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História Blinding Lights - Shawn Mendes - Retribuição


Escrita por: coldwar_97

Notas do Autor


hoje, deixarei que o capítulo fale por si próprio. nos vemos lá em baixo!
boa leitura! <3

Capítulo 24 - Retribuição


- Cameron! - o garoto gritou.

- Shawn! - gritou em resposta.

- Por que está correndo tanto?

- Existe um motivo para o qual vim para Toronto. Esse momento, no carro, correndo. Respire fundo.

Cameron entrou na contramão da estrada e Shawn ficou sem reação.

- Cara... por que vai fazer isso? Sabe que vai morrer também.

- Ninguém mais se importa comigo. Ninguém mais quer saber quem é Cameron Dallas. Ninguém liga. Eu não estou valendo mais para as pessoas... e você ajudou a causar isso. Te ver na frente das câmeras, dando entrevistas, passando por aí sendo notado e aparecendo nos grandes portais... isso me deixa com raiva... muita raiva. Ninguém se importa. Ninguém se importa - o garoto repetia, enquanto afundava o pé no acelerador.

- Eu me importo! Cameron, eu me importo.

- Não! Você abandonou tudo. Quer levar essa vida nova e esqueceu de tudo o que lhe trouxe até aqui.

- Eu não esqueci. Só estou sem tempo. Lembra de quando você estava lá com o coração partido e eu comprei sorvete? Nós nos divertíamos muito.

Cameron começou a pensar em todos os momentos bons que passou com Shawn e percebeu que o amigo estava ali o tempo todo. Mesmo sem tempo, enviava mensagens e demonstrava preocupação. Cego de ódio, só conseguiu perceber o quanto o problema estava em si e não nos outros.

Tentou virar o volante para a direita mas era tarde demais. Tudo ficou escuro.

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Shawn acordou em um quarto. Tentou olhar à sua volta mas as fortes dores não permitiam. Apertou o botão que havia na lateral da cama.

- Senhor Mendes - uma enfermeira entrou - como está se sentindo?

- Não sinto minhas pernas. O que aconteceu? Ai - o garoto travou o maxilar.

- Vou chamar o médico. Ele vai dizer tudo detalhadamente.

Minutos depois o senhor entrou com uma prancheta.

- Doutor, o que aconteceu comigo?

- Bom, você teve muitas lesões graves, algumas perfurações e quebrou ossos. A equipe de resgate teve muita dificuldade para retirá-lo das ferragens. Ficou preso.

- E o Cameron?

- Seu amigo foi para outro hospital. O caso dele é mais grave.

- E como ele está?

- Não sabemos.

- E então... é normal não sentir as pernas?

- Não. Podemos ver o que aconteceu.

- Quanto tempo eu dormi?

- Cinco dias. Estamos sedando você para que não sinta muitas dores. Só vamos saber o que aconteceu com as suas pernas se retirarmos a sedação.

- Eu estou sedado? Parece que não... ainda assim sinto dor...

- Daqui a pouco vamos levá-lo para fazer uma ressonância. A última detectou inchaço cerebral.

Cada detalhe da situação após o acidente fazia com que Shawn quisesse chorar. A dor estava forte e a preocupação com Cameron incomodava ainda mais. Após os exames o garoto retornou para o quarto e recebeu mais sedativos. À noite, recebeu a visita da família.

- Meu Deus - Karen começou a chorar.

- Fique calma, ele precisa de nós - Manuel disse, abraçando-a.

- Boa noite - o médico disse, entrando no quarto.

- Como ele está? - o pai perguntou, olhando para o filho.

- Ele acordou no início da tarde. Está recebendo alimentação por sonda e estamos mantendo a sedação para amenizar as dores.

- Isso não está acontecendo - a mãe disse, segurando a mão do filho.

- E os resultados dos exames? - Manuel perguntou.

- Múltiplas lesões. Dos pés à cabeça, literalmente.

- É possível que fique alguma sequela?

- Nas pernas, não. Ele disse não senti-las, mas nada foi detectado. Deve ser pelas imobilizações que fizemos. Mas do jeito que ele foi retirado das ferragens e o nível das lesões que teve... era para estar morto.

- Obrigado por cuidarem tão bem dele.

- Vou deixá-los a sós. Qualquer novidade ligaremos para vocês - o médico disse, saindo do quarto.

- E agora? O que vai acontecer com ele? - Karen perguntou, soluçando.

- Não sei. Vamos ficar aqui o quanto pudermos, assim no momento que acordar novamente vai ter alguém - Manuel respondeu.

- E o Cameron? A mãe dele não conseguiu vir para Toronto, está desesperada.

- Só Deus pode ajudá-lo nesse momento... eu posso ficar lá com ele enquanto ninguém chega.

- Faça isso. Eu fico aqui.

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Ana estava sem notícias de Shawn há alguns dias, até que a mídia começou a publicar uma enxurrada de informações e especulações sobre o estado do garoto.

- Trouxe um sanduíche. Você precisa comer - Maria se sentou na cama - e voltar para a escola também.

- Eu o deixei lá. Sabia que aconteceria alguma coisa...

- Não tinha como prever.

- Depender de notícias da internet é algo péssimo. Cada hora falam uma coisa e estou evitando pesquisar.

- Daqui a pouco ele vai ficar bem e vocês vão se falar. Depois ligue para o celular dele, talvez alguém da família atenda...

- É verdade, não pensei nisso antes. 

Então Ana ligou. Nenhuma resposta. Adormeceu depois de tanto chorar.

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Shawn só conseguia pensar no estado de Cameron. Não sabia nada sobre o que havia acontecido com o amigo. A julgar pelo próprio estado, imaginou como ele estaria.

- Mãe?

- Oi meu filho! Você acordou... como se sente?

- Muita dor... muita dor... - a voz do garoto estava fraca.

- Fiquei tão assustada quando recebi a notícia.

- Mãe... o Cameron... - quando Shawn disse o nome do amigo, o monitor cardíaco disparou. A lembrança do acidente era perturbadora.

- Filho, ele... está em estado grave. Fizeram várias cirurgias mas não conseguem resolver o problema. Além disso, está no CTI. Não há nenhuma previsão de nada.

- Meu Deus... - o garoto começou a chorar - ele não pode morrer.

O celular de Shawn tocou novamente. Era o número de Ana.

- Filho, é a Ana. Seria bom atendermos para que ela sabia como você está.

- Conecte o fone de ouvido no celular, por favor.

O garoto atendeu.

"Shawn?"

"Oi".

"Ai meu Deus você está vivo!"

"Ainda..." - respondeu, com a voz rouca.

"E então... com está?"

"Sinto muitas dores... não estou nada bem"

"Shawn, não queria ter que tocar nesse assunto agora... mas quem estava dirigindo era o Cameron, não era?"

"Sim".

"Ah não, não acredito nisso..."

"E Ana... mais uma coisa".

"Pode falar".

"Preciso de um tempo. Não estou nada bem e preciso me recuperar".

"Tudo bem, eu sei disso. Mas dar um tempo de nós dois?"

"Sim. É para lhe proteger".

"O Cameron não vai me fazer mal. O estado dele no hospital está muito pior do que o meu..."

"Eu não sei o que ele planejou, nem o que pode acontecer. É melhor darmos um tempo. Você precisa ficar segura".

"Se acha melhor assim, tudo bem então. Precisando de alguma coisa é só me ligar".

"Obrigado por compreender".

Shawn desligou e Karen retirou os fones do aparelho. O garoto começou a chorar.

- O que ela disse?

- Nada, eu só... preciso protegê-la.

- Protegê-la de que?

- Longa história.

- Filho, notícias do Cameron. Seu pai ligou enquanto você estava no telefone. Ele perdeu muito sangue na cirurgia dessa manhã e não está resistindo.

- Não pode ser - Shawn tentou se reposicionar na cama, mas não conseguiu.

- Eu sei o quanto é difícil.

- Mãe, tem que ter um jeito. Não pode ser assim...

- Filho, às vezes a vida é assim mesmo.

- Não pode... ele estava sofrendo antes, estava cheio de problemas e eu simplesmente fiquei focado no álbum enquanto a vida dele desmoronava por completo.

- Você precisa se acalmar.

- Mãe. Ele não pode ir embora agora. Mandem levá-lo para um hospital melhor se não estiver dando certo. Arrume alguém para doar sangue a ele. Precisamos fazer alguma coisa - Shawn estava entrando em desespero - se o Cameron morrer vou me culpar o resto da vida.

- Se acalme, filho - Karen temia pelo pior. Se Cameron morresse, o filho poderia piorar bastante e todo o progresso se perderia.

- Me dê meu celular de novo. Preciso postar algumas coisas.

- Mas assim, de repente?

- Sim.

Shawn publicou três tweets. "Obrigado pelas mensagens de carinho e pela torcida para que eu melhore rápido. Amo vocês X". Depois, postou: "Galera de Toronto, precisamos de doadores de sangue de todos os tipos. Doem em Mount Sinai Hospital. Obrigado". Por fim: "Não se esqueçam de fazer orações para o Cameron. Ele está em estado grave e precisa de boas energias. Precisamos de força nesse momento".

________________________________________

- Carregando. Um, dois, três... afastem - o médico utilizava o desfibrilador em Cameron - Mais uma vez. Um, dois, três... afastem. Vamos garoto, reaja!

(...)


Notas Finais


sem dúvidas esse capítulo foi um dos mais desafiadores que já escrevi. espero de coração que tenham gostado. e mais uma coisa, sobre a cena final dessa parte: vocês acham que vai acontecer o que nos próximos capítulos?


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