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História Blindspot - CAMREN - Ela é necessária, sim!


Escrita por: _c_aquino

Notas do Autor


Voltei, me desculpa de verdade, estava com problema na internet, e tem o fato que adaptação é bem mais complicado de se fazer, mas estamos aqui, aproveitem!

Capítulo 7 - Ela é necessária, sim!


Fanfic / Fanfiction Blindspot - CAMREN - Ela é necessária, sim!

Narrador POV

New York – 2 anos antes -  Laboratório de doenças infecciosas

O prof. Walter se dirigia a sala especial dentro do prédio, seu laboratório preferido, ali ele depositava anos de trabalho, anos de pesquisas, sonhos de cura, cura para a humanidade.

- Juliette, como vai o processo? – Ele perguntou para a sua assistente.

- Falta extrair o substrato e estão prontos. – A chinesa falou.

- Ótimo, coloque-o na incubadora a 42 graus. – Walter disse e virou-se para o seu pequeno tesouro, o mostruário com as doenças mais raras do mundo.

Uma tosse lhe acometeu. Algo lhe corroía por dentro. Ele logo não conseguia respirar.

- WALTER? – A chinesa gritou enquanto o homem tentava se apoiar em algo.

- Juliette... – Ele tentava pedir socorro.

E foi então que ele literalmente cuspiu sangue e caiu. Morto. Sem vida. A hemorragia o fez sangrar até desfalecer. O som de emergência soou, mas nada se podia fazer.

Dinah POV

New York – 07:00 - Atualmente

Eu preparava o café da manhã enquanto vestia apenas uma camisa social, Don tinha dormido comigo e eu tive uma noite maravilhosa.

- Dividido. – Disse finalmente chegando a resposta da charada. – Oito letras para quebrado.

- Certo, está certíssimo. – Ele disse.

Fui levando o café pronto em uma espécie de bandeja e tinham croissants, quando me deparei com ele mexendo nas minhas coisas de trabalho.

- O que você está fazendo, idiota? – Eu disse indo em sua direção.

- Eu acho que estou perto de algo, baby. – Ele falou sem me dá atenção.

- Não, não. Você não pode ver essas coisas. – Eu disse recolhendo as fotos das tatuagens.

- Por quê? – Ele questionou. – O que é isso? Por que ela está cheia de enigmas?

- Você não pode... – Bufei irritada. – Esse é o meu trabalho. Isso é invasão de privacidade. Você não pode simplesmente... – Gesticulava e me perdi nos pensamentos. – Eu não mexo nas suas pastas.

- Eu não tenho pastas. – Ele disse rindo.

- Não é essa a questão. – Disse revirando os olhos. – Isso é confidencial.  Eu nem deveria...

- Já descobriu a última folha? – Ele me cortou.

- Não. – Disse incerta e ele fez uma carinha sapeca. – Por quê? Você descobriu?

- Eu posso? – Ele estendeu a mão para alcançar a foto.

Eu respirei fundo, sempre foi meu maior defeito a curiosidade. Minha busca incessante. Dei a última foto para ele.

- Aqui, deixa eu te mostrar. – Ele disse colocando a foto em várias posições. – É uma folha de bordo.

- Não. – Disse incrédula. – Isso é folha de carvalho. Eu olhei isso por horas.

- O clássico quebra-cabeça bagunçado. – Ele disse me encarando com aqueles lindos olhos verdes. – Não se trata das folhas. Trata-se de onde elas se cruzam.

E apontou com um lápis para as intersecções. Tudo na minha mente se clareou.

- Oh meu deus. – Disse impressionada. – Olha aqui, me dê. – Peguei a foto de sua mão. – Olha o que acontece se virarmos. – E virei a foto.

- CARAMBA. – Ele disse entendendo tudo.

Camila Cabello POV

Eu observava o meu arquivo, minha foto menor, eu praticamente não mudei muita coisa.

- Agora que sabemos quem você é podemos começar a responder algumas perguntas.             - Normani disse enquanto conduzia mais uma de nossas sessões.

- Se eu sou Camila Cabello, isso quer dizer que eu tenho uma família? – Perguntei. – Digo, além de Sofia. Há pessoas procurando por mim? Meus pais? – Agora eu olhava diretamente para Lauren que estava ao meu lado.

A presença dela lá foi necessária, tínhamos conversado e foi decidido que iríamos com calma com Sofia.

- Você é a primogênita dos Cabellos. Seu pai morreu, Alejandro. Ele era apaixonado por você. Sofi é sua única irmã. E desde então foram criadas por sua mãe, Sinu Cabello.

- Ela sabe que estou viva? – Disse e meus olhos se encheram de esperança.

Lauren desviou o olhar do meu e olhou para Normani que assentiu.

- Ela faleceu. – Lauren disse com um pouco de dificuldade. – Sinto muito.

E então tínhamos voltado à estaca zero. Ou quase, ainda tenho Sofia, mas ela me odeia.

- Como ela era? – Disse após me recuperar.

- Ela era uma ótima mãe. – Lauren disse rindo e perdida em pensamentos. – Trabalhava duro para que não faltasse nada para vocês, Sofi era uma criança muito imperativa, dava muito trabalho, mas ela conseguiu criar vocês muito bem. Vocês eram o mundo dela. Vocês passavam muito tempo comigo e com minha irmã. Vocês eram basicamente da minha família também. Minha mãe sempre foi muito apegada a sua.

- Então quer dizer que quem quer que tenha feito isso comigo sabia que tínhamos uma conexão desde a infância? – Disse incrédula. – Mas isso ainda não explica como isso tudo aconteceu.

- Não. – Ela disse após um silencio profundo. – Mas é um começo.

- É verdade. – Normani interviu. – Sabemos sua identidade, sua família, onde você cresceu. Todas essas coisas podem causar fortes memorias.

Após um silencio e eu não saber exatamente o que mais perguntar, Normani quebrou o gelo.

- O nosso tempo já deu. – Normani falou. – Jauregui, eu te incentivaria a compartilhar qualquer coisa que se lembra de Camila. Qualquer detalhe pode ajudar. – Lauren apenas assentiu e riu.

Vero Iglesias POV

Eu estava ferrada, tinha voltado a apostar e estava devendo uma grana preta a um agiota. Estava conversando com ele na rua quando Sofi me surpreendeu.

- Vero. – Ela chamou minha atenção.

- Sofi, como vai? – Disse disfarçando.

- Quem era? – Ela questionou. – Mudou de time?

- Claro que sim. – Disse dando um sorriso nervoso. – Sou uma mulher renovada em nome do senhor.

- Sério, esses caras com que você anda saindo são esquisitos. Esse aí até que é magrinho. – Ela disse enquanto andávamos para o prédio do FBI.

- Eu não namoro esses caras, eu só conheço. – Disse tentando encerrar o assunto.

- Sério, eu já estava pensando que os vikings que você falava era um gosto muito duvidoso. – Ela disse.

- Por que não cuida da sua vida amorosa? – Disse. – Afinal, você tem uma?

- Claro que tenho. – Ela disse. – Só não te interessa.

Ela riu e entrou no prédio. Dei de ombros e a segui.

Lauren Jauregui POV

DJ estava apresentando sua mais nova teoria e eu estava morrendo de fome.

- Ok, conseguem ver essa tattoo? A de duas folhas? – DJ questionou.

- Qual a significância? – Viola perguntou.

- Então, é uma folha de carvalho e uma de bordo, não consegui entender até esta manhã, mas percebi que estava focando na parte errada. – Ela disse enquanto se perdia nos seus pensamentos. – Veem como as folhas tem uma área escura, sombreada onde se encontram? – Dinah fazia desenhos na grande imagem na tela. – É a sobreposição que importa.

- Parece com um pássaro. – Camila disse.

- Exatamente. – Dinah deu pulinhos. – Percebi que já tinha visto essa imagem antes. – Ela girou a imagem. – Pesquisei e descobri que é parte de um logo. – Então a imagem da logomarca apareceu ao lado.

- Centro de controle de doenças. – Li. – Qual a relação com a folha?

- A sede da CCD fica na esquina noroeste das ruas... – Dinah falava.

- Carvalho e Bordo. – Sofi completou.

- Bom trabalho, Dinah. – Viola disse impressionada.

- Obrigada, só veio esta manhã quando nós estávamos.... – Ela parou e perdeu a cor. – Quando eu, sozinha, totalmente sozinha tomando café da manhã.

- Certo, a tatuagem menciona o que estamos procurando? – Vero questionou.

- Não. – Dinah respondeu.

- CCD é uma organização enorme. – Vero disse.

- Sim, vamos começar. – Lauren decretou.

- Eu vou avisá-los. – Viola disse.

- Obrigada. – Disse saindo.

Fomos pegar nossas coisas no armário.

- Não temos a menor ideia do que estamos nos metendo. – Sofi disse enquanto fechava seu armário. – Certeza que quer trazê-la?

- Já conversamos sobre isso. – Eu disse. – Ela pode ver algo que não vemos.

- A ideia dela armada em campo me deixa nervosa. – Sofi falou.

- Ela sabe se cuidar. – Disse sem dá muita importância.

- Tiro ao alvo é uma coisa. – Sofi disse com desdém. – Pense no que ela tem passado.

- Eu não vou continuar tendo essa discussão. – Me exaltei. – Ela vem.

Ia saindo, mas voltei.

- Ah, tinha esquecido de dar os parabéns. – Disse e ela me encarou confusa. – Ela é a sua irmã.

Após jogar a bomba saí com a maior satisfação do mundo.

Camila Cabello POV

Após ouvir a conversa de Lauren com Sofia fiquei extremamente desconfortável com a situação, não sabia como ela iria reagir e nem como eu agiria. Fomos para o carro e o silencio reinou, ao chegarmos no prédio vi que Lauren saiu encarando Sofia com um sorriso no rosto.

- Olá, sou Eva Green. Vice-diretora da Epidemiologia. – A mulher alta e com olhos claros se aproximou.

- Lauren Jauregui. FBI. – Lauren disse estendendo a mão.

- Prazer. – Eva disse segurando a mão dela com um sorriso devasso no rosto.

Era isso? Ela estava flertando com Lauren? Quem ela.... Espera, Karla. Oh, droga, Camila. CAMILA. Tenho que me acostumar com o meu nome.

- Lamento fazerem esperarem. – Uma voz masculina ecoou atrás da gente. – Ben Stiller, relações militares e diretor.

- Sofia Cabello.

- Entendi que precisam inspecionar nossa instalação. Devemos nos preocupar? – Ben falou.

- Não, é um caso sigiloso. – Lauren esclareceu. – Não posso dizer muito, mas agradecemos a cooperação.

- Bem na hora. – Eva disse enquanto uma mulher asiática se aproximava. – Essa é Juliette Chang, assistente de laboratório.

- Muito prazer. – Juliette respondeu e trocou uma espécie de olhar flertivo com Vero.

- Juliette vai levar vocês e mostrará tudo. Avisem se precisarem de qualquer coisa.

Fomos com Juliette e Vero tratou de ficar ao seu lado.

- Qualquer um que entrar na parte segura do laboratório precisa passar pelo processo de descontaminação. – Juliette explicava.

- Não deveria ser o contrário? – Sofia falou com Juliette em tom de brincadeira.

Juliette riu e entrou por uma porta de vidro que Sofi segurou para passarmos.

- Ela é muito inteligente para você, sapatão mirim. – Vero disse para Sofia que revirou os olhos.

Fomos para uma cabine e ficamos lá. Estava me sentindo desconfortável, mas era necessário.

- Vou ligar uma luz ultravioleta que vai destruir qualquer contaminante prejudiciais que possam estar nos seus corpos. – Juliette falou do outro lado da cabine. – Após terminarmos aqui vou leva-los a sala do vácuo. Me avisem quando estiverem prontos. – Assentimos.

As luzes desligaram e somente uma azul ficou em nossa vista, mas aí todos começaram a me encarar.

- Viu? É por isso que ela vem para o campo. – Lauren falava para Sofi.

Após um tempo me explicaram que eu tinha tatuagens no rosto. Números, sequencias, na testa e nas duas maças do rosto.

**

- Tatuagens ultravioletas não são raras, mas essa aplicação foi genial. – A voz de Dinah ecoava no autofalante.

- Por que não vimos antes? – Lauren questionou.

- A frequência UV usada no processo de descontaminação da CCD essencialmente cozinhou a tinta como uma queimadura de sol tornando-a visível nessas condições e somente nelas. Nunca teríamos visto isso no lab.

- Quem tatuou sabia que ela teria que estar no CCD para que ficasse visível? – Vero questionou.

- Exatamente. – Dinah falava. – É uma tatuagem especifica do local.

Juliette estava na cabine agora e me encarava como se tentasse desvendar o que tinha tatuado em meu rosto. Fiquei de frente para ela.

- O que esses números significam? – Questionei.

- Deve ter algo com a CCD. – Sofi falou. - Juliette, isso significa algo para você?

- Esses números são exatamente o padrão que seguimos para classificar espécimes de laboratório. – A asiática revelou.

- Que espécimes? – Lauren disse.

- Deixe-me checar. – Ela disse e pegou seu tablet digitando logo em seguida. – Isso é estranho. Acho que vocês têm que falar com minha chefe.

**

Estávamos agora na sala de Bem com Eva e Juliette.

- Cada um desses números corresponde com um frasco de amostra de uma doença infecciosa. – Eva falava. – SRAG, Mers-CoV, febre tifoide, ebola.

- Espera, esses frascos ficam aqui? – Lauren perguntou incrédula. – Nenhuma dessas doenças tem cura, não deveriam ficar numa instalação de perigo biológico nível 4?

- Temos um laboratório secreto PBN4 nesta instalação. – Ben certificou-nos.

- O conhecimento desse laboratório é restrito. – Eva falava. – A maioria dos nossos funcionários nem sabem.

- Além do fato que são perigosas, o que mais tem em comum? – Perguntei. – Deve ter alguma razão para serem escolhidas.

- Queria poder dizer... – Eva disse.

- Acho que tenho algo. – Juliette falou enquanto checava algo no seu tablet. – Parece que Walter foi o último a acessar os frascos.

- Walter? – Sofi questionou.

- Walter Tunnel. – Juliette respondeu. – Ele era o nosso diretor.

- Onde podemos encontra-lo? – Vero.

- Infelizmente Walter morreu há dois anos em um acidente. – Ben informou. – Foi infectado com uma forma rara de botulismo.

- Como ele foi infetado? – Sofia.

- Um furo no traje de segurança. Nunca deveria ter acontecido. – Eva lamentou.

- Precisamos ver esses frascos. – Lauren disse.

- Claro, Juliette leve-os ao PBN4, vou liberar o acesso. – Ben disse.

**

- Sofi e Vero, descubram o que puderem sobre o acidente do Walter. – Lauren direcionou. – E a relação com os frascos.

- Hey, Juliette. – Chamei atenção da asiática. – Conheceu Walter pessoalmente?

- Sim, eu o conheci bem. – Ela disse tristonha. – Vi as aulas de epidemiologia em Columbia e depois estagiei para ele. Eu estava lá quando ele morreu. – Ela falava enquanto andávamos.

- Sinto muito. – Disse.

- Podemos? – Lauren disse surgindo atrás de mim.

- Sim, agora o processo para entrar no PBN4 é bem mais complicado. – Ela falou. – Vamos nos vestir e explico tudo a vocês.

Viola Davis POV

- Hey, vim checar no arquivo do Wagner Moura para ver como estamos... – Dinah surgiu falando da porta.

- Estou cuidando disso. – Disse sem paciência.

- Certo. – Ela disse entrando e ficando de frente para mim. – É só que a tatuagem da Camila está relacionada com o arquivo e pode ser a chave para tudo e se conseguisse...

- Eu não posso. – Disse cortando-a.

- Certo. – Ela disse frustrada. – Tem alguma razão pela qual você não me queira olhando nesse caso?

- Ainda temos agentes em campo que podem ser afetados. – Disse.

- Tudo bem, mas se você só pudesse me dá uma dica... – Ela tentava.

- Quando eu digo que é muito perigoso, é muito perigoso. – Disse encerrando o assunto.

- É só que... – Ela ia recomeçar.

- Me diz algo, essa tatuagem da CCD que desvendou hoje... – Disse recostando-me na cadeira. – SOZINHA. – Disse enfatizando. – Como você realmente resolveu?

Vi a cor de sua pele morena desaparecer e ela estava mais pálida que três Lauren.

- Talvez você devesse voltar ao trabalho. – Disse após dá o meu recado.

- Sim, senhora. – Ela disse quase fugindo.

Normalmente isso é caso de punição, mas eu conheço Dinah e sei da sua competência, só não quero ela no meu pé.

Camila POV

Após mil e um procedimentos estávamos agora na parte subterrânea do prédio e entravamos no PBN4.

- Me sigam. – Juliette disse após entrar por uma porta com controle de senha. – Bem-vindos, os espécimes são mantidos em um freezer a – 70°.

Ela colocou um código que nos dava acesso a uma outra área, o freezer.

- Chefe a porta atrás de você. – Juliette disse e Lauren o fez.

Ela pegou uma espécie de guarda-espécimes. Checou os números e foi atrás dos frascos.

- Deveria estar aqui. – Ela disse.

- Checa o próximo. – Lauren disse.

- Não está também. – Disse.

Nenhuma dos espécimes tatuados estavam lá. Logo sinais de alerta ecoaram e nos deixaram em alerta.

- O que foi isso? – Lauren perguntou. – Disparamos algo?

- Não, isso é sinal para violação. Estamos confinados. – Juliette disse.

**

Estávamos na área de fora do freezer, eu me sentei em um banco enquanto Lauren andava de um lado para outro.

- Estamos seguros aqui? – Questionei Juliette.

- Pode ser relacionado a segurança ou um dos laboratórios foi comprometido. Não sei. – Juliette falava.

- Quando foi a última vez que isso aconteceu? – Lauren falou.

- Quando Walter morreu. – Ela respondeu.

- Ele foi ultimo a ter acesso aos frascos. – Disse para Lauren.

- Preciso me reagrupar com meu time. – Lauren falou.

- Não é possível. – Juliette interrompeu. – Precisamos esperar o bloqueio terminar.

- Quanto tempo? – Lauren questionou impaciente. – QUANTO TEMPO?

Sofia Cabello POV

New York – Sede CCD – 2h depois do bloqueio do prédio.

Pensar no que Lauren me disse. Karla é Camila. Eu não sabia como se sentir. Será que todos já sabiam? Eu não sei o que pensar.

- Não acha estranho essa demora deles? – Questionei Vero.

- Muito. – Ela disse sem me dá moral.

- Acha que Lauren e Karla estão bem? – Perguntei. – Pode ter ocorrido algo.

- Eles estavam em trajes hazmat. – Vero respondeu com desdém. – São os mais seguros.

 - Deveríamos estar lá com eles. – Disse.

- Eu estou feliz que não estamos. – Vero disse dando de ombros. – Você quer mesmo ficar preso em um lugar com a Jauregui? Sem janela, sem saída. – Ela disse rindo. - Esse é o pior pesadelo de controladores.

- Você ficou sabendo da Karla? – Perguntei sem jeito.

- Que ela é sua irmãzinha sumida que ressurgiu das cinzas? – Ela disse com um sorriso. – Aproveita e faça uma ligação de irmã com ela. Ela voltou. Aproveite.

Ficamos em silencio. Não me sentia confortável e Vero só me zoaria.

Camila Cabello POV

Lauren andava sem parar e eu já estava tonta. Ela tinha o cenho franzido e uma carranca pior do mundo.

- Dá para sentar? – Disse com um sorriso forçado em sua direção.

Ela parou e me olhou, ela estava linda com aquele traje todo amarelo, seus olhos mudaram de cor e estavam quase no mesmo tom.

- Isso é intencional. – Lauren respondeu me ignorando. – Walter acessa aqueles frascos e morre em um acidente? Assim que descobrimos que se foram, ficamos trancados aqui.

- Concordo. – Disse num fio de voz. – Não é só uma coincidência, mas o que podemos fazer?

Lauren andava de um lado para outro e eu já estava nervosa.

- Laur, sente-se, por favor. – Fiz beicinho. – Você está me deixando nervosa.

Após me encarar longos segundos ela deixou seu peso cair sobre a cadeira ao meu lado. Ela arrumava outro tique em seguida.

- Você pode me falar daquela noite? – Perguntei. – Que eu desapareci. Você disse que estava lá. – Ela abaixou a cabeça e ficou longos segundos assim.

- Eu era a única lá. – Ela falou. – Quando sua mãe trabalhava a noite, ela pedia que eu cuidasse de você. – Ela me encarou. – Você já tinha ido para a cama. Fui olhar você. Você tinha sumido.

- E o que aconteceu depois? – Disse.

- Eu procurei por você. – Senti a dor em seus olhos. – Procurei na casa toda.

- Alguém invadiu?

- Não tinha sinais de entrada forçada. – Ela disse abaixando os olhos. – Nenhuma porta foi violada. Nenhuma janela. Você só sumiu. – Ela disse e vi seus olhos perderem a cor, ficarem quase negros.

Então eu entrei em transe, a porta do quarto abriu, uma silhueta apareceu, fez sinal de silencio, deixei meu urso de lado, saí da cama e peguei na mão do homem e fomos. Abri meus olhos.

- Houve algum suspeito? – Perguntei lembrando do homem.

Ela negou com a cabeça e voltou a abaixar.

- Somente um. – Ela respondeu e não conseguia me encarar. – Meu pai. Nunca houve evidencia física, mas ele mentiu sobre seu álibi. As pessoas pensaram que ele era... – Respirou. – Muito próximo. – Pareceu perder o folego. – Ele negou. Ainda nega. – Agora ela me encarava.

Então a mensagem virtual que o confinamento havia acabado terminou com nosso momento e eu vi ela respirar novamente. Se eu soubesse.... Ela fala com tanta culpa. Tanto pesar.

- Lauren, eu...

- Agora não, Camila. 



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