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História Blindspot - CAMREN - Laços


Escrita por: _c_aquino

Notas do Autor


Eu realmente demorei para atualizar, mas é que estava com outras prioridades, mas estou de volta.

Amanhã tem a segunda parte do capítulo, espero que gostem.

Nesse já foi introduzida novas cenas para que faça sentido as alterações que fiz e pretendo fazer.

Capítulo 9 - Laços


Fanfic / Fanfiction Blindspot - CAMREN - Laços

Camila Cabello POV

Hoje eu iria conhecer Taylor e o filho, estar me reaproximando dos Jaureguis, do meu antigo eu estava me deixando com a sensação de pertencimento, eu estava ansiosa. Bati 3x na porta do apartamento de Lauren e logo a porta se abriu com uma mulher sorridente que julguei ser Taylor.

- Meu Deus, não posso acreditar. – Disse me olhando como se eu fosse uma obra de arte. – É você, é como... é você mesma. – Disse animada. – Entre, entre.

- Tudo bem. – Disse um pouco assustada com a recepção e meus olhos se perderam nos verdes brilhantes de Lauren.

- Você está tão bonita. – Taylor falou após fechar a porta e reaparecer na minha frente. – Vem cá. – Disse me puxando para um abraço.

Um clique na cozinha soou.

- Desculpe, é o jantar. – Disse ela um pouco confusa e eu apenas assenti. – Com licença. CHRIS, vem jantar!

- Está cheirando bem. – Disse sentindo o aroma e encarando Lauren.

- Não, não está. – Disse ela zombando e eu acabei rindo.

- Não, não está. – Disse envergonhada.

- Quer beber? – Ela me perguntou.

- Ok. – Confirmei.

Então ela foi pegar uma cerveja e me entregou, Taylor colocou a mesa um pouco atrapalhada, mas ficou bem bonita a apresentação pelo menos. Comemos em meio a algumas conversas, mas nada demais. Rimos um pouco, Chris é um fofo de garoto, me lembra Lauren, seu jeitinho.

- Você e Lauren sempre foram mais chegadas, já eu era mais apegada a Sofi, na verdade acho que tínhamos ciúmes de como vocês eram apegadas e por sermos crianças resolvemos dar o troco e grudamos para tentar causar o mesmo em vocês. – Sorri com aquela informação que Taylor contava. – Minha mãe sempre disse que não tomou susto quando a Lauren se assumiu, afinal ela desconfiava desde a época de vocês, com certeza a Lauren tinha uma queda do tamanho de um abismo por você.

- TAY. – Lauren chamou atenção da irmã corando fortemente e eu ri daquilo.

- Então quer dizer que eu fui sua primeira crush? – Desafiei Lauren com o olhar.

Ela arregalou os olhos e engoliu em seco, sua carinha assustada me fez gargalhar.

- Admite, Lauren. – Taylor incentivou a irmã. – Ela nunca admitiu, sabia? Mas todo mundo via no jeito que ela te olhava.

- Eu não vou admitir nada. – Lauren falou irritada.

- Confessa que era caidinha por mim. – Desafiei ela e ergui uma sobrancelha.

- Você que era doidinha por mim, pode não se lembrar, mas você era quem sempre escapava para ficar o dia comigo.

- Bom, se eu não lembro, eu não fiz. – Ri e ela abriu a boca incrédula.

- Pelo visto ela ainda é, Mila. – Taylor falou. – O jeito bobo apaixonado dela sempre aparece quando ela fala ou está perto de você.

Aquilo me deixou levemente desconfortável e a Lauren também, então mudamos de assunto rapidamente e voltamos as histórias de infância.

- E lá estava a pequena Lauren, 9 anos de idade... – Contava Taylor. – Coberta por lama, sem exagero, coberto até os dedos.

- Sério? – Perguntou Lauren envergonhada, o que era totalmente novo pra mim. – Isso não é engraçado.

- É nojento. – Taylor completou em meio a um ataque de risos. – E o papa saiu, e ele disse: “Com licença, você está em apuros? ” e Laur pula para fora da vala... – Ela ia contando e eu já ensaiava uma gargalhada. – Olha para ele e cai de novo e diz “Eu acho que estou agora. ”

Sorri e nem tanto pela história, mas pelo tanto que aquilo deixou Lauren sem graça, nos encarávamos a cada segundo e meu deus, jamais cansaria disso.

- Obrigada por contar uma história engraçada e muito agradável. – Disse Lauren.

- Qual é? Foi meigo. – Taylor rebateu.

- E cadê o seu pai? – Perguntei animada. – Adoraria conhece-lo.

E o clima pesou.

- Não nos falamos muito. – Ela disse sem graça.

- Quem é você? – O garotinho quebrou o clima pesado.

- Chris esta é a Camila. – Taylor falou calmamente. – Nós éramos todos amigos quando tínhamos a sua idade. – Novamente fiquei tensa com o rumo daquela conversa. – Ela esteve fora por um longo tempo, mas agora está de volta.

- Onde você foi? – Chris perguntou inocentemente.

Mas aquilo puxou algum gatilho na minha cabeça e flashes voltaram me deixando tonta e eu então eu me levantei rapidamente, fui em direção a porta e saí pedindo licença.

- Camila! – Lauren me chamou quando cheguei ao elevador.

- Me desculpe.... – Tentei não parecer tão desesperada ou assustada. – Eu pensei que pudesse fazer isso, mas...

- Está tudo bem. – Ela disse. – Talvez nos apressamos, ninguém espera que se torne Camila de novo de uma hora para outra.

 - É só que... – Um nó se formou em minha garganta. – Eu não sinto...

E então a porta do elevador se abriu e eu entrei rapidamente apertando o botão para o térreo.

- Karla... – Lauren chamou minha atenção. – Fala comigo.

Mas já era tarde, a porta se fechou e a caixa metálica começou a descer e junto todas as minhas lágrimas presas. O caminho até em casa foi doloroso e dormir com aquela angustia, o peso....

Sofi Cabello POV

O dia começou e apenas eu e Vero havíamos chegado.

- O que acha que eles comeram? – Vero questionou sobre o jantar de Lauren e Camila.

- Eu nunca vi a casa dela. – Vero falou.

- Não? Eu já. – Disse dando de ombros.

- Quando? – Disse desacreditada.

- Fui levar um arquivo uma vez lá. – Disse guardando meu casaco. – Eu vi a entrada.

- Vocês duas são bem próximos. – Disse chateada. – Não são amigas de infância?

- Se fizer você se sentir melhor, pode ir jantar na minha casa. – Disse tirando sarro dela.

- E comer pizza gelada naquele apartamento desorganizado? – Vero me atacou.

- Tudo bem, fica em casa com seus gatos. – Disse encerrando.

Narrador

Associação Municipal dos Trabalhadores – NY

Tiros, muitos tiros para cima.

- TODO MUNDO PARA O CHÃO. – Um cara de meia idade que portava uma metralhadora gritou.

- TIREM AS MÃOS DOS BOLSOS E COLOQUEM ATRÁS DA CABEÇA. – Seu comparsa gritou do outro lado.

Então através de muita violência e terror psicológico eles foram amontoando as pessoas no meio da sala de espera.

- PARA O CHÃO. – O mais velho reafirmou. – E FIQUEM QUIETOS!

 Lauren Jauregui POV

Sede do FBI - NY

Estava pensando em toda a situação de ontem e me praguejei por coloca-la em uma situação desconfortável, obvio que ela ainda não estava preparada, mas eu só conseguia pensar que a tinha de volta, mas ela não se sentia ela mesma.

Meu humor estava péssimo e acabei recebendo um chamado de DJ, que era a solução pra me desligar um pouco, fui andando até a sala de reuniões e vi que Camila, ou melhor, Karla se encontrava lá.

- O que você tem aí? – Perguntei e senti o olhar dela sobre mim.

- Uma crise de reféns no prédio da AMT no Queens. – Dinah respondeu prontamente. – Dois homens. Vero e Sofi estão a caminho.

- AMT? – Karla perguntou confusa com a sigla.

- Associação Municipal de Trabalhadores.

- Isso foi há 5 minutos e a polícia local já nos chamou? – Perguntei irritada.

- Não, eles não chamaram. O endereço do prédio corresponde a um tirado de uma tatuagem. – DJ completou. – Um número de 10 dígitos na coxa da Karla.

E então a foto da tattoo em questão apareceu na tela. 5713813171.

- Como isso é um endereço? – Karla perguntou confusa e confesso que faria a mesma pergunta.

- Não é. – DJ respondeu. – Existem 37 mil números de permutação possíveis, mas um deles acaba sendo o endereço da AMT. Aqui, vejam.

Então aparece uma app na tela que transforma os números em algo.

- Código postal, número do prédio e rua.... – Falava empolgada enquanto via nossa cara de paisagem. – 8ª rua no Queens, 1351.

- Vamos. – Disse não dando muita atenção para sua empolgação matinal.

**

Chegamos e o cerco policial já estava pronto, mas as negociações estavam longe do sucesso. Estacionei rapidamente avistando Sofi e Vero e saí apressada para acabar logo com o clima tenso de desconforto entre mim e Karla.

- O que temos? – Perguntei a minha equipe.

- A polícia estabeleceu comunicação e enviaram uma equipe. – Sofi me informou. – Dois caras alegam terem sido demitidos sem motivos da AMT. – Avaliei o local tentando projetar uma estratégia enquanto absorvia as informações. – 15 a 20 reféns, sem confirmação de vítimas feridas.

- Temos visão interna? – Questionei ponderando o que tínhamos.

- Acho que consigo acessar as câmeras. – Vero disse.

- Faça acontecer. – Ordenei. – Vamos ver o que esses caras querem.

**

Entrei na base móvel da equipe e tratei de organizar tudo para negociar com os caras, me isolei de Karla pois não tenho com lidar com ela agora.

- Aqui é a agente especial Lauren Jauregui do FBI. Estamos aqui para ouvir e garantir que todos saiam seguros. – Disse num tom de voz controlado e confiante.

- Todos estão bem, por enquanto. – Disse uma voz grossa e ríspida.

- Posso perguntar com quem falo? – Perguntei tentando adquirir alguma vantagem.

- Nomes não são importantes. – Ele respondeu e percebi como tinha que jogar.

- Como podemos ajudar? Do que isso se trata? – Fui direta.

- AMT nos demitiu, estão tentando roubar nossas aposentadorias. – Ele falou.

- Sinto muito. Como podemos resolver? – Falei sincera.

- Queremos nossa aposentadoria de volta sem sermos presos e queremos o diretor da AMT aqui imediatamente. – Ele exigiu.

- Algumas coisas serão difíceis de conseguir. – Fui sincera novamente, eu entendia o desespero apesar de não concordar com os meios. – Não estou dizendo que não...

- Vocês têm 30 minutos. – Ele foi rude. – Ou começamos a matar os reféns. – E desligou.

Não podem me acusar de não tentar compreender, mas me ameaçar. É preciso ter certeza que iriamos até o fim nisso.

**

- Vero, como está com o acesso as câmeras? – Perguntei impaciente.

- Você realmente acha que esses caras vão começar a atirar nas pessoas se passarmos do prazo? – Karla questionou preocupada e me fazendo a notar pela primeira vez.

- Vamos tentar não descobrir. – Respondi rapidamente e voltei minha atenção para algo.

Peguei o celular para manter contato e deixá-los ciente que estávamos trabalhando e tentar conseguir alguma confiança.

- Ele já está aqui? – O mesmo cara perguntou ao atender.

- Estamos trabalhando nisso, o diretor deve chegar a qualquer minuto. – Disse calmamente.

- SEM SE FALAR! – Soou uma voz de comando desconhecida no fundo do áudio. – Vocês não nos respeitam! Acham que não é sério? – Falou nervoso.

- O que está acontecendo? – Questionei preocupada.

- Leve-os para os fundos. – O líder ordenou.

- LEVANTEM! Vocês dois. – A voz carregada com sotaque arrastado e nervosa ordenou. – VÃO. AGORA!

Fiquei assustada com a violência que tudo estava sendo feito e esse não era o trato.

- Me escuta, é muito importante que mantenha todos vivos e seguros. – Disse tentando controlar o tom, senão eu não vou poder ajudar.

- O tempo está passando. – O líder respondeu e logo desligou.

Bufei.

- Ok... – Tentei pensar. – Eles estão separando os reféns e isso não é bom.

- Isso é loucura. – Karla falou. – Esses caras estão dispostos a ferir todos aqueles inocentes só porque foram demitidos?

- Gente desesperada. – Falei.

- Por que você acha que isso está tatuado no meu corpo? – Ela questionou. – Como eles sabiam que isso ia acontecer?

- Eu não sei. – Falei raciocinando seus devaneios. – Karla... – Puxei ela para mais perto. – Você está bem para ficar aqui hoje? – Ela me parecia emocionalmente afetada. – Ontem à noite você parecia...

- Não. – Ela me cortou. – O único lugar que me sinto bem é em campo. – Falou sem me encarar.

- Eu entendo esse sentimento. – Falei chateada. – Acredite em mim.

E então um silencio constrangedor se instalou.

- Me desculpe por ontem.

- Eu que peço, não quis te impor nada. É muito para assimilar. – Falei tentando descontrair e ser mais compreensiva. – Minha irmã, ah... Taylor, ela...

- Lauren. – Karla chamou minha atenção. – Não foi Taylor. – Franzi o cenho para aquilo. – Eu vejo o jeito que olha para mim e eu não sei como ser essa pessoa que você perdeu.

Aquilo me pegou de jeito, eu a estava deixando desconfortável? Eu...?

- Consegui a visão interna. – Vero nos interrompeu, mas por um minuto eu só fiquei a encarando e assimilando tudo que ela me disse.

**

- Certo, contei 15 reféns na frente, mas ainda tem os do fundo. – Sofi começou.

- Olha só como ele está guardando o lugar. – Karla chamou atenção para algo. – Otimizando ângulos de visão. Isso é parte do treinamento da AMT?

- Treinamento da AMT? – Vero questionou debochada.

- Temos 5 minutos. – Cortei antes que aquilo se alongasse.

- Como quer fazer isso? – Sofi me questionou.

Eu pensei e só tinha uma forma. Saquei a arma, tirei o colete. Levantei as mangas da minha blusa de frio até acima do cotovelo, deixando meu antebraço exposto e com isso as tatuagens que tinha, logo vi que os olhos de Karla repousaram nelas.

- O que está fazendo? – Karla me questionou.

- Ganhando tempo. – Disse e fui saindo.

- Lauren... – Karla me chamou.

Saí e tratei de dar as ordens para não arriscar o que tinha em mente.

- NINGUÉM SE MEXE. – Falei alto e firme. – NINGUÉM ATIRA.

Fui andando lentamente e ergui as mãos mostrando que estava limpa, na paz. Respirei fundo enquanto me aproximava da entrada de vidro.

- Senhor? – Chamei alto. – Meu nome é Lauren Jauregui.

Enquanto me aproximava da porta, ele se aproximava com uma refém e apontava uma arma para ela.

- Eu sou a agente especial que estava falando com você. – Falei com as mãos ainda levantada. – Estou desarmada. Olhe!

Coloquei lentamente as mãos na barra da minha camisa de algodão e levantei até a altura do umbigo dando uma volta completa para ele analisar e verificar a veracidade da minha fala.

- Estou aqui somente para conversar. – Disse firme.

- Por favor, não me mate. – A senhorita que estava de refém implorou com lágrimas.

- Eu vou matá-la. – Ele disse firme.

- O diretor da AMT está vindo para cá agora. – Falei. – Mas ele está vindo de Nova Jersey, então precisamos de um pouco de tempo.

- CALA A BOCA. – Ele gritou para a mulher que choramingava em seus braços assustada.

- ME OUÇA. – Falei usando minha voz de comando. Dura. – No momento em que machucar alguém não tem nada que eu possa fazer por você. – Deixei novamente as condições claras. – Entendeu? – Perguntei e ele me olhava com raiva. – Estou aqui para mostrar boa-fé, me arriscando para pedir uma extensão de tempo.

- Certo. – Ele falou a contragosto. – 30 Minutos. Pode ir.

Encarei ele uma última vez e me virei de forma calma e retornei a base sobre os olhares atentos da minha equipe.

- Foi fácil. – Disse convencida daquilo. – Muito fácil.

**

- Tem certeza? – Vero questionou alguém no telefone. – Obrigada. A DJ verificou os rostos na base dos trabalhadores da AMT e esses caras nunca trabalharam aí.

- Por que eles mentiram sobre isso? – Perguntei retoricamente.

- Eles estão trazendo os reféns do fundo. – Karla alertou.

- Um está ferido. – Sofi notou.

E então o líder simplesmente atirou em uma das reféns. DUAS. TRES.

- Vão. – Ordenei.

Peguei minha arma e já estávamos preparados para invadir. A porta de vidro foi quebrada e eles atiraram contra nós. Atingi o líder com três tiros no peito e Sofi acertou o outro. Mortes, muitas mortes. Respirei pesado.

Karla POV

Andar pelos corpos e os feridos sendo retirados mostrava o saldo negativo da nossa ação. Fomos infelizes. Procurei Lauren e ela não estava em lugar algum, um aperto cresceu em meu peito. Ela havia ficado abalada e aquilo mexeu comigo mais do que eu gostaria. Saí procurando até que a encontrei em uma parte isolada do local.

- Ei... – Disse chamando sua atenção que logo emburrou ao me ver. – Você está bem?

- O que eles estavam fazendo aqui? – Ela me questionou e eu notei o local, era onde eles tinham colocado os reféns que ficaram no fundo. – Não faz sentido.

Ela não parecia querer expor seus sentimentos, mas quem era eu para pressioná-la?

- Está vendo isso? – Ela apontou para uma outra porta que tinha sangue em sua fechadura.

Ela pegou a sua arma e eu a minha, seguimos pelo caminho. Escuro. Claustrofóbico. Enquanto descíamos a escada veio flashes na minha mente. Alguém segurando minha mão. Me levando. Um homem. Descendo pela escada. Eu criança. E então eu me vi sufocada naqueles flashes. Tentei controlar minha mente.

- Karla. – Lauren chamou minha atenção e eu voltei a realidade. – Tudo bem?

Assenti e continuamos descendo chegando até uma espécie de banker. Um cofre que estava aberto. Entramos lentamente e visualizamos três corpos, um jogado ao chão no fundo. Um outro perto da parede no lado oposto e um no centro, sentado em uma cadeira de costas para a porta.

- Estou começando a entender o motivo desse lugar está tatuado no seu corpo. – Lauren concluiu.

- O que aconteceu aqui? – Questionei incerta ao ver aquela cena.

- Tiro de escopeta à queima roupa. – Lauren esclareceu analisando o rosto do homem na cadeira de perto. – Não tem muito o que identificar.

Me recusei por hora a olhar de perto para a cena e quando me virei dei de cara com um cara alto, levando um susto, porém meu instinto de reação era aguçado e logo ele estava no chão. Apontei minha arma para ele e logo outros homens adentraram e Lauren tomou sua arma.

- No interesse de segurança nacional, eu vou pedir que se retirem. – Um homem alto falou calmamente enquanto tinha seus braços levantados.

- Terei que pedir que se identifiquem. – Lauren falou firme enquanto apontávamos as armas na direção dos 3 caras. – Quem é você? O que é esse lugar?

 - Meu nome é Terry O’quinn, diretor adjunto da CIA. – Veio andando e abaixando seus braços. – E esse lugar? – Questionou retorico mudando seu tom para mais firme. – Ele não existe.

Então infelizmente fomos obrigados a deixa-los “trabalharem”. A CIA tinha métodos menos horáveis de se aplicar. E aquilo me deixou enojada. Os seus homens estavam fazendo uma limpa.

- Se não estivéssemos em solo americano, eu diria que esse local é uma prisão secreta da CIA. – Lauren falou sarcástica.

- E o que isso significa? – Perguntei.

- CIA tem prisões secretas por todo o mundo, onde eles fazem o que não podem fazer nos EUA. Detêm as pessoas. Torturam. – Lauren falou com raiva.

- Não estou familiarizado com esse termo. – Terry falou com uma ponta de sarcasmo.

- Mas se eles estão operando uma nos EUA é algo que derrubaria administrações. – Lauren disse com os olhos sorrindo.

- Ainda bem que elas não existem. – Terry falou mais firme.

- Seja lá quem esse cara era, o atirador não queria que ele falasse com a CIA. – Lauren destrinchava a situação. – Lá em cima foi só uma fumaça. Isso é um assassinato.

- Essa é a mulher ilustrada? – Ele trocou de assunto na maior calma. – Não sabia que estavam te levando para campo. – Falou em um tom amistoso, porém com intenções.

- Que diabos está fazendo aqui? – Viola questionou Terry ao entrar no cofre. – Aqui é jurisdição do FBI. – Falou dura.

- Eu pensava que estávamos todos no mesmo time. – Falei confusa com aquela guerra velada.

- Isso é adorável. – Terry falou rindo cheio de deboche.

- FBI trata de assunto nacional. CIA internacional. – Lauren me explicou. – O que quer dizer que eles não podem operar dentro do país.

- O que é este lugar? – Viola o questionou.

- Eu fico feliz em lhe informar, diretora assistente, mas só que não em frente de uma civil. – Ele falou negando com a cabeça e olhos em mim. – Ela não deveria estar aqui.

- Nem você. – Lauren falou baixo em negação.

- Não se preocupem com isso. – Falei o encarando de volta antes de sair.

- Eu fico de olho nela. – Vero falou e veio atrás de mim.

Fomos até a base e eu sentei pesado, bufando.

- Hey, não liga para o Terry. Ele é só um velho da CIA com inveja de estar em campo. – Vero falou atrás de mim.

- Não é isso que está me incomodando. – Disse enquanto acessava algumas coisas no computador de monitoramento. – Quero rever aquele vídeo de segurança.

- Claro, é só... – Vero ia falando, mas eu soube me virar. – Aparentemente não precisa de ajuda com isso também.

Eu fiquei concentrada, cada imagem, cada detalhe, toda minha atenção voltada para o que passava na tela.

Lauren J POV

- Repitam ou escrevam sobre isso e eu vou negar que disse. – Terry disse sério. – O que não será tão difícil. Extraoficialmente, o cara da cadeira que está sem rosto é Dodi Khalil, um engenheiro mecânico do Paquistão que transformamos em um contato.

- É assim que a CIA trata seus contatos? – Viola foi sarcástica.

- Ele estava nos ajudando com informações sobre uma organização terrorista até que eles perceberam, extraí-lo de lá não era viável. – Continuou esclarecendo.

- Então o deixaram lá para morrer? – Sofi perguntou com a sobrancelha arqueada.

- Não colocaria nessas palavras. – Terry se defendeu. – Mas sim. Infelizmente acontece. – Se encararam. – Mais infelizmente ele escapou com um grande rancor do EUA.

- Transformar amigos em inimigos é a especialidade da CIA. – Falei com um riso levemente torto.

- Dodi foi para o subterrâneo e nós o perdemos de vista. – Terry me ignorou. – Acontece que ele canalizou seus conhecimentos para se tornar um grande criador de bombas. Se aliou a um grupo marginal, o Dabbur Zann que quer dizer “O zumbido da vespa traz a destruição do ninho”.

- Acredito que as vespas somos nós. – Conclui.

– Já ouvir falar deles. – Viola falou. – Multiétnico, muito incomum para terroristas.

- Incomum e perigoso. – Terry alertou.

– Mas não trabalham nos EUA. – Viola confrontou.

- Acho que está desatualizada.

Karla POV

- Alguma coisa está errada. – Falei em voz alta, concluindo após assistir aqueles vídeos a movimentação deles estava fora dos padrões. – Aqui ele está trazendo os reféns dos fundos.

Eles andavam em fila indiana e com as mãos na cabeça em rendição, mas o último que tentava tapar o rosto estava machucado.

- Espere um pouco... – Analisei novamente e o atirador tinha suas mãos na costa do cara e a arma apontada para suas costas.

- Oh céus. – Vero suplicou ao meu lado.

- Essa não.... – Foi tudo que pude dizer.


Notas Finais


Ainda vão ser exploradas a situação da Sofi e da Camila, essa tensão da Lauren e Camila tbm e momentos delas todas fora do trabalho, mas eu tenho que encaixar isso certo de acordo com o que acontece na série, nas brechas e isso é extremamente dificil em uma adaptação ainda mais eu mudando coisas na raiz.


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