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História Blood and Moon - A Predestinada - Chegada Turbulenta


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Vamo taca fogo na história!!! Não literalmente, as coisas começa a esquentar agora :D

Capítulo 23 - Chegada Turbulenta


A viagem para o Alasca estava sendo divertida, sem mencionar na bagunça. Eu ouvia toda hora a diretora gritar com alguém. “Jason pare de subir nas poltronas!” “Ei Josh! Isso não é bebida destilada, é? Se você beber isso estará encrencado!” Os professores tentavam ajudar a controlar os  adolescentes, mas os esforços deles não valia nada contra os hormônios da puberdade.

Eu estava quieta, mais que o abitual, menti aos meus amigos que estava com enxaqueca, então eles me deixaram já que Casper estava ao meu lado confortando minha “enxaqueca”. Suzana e Adam estavam sentados atrás de nós conversando. Os lobos estavam sentados nas últimas poltronas do avião e estavam quase desconfortáveis por estarem perto de pessoas desconhecidas, a diretora não se importou quando Diggory disse que eles viriam conosco, imagino, como alguém poderia? Vampiros sabiam ser bem persuativos quando queriam. Eu segurava meu pingente de rubi, olhando a foto que eu e Casper haviamos tirado para colocar especialmente ali. Ele saia estranho nas fotos, não o tipo “estranho-feio-desengonçado”, seu sorriso e rosto perfeito me lembrava modelos da Kelvin Klain. Era sua imagem que havia algo peculiar. Ele ficava ofuscante, percebia-se suas feições, mas era como ver um fantasma.

Isso acontecia por ele não ter reflexo nos espelhos. Casper só podia se ver em retratos, e ainda assim eu achava que ele nem precisava de espelho. Mesmo estando com roupas rasgadas, cabelo bagunçado e lama na cara, tenho certeza que Casper ainda continuaria lindo.

Eu perguntei o porque ele não refletir no espelho e ele me disse que havia uma lenda do povo antigo sobre terem medo de que suas almas ficassem presas dentro de um espelho. Vampiros não refletiam, porque não tinham alma. Fiquei triste quando ele disse isso, e então eu havia perguntado: “Casper, se você diz não ter alma, então que tipo de ser você seria?”

“Um demônio talvez, um que vaga arrependido de existir, mas que tem esperança em se redimir um dia.”

“Não acredito.” Eu havia dito.

“No que? Na minha remissão?” Ele perguntou.

“Não, que você seja um demônio.” Eu tinha certeza que Casper não era um demônio. Ele era bom. Mas se martirizava, ele não conseguia se perdoar pelo o que fez no passado.

 

Quando descemos do avião estava bem frio por causa do clima montanhoso do Alasca. O aeroporto era em uma pequena cidade perto do pico Mckinley. Nós precisavamos ir para Juneau, o que não seria dificil, afinal despistar humanos era como mamão com açúcar para os vampiros. Eles haviam usado persuasão praticamente em todos dentro do avião, para que acreditassem em nossa presença na excurssão, só notariam nossa falta quando estivessem novamente em Essex.

Logo após sairmos do aeroporto, arranjamos carros. Os lobos não queriam dividir o mesmo carro com os vampiros. Nós iamos na frente seguidos pelos dois lobos.

O tempo todo tanto os vamps quanto os lobos pareciam meus guarda-costas. Quando questionei Casper sobre isso, ele dissera que era escencial pois aqui havia muitos perigos e não se referia aos animais.

Adam dirigia o carro e ele era muito rápido e já que não se cansava, certamente chegariamos logo em nosso destino. Já era tarde e eu estava quase pegando no sono, minha cabeça pendia para os lados até eu perceber que o peito de Casper poderia ser um perfeito travesseiro.

- Casper tem algo errado. -  Adam falou alto o que me sobresaltou. – Onde está o carro dos lobos?

Casper olhou para trás, eu também, não havia nada na estrada atras de nós. Apenas a escuridão da noite.

- Mas o que... – Casper disse, pela primeira vez vi confusão em seu rosto.

- Eles estavam o tempo todo dirigindo atrás de nós, estavam a pouco tempo e agora... Sumiram. – Disse Adam incomodado.

-Não é só isso que é estranho. – Disse Suzana do banco do carona, sua voz era calma comparada com Adam e Casper. – Desde que pegamos essa rodovia a 10 minutos, nenhum outro carro passou, não ouço nada e não vejo nem um animal que seje, um zumbido, nada.

- Espera. Esse cheiro, esse pressentimento, reconhece Casper? – Perguntou Adam agora preocupado.

- Sim Adam, já encontrei as mentes deles. – Casper falou deixando sua voz cair em um tom sombrio.

- O que? O que foi? – Perguntei já preocupada e assustada.

- O clã Londrino, Elli, eles estão aqui. – Disse Casper, sua voz ainda estava sombria.

- Aqueles que te transformaram? – Perguntei apavorada.

- Eles mesmo. – Disse Casper. – Mas não se preocupe tudo ficará bem,ok? Não vamos deixar eles te machucarem. – Ele continuou falando para me tranquilizar.

Maravilha! Mais essa agora! Caraca nós estamos ferrados. Pelo o que Casper me contou esses caras não são flores que se cheire.

- Adam acelere mais, nós temos que sair daqui. – Disse Casper sua voz apresentava um pouco de nervosismo.

Adam acelerou o carro mais ainda e tudo se tornou um borrão, o que me causou quase um pânico por causa da velocidade, mas óbvio que eu não diria nada afinal nós estamos fugindo.

Eu observava onde os faróis do carro iluminavam a estrada a frente, quando surgiu um vulto encapuzado. Adam freiou o carro a centimetros do vulto e este nem se moveu, parecia não ter medo de ser atropelado.

As luzes dos farois iluminavam o vulto mostrando a cor negra de seu sobretudo de couro. Ele deixou o capuz deslizar para trás revelando sua identidade.

Era um rapaz que poderia ter 23 anos, ele era pálido, seus cabelos loiros se estendiam em ondas até o queixo, seus olhos mostravam seu grau de experiência e sua verdadeira idade, refletidos no vermelho escuro da iris.

Sua expressão era maliciosa e maldosa. Do encostamento da estrada, surgiu mais vultos encapuzados. Eles se puseram atrás desse vampiro, deixando claro que ele liderava o grupo.

- Casper... Adam... fazia um longo tempo que não nos viamos. – Disse o rapaz louro fazendo questão de ignorar Suzana e eu. Seu tom de voz não deixava de ser suave e calma, como se fossem velhos amigos.

- Jamie que... Surpresa. – Adam saiu do carro. Ele trincou os dentes em um sorriso amarelo, que mais parecia uma amostra de dentes. Suzana estava ao seu lado com a mão em seu ombro para tranquiliza-lo.

- Você sabe, nunca esquecemos nosso elemento surpresa. – Jamie se referia ao “nós” de um modo geral sobre o clã inglês.

- Onde está os lobos? – Perguntou Casper perdendo a paciencia.

- Ah seus amiguinhos novos? Nossa Casper você era, entre tantas pessoas, o que eu mais admirava e agora está decendo de nível desse jeito? – Disse Jamie com uma surpresa fingida assim como o pesar em sua voz.

- Responda. – Casper disse entre dentes.

- Ah digamos que os colocamos para dormir por um looongo periodo. – Um sorriso malicioso brincava no canto dos lábios de Jamie.

Todos nós paralizamos e eu sentia o gelo dentro de mim, não gostei nem um pouco do que esse Jamie falou.

- Skandar o mandou. – Disse Adam.

- Sim, seu “pai” me mandou. – Jamie falou como se fizesse uma correção à frase de Adam. Um sorriso frio e malicioso percorreu o rosto de Jamie.

Peraí. Ele disse pai mesmo? Tipo pai de sangue, biológico? Porque será que todos ainda escondiam informações de mim? Droga!

- E o que vocês querem aqui? – Perguntou Adam endurecendo o rosto.

- Ora relaxe Adam. Posso sentir o cheiro de sua fúria daqui. Isso não faz bem para a saúde. – Disse Jamie com o tom de voz provocante.

Adam deixou seu rosto lívido, mas os olhos estavam duros.

- Ah claro como um bom capacho que é para meu pai, você é o único a guardar os segredos dele, não é mesmo capachinho? – Adam zombava dele.

Dessa vez Jamie deixou a seriedade transparecer sua feições, fazendo seu rosto ficar gélido por uma fúria mascarada.

- Ele quer a humana. – Disse ele.

- E porque? – Adam ainda perguntou em tom zombador.

- Sinceramente Adam, você acha que somos tolos? Pensa que não sabemos sobre a profecia? Ele a quer. – A última frase de Jamie saiu como uma carícia horrorosa contra minha pele. Ele me encarava agora, e eu podia sentir cada pelo de meu braço eriçar-se. Jamie me deu um sorriso de tubarão.

- Não consigo imaginar Skandar querendo voltar a ser um humano. – Disse Adam sério.

- E você tem toda razão, ele não quer. Ele só a quer pelo fato da humana ser promissora no futuro, ainda mais com seus dons que surgirá. Caso ela não se mostre útil teremos outros fins a ela. – Jamie gargalhou perversamente.

Casper me abraçava para tentar espantar o medo que se empregnava em meus poros. Ele encostou seus lábios nos meus ouvidos e sussurrou quase inaudivel: - Precisamos fugir.

E então os olhos de Jamie já estava sobre nós dois.

- Quem cochicha o rabo espicha. – Ele disse sorrindo maléficamente.

- Vocês não levarão ninguém. – Adam soava frio.

- Adam. Você não é pareo para mim. – Jamie disse como se fosse óbvio de mais.

Adam nem esperou Jamie terminar a frase e já estava mudando. Seus olhos injetados de sangue estavam vidrados em Jamie, seus dentes agora todos pontudos estavam a mostra como um terrivel sorriso, suas unhas viraram garras compridas e afiadas.

No segundo seguinte Adam já estava no ar em direção a Jamie, e este o esperava anciosamente. Centimetros os afastavam. Então Adam ficou suspenso no ar, Jamie lhe dirigiu um sorriso convencido e com apenas um arregalar de olhos dele, Adam adentrou a floresta como se estivesse sendo jogado no ar.

Jamie era mais ou menos como eu, um telepata.

Suzana abria a porta do carro ao meu lado. Casper a encarou e os dois fizeram um pequeno aceno com a cabeça ao mesmo tempo.

Casper saiu do carro dirigindo-se a Jamie e aos vultos. Vi um borrão parar ao seu lado, era Adam pronto para atacar Jamie novamente. Enquanto suzana pegava-me em seu colo e saia apressadamente. Ela era muito mais rapida que o carro. Olhei sobre seus ombros, Casper e Adam estavam rodeados de vampiros encapuzados.

- Onde nós vamos? – Perguntei alto.

- Para longe, de preferencia de volta ao aeroporto. – Ela aumentou a velocidade e entrou no bosque para cortar caminho e despista-los.

Então sua parada brusca causou um solavanco quase me derrubando de seus braços. Havia mais cinco vultos nos circulando. Ela soltou-me e se pôs a minha frente circulando-me, sem deixar minhas costas e minha frente sem proteção muito mais que um segundo a mostra.

Seu sibilo era alto parecia arranhar sua garganta, ela mostrava seus dentes ponteagudos para intimida-los. Sua expressão era assustadora, parecia uma leoa, ela virava um animal assassino. Mas os caras todos vestidos iguais não paravam de avançar.

- Suponho que seu dom não está funcionando? – Ela perguntou, a voz distorcida.

É nada, nem um pingo de estranheza em minha veias, nem uma eletricidade, nada.

- Não. – Afirmei em alerta, como se isso fosse me ajudar. Fala sério ter poderes para que se na hora em que mais preciso eles não aparecem!

Suzana enrolou seus braços ao meu redor e flexionou as pernas tomando impulso para um super salto veloz, ela tomava impulso nas árvores ao alto, saltavamos de árvore em árvore. Depois ela correu, com fúria. Mas os vultos estavam novamente quase ao nosso encalço.

- Elli, aqui perto tem um posto de gasolina, fica próximo ao aeroporto, se você conseguir chegar ao posto estará salva, terei de distrai-los. Corra, corra pela sua vida, vá! – Ela me soltou e de imediato virou-se de costas para mm e correu na direção dos vultos.

Corri muito, o máximo que consegui, já me faltava o ar nos pulmões, eu podia ver as luzes do posto ao longe entre as árvores, mais um pouco de corrida, só mais um pouco.

Então ouvi rugidos e barulhos de árvores caindo, eu sentia medo, o grito que se seguiu pareceu ser humano, agudo como o de uma mulher, era Suzana.

Certo, agora eu estava apavorada, as lágrimas inundavam meu rosto, a escuridão me engolfava, me cercava por todos os lados. Ouvi um farfalhar de galhos e corri mais rápido, minhas pernas protestavam pesadas e meus pulmões ardiam. Uma coruja piou em algum lugar e isso me fez soltar um grito esganiçado.

Agora eu via a luz do posto mais próxima. Isso me deixava um pouco mais aliviada, só em imaginar na segurança e em um copo d’água ficava contente. Era tudo que eu precisava.

Eu me entertia tanto com meus pensamentos que nem percebi meus pés vacilarem no nada, como poderia tudo estava escuro a não ser pelo ponto de luz do posto, era um passo em falso, então eu caía e rolava, sentia pedregulhos e rochas. Estava doendo pra caramba e quando parei de rolar, estava atirada em cima de um córrego raso, meu corpo estava um caco e a ardência na pele era quase insuportavel.

Arrastei-me até a encosta do barranco e me espremi contra a lama, torcendo que não me vissem ali.

Eu tremia da cabeça aos pés. Senti uma mão em meu ombro, sobressaltei-me arfando.

- Creio eu que não nos apresentamos antes, meu nome é Jamie Lancaster.

O sangue fugiu de meu rosto.


Notas Finais


e ai o que acharam? Comentem!


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