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História Blindness - Destino (Capítulo Especial)


Escrita por: belovedgrey

Notas do Autor


Olá, people ^^

Aqui estou eu com um capítulo novíssimo em folha! Gostaria de me desculpar novamente pela demora e também por não ter respondido os comentários de vocês. Mas prometo que responderei assim que puder, provavelmente no fim de semana. Conciliar trabalho e estudo não é fácil </3 Sem mais delongas, vamos ao que interessa:

1 - Este capítulo é inteiramente ligado à visão do Justin ♥ Saberemos o que ele pensa e sente! Curiosos?
2 - Fiz alguns intervalos entre as narrações dele e acrescentei a perspectiva da Britney também, afinal, ela é a principal.
3 - Apesar de ter amado o conteúdo do capítulo, tenho que confessar que estou um pouco receosa sobre a qualidade. Espero não decepcionar!
4 - No mais, agradeço aos comentários. Eles são muito incentivadores e me deixam animada a dar continuidade a história.

Desejo uma excelente leitura e até lá embaixo!

Capítulo 8 - Destino (Capítulo Especial)


Fanfic / Fanfiction Blindness - Destino (Capítulo Especial)

 

destino. (s.m.)

é caminho tracejado. é por onde querem que eu siga. é o que usam pra justificar a vida quando algo ‘dá errado’. é o plano já escrito. é o futuro já pensado. é segredo. é a localidade final de uma viagem (física ou emocional). se a vida fosse um jogo de ‘’ligue os pontos’, o destino seria os pontos (você liga como quiser, mas nem sempre forma o desenho que você quer).

é o que te trouxe até aqui. (será mesmo?)

– João Doederlein.

 

PERSPECTIVA DO JUSTIN:

 

Afinal, você acredita em destino?

– Britney, o que você está fazendo aqui?

– O que você – frisou, apontando o dedo em direção a ele. – está fazendo aqui?

– O Cade emprestou o apartamento para que eu pudesse trocar de camisa e gravata. Você o conhece? – franziu a testa, chocado.

“Seja gentil, querido. Sobretudo, para com as mulheres.”.

Gentileza, blá, blá, blá... Outrora, escutara repetidas vezes este mesmo roteiro. Parecia um disco arranhado, cujo, era narrado por sua matriarca. Tivera uma bela educação e sempre procurou seguir a risca os conselhos de sua amada mãe. Porém, hoje em dia, não sabia dizer ao certo se tal repertório funcionava e pior, se Lynn orgulhava-se do homem que ele havia se tornado. Não que fosse um mau partido, no entanto, cometeu deslizes. Vários, um atrás do outro. Principalmente com uma mulher em questão. Então, se essa coisa de destino existe, ele deve estar zombando de sua existência patética e sussurrando: “O que vai, volta.”.

– Nós somos grandes amigos. – ela disse, fechando a porta atrás de si. Cambaleou, deixando cair sua bolsa.

– Precisa de ajuda? – a fitou dos pés a cabeça.

“O.K. O que diabos está acontecendo aqui?”, pensou. Sentia como se estivesse em um mundo paralelo em que Britney parecia ter sido atropelada por um caminhão. Vê-la dessa forma, nesse estado, não fazia sentido lógico. No entanto, a camiseta suja e parte do seu braço esquerdo e rosto inchados e completamente roxeados, eram detalhes mínimos comparados à coincidência daquele reencontro.

Há menos de uma hora estava em uma festa beneficente de Halloween junto dos produtores e elenco de Trolls. Afinal, o sucesso incontestável do filme fez com que a segunda parte do mesmo fosse confirmada e, óbvio, um novo hit estaria sendo planejado pela máquina incansável da indústria business, ele mesmo. “Nós temos que comemorar!”, sugeriu, ligando para Jessica e avisando que provavelmente só chegaria ao nascer do sol. Não que tivesse o mesmo fôlego da juventude para esse tipo de coisa, mas sentia que precisava de espaço e um pouco de diversão soava o ideal naquele instante.

Pelo azar do acaso, esbarrou no garçom que acabou derrubando algumas taças de champanhe em seu terno. “Os paparazzi terão uma manchete e tanto amanhã.”, recordou-se do que dissera á ela dias atrás e agora que aconteceu consigo, percebeu o quão idiota foi. Anna Kendrick, que o acompanhava numa roda de famigerados, sugeriu que ao invés de ir embora tão cedo devido o pequeno acidente, Justin fosse apresentado ao fundador do evento, que, segundo ela, residia em um apartamento localizado ali mesmo, em Beverly Hills.

Eis o ponto em questão: Cade Hudson.

– Onde ele está? – indagou, tirando-o do transe.

– Na festa. – observou-a se sentar cuidadosamente no sofá.

Quando ele a atacou, o mundo sombrio por trás do casamento de Britney entrou em uma erupção de dor, fazendo tudo ficar vermelho. Agora, enquanto se sente, enfim, segura e pode respirar aliviada, ela vê tons de roxo e cinza e teme que isso signifique que está prestes a desmaiar. Apagar. Deixar Preston com a figura mais surreal da sua vida: O passado.

– Eu aceito. – falou, de repente.

– O quê? – Justin aproximou-se, receoso.

– Sua ajuda. – fez uma careta, não suportando mais a dor em seu braço esquerdo. – Preciso que o coloque na cama do quarto de visitas, por favor. – gemeu de dor e apontou para o inocente rapazinho adormecido em seus braços.

– Claro. – engoliu em seco.

Dentre todos os desvarios que perpetrara remotamente, perde-la sem sequer esforçar-se para recuperar o amor que durante tanto tempo sentiu, foi o mais grave. Demorou até compreender o quão arrependido estava. Todos merecem uma segunda chance, certo?! Contudo, após assisti-la de camarote se casar e formar tudo o que idealizara consigo, com outro homem, a sede de vingança que experimentara outrora, retornou. Fazendo-o desejar-lhe a mais pura decepção, diante aquele desastre iminente. Com o que ele não contava, era que em um futuro próximo, estaria segurando o fruto de outro casamento, cuja mesma mulher, sempre fora seu ponto fraco.

“Você também é o meu, Stinky.”.

Enquanto carregava o pequeno Preston para o quarto ao fim do extenso corredor, não pôde se conter e estudou cada minúsculo detalhe daquele rostinho: As bochechas levemente rosadas, com sardas quase que imperceptíveis, revelava a delicadeza incomum, encontrada antes por ele somente uma vez durante toda sua existência. Grandes olhos serenos. Gostaria de saber qual a cor deles e se brilhavam tanto quanto os dela. De pele extremamente branca e pálida, o garoto parecia estar sentindo frio pelo modo que se encolheu em seus braços. Ah, seu perfume! A fragrância de lavanda ainda estava presente. Não dele, mas dela. Apesar do tempo transcorrido, jamais se esqueceria desse cheiro. Lembrava-se de vê-la chegando aos estúdios de gravação do The Mickey Mouse Club, exalando leveza e empolgação. No fim das contas, sorriu, feliz ao descobrir que o baixinho tinha os trejeitos da mãe.

O acomodou com cuidado no centro da cama, colocando travesseiros em cada lado, exatamente como faz com Silas. Puxou a coberta até a altura do seu pescoço e depositou um beijo em sua testa. Apagou as luzes, deixando apenas a do abajur acesa, para caso ele tivesse medo do escuro. E saiu, em silêncio, fechando a porta atrás de si. Assim que retornou a sala, avistou-a deitada no sofá, abraçada a uma almofada.

Suspirou, sem saber muito bem o que fazer a partir de agora. Após um tempo, em silêncio, resolveu ir até ela, estudando meticulosamente sua feição, antes de formular uma frase que diante a ocasião, poderia ser extremamente inoportuna.

– Desculpe o atrevimento, mas você não parece nada bem. – sentou-se a sua frente, na mesa de centro que antes ocupava meramente um jarro de porcelana vazio. – Aconteceu algo?

– Diante toda a numerosa população mundial, o que te faz pensar que eu contaria a história da minha vida justamente a você, Justin? – sarcástica, voltou a se sentar, o encarando.

– Ual! – riu, sem graça. – Tudo bem. Eu só quis ajudar. – levantou-se.

– Espera. – segurou sua mão direita antes que se afastasse. – Perdão, é que a noite não foi nada generosa comigo. – respirou fundo. – Eu preciso de comprimido para dor. – apontou para o braço machucado.

– Meu Deus, – fez uma pausa, espantado. – é pior do que deu para observar a distância. Posso te levar ao médico ou até mesmo ligar para um.

– Não! – gritou. – Hoje não. Vou ficar bem, só preciso de algo mais forte para aliviar a dor. Sinto como se meu braço fosse cair. – disse, a voz falhando. – Ganhei alguns comprimidos, mas não foram muito eficazes. Por favor.

– Vou procurar. Fique aqui.

“Você tem que ficar aqui, baby. Não se mexa. Espere por mim.”.

Minutos depois, ele retorna, com um copo d’água e uma caixinha de primeiros socorros.

– Encontrei. Posso desinfeccionar o ferimento e fazer um curativo, se permitir. – disse, entregando-a o copo com água e um comprimido. – Esse aqui deve te ajudar com a dor, ao menos por hoje.

– Obrigada. – disse, assentindo.

Britney sente a mão dele em suas costas, afagando-a.

– Vai doer um pouco. – avisou.

Cerrou os olhos, soltando um palavrão e perdendo a batalha que lutava internamente a fim de não chorar sequer uma lágrima em sua presença, retraindo-se.

Sim, o mundo por trás do casamento é de um tom cinza doente. Sim, ela está preocupada com a possibilidade de desmaiar. Mas uma realidade muito pior atravessa a miríade de problemas e medos. É complicada, engenhosa. Flutua, rodeia, então pousa nos limites da imaginação dela.

É uma coisa da qual ela tem se protegido e escondido desde o início da queda livre para o abismo.

Expor suas fraquezas, principalmente a ele.

– Pronto. – Justin sorriu, satisfeito com seu trabalho. – Ei – levantou seu rosto com a ponta do indicador. – Não precisa chorar, já passou.

– Eu gostaria muito de acreditar nisso.

– Do que está falando?

– Nada. – fungou. – Obrigada. Pode ir.

– Está me expulsando?

– Não. – balançou a cabeça, confusa. – Quer dizer, você deve ter coisa melhor para fazer.

– Na verdade, não. – acomodou-se no sofá, ainda ao seu lado. – A festa estava ótima, porém, percebi que estou velho demais para isso. – gargalhou, arrancando, finalmente, um meio sorriso dela.

“Teu sorriso me acalma, Stinky. Então sorria, sempre.”.

Você diz a si mesma que esperou três anos porque estava com medo de afundar novamente em solidão. Diz a si mesma que esperou três anos porque estava com medo de perder seu filho. Mas nada disso é verdade. Você esperou três anos porque um dia, neste momento, nesta realidade, onde tudo parece à espreita de um ato desesperado seu e lobos fotográficos sedentos por mais um drama, onde tudo pode acontecer, NESTE INSTANTE, você terá que fazer uma coisa que não faz há muito mais do que três anos.

Hoje você vai ter que abrir os olhos para as infinitas possibilidades de felicidade que sempre esteve a sua expectativa.

É verdade. Ela sabe disso. Parece que sempre soube. E do que tem mais medo: de si própria.

– Está com fome? – perguntou, dando uma pausa em seus devaneios.

– Um pouco.

– Vou preparar algo para nós dois. Ainda gosta de panquecas?

– Sim. – antes que pudesse se levantar sozinha, ele ajudou-a. – Vou te ajudar.

– Não precisa. De verdade. Posso dar conta de algumas panquecas. – deu uma piscadela. – Descanse e quando estiver tudo pronto, aviso.

– Certo.

Enquanto separava os ingredientes, já na cozinha, Justin mergulhou em profundas quimeras. Relembrou tudo que ouvira sobre ela nos últimos meses por meio da sua equipe de dançarinos ou tabloides e concluiu o que tanto temia: Jason Trawick é um grande babaca. Não haveria outra explicação coerente para o que acabara de vivenciar. Britney Spears, devastada. Tão forte, mas ao mesmo tempo, tão frágil. Talvez, desde o término, essa fosse à única vez que a enxergou com humanidade. Sem máscaras, sem ironia ou sarcasmo. Era ele, nu e cru, na sua melhor versão que alguém ao seu redor desejaria tê-lo. Todavia, o destino pregou uma grande peça e por artimanha do mesmo, a privilegiada fora ela.

Sentia revolta. É intolerável a forma como O Passado foi tratado pelo encosto. O.K. Talvez estivesse tomando conclusões precipitadas. Ela poderia apenas ter tropeçado, correto? Mas só de pensar na cena, o sangue lhe sobe a cabeça. Poderia agora mesmo segurar as mãozinhas dela, ignorando quaisquer diferenças que estejam entre ambos e leva-la de volta para casa, protegendo-a de qualquer perigo propínquo. Entretanto, não faria isso sem a sua permissão.

“É só gritar, Pinky, e eu estarei aqui.”.

 

***

45 minutos depois, o jantar estava pronto. A mesa, posta de forma especial, com dois pratos, talheres e copos posicionados em lados opostos, além de um jarro com flores murchas ao centro, esperava pelos dois. Justin a aguardava sair do banho sentado na poltrona, um pouco frenético, balançando as pernas em um vaivém. Nesse meio tempo, checava Preston, a fim de confirmar a segurança e conforto do mesmo. Impaciente, resolveu olhar a coleção de discos do Cade e ficou satisfeito com o que encontrou.

– Bon Jovi, Elvis Presley, Elton John, Michael Jackson… Ual!

– O bom gosto de Cade para a música ainda me surpreende. – ela aproximou-se. – Esse é o melhor, Hey Jude/Revolution, Beatles. – disse, apontando para o disco em questão.

Fitou-a dos pés a cabeça. Britney vestia uma camisa branca, provavelmente do amigo, que alcançava seus joelhos e tinha o cabelo loiro recém-lavado, solto, com a franja caindo pelo seu rosto e cobrindo parte dos olhos, fazendo com que o aroma de shampoo invadisse seu olfato.

– Que tal? – tirou o disco da capa, colocando-o para tocar na vitrola cor-de-rosa que ficava ao lado.

– Hey Jude é a minha preferida. – revelou.

– Vitrola cor-de-rosa?

– Não queira saber a origem. – ela gargalhou, divertida. – Estou faminta.

– Está bem. – sorriu, vê-la um pouco mais alegre o deixava contente.

Puxando a cadeira para ela, como um verdadeiro cavalheiro deve agir, buscou servir a ambos rapidamente, sentando-se logo em seguida.

– Hum-m-m-m! Sentir saudades – disse, de boca cheia. – desse sabor inconfundível.

– Obrigada. – satisfeito, continuou a observá-la, debruçado sobre a mesa.

– Você não vai comer?

– Sem fome.

– Então por que preparou tudo isso?

– Ué, você estava com fome. ­­– deu de ombros. – E, além do mais, eu queria mostrar meus dotes culinários.

– Metido.

A canção ressoava pelo apartamento como a trilha sonora perfeita, acompanhada pela voz dele, que cantava a todo vapor.

Hey, Jude, don't make it bad

Take a sad song and make it better

Remember to let her into your heart

Then you can start to make it better

– Você poderia ter ido embora. – falou, repousando o copo na mesa.

– Mas não fui.

– Sim. – suspirou. – Só quero um bom motivo.

– Britney, você e seu filho, são um bom motivo.

And anytime you feel the pain

Hey, Jude, refrain

Don't carry the world

Upon your shoulders

– Desculpa. – sussurrou. – Eu não estou habituada a isso.

– O quê?

Pessoas escolhendo ficar ao invés de partirem.

Essa coisa de destino sempre foi muito contraditória. Ora acreditamos, ora fugimos dele. Depende muito do que nos revela. Justin sempre o renegou, até encontra-la horas atrás estática na sala de um cara que acabara de conhecer. Então, se é conveniente acreditar em tal mistério, ele estava decidido a desvendar cada detalhe do mesmo. Desde que este, pudesse fazê-la sorrir, dentre tantas as vezes que a fizera chorar.

Você está conseguindo. Está progredindo. Apenas continue. Tudo isso significa que vai conseguir. Vai ter que abrir os olhos, Pinky. Você consegue. Você precisa.

 

(...) Ei, Jude, não me decepcione

Você encontrou-a, agora vá e conquiste-a

Lembre-se de deixá-la entrar em seu coração

Então você pode começar a ficar melhor

Então coloque para fora e deixe entrar

Ei, Jude, comece,

Você está esperando alguém com quem se apresentar

E você não sabe que é somente você? (...) – Hey Jude, The Beatles.


Notas Finais


Pergunta rotineira: Gostaram?

Críticas construtivas e interação são sempre bem-vindas! Ou seja, comentem, please!
Antes de expor algumas interrogações, não vou fazer promessas sobre quando postarei um novo capítulo, então, assim que puder e a inspiração chegar, estarei postando ♥

Essa perspectiva do Justin foi um amorzinho, concordam? Quem conseguiu captar o que ele sente em relação a Britney, depois deste capítulo? Amor, apenas carinho? Que coisa mais linda ele tratando-a bem, será que sempre vai ser assim? Haha :p
E esse pedido de socorro silencioso da Britney, hein? Tadinha, gente <3 Foi bastante especial para mim digitá-los dessa forma, sem brigas, ironias, apenas explorando a relação de amizade que eles sempre tiveram antes do término.
Entenderam as partes em itálico? Britney conseguirá se livrar desse casamento? Qual a parte favorita de vocês? A minha foi o J colocando Preston na cama e após o jantar!
Bom, me deixem saber o que pensam a respeito ^^

Beijos e até o próximo ♥


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