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História Blindspot - CAMREN - O passado não nos define, mas o presente.


Escrita por: _c_aquino

Notas do Autor


Espero que saibam que adaptação é diferente, muito mais complicado, estou tentando trabalhar de forma rapida, mas eu to alterando algumas coisas, espero que gostem.

Capítulo 3 - O passado não nos define, mas o presente.


Fanfic / Fanfiction Blindspot - CAMREN - O passado não nos define, mas o presente.

Lauren Jauregui POV

NY – Alguma hora antes de amanhecer

As imagens de Karla se aconchegando em meus braços, a lembrança do seu calor fazia meu corpo se aquecer, os seus delicados braços que me agarravam com força não querendo que eu saísse de perto ainda persistia na minha mente, no meu ser.

Quando ela me abraçou, devido a minha altura, pude ver em sua costa uma cicatriz que me trouxe lembranças perturbadoras, uma protuberância onde ficava exatamente a tatuagem com meu nome. Uma cicatriz que lembrava algo já vivenciado por mim. Por ela. Camila.

- Como eu fui idiota. – Me praguejei. – Como eu não percebi antes? – Peguei minhas chaves. – Como eu não me permiti ver?

**

Karla POV

NY – Alguma hora do dia

Eu havia tinha conseguido desencadear algumas lembranças, lembranças de coisas que fiz, que não me sentia bem em saber que fiz.

- Não me lembro de quem sou. – Senti minhas pupilas dilatarem com o vazio na minha mente. – De quem eu era. – Respirei pesado. – A vida que eu tinha se foi. Despedaçou-se em um milhão de pedaços. – Me perdi em devaneios. – Às vezes é difícil respirar.

*10 horas antes*

- Tem algo que eu gostaria de tentar. – Disse enquanto estávamos sentadas lado a lado em frente a uma tela com projeções. – É chamado teste de Rorschach, ele analisa características de personalidades, funcionamento emocional. Mas com sua amnesia, acredito que a natureza volátil das imagens pode provocar outra memória.

Ela era incrível, me fez confiar nela, no seu trabalho e o seu amor pelo que fazia, por ajudar pessoas, me fazia admira-la. Querer ser digna de suas tentativas, e acima de tudo, não decepciona-la.

- Diga-me o que ver quando olha para isso. – Ela apertou um botão e logo uma imagem apareceu na tela que antes era branca. A imagem era uma grande mancha com alguns detalhes no meio e logo quando o cérebro a processasse, conseguiria relacionar a imagem a algo.

- Está bem. – Forcei meu cérebro a processar a imagem. – Uma teia de aranha, certo?

- Não há certo ou errado. – Disse e logo um sorriso extremamente aberto e branco se abriu na minha direção. – Vamos tentar outra. – E mudou a imagem.

Pouca coisa mudava na imagem, mas o formato que os vácuos na imagem a transformavam drasticamente.

*Flashback*

- Você errou dois. – Disse um homem desconhecido em uma espécie de campo de treinamento de tiro. – Tente de novo. – Ele estava irritado.

*OFF*

- Um alvo. – Dra. Kordei fazia anotações. – Eles te disseram que eu posso ser da Marinha?

- Sim, eles disseram. – Seus olhos encontraram os meus por dois segundos e voltaram a folha.

- Tenho uma única memória do treinamento na selva, mas não parece muito oficial. – Ué, não posso dizer que o tal desconhecido que permanecia em minha única memoria estava fardado ou tivesse cara de um comandante.

- O treinamento da Marinha não é muito convencional. – Disse tentando me dá algum conforto. – Então faz algum sentido. – Deu um pequeno sorriso. – Vamos tentar outra.

**

Lauren Jauregui POV

NY – Meu apartamento – 6h da manhã

Finalmente me permiti sair do transe e de meus pensamentos, o cheiro de panquecas queimadas e café exalavam na cozinha que era perto da minha sala e do corredor que dava acesso aos quartos. Meu apartamento era pequeno e eu o estava dividindo com Taylor e o pequeno Chris.

- Bom dia, Taytay. – Ela nunca deixará de ser a minha maninha.

- Acordamos você? – Perguntou e rolei os olhos.

Minha irmã tinha se separado do infame ex-namorado. Eles eram jovens, camisinha não é muito importante para jovens com os desejos a flor da pele. O Chris é resultado disso. Mas agora com a separação deles, eles estavam recomeçando.

- Consegui marcar para amanhã um corretor. – Disse com um sorriso de desculpas. – Vamos parar de te encher, prometo!

Eu me arrumava para ir para o prédio em que trabalhava. Balancei rapidamente a cabeça em negação. Peguei minha jaqueta de couro preta.

- Sem pressa, Taylor. – Não é possível que ela ache que está me incomodando. – O que era para ser isso? – Olhei para o prato com uma mistura esquisita.

- É uma panqueca, não está vendo? – Disse em tom de deboche e eu a olhei com dúvida.

Minha irmã nunca teve muito talento na cozinha. Defeito de família.

- Bom dia, pequeno. – Disse enquanto ria do projeto de comida da minha irmã e o deixava em frente ao gurizinho que estava sentado esperando o café da manhã. Que pena dele.

- Bom dia, tia Laur. – Disse o pequeno.

- O papa ligou ontem à noite. – Disse Taylor animada.

Sério que assunto mais indigesto logo cedo. Eu não me dava bem com meu pai por motivos que vão além do que qualquer um possa imaginar. Eu não merecia ela tentando empurrar ele para a minha vida como algo natural. Eu que bebia um suco de laranja, parei.

- Ele queria saber se tu vais ao memorial da Camila. – Disse me olhando com expectativa.

Camila. Camila Cabello. Eu nunca havia superado. Eu nunca iria. E agora eu só sabia pensar nela.

- Não, há muita coisa acontecendo. – Disse tentando disfarçar meu desconforto. – Temos um caso complicado. – Eu não entendia o que ele queria com isso, ou ela. – Eu não acho que ele devesse ir. Deixa as pessoas incomodadas.

- Isso é problema deles. – Taylor falou com a mesma dureza que eu me pronunciava.

Eu sabia que sua resposta não era direcionada as pessoas que mencionei, mas a mim.

- Pensei sobre isso. – Ela ponderou.

- Irei. – Disse indo dá um beijo na testa do pequeno Chris. – Tchau, pequeno.

- Tchau, tia. – Disse ele me abraçando.

**

Karla POV

- O que estamos fazendo aqui? – Disse.

Lauren havia me levado para uma espécie de sala de treinamento. Várias armas, algumas cabines que tinham alvos.

- Sua primeira memoria foi destrancada em campo. – Ela disse e eu me aproximei da mesa. – Talvez seus músculos lembrem de algo que sua mente não. – Me aproximei de uma arma, pegando-a. – É uma M4. – Meus dedos pareciam estar acostumados ao peso, ao formato. – Se quiser atirar com ela, você precisa fazer.... – Sua voz cortou em incredulidade.

Minhas mãos se moviam no automático, lá estava eu, montando a arma para deixa-la no ponto de tiro. Eu não me entendia, mas sabia que o que fazia era o certo.

- Exatamente isso. – Finalizou seu pensamento. – Vá em frente. – Apontou para a cabine com alvos.

Me obriguei a seguir sua voz de comando. Meu corpo se moveu. Eu coloquei o óculos e fones. Peguei a M4.

- Certo, vamos tentar. – Olhei para o alvo e não hesitei.

Mirei. Tiros ecoaram. Na M4. Na pistola. Na escopeta. Rifle.

**

Lauren Jauregui POV

- O corpo dela está cheio de símbolos enigmáticos. – Dinah ia falando. – Pedaços de mapas, charadas, quem fez isso tinha um objetivo bem especifico. – Disse em admiração. – E esse objetivo, ainda é um mistério. Tenho a melhor equipe trabalhando nisso, mas a informação era muito variada. Pode levar anos para decifrar.

- Eu vi uma cicatriz na sua costa. – Disse em tom de sugestão. Ela logo me mostrou em um monitor. – Sim, está mesmo. Tem ideia de quanto tempo ela tem?

- É difícil dizer, mas com certeza não é recente. – Dinah concluiu.

**

- Eu não quero te machucar. – Ri mentalmente do que que Karla disse.

- Vamos, levante as mãos. – Disse em tom de deboche. – Vamos, comece a se movimentar.

Eu a encorajava, queria que ela liberasse a tensão em seu corpo, melhorasse seus reflexos, que seu corpo reconhecesse como natural suas ações.

Estávamos na área de treinamento de lutas, eu trajava uma roupa de treino, blusa regata, short colado. Karla também havia mudado de roupa, usava uma roupa colada que deixava suas curvas extremamente marcadas. Ela estava sexy e eu, tentava controlar pensamentos como esse.

- Vamos. – Disse batendo nela de leve. – Vamos.

Eu a provocava, já tinha percebido que ela era esquentadinha, ela me lembrava alguém e eu realmente sabia como lidar com aquela pessoa. É fácil com Karla. Era fácil com Camila.

- Se continuar assim eu vou te dá uma surra. – Dei um tranco nela e ela foi para trás cambaleando. – Tudo bem? – Logo me arrependi.

Seu rosto havia mudado. Expressão dura. Ódio. Raiva. Algo.

- De novo. – E partiu para cima de mim com tudo.

 Dinah Jane POV

Trabalhar no caso “Karla” tem sido uma das minhas maiores oportunidades desde que entrei no FBI, as possiblidades, o leque de informações que se convertiam em um só ser.

- Conseguimos agrupar todas as sequencias numéricas, em mais de 2 dúzias de línguas no corpo dela. – Falava com orgulho. – E colocamos num banco de dados. – Apontei para a máquina atrás de mim que havia projetado. Dei um sorriso convencido. – Que eu mesma desenvolvi, e ele vai fazer o trabalho pesado. Referenciar tudo que temos até agora.

- Um alerta do google para as tatuagens? – Disse Viola.

Eu amava minha chefe, competente, mas se tratando de tecnologias ela era muito melhor dando ordens.

- É um pouco mais sofisticado que isso. – Disse cerrando os olhos. – Mas é quase isso.

Não acredito que estávamos resumindo horas de trabalho a uma ferramenta do google.

**

Karla POV

Peguei a pistola, iria treinar me tiro no centro do alvo. Ajeitei minha postura, coloquei a arma em posição, coloquei meu dedo no gatilho.

*Flashback*

Estava em uma espécie de igreja. Vazia. Estava sob meus joelhos. Uma freira apareceu. Fez reverencia em frente ao altar. Me portei atrás dela. Mirei. Atirei. Um. Dois. Três. Ela caiu. O sangue em sua roupa alva, branca. Tinha determinação em meus olhos. Aquilo era preciso.

*OFF*

Saí do transe. Algo me golpeou. As imagens. De repente o ar me faltou. Abaixei a arma.

- O que foi, Karla? – A voz rouca de Lauren rompeu o silencio.

Silencio. Eu não sabia o que era isso. Eu não conseguia ficar em paz um segundo. Minha mente podia não se lembrar de nada, mas seus fantasmas ainda criavam uma onda forte de desconforto.

- Lembrou de algo? – Disse ela chegando mais próximo.

A freira ali, jogava ao chão, sangue escorrendo por sua cabeça.

- O hospital ligou. – Sofia nos interrompeu. – Chao está morto.

Lauren correu para fora da sala, eu a segui.

**

- Chao teve um AVC ontem à noite. – Veronica complementou incrédula. – Não aguentou a cirurgia.

- Não compro isso. – Disse Lauren irritada. – Ele era jovem, saudável.

- Ele também foi baleado. – Disse Sofia em tom de desdém.

Permaneci em silencio, não acho que minha opinião iria fazer diferença ali. Eles eram uma equipe e sentia que minha vinda bombástica a vida deles tinha seus prós, mas com certeza tinha seus contras. Desconforto. Sofia não parecia gostar de mim.

- Consiga uma autopsia completa. – Disse Lauren em tom duro. – Espere, o que diabos é aquilo? Todos os médicos estão indo para o quarto de Chao, aquele está saindo na direção contraria.

Estreitei meus olhos para a tela. Aquele rosto. Aquele homem.

- Vasculhem o hospital. Quero respostas. Quero este homem. – Disse Lauren encerrando.

- EU CONSEGUI. – Dinah gritou atrás de nós.

- Conseguiu? Achou o cara? – Disse Lauren.

- O que? – Dinah fez cara de perdida. – Quem? – Pareceu perceber a situação. – Me desculpem, vocês estavam.... Bem eu consegui resolver outra tatuagem.

Meu coração se alegrou. Esse era um sentimento novo. Alegria. Sorri.

- Bem, colocamos as tatuagens no sistema, e uma se destacou. – Disse Dinah em uma espécie de apresentação de trabalho. – Vocês veem isso? – Uma imagem apareceu. Números. Letras.

- DJ, só finge que não temos seu mesmo QI. – Disse Lauren zoando a amiga que revirou os olhos.

- Tudo bem, a primeira tattoo tinha um endereço, 399 - rua White – apartamento 7. – Viola deu um OK irônico para Dinah que ficou irritada. – Nesta tatuagem temos, 399, um monte de letras aleatórias e termina no 7. Conseguem ver? – Disse empolgada com a descoberta.

Ela era muito inteligente e gostava de deixar isso claro.

- Alguém sabe o que é uma cifra de Vigenere? – Dinah perguntou em tom de desafio.

Sofia levantou a mão como uma criança que sabe responder quanto é dois mais dois.

- Abaixe a mão, Sofi. – Disse Vero em tom de deboche.

A menor ignorou a ironia.

- É um código de substituição poli alfabético. – Disse encarando Veronica com um olhar vencedor.

- Exatamente, baixinha. – Foi a vez de Dinah parecer uma professora orgulhosa. – É um método de encriptação baseado em uma palavra chave. Se você não tiver é praticamente impossível decodificar.

- Então qual é a palavra? – Veronica perguntou ansiosa.

- As palavras entre os números. – Disse concluindo o pensamento em voz alta.

- Exato, bunduda. – Disse Dinah me deixando com vergonha. – Você usa as palavras “rua White” e “apartamento”. BAM. Decodifica. Aparecendo Major Bradley Cooper.

- Dinah, se controle. – Disse Viola a repreendendo. – Então a primeira é a chave para a segunda tattoo.

- Muito louco, né? – Dinah falou divertida.

- Quem é esse Cooper, DJ? – Disse Lauren cortando ela.

- De acordo com seu histórico, Cooper voou 22 missões no Afeganistão e Iraque. Ganhou medalhas incluindo a estrela de prata, e então se afastou por uma lesão e voltou aos EUA. – Dinah foi falando. – Trabalhou em um escritório em Nevada, depois se juntou as forças armadas de NY.

Aquele cara era o mais próximo que tinha de uma pista de quem eu sou. De entender quem eu era e porquê fiz aquelas coisas.

- Esse cara deve saber quem eu sou. Temos que falar com ele. – Disse quase implorando.

- Os registros indicam o Brooklyn. – Disse Vero investigando em seu tablet.

- Vamos. – Disse Lauren já saindo.

- Eu vou com vocês. – Antes tentar do que ficar à mercê.

- Sim, você vai. – Disse Lauren sem emoção na voz.

- Ela vai? – Sofia parou e encarou Lauren.

- Sofi. – Lauren a encarou de volta.

- Laur. – Disse quase em suplica. – Você era contra até ontem.

- Hoje eu sou a favor. – Disse Lauren em tom de deboche.

- Tem certeza? – Perguntou Viola.

Ela confiava muito em Lauren, mas também parecia duvidar de algumas de suas ações quando se tratava de mim.

- Pode ajuda-la e não é como se ela não soubesse se defender. Nós estaremos lá. Eu estarei lá. – Disse Lauren e Viola se deu por vencida.

A tensão no caminho se fez presente, Lauren ignorava o bico de Sofia, enquanto Vero tentava não trazer uma briga à tona ali mesmo, discutíamos o que iriamos fazer.

**

Lauren Jauregui POV

TOC TOC TOC

- Major Cooper, é o FBI. – Falei com a voz em um tom alto e firme.

Então um belo loiro de olhos azuis e corpo atlético apareceu, realmente deveria ser bonito, mas estava acabado. Olheiras. Pele desgastada.

- Quem mandou vocês? – Disse em tom rígido, sua voz estava tremula.

- É uma história longa, importa-se de entrarmos? – Disse em um tom menos formal.

- Eu não sei o que eles falaram, mas eu não vou falar. – Disse ele menos gentil. – Eu não falei nada.

Seu olho tinha ódio. Seu corpo tremeu de raiva.

- Eles? – Karla se pronunciou e eu quis matá-la. – Quem são “eles”? Você me reconhece?

- Saiam. Da. Minha. Propriedade. – Falou o cara irritado.

Ótimo, agora mesmo que não teríamos chance. Bateu a porta praticamente na minha cara.

- Ele com certeza não ganhou a estrela de prata por seu carisma. – Disse Sofi de forma debochada.

- Podemos conseguir um mandado? – Questionou Vero.

Eu estava muito irritada. Minha equipe não me ajudava.

- Não. – Disse saindo. – Tatuagens enigmáticas não são uma causa provável.

- Não podemos apenas colocar a porta abaixo? – Sério Karla? Revirei os olhos. – Não parece tão pesada. – Disse quanto já estávamos no jardim indo para o carro.

- NÃO. – Disse em tom seco. – Não é como isso funciona. – Disse claramente irritada.

Explosão. A casa havia explodido atrás de nós. O impacto nos jogou para frente. Todos incrédulos.

**

- O edifício não é seguro. – Disse um bombeiro vindo. – Não é seguro.

- Fala sério, cara. – Disse em desdém.

- Estava tudo conectado. Nunca vi algo assim.

- Ele explodiu a própria casa estando dentro? – Karla o questionou.

- Não tem um corpo. – Disse debochado – Então ele só explodiu a casa.

- Era uma distração. Hijo de puta. – Disse tentando me controlar.

- Ele nos manteve aqui, ocupados, enquanto fugia. – Disse Karla. – Não fale palavrões.

Mais um sinal. Assenti. Mudei de assunto. Tinha sido tão natural.

- Sem mencionar que ele queimou todas as evidencias. – Disse Sofi perdendo a paciência.

- A única coisa que sobrou foi um cofre. – Disse o bombeiro.

- Precisamos levar para o laboratório. – Disse Vero. – Ele tem alguma vantagem de tempo...

- Chegamos aqui há mais de 1h. – Completou Sofi.

- Vamos, temos que investigar as motivações desse cara. – Disse e saímos.

**

- Eu servi com o Major Cooper no Afeganistão e como sua comandante aqui em NY. Ele é um ótimo piloto. – Falou a mulher que aparentava ter seus 50 anos bem conservados.

- Achei que estava lesionado, trabalhando em escritório. – Falei em tom de ironia.

Não posso dizer que era boa em controlar minha boca. Em todos os sentidos.

- Uma vez piloto, sempre piloto. – Disse a comandante Robin Wright. – Sua lesão era psicológica, uma de suas missões deu errado, houve efeitos colaterais.

- Quantas mortes nas suas costas? – Disse Sofi sem se conter.

- Isso é confidencial. – Disse Wright.

- Então foram muitas, não? – Sofi disse com um sorrisinho torto.

Senhor, me de pessoas controladas.

- Gibson nunca mais foi o mesmo. – Disse Wright. Como ele seria? – Seu TEPT ficou cada vez pior e aí a situação ficou feia, tivemos que o dispensar. O escritório foi demais para ele. Não era seguro. É tudo que posso dizer.

- Quando foi a última vez que falou com ele? – Karla agora falou. RIHANNA ME AJUDA.

- Há alguns meses. – Wright começou. – Após sua saída, seu casamento acabou, sua vida saiu de linha. Ele ficou paranoico. Acho que me culpou.

- Senhora, eu estou trabalhando para controlar uma possível situação perigosa, então eu preciso saber de mais. Por que ele fez isso? Seus possíveis motivos.

- É tudo que posso falar. – Disse a senhora encerrando a conversa.

**

- Aquele único dia determinou toda a sua vida. Um erro. Toda uma vida. – Devaneou Karla.

- Algumas coisas são difíceis de esquecer. – Disse e meus olhos pousaram nos dela.

Castanhos. Intensos. Meigos. Lindos.

- Kordei diz que pessoas são moldadas por seus passados. – Karla insistia em algo. – Você acredita nisso?

- Eu gostaria que não fosse assim. – Minha voz quase não saiu.

Ela desviou o olhar, eu desviei o meu. O clima pesou. Sofi me encarava pelo retrovisor. De repente ficou claustrofóbico.

- E se eu descobri quem eu sou e não gostar? – Karla se questionou.

O celular soou dentro do carro e parecia ser a nossa deixa de algo que ainda não estava pronto para ser discutido. Não por mim.

- É a DJ. – Disse Sofi atendendo e colocando no autofalante do carro. – Fale.

- Alguma coisa está errada. Wright disse que afastaram Cooper devido ao TEPT, mas de acordo com os dados eles o promoveram. Aumentaram a credencial de segurança. Super confidencial para cima.

- Se ele estivesse sofrendo da condição que estava eles não iam aumentar seu acesso. – Disse.

- Eles iriam negar todo acesso. – Completou Sofi.

- Ele era o melhor piloto e o que? Simplesmente o levaram para Nevada? – Ri fraco. – Elevaram seu nível e aumentaram a credencial?

- O que está pensando? - Karla me questionou.

Nellis é em Nevada. – Me virei para ela. – Programa de drones da Força Aérea. – Meu corpo e voz denunciavam minha raiva. – Eles não o expulsaram. Eles o transformaram em um piloto de drones. 


Notas Finais


Depois eu volto :)


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