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História Blindspot - CAMREN - Arquivo Morto - Parte 2


Escrita por: _c_aquino

Notas do Autor


o final do ep, até o proximo.

Capítulo 15 - Arquivo Morto - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Blindspot - CAMREN - Arquivo Morto - Parte 2

Decepcionar Camila não era o que eu tinha em mente, mas a gente precisava desse tempo, eu precisava ser objetiva e com ela não conseguia. Marcamos de nos encontrar no local final, fomos os times para lados diferentes.

Dinah Jane Hansen

Eu fui encontrar Don, estava apressada, sair do trabalho no meio do expediente, não só isso, mas o envolvimento dele estava ficado perigoso.

- Don... – Chamei sua atenção ao encontra-lo de frente para o prédio. – Eu nem deveria ter isso no meu apê quanto mais fora dele.

- Só queria ter certeza se esse é o local certo. – Ele se defendeu. – 708 significa algo para você?

Peguei o arquivo de suas mãos.

- Não. Vamos. – Disse puxando-o.

- Espera, observa... – Ele disse me puxando de volta e como era mais forte, conseguiu. – Os tijolos ao longo do arco são totalmente crus.

- Don, eu estou falando sério, você tem que parar com isso. – Falei com o tom mais rude e sério.

- Mas os tijolos na tatuagem têm numeração romana. – Ele falou pegando novamente o arquivo e apontando para onde queria. – Vê? DCCVIII. 708. Tentei o sistema de Dewey, mas não deu certo.

- Eu sei o que está fazendo. – Tentei trazê-lo à realidade.

- 700 leva às arcas, 708 é museus, galerias e coleções privadas. A não ser que tenhamos que olhar todos os livros.

- E se for um ISBN? – Perguntei ao me perder analisando seus devaneios. – Todos os livros do mundo têm um número próprio único padrão internacional.

- É verdade, mas o ISBN tem 13 dígitos. – Don continuou.

- Certo... – Comecei a analisar a fachada e minha mente já estava envolvida na situação. – E se não for 708? E se quebrarmos os números de acordo com o valor individual deles?

- 500, 100, 100, 5, 1, 1, 1. – Ele analisou. – 13 Dígitos.

Não pude deixar de sorrir, acabamos de resolver uma parte do mistério. Me deixei envolver pelo momento e já que estávamos ali mesmo não custava nada pesquisar rapidamente. Fomos para dentro do prédio e assim que localizamos um computador para fazer a pesquisa digitamos o número, mas deu erro.

- Pensei que tínhamos acertado. – Ele falou tristonho.

- Espera... ISBN só tinha 10 dígitos antes de 2007. – Refleti. – Vou tentar sem os 3 últimos. – Digitei e... – Consegui! – Fiquei feliz com meu êxito. – “Decisões do corpo docente, 1787 a 1792”.

Fomos em busca do livro, nos dividimos e não demorou para encontrarmos.

- Tudo bem que estava certa, mas o que seria os últimos números? – Ele me perguntou.

- Números de páginas? Vá para 111. – Disse com firmeza.

Quando chegou a pagina notamos que várias letras aleatórias estavam circuladas, criando um código secreto.

Lauren Jauregui POV

Estamos no meio da mata, eu cobria para Vero, ela estava indo forte e rápido.

- Hey... – Chamei com tom controlado. – Espere...

Ela então tomou posição em uma das árvores cobrindo a área.

- Podemos largar o rastreador, mas precisamos andar devagar. – Disse chegando até ela.

- É isso ou as cervejas já estão fazendo efeito, porque a barriga tanquinho já se foi. – Ela me provocou, ri de lado.

- É com certeza eu não aguento mais correr. – Disse entrando na brincadeira.

- Se não consegue correr, imagina outras coisas. – Disse maliciosa.

- Quer comprovar? – Desafiei. – Sei que você é doidinha para ir para cama comigo.

- Deus é mais, Laurenzo. – Ela trouxe à tona um apelido que eu odiava, bufei forte. – Sou mais a morte.

- Outch. – Disse fingindo estar chateada. – Vamos focar, depois conversarmos sobre essa foda.

Gargalhamos e logo voltamos ao foco. Fomos andando mais tranquilas, era uma estratégia andar, não poderíamos correr com um prisioneiro que claramente não iria cooperar.

- Você se voluntariou, aguente. – Disse ao notar a satisfação dela.

- Camila também. – Ela retrucou.

Meu cenho se fechou em uma careta.

- Confio no seu treinamento, Camila ainda é imprevisível.

- É mesmo por isso que estou aqui e não ela? – Perguntou na lata.

Vero é uma das minhas melhores amigas, não tinha como fingir por muito tempo, mas não era algo que queria conversar agora.

- Se tem algo a dizer, apenas diga. – Falei mais séria.

- Você está protegendo-a. – Vero me confrontou, ao contrário do que eu esperava. – Ela é mais que um recurso do FBI para você. É uma coisa você não admitir, outra coisa é fingir que não é verdade.

Então ela tomou o caminho a minha frente me dando espaço para pensar. No fundo eu sabia que ela estava certa, mas eu estava fazendo o certo, não? Dando espaço para nós duas? Sendo objetiva? Protegendo-a? Eu não poderia perde-la. Nem forçar algo que nem ela sabe se quer.

Camila Cabello POV

Estamos indo pela mata e Moura não se calava, a irritação por aquele momento que eu tentava abstrair se misturava a falta de tato de Lauren comigo. Mas o que eu esperava? Eu pedi espaço. Ela bem que poderia tentar dividir as coisas, aqui era trabalho. Porém como ela me daria espaço se eu estaria ao lado dela, confundido ela, me confundindo? ARGH!

- O que você acha que encontraria tão longe nessa floresta? – A voz de Wagner soou como facas na minha mente.

- Ele tem razão, estamos andando em círculos. – Sofia chamou minha atenção.

- Os pontos de referências do mapa estavam certos até agora. – Respondi minha irmã. – O sol está se pondo. Vamos para oeste, seguimos a luz. O ponto de encontro deve ser na próxima curva.

- Espero que esteja certa, Karla. – A voz de Sofia soou debochada, mas relevei.

- Ela está, é logo a frente. – Wagner falou. – Eu vi o mapa, é meu quintal, sei onde estamos indo.

- Mexa-se. – Ordenei.

Encontramos uma espécie de construção em cima de uma pequena elevação de terra. Moura tomou a frente para entrar e Sofia cobriu ele, fiquei para trás cobrindo a área. Eles entraram então eu segui, o local estava todo empoeirado e não tinha nada demais, Moura se sentou, na direção contraria a ele tinha um mapa pendurado.

- Esse mapa, conheço essa topografia. – Disse pegando-o. – É de uma das tattoos.

- Tem certeza? – Sofia me perguntou.

- Acredite, eu conheço bem elas. – Disse e analisei mais uma vez.

Coloquei em cima da mesa empoeirada, coloquei a arma em uma posição boa para rearme, desabotoei a calça e abaixei, a tatuagem ficava na perna.

- Fiquei imaginando quando esse mapa nos levaria ao tesouro. – Ele disse olhando para o meu corpo descaradamente. Ignorei.

- Coloque esse mapa na minha canela. – Direcionei Sofia.

Voltei a me arma para que ela fizesse o posicionamento do mapa sob a minha tatuagem. Então ela posicionou-o sob a minha pele.

- Tem um x na sua tatuagem que não tem no mapa. – Ela disse e procurou algo para marcar.

- Ainda acha que estamos indo para uma armadilha? – Perguntei olhando para Moura.

Então Sofia se levantou com o mapa.

- Só há um jeito de descobrir. – Ela disse.

Lauren Jauregui POV

Encontramos uma espécie de nascente de um rio, coloquei o relógio em um recipiente para que a água não entrasse em contato e joguei na água.

- Deixe-os seguir aquilo por um tempo. – Disse após jogar. – Agora vamos para o ponto de encontro.

- Chego antes de você. – Vero já estava pronta para correr.

A sorte é que eu estava em alerta ainda e vi que vinham se aproximando na nossa direção, foi tudo muito rápido, mandei que se abaixasse e logo uma troca de tiros começou. Não eram muitos, apenas 3, logo demos conta, outros recuaram.

 - Por que desistiram? – Ela me perguntou.

- Porque viram que estávamos sem Moura. – Disse tentando me localizar. – Precisamos chegar à Camila e Sofi.

 Camila C POV

Estamos seguindo para o novo X do mapa.

- Percebem que estão indo para dentro da floresta? – A voz irritando desse homem soava sem parar. – O sinal não é uma sugestão. Nos anos 70, os governos dos EUA enterraram lixo nuclear em uma mina antiga por aqui. Se não quiserem brilhar no escuro, saiam daqui.

Tinha uma corrente com uma placa que especificava área restrita, apenas passei por cima e segui.

- Lembra de quando eu disse que era uma armadilha? – Sofia soava preocupada.

- Se querem nos matar por que nos ajudar? – Perguntei.

- Acham viável sair da estação? – Moura perguntou. – Como a garota e o escoteiro vão nos encontrar? Acho que realmente não importa se já devem estar mortos de qualquer jeito.

- Eles estão vivos. – Falei virando para encara-lo.

Minha mandíbula estava cerrada, meus olhos faiscavam.

- Vi no seu olhar quando Kurt não te escolheu. – Então ele gargalhou na minha cara. – Realmente espero que ele esteja vivo. – Então eu verifiquei o perímetro tentando não me afetar. – Assim você pode ver quando eu arrancar a cabeça dele. – Ele disse sério agora. Voltei a encara-lo. – Bem devagar.

Então eu bati com a parte mais densa do rifle no meio da sua cara, fazendo-o cair.

- Hey.... – Sofia que estava atrás dele veio intervir.

Eu já apontava a arma para aquele porco.

- Vocês precisam de mim vivo! – Ele berrou.

- O FBI precisa de você vivo. – Falei cheia de raiva.

- Hey, se acalme Camila. – Sofia tentou me acalmar. – Já chega. Acalme-se, ok? Vá caminhar. Eu vou fingir que não vi nada.

- Ele está vivo. – Disse antes de sair.

Sofi Cabello POV

- Levante-se! – Ordenei. – Quem você pensa que é para tratar minha irmã assim?

Ele riu novamente.

- Então a temperamentalzinha é sua irmã? – Me perguntou e continuou a gargalhar.

- E da próxima vez eu deixo ela enfiar o rifle no meio do seu crânio.

- Vejo que o gênio é de família.

- Nem imagina o quanto. – Disse zangada. – E fique calado, você já ultrapassou todos os limites.

**

Camila C POV

Depois de descansar a mente para poder suportar aquele homem voltamos a caminhar em busca do local em questão.

- Hey Sofi, acho que encontrei. – Disse indo mais rápido.

Era uma espécie de clareira e tinha um helicóptero, tiramos a lona que o cobria.

- Sabe pilotar um desses? – Perguntei.

- Nah. – Ela respondeu com certo desapontamento. – Mas tenho a sensação que você sabe.

Então eu me senti insegura.

- Mesmo que eu pudesse, iria fazer muito barulho, Lauren e Vero estão indo para a torre, devemos encontra-los primeiro.

- Você tem razão.

Então fizemos o caminho de volta.

Dinah J POV

Estava na mesa de uma biblioteca, resolvendo, ou melhor, tentando resolver um caso fora do FBI com um civil. Eu estava ferrada em tantos níveis. Mordi meu lábio.

- Você morde os lábios enquanto escreve. – Don falou me analisando.

- Não, eu mordo quando estou frustrada. – Disse um pouco seca.

- Isso é um código ou uma cifra? – Perguntei apontando para o nosso problema. – Meu programa pode decodificar isso mais rápido. Eu preciso levar isso para o Lab.

- Hey, seu programa não pode ficar no arco e comparar tijolos. – Ele falou. – E não pode pegar esse livro e virar para a página certa. Estamos perto.

- Você só quer resolver. – Eu disse rindo fraco.

- Claro que quero resolver. – Falou como se fosse obvio. – E você também.

- Sabe o que eu posso fazer? – Perguntei. – Isso.

Peguei meu tablet e poderia acessar remotamente o computador de trabalho.

- Sabe o motivo de não ter dado certo com os outros caras? – Ele me perguntou voltando ao assunto tabu. – Porque não deu.

- Que profundo.

- Mas isso não quer dizer que não pode dar. – Ele falou e eu sentia seus olhos em mim. – Você só tem que confiar.

- Eu não funciono assim. – Disse sincera.

- Eu sim, e veja só... – Então me fez encara-lo. – Formamos um casal equilibrado.

Então me puxou para um selinho demorado.

Viola Davis POV

Entrei em contato com o xerife da cidade atrás de informação da minha equipe já que estavam praticamente abandonamos a própria sorte, fiquei mais uma vez frustrada com a situação. Saí em busca de alguém que poderia me dar algum tipo de luz no fim do túnel.

- Cadê a Dinah? – Perguntei

- Ela saiu já faz um tempo.

Então me aproximei da sua mesa de trabalho vi na tela que seu computador estava sendo acessado remotamente e sob o seu login.

Camila Cabello POV

O caminho de volta estava sendo igualmente torturante tudo que eu queria era enfiar uma bala naquele sujeito.

- Vocês tiveram a chance de sair daqui mas voltamos pelos seus amigos. – Ele monologava.

- Então é por isso? Nunca teve amigos? – Sofia retrucou.

- Acham que fariam a mesma coisa por vocês? – Ele questionou.

- Eu sei que sim. – Falei seca.

- Oh, serio? Acha mesmo que pode confiar neles? – Continuou. – O FBI está te usando. Você é apenas um mapa para eles seguirem.

- Não sabe do que está falando. – Disse cortando-o.

- Sei que seu nome não é Jane. – Ele falou. – Sei que não sabe o que significa as tattoos ou quem as fez. E que não sou o único preso nessa caminhada de hoje.

Já me preparava para arrebentar a cara daquele desgraçado.

- Está acabado, Moura. – Sofia interviu. – Cedo ou tarde pagamos pelos nossos erros.

Então um tiro atingiu Moura, uma troca de tiro começou e levamos para dentro da cabana.

Dinah Jane POV

Um scanner de página e então o programa já estava trabalhando. Minha cabeça nem sabia mais o que pensar, se era no problema que estava a nossa frente...

- Hey, olha como existem marcas, nessas outras letras, como se tivessem sido apagadas. – Chamei atenção de Don.

- Será que é algum tipo de comunicação? – Don me perguntou.

- Provavelmente. – Disse animada.

Dei um selinho nele comemorando. E então minha mente voltou para onde estava “Minha cabeça nem sabia mais o que pensar, se era no problema que estava a nossa frente...” Ou na minha situação com ele.

- Eu estou pensando e acho que você tem argumentos bons, também cheguei a uma conclusão.

- E qual seria, senhorita Hansen?

- Você deveria se mudar para meu apartamento.

- Tem certeza? – Ele me perguntou com um sorriso de orelha a orelha.

- Toda. – Disse tomando seus lábios.

- O que significa isso? – A voz de Viola surgiu e eu dei um pulo para trás.

- Sinto muito. – Falei tentando retornar a mim. – Como você me achou?

- Sou do FBI. – Ela falou. – Quem é ele e o que ele está fazendo com essa foto?

Camila C POV

Estamos sendo alvejados, tinham muitos deles.

- Deixe-me ver. – Disse para Moura.

- Eu já te disse, você se importa demais.

O cara sangrando se preocupando com o que eu sinto, faço. Tratei de apertar bem um pano improvisado no seu braço baleado.

- Quantos tem aí fora? – Perguntei.

- Acho que muitos. – Sofia respondeu.

Então tratei de ir ajudar, muitos tiros trocados até que Sofi foi atingida também.

- Você está bem?

- Eu viverei. – Ela falou se recuperando.

Então estávamos cercados e eles eram muitos.

- Nossa única chance é se eu tentar derrubar os com armas pesadas. – Afirmei.

- Eu cubro você. – Sofia respondeu.

Então eu fui para fora. Era arriscado, mas nossa melhor chance.

**

Muitos tiros e algumas posições arriscadas, Lauren e Vero finalmente apareceram. O local parecia limpo, mas Vero foi assegurar.

 - Sofi, Moura está vivo? – Lauren questionou alto. – Sofi?

- Sim, pensei que estivesse preocupada comigo, mas sim ele está.

- Saia.

Então eles logo saíram.

- Solte-o ou eu mato ela. – Um cara tinha Vero como refém.

- Eu não tenho visão limpa para um tiro. – Falei baixo para Lauren.

- Nem eu. – Respondeu no mesmo tom. – Você não precisa fazer isso. – Ela falou para o cara.

- Mate ela logo! – Moura ordenou.

- Calado, idiota. – Sofia ralhou para ele.

Então um tiro horizontal que atingiu em cheio sua cabeça levou-o para o chão. Vero correu na nossa direção e então o Xerife apareceu.

- Vocês têm que leva-lo a Draclyn. – Falou alto.

- Não é para isso que eu te pago! – Moura gritou e tentou ir na sua direção.

- Muitos de nós morremos hoje, não somos mais a sua milícia. – Ele disse firme. – Ele se aproveitou de nós, ou estávamos com ele ou contra. – Se encaravam cara a cara agora. – Não estamos com você mais.

- Sabe que acabou para você não, Xerife? – Lauren perguntou. – Esse lugar está prestes a ser invadido pelo FBI.

- Eu sei. – Ele falou encarando ela. – Mas mais homens estão vindo. Farei de tudo para segura-los, farei meu melhor. Precisam ir agora.

- Não estamos tentando? – Vero perguntou.

- Não tentamos o helicóptero. – Falei a novidade.

Então seguimos para a clareira e então em desesperei um pouco com todo aquele painel, mas logo meu corpo reagiu e era como se eu estivesse em modo automático, comecei a fazer funcionar. Estamos no ar, saindo desse inferno.

**

Estamos num jato de volta para NY e Lauren me encarava sorridente, eu não sei se estava me admirando ou perdida em sentimentos, mas sabia que eu necessitava falar.

- Quando estávamos separadas na floresta, eu ficava pensando sobre você. – Falei sincera. – Em mim e Camila Cabello. Estamos nisso juntas.

Então uma turbulência aconteceu e me lembrou do medo de voar, tremi. Lauren segurou minhas mãos sob a mesa. Me deu força.

- Como consegue pilotar um helicóptero em zona de combate e ter medo de turbulência? – Perguntou e me fez rir.

- Acho que está relacionado a estar no controle. – Disse rindo de lado.

- Você está, Camila. – Ela disse meu nome pausadamente. – Você decide.

Viola Davis POV

- Faz ideia do quão perigosa foram suas ações? – Perguntei a Dinah. – Aquelas tatuagens não são passatempo. – Falei firme e ríspida. – Elas contêm informações sigilosas e perigosas. – Meu tom era duro. – Colocou o caso, você mesma e o civil em risco.

- Eu sei... – Dinah tentou formular.

Eu sabia que aquilo era duro para ela, mas garantir a integridade do caso e dela era meu trabalho.

- Só estávamos tentando resolver... – tentou se defender e eu bufei. – Eu ferrei tudo. Fiz besteira. Eu sinto muito mesmo. Don está em problemas?

- Ele está em custodia. – Falei bufando. – Precisei prendê-lo para saber a ameaça que impõe.

- Ele não é uma ameaça. – Ela disse quase chorando.

- Isso não é você quem decide. – Cortei o assunto. – Se recomponha.

- Meu Deus... – Ela suspirou. – Vou ser demitida?

- Todos podem cometer um erro. – Disse olhando para ela. – UM. Esse é o seu.

Então aplausos ecoaram e vi quando meu time liderado por Lauren entrou e trouxe consigo Wagner Moura, alguém que comprometia muito.

Lauren J POV

Chegamos a sede do FBI, tratamos de dar um tempo para banho e troca de roupa de um dos homens mais procurados. Agora ele se encontrava na sala de interrogatório e o víamos pelo vidro.

- É ele mesmo. – Viola falou ao vê-lo. – Quero que vá lá.

- Por que eu? Você tem uma relação. – Eu disse.

- Ele fugiu de mim por uma razão. – Ela falou. – Temos problemas.

- Eu acabei de tira-lo de um local afastado e o coloquei no inferno. – Disse. – Isso é que é problema.

- Acredite em mim, eu conheço ele. – Viola falou num tom mais alto e firme. – Sou a última pessoa que ele quer ver. Ele vai começar a brincar ou se fechar e perdemos nossa chance de conseguir informações.

- Você era a encarregada dele. – Disse como obvio. – Tem que ser você.

Dinah Jane POV

E então tudo tinha ido por água abaixo, inclusive todas as minhas certezas. A porta da sala em que Don estava se abriu e eu sabia o que tinha que fazer.

- Sinto muito, amor. – Ele disse ao me ver. – Sinto muito mesmo.

- Eles não te demitiram, não? – Perguntou preocupado.

- Não, quase... – Falei quase sem voz. – Mas não.

- Você estava certa, eu me envolvi demais. – Ele falou se culpando.

- Eu também. – Tentei amenizar.

- Eu estou preso? – Perguntou prendendo o ar.

- Não, está livre para ir.

Então soltou o ar e fez o caminho que nos separa.

- Acho que agora temos que abrir aquele uísque que seu tio lhe deu. – Ele disse tentando me tocar, mas me afastei.

- Eu não posso fazer isso. – Disse tentando controlar a emoção. – Sei que é diferente, mas eu continuo a mesma. Sou eu o motivo deles irem embora. Eu sei que é difícil de entender, mas esse emprego... – Meus olhos entregavam a emoção quando as lágrimas se acumularam. – Eu amo esse emprego, mas consome tudo de mim. E eu não posso ser...

- Feliz? – Ele me perguntou.

- Distraída. – Disse sincera.

- Oh... – Então ele respirou. – Vou deixar você em paz.

Então se foi, como todos os outros.

Lauren Jauregui POV

Viola entrou na sala e Moura a encarou.

- Achou mesmo que não te acharíamos? – Ela perguntou sentando-se a frente dele. – Por que não me atualiza desses 2 anos? Quem te falou da acusação? – E ele apenas a olhava. – Ok, quem sabia que estava em Draclyn? – Então ele olhou diretamente para a câmera, como se soubesse que eu estava ali. – Alguém fora da cidade deveria saber.

- Por que eu falaria com você?

- Porque eu sou Diretora Assistente no FBI, Wagner. – Ela disse firme. – Sou sua única chance de acordo.

Então pegou a vasta lista dele.

- Assassinato, Conspiração, Extorsão, Distribuição de narcóticos, diga o que quero saber e eu falo com o promotor.

Ele apenas sorriu e ajeitou a postura na cadeira.

- Eu sou muitas coisas como você mesma listou, mas não sou dedo-duro. X9.

- Esperamos esse tempo todo. – Ela disse e recolheu a papelada. – Podemos esperar mais.

Então saiu, nos encontramos e fomos conversar na sala dela.

- Não era a conversa que eu esperava. – Disse sincera.

Foi tudo muito rápido, seco.

- Moura sempre foi teimoso. – Ela disse. – Se ele não quer falar, não posso força-lo.

- Ele vem falando besteira o dia todo. – Falei. – Procurando fraquezas para explorar minha equipe. E usando tudo que pôde como vantagem. Ele não fez um movimento com você.

- Ele não fez porque sabe que acabou. – Ela disse claramente irritada.

- Você entrou lá dentro e ele quase não te reconheceu. – Falei. – Você saiu de lá e não tirou nada.

- Escute.... – Ela falava irritada.

- Não, escute você. – Falei subindo o tom. – Ele falou que não é dedo-duro, eu acredito. Você nunca foi a encarregada dele, não? Você nunca o conheceu.

- Lauren.... – Ela falou como aviso.

- O que diabos está acontecendo? – Perguntei atônita. – Por que aquele caso está no corpo dela? Me diga a verdade.

Então ela tomou um grande suspiro e se chegou a mim.

- Apenas 3 Pessoas no mundo sabem do que eu vou te dizer. – Ela tomou seu tempo novamente. – A verdade se chama Daylight. 


Notas Finais


:D


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