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História Blindspot - CAMREN - Rastreados


Escrita por: _c_aquino

Notas do Autor


Aproveitem :)

Capítulo 11 - Rastreados


Fanfic / Fanfiction Blindspot - CAMREN - Rastreados

Vero Iglesias POV

Falar que consegui dormir ou que não tenho pensado no que aconteceu ontem é mentira. Eu estava devendo dividas de jogo e agora estava sendo chantageada pela CIA para vigiar e passar informações sobre Karla. Não só isso.... Trair a confiança de Lauren, da minha equipe, da farda que eu visto. Então dormir, não é uma opção.

Lauren Jauregui POV

Acordei e estávamos jogadas em lados opostos da cama o que facilitou minha escapulida, fui até o banheiro e fiz minha higiene pessoal, coloquei a mesma roupa que estava usando e voltei para o quarto, ainda estava cedo, acordar Camila implicaria em tomar café com ela, em depois ir juntas para o trabalho e isso interferiria no nosso relacionamento lá, então eu fui até a sala procurei caneta e caneta e deixei um recado.

Bom dia, espero que tenha tido uma noite boa como foi a minha, me perdoe não está aí quando você acordou, porém foi melhor assim, não sei se eu conseguiria me manter longe de você assim que pousasse seus olhos castanhos nos meus. Até mais tarde.

Então logo em seguida digitei uma mensagem para Taylor levar algumas roupas para o prédio do FBI e caminhei para fora da casa, dando de cara com agentes curiosos à minha espera.

- Bom dia, bom... Espero que “isso” fique entre nós, não quero ninguém comentando algo que não seja verdade ou fazendo suposições infundadas. – Disse em tom autoritário.

- Não se preocupe, chefe. – O primeiro se manifestou e eu assenti.

- Não vimos nada. – O outro completou. – Mais alguma coisa?

- Traga um café da manhã caprichado e deixe na mesa, certo? – Disse.

- Tudo bem, irei providenciar. – Ele falou.

Eu segui até meu carro pegando caminho para minha rotina, e com isso para os meus problemas.

**

Camila POV

Eu definitivamente estava dormindo, mas não tão profundamente então minha mente vagava pelos meus sonhos, o meu corpo estava nu, a cama parecia a mesma que eu costumava dormir agora, mas certos momentos sua estrutura mudava, assim como a textura das mãos que agora me tocavam. Passeavam afagando meu braço, e então uma boca doce alcançava meu pescoço, e então eu me entreguei ao momento, certas horas eu via nitidamente os traços de Lauren ali... Era normal eu ter sonhos eróticos com ela, não? Mas então eu virei e fiquei de frente, a visão já não era tão boa, eu sentia o corpo dela sobre mim – a pessoa desconhecida – estávamos fazendo sexo e cada vez mais sinto que eu estava despertando, me esforçava para ver o rosto, identificar quem era ali, então alcancei seu braço, pude ver uma tatuagem, uma árvore que começava no pulso, passei a mão por ali, gravando-a em mim. E então voltei meu olhar para o seu rosto, tendo um vislumbre dos seus olhos, formato de gatinho, pequenos, vibrantes, profundos.... Azuis, extremamente azuis.

- PORRA. – Exasperei ao acordar.

Eu estava extremamente confusa e cada vez que eu pensava sobre o sonho, mas ele se dissolvia em minha mente, ficando apenas a tatuagem e os olhos que definitivamente não era os de Lauren, embora o formato fosse bem parecido, contudo o verde água que coloria o rosto da agente era o que eu esperava encontrar, afinal era um sonho ou uma... lembrança (?).

**

Lauren J POV

Sede FBI - Manhã

Eu estava na sala de reuniões esperando por Taylor impacientemente. Estava refletindo sobre a volta do meu pai, em como aquilo poderia implicar na vida de Camila e também em como agiríamos daqui para frente, em termos profissionais.

- Hey, trouxe suas coisas... – Taylor adentrou a sala. – Roupa, escova.... Você dormiu aqui?

- Hm, sim. – Respondi um pouco rude e insatisfeita.

- Okay, eu sei que não deveria ter levado o papa até lá sem pedir, mas você não teria aceitado. – Ela falou.

- Então você não deveria ter feito. – Disse seca.

- Você poderia ter falado um “oi”, sei lá... – Ela completou.

- Eu não vou falar sobre isso aqui. – Disse impaciente.

- Quando você vai querer falar, Laur? – Ela me perguntou já com os olhos mareados. – Camila está viva, o papai é inocente.

- Ela ter voltado não muda o fato de que alguém a sequestrou. – Falei me levando e em tom rígido.

- Então qual é a sua versão? – Ela falou irritada. – Ele saiu do trabalho.... – Desdenhou. – Sequestrou a garotinha da casa ao lado, a vendeu no mercado negro e depois voltou a tempo para o jantar?

- Alguém sabe o que aconteceu aquela noite e não é você, muito menos eu. – Eu disse em meias palavras.

- Então continua achando que foi ele? – Ela me questionou incrédula. – Ou já ficou com raiva por tanto tempo que não sabe como parar?

- Não o quero lá quando eu voltar para casa. – Disse encurtando a discussão.

- Não se preocupe, ele já está em um hotel. – Ela disse. – Está aqui somente para alguns tratamentos.

- Ele ainda está lutando? – Perguntei.

- Não, Laur... – Ela negou com a cabeça. – Ele está tentando desacelerar.

- Tenho que voltar ao trabalho logo, obrigada pelas roupas. – Disse e ela assentiu, logo em seguida saí.

Vero Iglesias POV

Um jogo passava na tv e eu estava me descabelando de preocupação com meus próximos atos, eu tentava a todo instante me livrar da sensação de sufocamento que crescia nas minhas entranhas. Batidas na porta. Me levantei e trilhei até lá. Eu abri e então vi quem era, meu velho conhecido.

- O que tenho para dizer? – Ele perguntou passando por mim.

- “Os três dias acabaram, cadê o dinheiro?”- Respondi. – Estou trabalhando nisso.

- Não, por favor... – Ele falou incrédulo. – Não me faça ser esse cara. – Veio se aproximando de mim. – Entrando aqui, sabe.... Falando sobre quebrar pernas. Ou pior.

E então ele colocou a mão no meu ombro e quando eu vi já estava imobilizando ele contra a parede e dei um soco na sua costela.

- Você sabe qual é o meu trabalho, não? – Perguntei sem paciência.

- É, eu sei... – Falou com dificuldade. – O que o FBI diz sobre agentes com dividas ilegais?

- Você vai me entregar? – Questionei.

- Estou dizendo que se não pagar eu não posso fazer nada. – Ele respondeu. – Meu chefe fará de tudo para manter a reputação. Solta meu braço agora? – Ele gritou de dor e eu o soltei.

Então eu me dei conta da posição de perigo que eu estava.

- É uma posição ruim, Vero. – Ele falou.

- Um dia a mais, eu terei seu dinheiro. – Disse.

- É melhor mesmo, porque da próxima vez a conversa vai ser diferente. – Ele me ameaçou.

Camila Cabello POV

Sede do FBI - SALA da Dr. Kordei

- E então você resolveu abraçar a sua identidade? – Normani me perguntou.

- Sim, eu acredito que isso me fará ser mais consistente com quem quero me tornar daqui para frente e talvez conciliar com quem eu costumava ser. – Respondi. – Além de tudo eu acredito que não há como fugir disso tudo e ser Karla para sempre talvez não seja uma opção.

- E sua relação com Sofia? – Fez uma cara de animação.

- Não temos, não fora desse prédio. – Disse. – Ela não faz questão e eu não quero forçar nada.

- Talvez ela esteja com dificuldade de associar sua volta a algo relevante em sua vida já que você praticamente não fez parte dela e logo ela se viu sozinha, seu subconsciente grita por isso. É normal, ela acaba agindo contra as circunstâncias, mas se pretende ser parte da vida dela de uma forma mais efetiva, talvez até amiga continue mostrando quem você é e deixe-a decidir.

- É o que estou fazendo. – Disse e ela assentiu.

- Sobre o seu sonho, foi um avanço. – Ela afirmou.

- Um avanço? Foi só um sonho. – Disse contradizendo-a.

- Seu primeiro sonho, algo que você considerou importante para trazer para discussão. – Ela falou. – Um sonho erótico.

- E então o que significa? – Perguntei um pouco sem graça.

- Depende para quem você pergunta. – Ela me respondeu. – A maioria acredita que sonhos são formas de processar nossos sentimentos. – E então vi um olhar diferente em seu rosto. – Quem acha que era? A mulher do sonho.

- Algo me diz que você tem uma teoria. – Disse tentando entender onde ela queria chegar. E lá deu um pequeno sorriso, quase imperceptível. – O quê? Acha que era a Jauregui?

- Você que disse, não eu. – Ela retrucou.

Sofia Cabello POV

- Taylor? – Chamei atenção dela enquanto saía do elevador. – O que faz por aqui?

- Lauren... – Ela respondeu cabisbaixa. – Meu pai está na cidade, eu tentei reaproxima-los agora que Camila está de volta, mas parece que ela quer guardá-la num potinho e não deixar o passado se resolver. – Despejou. – Desculpe, eu sei que é sua irmã.

- Ela é uma estranha, não se preocupe. – Disse tranquilizando-a. – Eu realmente quero entender tudo isso, e ser objetiva, coisa que Lauren se recusa. Eu entendo como se sente.

- Ainda bem, alguém que eu possa conversar. – Ela disse por fim dando um sorriso.

Eu fiquei ali admirando a sua beleza, ela tinha traços bem femininos, os olhos em tom esverdeados, eu sempre tive uma queda por Taylor, mas ela é hétero, e eu nunca realmente tentei nada além de algumas conversas aleatórias.

- Bem, tenho que ir.... Chris. – Ela disse e eu lembrei do pequeno. – Por que não aparece, podemos conversar mais, falar mal das nossas irmãs. Eu preciso relaxar.

E então vieram na minha cabeça belas formas de fazê-la relaxar.

- Claro, será um prazer. – Eu disse me despedindo. – Eu te ligo.

Lauren Jauregui POV

- Eu soube que levou Karla para jantar. – Viola me sondou.

Ela havia me chamado para conversar e estava colocando nossos cafés.

- É, foi ideia da minha irmã. – Tentei amenizar.

- Devo ficar preocupada sobre a sua objetividade nesse caso? – Me questionou autoritária.

- Claro que não, foi um jantar de família. Meu sobrinho estava lá. Não teve nada inapropriado. – Falei colocando um sorriso no rosto para disfarçar a tensão pela noite anterior.

Camila Cabello POV

- Não. – Eu falei rapidamente. – Não.... Não. – Me compliquei. – Aquela mulher.... Ela tinha uma arvore nos braços, Lauren não tem isso, tem 27 em romano e o nome da avó. – Me justifiquei.

- Sonhos não são literais, são impressionistas. – Ela falou. – Lauren tem tatuagens nos braços, seu corpo está repleto de tatuagens, símbolos que não compreende. – E então eu analisei a situação. – Você descreveu como uma arvore com raízes profundas, talvez esteja procurando por estabilidade, força. Essas são com toda certeza qualidades que Lauren tem.

Lauren Jauregui POV

- Estou falando no geral. – Viola continuava a cavar. – Normalmente seu julgamento é impecável, mas com ela...

- Sabemos que essa é uma situação atípica. – Me defendi.

- É por isso que eu preciso que você se mantem firme, profissional. Que vê as coisas claramente. – Ela insinuou mais uma vez e aquilo me deixava desconfortável, pelas minhas ações e pelos meus sentimentos.

- Eu estou. – Tentei me manter firme.

- Eu digo que não está. – Ela me afrontou.

Camila Cabello POV

- Seu relacionamento com a agente Jauregui é complicado. – Normani pontuou. – É sua companheira no trabalho, sua protetora, sua amiga de infância.

- E agora ela está nos meus sonhos. – Disse. – Está em todo lugar.

Aquilo me assustava, me deixava confusa, todos esses sentimentos mesclados, e mais tudo aquilo que em boa parte eu não entendia e não estava perto de entender me deixavam frustrada.

Lauren Jauregui POV

- Talvez devemos considerar afastar você do caso. – Viola falou reticente.

- Não é necessário. – Falei firme antes de me retirar e acabar com aquilo.

Saí furiosa daquela sala, principalmente comigo.

Camila Cabello POV

- Talvez você precise estabelecer mais limites. – Ela ponderou.

- Como eu faço isso? – Questionei.

- Para começar, tente manter suas interações apenas profissionalmente. – E então eu lembrei de toda a nossa interação na noite passada e como aquilo me fez sentir bem, viva, porém desencadeou tudo que agora estava ainda mais confuso em mim. – Pelo menos por enquanto.

- Certo. – Falei frustrada.

Terminei a sessão e fui me trocar para enfim começar a trabalhar, estava me arrumando quando Lauren finalmente chegou, quis dar meu melhor sorriso, ainda lembrando do seu bilhete, mas percebi que ela estava um pouco agitada, e resolvi tentar seguir o conselho de Normani, pelo menos aqui ou por hora, manter profissional.

- Dia. – Falei me voltando para o armário.

- Oi. – Ela falou um pouco seca. – Seu coldre está no lugar errado de novo. – Reclamou irritada.

- Certo, desculpe. – Falei arrumando. – Tem tanta coisa para lembrar.

- Já falamos sobre isso. – Ela me deu uma dura. – Se estivesse num tiroteio, esse erro poderia custar a vida de alguém.

- Eu pedi desculpa, ok? – Falei não acreditando naquela situação.

- Eu não quero desculpas. – Ela falou baixando o olhar e logo o voltando para mim de uma forma dura e distante. – Eu quero que conserte isso.

E então saiu, me deixando ali. Perplexa. Talvez Normani realmente tenha razão.

Narrador POV

- Falcão está a dois minutos. Façam a outra rota. Bravo-três. – Disse o segurança particular num blindado importado.

E então o carro pegou uma rota alternativa, mas logo atrás um outro carro trancou a passagem e atrás também por um segundo carro. Homens armados saíram.

- Todos para baixo. – Disse o segurança para os passageiros.

O carro foi alvejado por trás e pela frente, ficou difícil não ser atingido, alguns seguranças ainda conseguiram atingir alguns dos caras que promoviam o atentando, mas o resultado final foi a morte, pelo menos de quem ali importava.

Lauren J POV

- O alvo era o príncipe saudita Zayn Malik. – Dinah esclareceu. – Ele participava da cúpula da paz.

- Há rumores de grupos extremistas mirando a família real. – Sofi alertou.

- As rotas de serviço secreto são confidenciais. Mudam no dia. – Falei. – Como fizeram um ataque tão coordenado?

- Porque eles tinham isso. – Dinah disse tirando um dispositivo e mostrando. – Um dos atiradores tinham um aplicativo que desconheço chamado Trakzer. Invade os sinais de GPS dos rastreadores dos veículos governamentais e mapeia a localização deles.

- Onde conseguiram isso e quem tem? – Viola questionou.

- As transações são irrastreáveis. – Dinah respondeu. – Provavelmente feitas pela Dark Web.

- Dark Web? – Camila questionou. – O que é isso? Por que não soa bom?

- 95% da internet não é indexada em sistemas de busca. – Vero explicou.

- É tipo o velho oeste. – Sofi simplificou. – Tem de tudo, armas a trafico sexual.

- E assassinatos agora. – Concluí.

- Não deveríamos passar isso para o departamento de crimes eletrônicos? – Vero questionou.

- Deem uma olhada na logo do aplicativo. – Dinah chamou nossa atenção para a tela.

- É a coruja da minha perna. – Camila soltou.

- Exatamente. – Dinah confirmou.

- Então quem tatuou ela sabia do app? – Vero questionou incrédula.

- Quantos veículos usam esses rastreadores? – Camila questionou.

- Todos eles. – Dinah afirmou.

- Então cada agente do governo  é um alvo em potencial. – Falei revoltada. – Inclusive nós. 


Notas Finais


Esse capítulo vai render uns 3 capítulos


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