenha alguém, ele tem vergonha de tudo, nem parece que é cantor. — Ela dizia empurrando a cadeira do Im enquanto falava com Jooheon toda agitada, o rapaz sentado apenas queria virar um avestruz e esconder a cabeça embaixo da terra. — Não fique assim, querido, são coisas da vida, só preste mais atenção onde dança.

— Esse ser aí nunca mais vai dançar na chuva, mas nem que a vaca tussa. — Jooheon riu acompanhando os dois, adorando a senhora tão engraçada.

— Singing in the rain... — A senhorinha cantarolou entrando com o Im no banheiro e fechando a porta na cara do Lee, arrancando uma risada baixa de Changkyun.

Jooheon olhou para a porta a sua frente e desviou o rosto para os lados, caindo na risada com a ação da senhorinha. Apoiou-se ali ao lado da porta, checando seu celular rapidamente e vendo as mensagens de Minhyuk, e para o seu azar, Hyunwoo estava bravo demais, estressado, e havia dito não para o ruivo, recusou todas as propostas, e quase explodiu com o mesmo, e Minhyuk achou melhor parar de insistir.

Demorou um pouco, mas a senhora voltou com Changkyun com roupas mais confortáveis que as anteriores e também já tinha parado de usar as roupas do hospital, depois de quase implorar para que fizessem isso. O Im ainda tinha uma carranca no rosto e a enfermeira continuava tagarelando e lhe dando sermões sobre ele ser muito reclamão e não aceitar bem a ajuda dos outros quando precisava.

— Bonitão, coloca ele na cama de novo e deixa a perna dele bem esticada, fica perto também, vou trocar o curativo dele e ele às vezes não gosta muito. — Ela disse a última parte para o Lee como se fosse um segredo de estado, logo batendo a caneta na cabeça de Changkyun e pegando as coisas para fazer o curativo do mesmo.

— Deixa ela fazer o curativo bonitinho. — Jooheon disse ao Im, pegando-o no colo novamente e o deixando deitado na cama, beijando-lhe rapidamente a testa, rindo para a carranca do mesmo. — Não adianta me olhar assim.

— Cara feia espanta ninguém não. — A senhora disse para Changkyun já começando a cortar o curativo da perna do mesmo, deixando o machucado bem exposto e tocando na região sem ter medo, mesmo que arrancasse uns resmungos baixos do Im pelo local estar sensível ela tocando ali. O garoto estava de cabeça baixa, não queria olhar para o namorado e muito menos para o seu machucado, muito menos dar um motivo a mais para lhe chamarem de reclamão e teimoso. A enfermeira virou-se para pegar as coisas para limpar o sangue seco da região e também as gazes e esparadrapos, eles ainda não tinham colocado o gesso de fato em Changkyun por conta do corte.

— Meu Deus... — Jooheon se virou rapidamente para a janela, olhando rapidamente para a janela, olhando para baixo e até acenando para as fãs que ainda estavam ali. — Puta merda... — Xingou baixinho. Não tinha estômago para esse tipo de coisa.

— Está bonitinho, Changkyun, você tem a cicatrização boa, amanhã vamos conseguir retirar os pontos e colocar o gesso. — A mulher elogiou o Im enquanto já fazia o restante do processo. — Se estiver passando mal, bonitinho, é só ir no banheiro. — Ela disse para Jooheon achando uma gracinha como ele era sensível.

— Eu estou bem, só quis olhar a paisagem, muito bonita daqui. — Mentiu o Lee.

— O docinho é sensível, noona, tem o coração fraco. — Changkyun disse para a enfermeira arrancando uma risadinha da mesma.

— Entendi, você é o sem coração e ele tem que aguentar? Pobrezinho mesmo. — A enfermeira concordou. — Bom meninos, vou deixá-los sozinhos, boa noite. — Ela disse jogando as coisas sujas no lixo e limpando onde havia sujado sem querer, mas não demorou para sair e fechar a porta deixando os dois sozinhos.

— Suas fãs estão acampando aqui. — Jooheon comentou. — Já tá tudo escondido? Eu posso olhar sem passar mal? — Perguntou.

— Eu sei, elas provavelmente não vão sair daí até eu ir embora... — Changkyun comenta novamente se sentindo culpado por aquilo. — Pode olhar sim, hyung.

— Estou com aflição até agora. — Jooheon se aproximou do namorado, achando-o triste. — O que foi, meu baixinho, o que aconteceu? — Perguntou acariciando os fios úmidos do Im.

— Estava bem pior... — Changkyun comenta abrindo espaço para Jooheon sentar ao seu lado. — Não é nada hyung, vamos dormir um pouco? Estou tão cansado quanto você.

— Tudo bem, se quiser conversar, eu estou aqui. — Jooheon se levantou e foi até a poltrona ao lado da cama de Changkyun, aconchegando-se ali como na noite passada, iria embora durante a madrugada, quase de manhã, quando Minhyuk voltava para o hospital. Mas não demorou a se levantar novamente. — Boa noite, baixinho, eu amo você. — Disse sorridente, deixando um beijo nos lábios do Im e na testa, voltando para a poltrona, não podia dormir ali na cama com o namorado.

— Boa noite, docinho, eu também te amo. — Disse baixinho e estendendo a mão para Jooheon, não demorou até o namorado segurar a mesma e entrelaçar seus dedos. — Obrigado... — Sussurrou baixinho ao ver Jooheon já dormindo na poltrona ao seu lado, soltou outro suspiro triste.

Changkyun não sabia quanto tempo ficou olhando o Lee dormir ao seu lado, ele mentiu sobre a parte de estar cansado, apenas queria ver o namorado dormindo e com a saúde boa. Queria melhorar logo e poder parar de preocupar todo mundo, assim como dar trabalho também, estava quase amanhecendo quando ele pegou no sono ainda de mãos dadas com o outro.


Notas Finais


Changkyun é muito assim, odeia preocupar o Jooheon, mas vocês acham que o Jooheon liga pra isso? Nem.... Tá ali firme e forte q
MELHOR ENFERMEIRA EVER ela é uma das melhores personagens de Blind e aparece bem pouco #sad
Obrigada por todo o carinho que vocês dão a Blind <3 Beijões <333
~E pra quem diz que sente que a fic está perto do fim: Está sentindo certo ;---; (MAS VEM MUITA FANFIC BOA POR AÍ VIU <3)


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