1. Spirit Fanfics >
  2. Blood and Moon - A Predestinada >
  3. Últimos Dias e Um Sonho

História Blood and Moon - A Predestinada - Últimos Dias e Um Sonho


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Mais um pouquinho e as coisas começam a esquentar!
Mas daí vocês me perguntam: Esquentar de que jeito Sakura?
Então eu respondo: Ah meus amados leitores continuem lendo que logo saberão ;D

Capítulo 22 - Últimos Dias e Um Sonho


Então eles haviam combinado o seguinte, nas segundas, quartas, sextas e domingos Casper e Suzana me vigiariam de perto enquanto Kaleb e os lobos vigiariam as fronteiras da cidade. Nas terças, quintas e sabádos Kaleb e os lobos fariam a vigia de perto e Casper e sua familia ficariam atentos nas fronteiras de Essex. Era um plano bom, com os revesamentos eu poderia conhecer melhor os lobos, ganhando a confiança deles, surgindo aliados mais fortes para nossa causa.

            O tempo que eu passava com os lobos era divertido, eles podiam ser muito alegres e não havia mau tempo, sua agitação fazia os pessoas hiperativa. Eles eram totalmente o oposto da família de Casper, os Auduwen eram mais tranquilos comparado com os lobos.

            Era segunda e eu tomava o café da manhã, quando ouvi o ronco do carro de Casper.

            - Hmmm... Reconheço o barulho desse carro. – Disse minha mãe sorrindo.

            - É eu também por isso abrirei a porta. – Também sorri para ela e saí em disparada na direção da porta, estava na metade do caminho quando escutei uma batida leve na porta.

Ao abrir a porta da frente, Casper me lançou um sorriso que iluminava todo seu rosto.

- Trouxe um presente para você, passei por uma vitrine e vi algo que tenho certeza que irá gostar. – Ele segurava uma caixa de couro preta do tamanho de um iphone.

Abri a caixa e soltei o ar de meus pulmões pois perdi o fôlego. Dentro brilhava uma corrente dourada, simples e delicada, mas não foi por causa da corrente que perdi o fôlego, foi o seu pingente. Um coração de rubi vermelho, lapidado com cuidado e delicadamente. Havia uma armação fina e elegante o contornando, a jóia podia ser dignamente comparada com o que os elfos de O Senhor dos Anéis fariam. Abri a junção que encontrei no coração, em um lado havia um espaço para colocar uma foto e no outro lado estava escrito em uma letra refinida e prateada “Juntos para Sempre”.

- Não sei nem o que dizer... Uau... Obrigada, é lindo! – Falei aproximando minha mão a boca.

- Você é mais linda. – Ele disse.

Não pude me aguentar mais e pulei em seus braços o abraçando forte.

- É a coisa mais linda que já ganhei. – Sussurrei em seu ouvido.

- Vejamos como fica em você. – Ele pegou a corrente de minha mão e a colocou no meu pescoço. – Você está radiante.

Devo admitir que o vermelho caia bem para meu tom de pele.

- Assim meu coração sempre estará com você, e quando colocarmos uma foto nossa aqui, você saberá o que há dentro dele. – Ele continuou a falar.

- Mais uma vez, obrigada. – Eu estava tão feliz por receber um presente tão especial dele. Então lembrei que meu café estava esfriando. – Vem estou terminando de comer. – E o puxei pela mão.

- Olá Casper. – Disse minha mãe toda receptiva.

- Olá senhora Glandier.

- Ora que isso, deixe as formalidades para lá, pode me chamar de Meggy. Quer torradas? – Ela perguntou.

- Não obrigado, já tomei café antes de sair. – Sei imagino seu café... Talvez um coelho? Ou uma vaca?

- Oi moço. – Disse Natam com aqueles olhinhos parecendo duas jabuticabas grandes e escuras.

- É Casper meu filho. – Falou minha mãe sorrindo para Natam.

- Eu sei mamãe, mas é dificil de falar... E é um nome esquizito. – Meu irmão falou timido, o que o deixava mais gracinha ainda.

- Natam! – Minha mãe o repreendeu de leve. – Casper desculpa...

- Imagina Meggy, não foi nada, ele tem razão meu nome é antiquado mesmo. E aí Natam como vai essa força? – Disse Casper de bom humor, direcionando a pergunta a Natam e bagunçando o cabelo de meu irmãozinho.

- Vai bem, acho que se eu continuar comendo muuuito espinafre ficarei igual ao Popeye. – Natam sorriu para Casper. Não resistimos e rimos juntos.

- Ei mas o que é isso no seu pescoço filha? – Perguntou mamãe quase não acreditando no que via.

- Casper me deu agora. Gostou? – Falei mostrando o pingente para ela.

- Nossa, é lindo! – Mamãe disse segurando o pingente. – Casper deve ter gastado uma fortuna!

- Ela merece Meggy, se eu pudesse, daria o mundo a ela. – Casper me encarou, e os meus olhos também o encontraram por breves segundos.

- O mundo é muito grande. – Observou meu irmão concentrado, tentando imaginar Casper me dando o mundo.

- É só modo de falar Natan. – Eu disse rindo acompanhada por minha mãe e meu namorado.

- Mamãe já vou indo para a escola. – Falei lhe dando um beijo e outro beijo em Natam.

- Ta bom querida, e ponha o cinto de segurança, você também Casper! – Ela ja gritava pois eu tinha saído de seu campo de visão.

- Ok mãe! – Eu gritava lá da rua.

 

- Elli eu preciso falar com você. – Disse Casper enquanto dirigia para a escola.

- Pode falar. – Eu segurava meu pingente enquanto olhava pelo espelho da porta o carro de Suzana que havia nos escoltado desde a minha casa.

- Já ficamos tempo o suficiente aqui na cidade. Logo teremos de ir. Resolvemos o problema que nos impedia. – Eu sabia que ele se referia aos lobos quando dizia problema.

- Entendo. Já sabe o que dizer a minha mãe quando eu sumir? – Perguntei observando agora meu pingente em meu pescoço.

- Já resolvemos isso, eu e minha família. Diggory convencerá nossa diretora da escola a fazer uma excursão para o Alasca e patrocinará boa parte dos custos. Com muitos humanos ao nosso redor estaremos praticamente a salvo pelo menos até chegarmos ao Alasca. – Ele disse. Podia sentir seu olhar em mim e por isso continuei a desviar de seu olhar. Eu tinha medo de desaponta-lo caso ele visse o que estava estampado em meu rosto.

- Uma boa ideia. – Comentei olhando a paisagem da janela.

- Elli porque está evitando meu olhar? – Droga! Ele perguntou, pude notar uma pequena nota de preocupação em sua voz.

- Quem disse que estou evitando? – O encarei.

- Ah não, conheço esse olhar. – Disse ele prendendo a respiração.

Ok, hora de encarar a situação.

- Só estou com medo de deixar minha família, não queria que você se decepcionasse. – Falei a ele.

- Porque me decepcionaria? É natural que sinta isso. Lembre-se estarei sempre ao seu lado. – Ele disse sorrindo e segurou minha mão com firmeza mostrando-me que não precisava temer nada.

- Obrigada. – Sussurrei de volta.

Comecei a pensar sobre toda essa coisa de viagem e sobre a ideia de talvez nunca mais voltar, caso algo desse errado. Eu sempre ficava nervosa a respeito disso.

Naquela mesma manhã Diggory havia aparecido na escola para conversar com a diretora. Ninguém entendia como a senhora Jaffe havia concordado em fazer uma excursão ao Alasca em plena metade do ano letivo, sem nenhuma antecedencia de aviso. E pasmem! Ficariamos 3 semanas por lá! Ficou decidido que dali uma semana seria a viagem. O porque da viagem ser tão em breve? Simples! O senhor Auduwen pagaria 75% dos custos, deixando os míseros restante para os alunos pagarem. Essas eram as condições dele. Praticamente todos iriam.

Cada dia que passava era mais frustante que o outro, principalmente por eu saber que não retornaria junto com a excursão, o que geraria grande dor e sofrimento a minha família. Sem contar o meu nervosismo e ansiedade que estavam prestes a me deixar louca.

Para mim, o futuro era vago e negro, eu não sabia o que esperar. Havia medo, por mim, por minha família e meus amigos. Mas era tudo por uma boa razão, precisava ajudar aqueles sob a maldição, eles mereciam a paz. Somente assim não matariam mais, nem levariam mais ninguém para as trevas.

Cada segundo com as pessoas que eu amava era precioso, um verdadeiro tesouro. Vendo eles tão felizes perto de mim, me deixava triste, eu sabia o que viria, eles não, mas interromper esses momentos seria mais que cruel. E pensando bem, porque acabar com esses momentos? Nada tinha a haver com eles, isso era tudo a meu respeito e quanto menas pessoas se envolvessem, menas pessoas se machucariam.

Que droga! Quanta coisa para uma só pessoa, corrigindo, quanta coisa para uma só adolescente! Minha cabeça funcionava como dois partidos políticos rivais. A crise era insuportavel, então decidi que não pensaria em mais nada e deixaria tudo fluir.

Aproveitei cada segundo com todos que eu amava e esperei com paciencia até a hora da viagem chegar.

No final de semana me despedi de Kaleb e dos outros lobos, afinal Anahir só mandara dois lobos irem comigo na excursão e nenhum deles era seu filho. Eu podia ver o quão chatiado Kaleb ficou com a decisão de seu pai e podia ver também que os dois haviam descutido sobre isso e muito. Dei um abraço forte nele prometendo que o buscaria para ver de perto a concretização da profecia. Ele ficou alegre com o que eu disse e me deu um amuleto em forma de pulseira que ele e seu pai haviam feito para me proteger. Até empregnaram o elemento terra nela, o que seria a razão da proteção. Descobri recentemente que alguns lobisomens também tinham dons, mas sempre relacionados aos elementos da natureza e Anahir, o líder deles, possuia o elemento terra. Admito que era uma das coisas mais legais que vi. E ele nem precisava se transformar para controlar o dom.

Eu e Kaleb conversamos muito. E me contou que se preocupava comigo, com minha saúde, na verdade com a mental, ele queria saber se minha sanidade ficaria bem. Claro que como uma boa mentirosa faleu que estava tudo certo e que ficaria bem, mas ainda eu tinha minhas dúvidas.

Falando em sanidade... Nessa semana tive uma surpresa desagradavel. Sonhei com uma daquelas previsões malucas do futuro.

Eu andava vizitando lugares da minha infância para dar adeus aqueles velhos tempos. Nesse dia fui a uma pracinha que a muito tempo havia sido abandonada. Deitei em um banco que dava de frente há uma fonte que não funcionava mais e havia criado até limo. E acabei cochilando.

 

“Eu estava no nada. Para onde eu olhasse não via nada, era tudo vazio, mas claro, havia muita claridade. Chegava ser tudo branco, mas não me irritava os olhos. Então ao meu lado apareceu do nada um livro, ele flutuava e estava aberto bem ao meio. Era grande, a capa dourada feita de ouro maciço, havia síbolos salientes que nunca tinham fim nem inicio, entrelaçavam-se  esculpidos na frente e atrásda capa. Nunca tinha visto nada parecido, ele deveria ser muito, muito antigo.”

“Abri-o e não havia nada escrito, mas dali segundos, aos poucos, começou a surgir e se espalhar como uma sombra, as escritas que de longe pareciam pertencer a este mundo, simbolos estranhos e complexos, pareciam formar algum tipo de hieróglifo ou ideograma, deveria ser linguagem antiga.”

“Ao olhar pela terceira vez percebi algo mudando através de meus olhos, concentrada, agora eu podia entender os simbolos. Me senti competente então, mesmo que fosse em um sonho, mas então minha reação mudou abruptamente.”

“Paralizei e senti o terror afundar em meu peito quando li o que estava escrito.”

“A morte aguarda por você, em breve.”

 

Sério foi um dos piores sonhos que já tive e olha que já sonhei cada coisa bizarra, como da vez que a Lady Gaga fazia tour junto com o Michael Jackson vestido de Carmem Miranda.

Estava muito claro, ler o livro da Noite deixaria o caminho livre para a morte, não havia dúvidas, esse era o meu sacrificio. Mas afinal este era o meu destino, não havia como mudar isso. E mesmo que houvesse, eu não queria decepcioná-los.

Casper andava uma pilha de nervos, em algumas cidades de Vermont havia começado uma onda de assassinatos que se aproximava cada vez mais do nosso território, o jornal dizia que era ataque de animais selvagens.

A noticia sobre uma “nova” escolhida, uma “nova” predestinada se espalhava rapidamente pelo mundo das criaturas noturnas, era fato. Casper não sabia qual seria as intenções dos vampiros de fora, por isso aumentara mais ainda a vigilância sobre mim e minha família. No final Casper, Suzana, Adam e os dois lobos iriam comigo na excurssão. Diggory e amélia ficariam monitorando o território em Essex.

E isso mesmo, a “nova” escolhida. Casper me contou que sempre houve escolhas aleatórias para a predestinada. Aúltima escolhida reinou no Egito Antigo por anos, mas ela falhou, mergulhou nas trevas, ninguém sabia direito o que significava essas “trevas”, mas qualquer que seje o ocorrido daquela época, teria sido devastador. Todas as provas foram destruidas, assim como as testemunhas. E Nehafirth praticamente sumirá do planeta. A antecessora de Nehafirth havia sido de um grupo nômade que vivia na Europa medieval.

Então por hora e por era, eu seria a única esperança, já que eles não sabiam quando uma nova predestinada surgiria.

Contei meu sonho a Casper, ele ficou surpreso e preocupado. Disse a mim que o idioma do livro era uma lingua morta que o mago trouxe de seu outro mundo, mas que fazia parte do feitiço a predestinada entender o que dizia nele.

 

Este seria o último dia de minha vida normal, observei em meu quarto as malas que eu já arrumara dias antes.

Nos últimos dias me despedira aos poucos de tudo e todos. Pela primeira vez naquela semana deixei minha mente vagar pensando em tudo, havia algo de errado, eu sentia, era um pressentimento forte. Algo daria errado, algo de ruim. Ou talvez fosse apenas bobagem minha e nervosismo pela viagem.

Eu não conseguia dormir e quando finalmente peguei no sono já era três da manhã. Nós saíriamos as seis horas da escola com um ônibus e depois pegariamos um avião particular.

Logo acordei com o despertador e fui me arrumar. Botei uma calça jeans escura, um suéter bordô, um par de botas de couro e minha jaqueta preta de couro. Peguei o colar que Casper me dera e o pendurei em meu pescoço seguido da pulseira que ganhei de Anahir e Kaleb. Fiz uma trança embutida no meu cabelo, passei rímel nos olhos e batom rubi. Pronto eu estava bonita, tinha que admitir.

Quando desci para tomar café minha mãe e até meu irmãozinho estavam em pé.

- Fizemos o seu lanche. – Disse Natan.

- Não precisava. – Falei com medo que notassem o nó em minha garganta.

- Oh Elisa, filha! Essas três semanas sem você não será a mesma coisa. – Mamãe me abraçou apertado. Eu a compreendia, afinal nosso relacionamento entre mãe e filha era forte, ela era minha melhor amiga e doía ter que mentir para ela. – Minha mocinha, você cresceu tão rápido, estou tão orgulhosa pela mulher que se tornou. Se seu pai estivesse aqui tenho certeza que também sentiria orgulho.

E pela primeira vez em minha vida, não achei a reação de minha mãe exagerada. Eu não poderia, era a nossa despedida.

Ela estava com os olhos marajados de lágrimas, assim como eu. Natan correu para mim no instante em que me agachei, ele atirou seus braços ao meu redor.

- Elli vou sentir sua falta. Brinca bastante lá e depois me conta como foi quando voltar.

- Tá bom Natan, mas enquanto eu estiver fora você toma conta da mamãe, tá? Você é o homem da casa agora.

- Pode deixar. – Ele disse estufando o peito e sorrindo. Feliz por eu te-lo dito que era o homem da casa.

Após meu café da manhã. Casper apareceu para me levar à escola. Desabei em seus braços quando já estava a certa distância de casa, haviamos parado no acostamento. Ele apenas correspondeu o abraço sem dizer nada.

- Você tinha que ver, parecia que eles sabiam que era nossa despedida. – Sussurrei entre os soluços, ainda bem que minha maquiagem era a prova d’água.

- Eu compreendo sua dor Elli. Pode chorar, faz bem aliviar a carga de emoções. – Ele disse alisando meu cabelo com as mãos em um gesto de carinho e amparo.

Após esse meu acesso emocional fomos para a escola.


Notas Finais


E então o que acharam? Só mais um capitulo até a história esquentar ao ponto de pegar fogo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...