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História Blind ( GOT7 ) - Capítulo 31


Escrita por: lovev3

Notas do Autor


Confesso que postei mais um hoje porque estava com saudades de vocês 😚
Obrigada por favoritarem, lerem e comentarem a fic. Eu amo o carinho que recebo de vocês ❤️
Essa fic abrange bem mais do que um casal de amigos, eu espero que possam compreender o que eu estou falando. Espero que a história esteja ajudando vocês a enfrentar os padrões sociais de beleza que existem hoje tanto quanto me ajuda. Nenhum de nós é apenas um rosto bonito, e afinal
O que é bonita?

Capítulo 31 - Capítulo 31


Fanfic / Fanfiction Blind ( GOT7 ) - Capítulo 31

Vitch

- Que provas? – pergunto e me levanto da cama. – JB, porque você quer tocar tanto no assunto do passado?! Porque é tão difícil deixar isso para lá? Seja lá o que houve, ficou no passado, eu e você nunca tivemos nada, foi tudo uma mentira, um jogo. Já passou e eu quero que você esqueça. – falo e me viro para olhá-lo, ele estava em pé a me encarar. – Por favor…

- Vitch… O Mark aparece em todos os vídeos, por isso ele que estava com eles!

- Porque você mandou Yugyeom entrega a ele!

- Ele errou com você e com outras garotas! Como você pode ignorar o que esse merda fez?! – fala ele em tom alto e eu esculto passos na cozinha.

- Fala baixo. – sussurro e me aproximo da porta escorando-a. Me viro e vejo JB tirar um pen drive do bolso, ele o deixa sobre a mesa ao lado da luminária.

- Eu vou quebrar esse do mesmo jeito que quebrei o outro. – falo aborrecida.

- Mesmo que eu te diga que essa é a última cópia? E que nesse pen drive... – diz ele se aproximando de mim enquanto segura o pen drive. – Tem o seu vídeo?

Engulo seco e encaro o pen drive, todas essas historias pareciam confusas, será que no vídeo havia algo que esclarecesse algo?

Paro de olhar o pen drive e volto meu olhar a JB, que estava com seus olhos fitos em mim.

- Quem é esse?! – a porta de abre e Jin Young fala encarando mim e JB, me afasto de JB e coloco minhas mãos sobre a cabeça preocupada com uma possível briga, porque Jin Young sempre aparece nos momentos menos inesperados?

- Um amigo. – falo respirando fundo. – Um amigo do Mark. – esclareço e encaro JB.

- Do Mark? – pergunta Jin Young. – E o que ele faz aqui no seu quarto?

- Vim visita-la. – responde JB. – Espero que você fique melhor Vitch, e desculpe ter vindo sem avisar.

- Tchau. – falo sem olhar para JB, me aproximo de minha cama e me sento na mesma. Por um minuto acreditei em algo que o JB falou, mas a verdade é que não faz sentido… Se Mark estava arrependido porque ele saio da cidade e me deixou sozinha na noite da festa? Ou porque ele não voltou depois ou impediu algo?

Saio de meus pensamentos, e me aproximo da janela de meu quarto, observo os carros na rua. Queria que o carro de Yugyeom estivesse ali no meio… Ele não fez o certo, ele estava escondendo algo mas eu ainda o queria aqui, ele é meu melhor amigo e a primeira pessoa que eu penso em todas as vezes que acordei hoje.

- Vitch. – fala Jin Young e sinto sua mão alisar meu braço. Me viro para o mesmo desanimada, estava cansada do meu dia e aposto que minha cara transparecia isso. – Eu não gosto desse garoto que saiu daqui. – diz ele.

- Eu também não. – respondo. “ Não mais… “

- Mas não vim falar sobre isso… - diz Jin Young.- Eu vim me desculpar. – fala ele e o olho sem entender. – Eu iria te dar a cirurgia plástica achando que isso lhe faria bem, eu só piorei tudo… - diz ele abaixando a cabeça. Abro a boca para conforta-lo mas não sei o que falar, eu não sabia nem como me confortar imagina a ele.

Caminho em direção a minha cama e me sento na mesma, passo minha mão sobre meu rosto e sinto a maciez de meu rosto e a liberdade em estar sem maquiagem. Eu não estava bonita para ele, e eu não era bonita suficiente para ele, não sem meu salto alto, meu cabelo arrumado e tudo mais em que eu me escondo..

- Jin Young, eu não sou a garota para você. – falo encarando o chão.

- O que? – pergunta ele abismado e se senta do meu lado na cama. – Claro que você é, você é linda Vitch. – fala ele mas eu permaneço em silêncio. – Baby, olha para mim. – diz ele e segura meu rosto. – Você é a garota que eu quero para mim, não só hoje mas a muito tempo. Por favor não pense isso de mim. – fala ele olhando para mim. Eu acredito no que ele dizia mas não eram suas e nem essas as palavras que eu queria ouvir agora.

- Eu não estou bem Jin Young, eu quero ficar sozinha. – falo e encaro o chão. – Perdão…

- Tudo bem. – diz ele se levantando.

A porta se fecha e eu desabo mais uma vez na minha cama, mas dessa vez não tinha mais lágrimas, me sentia tão vazia... Sinto que não sei a verdade por trás dos vídeos e nem sei se quero saber, havia pela primeira vez me impondo contra meu pai e nem a declaração do garoto que eu gosto havia conseguido me animar. O dia havia sido difícil mas… Já vinherem dias piores.

Observo minha mão e vejo que eu estava com o anel, Yugyeom deveria ter colocado em minha mão no hospital ontem. Sorrio lembrando-me dele. Eu não sei como mas eu consegui dividir minha dor com ele, quando ele me abraçou ontem… Ele me confortou como ninguém, ele me entende antes que eu mesma me entenda e… Acho que ele me ama talvez mais do que eu mesma. Como pode alguém como ele amar tanto alguém como eu?... Fecho meus olhos e desejo voltar o tempo para ontem quando eu estava em seus braços, perguntando se ele realmente me amava. E por alguns segundos ouço sua voz me responder:

“Você não sabe o quanto.”

Dia seguinte 5:00 p.m.

Saio de meu chuveiro enrolada em minha toalha, a tiro e observo meu corpo diante do espelho. O que eu estava fazendo comigo mesma? O quão mal eu ficaria se não parasse de vomitar? Creio que agora estou magra como sempre quis, creio que magra suficiente para meus pais, atraente suficiente para namorar Jin Young, e bonita o bastante para cursar administração. Mas… Alguma dessas coisas realmente me faz feliz?

Visto uma roupa e saio em direção a sala, onde encontro minha mãe a assistir TV, ela sorri e pergunta se eu quero algo, nego com minha cabeça e me sento ao seu lado.

Uma hora e meia havia se passado, minha mãe assistia uma novela, de início penso que ela e besta e ela realmente é, mas eu havia vindo aqui não para assistir o que passava na televisão e sim minha mãe. Nesse curto tempo que passei com ela a escutei repetida vezes “xingar” as mulheres de feias, gordas, inúteis e burras.

- Porque você acha essa mulher feia? – pergunto e minha mãe me olha curiosa.

- Porque ela é! Você não acha? – pergunta e eu pego o controle e abaixo o volume.

- Porque eu sou bonita para você, mãe? – pergunto me virando para ela. Meu coração palpitava, eu nunca havia perguntado isso para ela.

- Vitch, por favor. – diz minha mãe dando uma risada debochada. – Seu cabelo é lindo, liso, brilhante, sua irmã sempre quis ter um cabelo assim, mas se bem que eu adoro as ondas que você faz.

- É, esta na moda… - falo. Porque se sentir invejada deveria fazer eu me sentir mais bonita?

- Sim. E seus olhos são lindos. – procede ela. - Você esta doentinha mas eu estou te alimentando bem para você ganhar um pouco mais de peso, não muito por que não queremos isso não é m- a interrompo.

- Mãe se lembra que antes de eu entrar no ensino médio entrou uma garota na minha sala? Eu falei dela para você, ela era alta, popular e atraente para os garotos, seus lábios eram finos e por alguns meses eu fiquei cumprimindo os meus para serem também.

- Claro, e então eu te disse que não fizesse isso, porque seus lábios grossos são lindos.

- É… Mas você falou isso porque lábios grossos são bonitos, não porque ter lábios como os meus eram bonitos.

- Não estou entendendo onde você quer chegar Vitch.

- Mãe eu nem sempre vou estar dentro dos padrões, e eu não sei porque devo estar. Eu não entendo porque “bonita” é algo tão exato, como se só existisse um modelo de beleza e que todo mundo tem que seguir ele, porque eu preciso ser bonita para você e o papai estarem felizes?

- Vitch minha filha, você esta fazendo drama. Já imaginou o quão difícil sua vida seria se você não fosse bonita? Seu irmão não teria te apresentado para Jin Young, aquele outro garoto não viria aqui ontem com flores e sem falar que todo trabalho que você quiser você ganhara mas fácil por ser bonita.

- Eu quero ser mais que isso… - desabafo e abaixo minha cabeça. O quão alienada sou eu e minha familia por achar que amar tem algo haver com aparecias…

- Va deitar Vitch, você esta falando besteira.

- Estou cansada. – falo e me levanto encarando minha mãe. – Cansada do mundo me dizer que só sou bonita, eu sou mais que isso. Desde que sai de casa eu vim mudando e achava que isso melhoraria-me, que ficaria mais feliz mas não! Eu estou desaparecendo dentro de mim mesma.

- Você deveria parar de pensar besteiras, você esta sendo mal agradecida. Recebe flores de um, namora com outro e muitos outros garotos te querem, todos te amam filha.

- Quem realmente me ama me defendeu, se impôs e não me deixou continuar m-

- Vitch! Pare já! Aquele garoto bateu no seu pai! Volte já para seu quarto! – diz ela apontado para o corredor.

- A beleza doi né mamãe?! – digo encarando ela enquanto as lágrimas escorrem. – A dor que eu sinto nenhuma cirurgião plástico pode fazer passar, a dor de pais como vocês. Eu não vou ficar como você, eu não quero me sentir mais sozinha e fútil do que já eu s- calo minha boca ao sentir a pesada mão da minha mãe estalar em meu rosto, passo a mão sobre minha bochecha que agora ardia. Desde criança que eu não apanhava, talvez eu tivesse merecido a tapa por estar sendo tão franca e dura, mas eu tinha que falar isso, eu estava devendo isso a mim mesma.

- Saia da minha frente! – grita minha mãe e eu olho para ela, a mesma estava chorando, a dor de ve-la chorar faz eu me sentir a pior pessoa do mundo, eu nunca havia brigado com minha mãe, nunca havia levantado o tom ou me imposto, por mais que eu queresse chorar eu sempre me segurava e guardava para mim.

Meu pai havia feito ela mudar para agradar a ele e o mundo, me sinto triste por saber disso mas aliviada por não ter chegado ao ponto dela.

- SAI! – grita ela entre lágrimas, saio do cômodo e a deixo só.

Chego em meu quarto e vou em direção ao meu banheiro, pego todos os meus medicamentos para emagrecer e os derramo na privada que antes eu vomitava. Nunca havia me sentido tão livre, continuo e jogo mais alguns cosméticos que eu comprei para ficar mais “bonita”. Me encaro no espelho e observo todos os traços do meu rosto, meu rosto não me agradava em alguns pontos, mas talvez agradacem a muitos ou talvez não. Um dia eu fui zombada por ser feia, mudei e agora sou taxada como bonita demais para fazer algo útil. Eu nunca vou agradar a todos, mas por hoje… Só hoje eu me sinto livre e leve, sinto que agradei a pessoa que mais importa: eu mesma.


Notas Finais


Sem cicatrizes para a sua beleza. Não existe um você melhor do que aquele que você é!
#whatispretty?


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