Lauren j POV
Estavamos indo para a casa de Johson, enquanto Vero e Sofi estavam indo para a de Costello.
- Eles estão de folga e celulares desligados, é um péssimo sinal. – Camila falava.
- Eu sei.
- Eu estive pensando...
- Fala.
- Sobre você e Viola, sei que não pode me contar, mas sei também que você é teimosa demais. – Olhei pra ela incrédula. – Não me olhe assim, só quero que tente ver pelo lado dela. Sei que ela é mais que um erro.
Dinah Jane is calling
- Fala Dinah. – Falei atendendo.
- Costello comprou um celular descartável antes da chantagem começar, eu consegui rastrear, está na casa da viúva em Astri.
Desliguei e liguei pra Vero.
- Estamos a caminho de Astri, leve reforços, eles estão na casa da viúva.
Desliguei novamente e com o auxilio de Camila que já conseguia o número da casa da mulher, ligamos.
- Senhora, aqui é do FBI, se os agentes Costello e Johnson aparecerem, não atenda. Entendido?
- Oh, eu temo que não posso. – Falou com a voz tremula. – Estou com visitas.
- Eles estão aí, certo? – Perguntei.
- Oh...
E a ligação encerrou.
Então acelerei, a próxima esquina estava a casa, chegamos até lá e já fomos invadindo, troca de tiros, mas eles eram bons, a vida de policial de rua há vantagens. Logo vi a viúva tentando se proteger e falei com Camila para que a retirasse, dei cobertura e elas foram pra fora, uma granada foi soltada perto da porta e não deu tempo, eu fechei a porta. Granada de luz. Eu estava cega. Ou com a mesma sensação dolorosa. Fechei meus olhos o máximo que pude, tentando não absorver mais daquilo. Meus ouvidos notaram que tiros ocorreram lá fora, resolvi tentar abrir meus olhos e não vi, tinha um espelho a minha frente, estava tudo muito calmo, foquei, vi a sombra de Costello, ele vinha na minha direção. Atirei.
**
A paramédica me analisava, eu estava voltando ao normal, Camila me olhou preocupada, mas esperou ela terminar para se aproximar.
- Como está?
- O QUÊ? – Esperei sua reação.
Ela começou a analisar para ver se realmente eu estava surda.
- Sua audição?
- OS PARAMEDICOS DISSERAM QUE eu estou bem. – Falei normal no final e ri, não pude conter a gargalhada.
Ela me bateu de leve.
- Hey, ainda estou mal. – Brinquei. – Tem notícias do time?
- Eles acharam o outro telefone, conseguiram informações de mensagens antes dos horários das mortes.
- Eram coordenados.
- Hey, quando aquela porta fechou... – Ela falou me fazendo encará-la. – Você me assustou de verdade, eu ouvi os tiros, eu pensei que...
- Camz... – Coloquei a mao em seu rosto afagando. – Eles não conseguiram, ok?
- Converse com Viola.
- Você não para, né? – Ri admirando sua boa vontade.
- Acho que não.
- Queria poder te beijar.
- Vai. – Disse me empurrando.
**
Viola Davis
Após o capitão me contar das suspeitas de desvios de dinheiro do departamento de drogas que ele não pode comprovar, resolveu mantê-los atrás das mesas, mas mesmo assim eles conseguira. Recebi noticias e reportei.
- Johnsson está sendo transferida para um hospital e Costello morreu. Encontramos os telefones usados e parece que você era o próximo alvo.
- Eu quero falar com Johnsson.
- Você está muito envolvido.
- Eu preciso disso, eles mataram 3 dos meus, preciso olhá-la nos olhos. Eu me devo isso.
- Ok, eu dirijo.
Algum tempo antes
Cheguei na casa de Sofia e estava tudo uma bagunça
- O que está acontecendo aqui?
- Peter Nelson voltou a beber, ele largou a mulher e o filho. Eu destruí a vida de um cara.
- Ele lutou contra o vicio ano passado. – Falei tentando amenizar, ela também estava bêbada e com culpa.
- Um fato que eu também compartilhei com os jornais do país. – Ela falou se levantando. – Não posso mais fazer isso, precisamos ir embora.
Eu não estava acreditando e minha cara deixava claro.
- Tenho um primo em Hong Kong e lá é ótimo para expatriados, você precisa ver a cidade...
- Você quer que eu vá pra Hong Kong?
- Se Daylight vazar, vamos precisar de extradição. Isso é uma possibilidade, isso é nos dar outra chance.
- Eu não quero recomeçar, meu trabalho é importante.
- Você me ama?
- Não começa...
- Entao se mude comigo, porque não tem futuro aqui. Tudo está desmoronando.
- Eu vejo.
- Você ver isso?
- É por isso que tenho que ficar. Se a verdade aparecer e souberem de Wagner Moura, todos que prendi usando informações dele vão pra rua, não posso deixar isso acontecer. Se formos e tudo desmoronar, tudo será sido por nada. Você e John me convenceram a fazer isso.
- Estavamos errados, Viola. Tão errados.
Dias atuais
Estava no carro levando o Capitão, ele se lamentava, mas voltando do meu devaneio voltei a prestar atenção na ladainha.
- Tudo porque o Holt era gay. – Ele disse.
Mas eu não mencionei isso com ele. Eu agi naturalmente, mas quando ia pegar a arma ele entendeu que eu sabia.
- Não se mexa. – Ele disse apontando a arma pra mim.
- Tudo isso pra que?
- Todo esse dinheiro pra nada.
- Toda a gravação parada, só fomos atrás de quem poderia pagar. Eles ganham mais do que nós em décadas. E devolvemos para a comunidade.
- Pessoas morreram.
- Não deveriam. As coisas saíram do controle.
- Entao se entregue, explique isso.
- Policiais não sobrevivem em cadeias. Só dirija.
Então eu fiz o que tinha que ser feito. Causei um acidente.
Lauren J POV
Fui encontrar Viola no hospital, precisava conversar com ela, devia isso a mim.
- hey o que está fazendo? – Perguntei ao encontra-la de pé e vestida. – Você deve ficar de observação 24h.
- Não gosto de hospitais e tenho relatórios para fazer.
- Valeu a pena? – Silencio. – Quantas pessoas prendeu a custa de Moura?
- Você não quer saber.
- Eu espero que tenha valido. Dessa vez foi um caso, na próxima pode ser seu nome. E não importa se for eu ou outra pessoa, uma hora a verdade vai aparecer.
- Aquela carta não é hipocrisia, é pra me lembrar que abusei do meu poder.
- Espero que tenha valido a pena.
- Tem que valer.
- O que vai fazer se essas pessoas vierem atrás de você?
- Eu dou um jeito.
Entao eu me retirei. Foi falado. Voltei a sede, finalizei o que tinha que fazer. Fui ao vestiário e eles já estavam prontos.
- Que tal uma bebida?
- Não, tenho um encontro. – Sofia falou.
- Com quem? – Vero perguntou como sempre.
- Se não quer vir, só falar. Não precisa mentir. – Camila zoou a irmã.
- OW.
- Sério, vocês duas agora? – Sofi perguntou revoltada. Se fosse outro dia eu entraria na zoação, mas não hoje. – Divirtam-se.
- E você, não vem? – Camz me perguntou.
- Próxima, prometo!
Ela me deu uma ultima olhada e saiu.
Camila C POV
Estamos em um bar, Dinah, Vero e eu provando todas as bebidas disponíveis.
- Como foi essa? É Bola de fogo. – Vero falava com a voz já embolada.
- Essa foi a Cherry Bomb. – Dinah falou. – Vamos achar a bebida que nos mate,
- É muito doce. Argh. – Disse. – Vamos parar de resolver quebra cabeças por uma noite?
Rimos.
- É legal beber com pessoas pra variar. – Admiti.
- Isso foi pesado. – Falou Dinah.
- Deve ser uma merda ficar presa naquela casa.
- Posso contar um segredo? – Perguntei retoricamente. – Já saí de fininho algumas vezes.
- Como? – Vero perguntou.
- Eles se preocupam demais com quem entra....
- E o que faz por aí? – Dinah perguntou.
- Eu ando por aí, pego metro, tento ser outra pessoa. – Disse.
- Voce não pode me dizer isso.
- Eu faria a mesma coisa. – Vero admitiu.
Brindamos. E o celular de Dinah vibrou.
- É o garoto da biblioteca de novo? – Vero
- Quem é esse?
- Uh, o garoto, certo.
- É, nós terminamos.
- OUTRA RODADA. – Vero gritou. – Hoje vamos descobrir sua bebida favorita e amanha vamos comprar novas roupas.
- O que tem com minhas roupas??
Lauren J POV
Cheguei em casa e dei de cara com meu pai, parece que hoje é o dia. Respirei fundo e me fiz notar.
- Oh, desculpe. Taylor foi colocar o pirralho pra dormir. Eu vou me despedir.
Olhei pra mesa e um copo solitário de whisky estava sob a mesa. Resolvi encarar.
- Coloca um pra mim, por favor.
Então Michael Jauregui foi pego de surpresa, mas logo fez caminho até a garrafa e eu até a cadeira.
- Dia difícil?
- É. – Disse. – Parece que todos os dias tem sido assim.
Brindamos e bebemos.
Viola Davis POV
Estava no meu escritório. A página aberta no navegador era a causa das minhas lágrimas e a bebida no meu copo anestesiava a dor. Ainda lembro das mensagens que deixei no celular, mas tudo em vao. Eu precisava saber se ela estava bem, mas ela já tinha tomado uma decisão
Diretora de Assistência Política é encontrada morta após tirar sua vida.
Vero Iglesias POV
- Foi muito divertido. – Dinah falava completamente alterada.
- Eu entro já, Dinah. – Camila falou ao coloca-la no taxi. – Obrigada foi muito divertido, me senti normal.
- Tudo menos normal.
-Até.
Então eu fiz meu caminho embaixo da chuva que caía fina, me protegendo num guarda-chuva.
- Vejo que está dando retorno. – Aquela voz surgiu atrás de mim. – Se aproximando da garota. Muito bem.
- Eu já te dei o arquivo com tudo que temos da Karla. Isso está acabado. – Disse firme.
- Mas você aceitou meu dinheiro. – Ele debochou. – Se eu falar ao FBI o que você fez. Vendeu seus colegas. Não será só demitida, será indiciada. Isso está acabado quando EU disser que está. Você é minha agora, agente Iglesias. Cuide-se.
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