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História Blood and Moon - A Predestinada - No Covil


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Mais personagens surgindo?! Sim certamente e este capítulo foi bom de mais de escreve-lo. Espero que vcs também gostem. ^ ^

Capítulo 24 - No Covil


Ele sorria maldosamente gostando de ver meu pavor.

- Qual seu nome? – Ele perguntou.

Engoli em seco e não respondi.

Jamie me olhou da cabeça aos pés.

- Vamos, não tenha medo. – Ele disse erguendo seu olhar gélido até meu rosto dando o que deveria ser o seu melhor sorriso macabro.

Certo se eu não o respondesse provavelmente seria torturada.

- E-Ellizabeth. – E me odiei pelo tom inseguro na minha voz.

Jamie parou de sorrir, mas seu sorriso macabro continuou em seu olhar. Eu podia ver seu desejo assassino.

Ele tentou me pegar pelo braço, ao sentir seu toque recuei automaticamente, minhas costas toparam no barranco, escorreguei e cai sentada.

A expressão no rosto do vampiro esfriou e endureceu, sua paciencia se esgotava. Ele agachou-se na minha frente.

- Não há como fugir. – Ele ergueu-se abruptamente.

- Cadê eles? – Perguntei reunindo coragem.

- Não lhe interessa. Mas sinceramente? Se conseguirem se erguer novamente será sorte. Isso os ensinará a não se meterem em nosso caminho. – Jamie saboreava cada palavra com um ódio mortal.

Eu não conseguia controlar meus soluços. O desespero me afogava.

- Vocês os mataram. – Minha voz saiu em um quase sussurro desesperado.

- De certa forma... Digamos que sim. – Jamie sorria cruelmente.

- Não... – Eu sussurrei. – Não. Não. Não. – Eu gritava. – Seu monstro! – Me ergui com dificuldade e tentei socar Jamie com toda minha força. Ele desviou facilmente e eu me esparramei no chão. Jamie agarrou meu cabelo e puxou minha cabeça com força para trás.

- Não me provoque, não sou um de seus amiguinhos desgraçados, posso fazer sua morte ser dolorosa. – Ele me soltou bruscamente. – Sabe sendo quem és, pensei que fosse mais forte. Você é tão fraca e indefesa. Um lixo.

Eu sentia nojo dele e de suas palavras venenosas, ainda mais por saber que causava efeito sobre mim. Ele tinha razão, eu era fraca.

Estamos prontos. – Disse um dos vultos encapuzados a Jamie.

Jamie se aproximou de mim pegou-me pela parte de trás da gola de minha jaqueta e me arrastou a alguns metros dali, atirando-me aos pés de um dos vampiros encapuzados.

- Faça. – Ele disse ao vampiro.

O vampiro puxou seu capuz para trás. Era uma garota de cabelo branco e chanel, seus olhos rosa pink me fitaram sem piscar.

- Descanse.

Meus olhos reviravam em minhas órbitas, foi como apertar meu interruptor e desligar.

 

Eu estava deitada em algo confortavel, havia movimento e um motor, ótimo um carro. Minhas roupas estavam cecas e meus ferimentos não incomodavam, na verdade nem parecia haver algum.

Resolvi abrir meus olhos e me deparei com um teto bege, percorri meu olhar ao redor. Os bancos de couro macio eram bege como o teto, a luz era suavemente clara, o tapete no chão de pele de leopardo me tentava a tocá-lo para sentir sua maciez. Música clássica tocava ao fundo, tudo era muito elegante.

Na outra extremidade, sentado de frente para mim estava Jamie. Eu o encarei.

- Como está? Sente-se melhor? – Ele tentou ser gentil, mas seu tom sarcástico o impossibilitava.

Não respondi, sentia repulsa dele.

- Devo admitir que não começamos muito bem. Mas já que logo estaremos no mesmo time, acho que seria bem agradavel a nós dois se nos entendecemos. – Ele disse sorrindo. Isso não me convencia, Jamie era mal e eu não queria me dar bem com ele.

- Estou bem. – Respondi arrogante.

- Ótimo. – Foi mais zombador do que preocupado ou educado. – E o que achou da limusine?

- Boa. – Respondi quase revirando os olhos.

- Boa? Essa é uma das melhores limusines do mundo. Mas irei perdoa-la pelo fato de você nunca ter andado em outra para saber a diferença. – Ele soava como se fosse um amigo, mas eu percebia sua ameaça por trás da máscara. – Espero que tenha apreciado suas roupas.

Dei uma breve olhada no que eu vestia, uma blusa frente única de seda, e uma calça skinny de couro preta. Acho que eu ficava sexy naquilo, mas não tive certeza.

- Cuidamos de seus ferimentos também, na verdade, eu cuidei. Você sabia que nossa língua cicatriza ferimentos? Pois é, quem diria não é mesmo? Então cuidei de cadacortezinho e arranhão do seu corpo. – Jamie disse isso em um tom baixo e provocador, sorrindo sensualmente.

Senti meu sangue correr quente em minhas veias por todo meu corpo. Meu rosto ficou rubro de vergonha. Jamie se deleitava com minha reação.

Olhei através da janela e percebi que a paisagem era muito diferente do Alasca. Não conseguia identificar nem a vegetação, acho que não estavamos nem nos Estados Unidos.

- Estamos em Londres. – A voz de Jamie soou muito próxima. Virei rapidamente, ele estava ao meu lado.

Meus olhos se arregalaram de medo.

- Relaxa, não vou te maxucar. Mesmo porque se eu fizesse isso, eu estaria morto.

- Como estou em Londres? – Perguntei me afastando dele, só porque ele não podia me machucar não significava que eu iria gostar de me arriscar.

- Bom isso é simples, quando Lilith mexeu em seu sistema nervoso e a fez desmaiar, nós pegamos um avião para cá quase que imediatamente. – Ele me deu um de seus sorrisos macabros. – Ellizabeth, nãohá como fugir. Então relaxe e curta a viagem.

Óbvio que não havia como escapar, aindamais estando na companhia de vampiros. Não gostei nem um pouco dos poderes dessa Lilith, poxa sacanagem conseguer mexer no lado físico do poder hein?!

Mas que droga e logo em Londres?!

Após parecer quase uma eternidade, o carro ou limusine seja lá o que for, parou.

- É uma pena mesmo que você não irá conhecer Skandar por hora, com certeza o acharia formidavel. A mansão que você ficará é de seu filho Bernard. – Que ótimo! Eu não iria para a casa do psicopata mas conheceria o Junior! Mas quem é esse Bernard? Casper não havia me contado sobre ele... Casper! Meu Deus! Casper!!

Jamie saiu da limusine e abriu minha porta, ele estendeu sua mão para mim. Meu rosto estava indiferente quando recusei sua mão e desci da limusine sem ajuda. Jamie sorriu como um tubarão.

A minha frente estava uma mansão gótica, uma réplica do que teria feito sucesso por toda a Europa no século XVIII. Havia muitas árvores ao seu redor, era enorme tanto a mansão quanto a propriedade e completamente afastada de qualquer índicio de civilização urbana. Ok eu estava muito ferrada. Seria impossivel fugir daquele maldito lugar, sem contar que eu não tinha um mísero dólar comigo, quanto mais dinheiro o suficiente para uma passagem de avião.

Jamie ia na minha frente, nenhum outro vampiro nos acompanhou, nós dois subimos uma escadaria para  portal da frente, parecia um portal de catedral.

Ele fez um gesto contido com as mãos e a porta dupla se abriu. Dois brutamontes de terno preto surgiram na nossa frente, eles tinham olhos vermelhos, que novidade. Os dois me encaravam com uma brutalidade que mal se aguentavam parados.

- Eu posso entende-los. – Disse Jamie. – É quase impossivel resistir ao sangue dela.

Tentei me acalmar pensando em campos com margaridas e galera “paz e amor” cantando músicas do Jhon Lennon. Mas minha imaginação estava em crise graças aos olhares demoníacos dos dois grandões.

- Waden, Claus, será que terei de chamar outros criados para acompanha-la? E ainda ter que puni-los? – Disse Jamie como se estivesse esgotado de paciência.

Os dois se reaprumaram imediatamente e se posicionaram um a minha esquerda e o outro a minha direita. Jamie continuou a minha frente.

Waden e Claus pareciam cascas vazias. Nunca vi ninguem como eles.

Os três eram silenciosos, menos eu, as minhas passadas na mansão ecoavam deprimente. Haviamos passado pelo salão de entrada onde encontrava-se uma escadaria bifurcada com um enorme candelabro de cristal penduradono teto. Agora percorriamos um enorme corredor amplo com colunas que se estendiam ao longo dele. Havia muitas pinturas na parede contando histórias de vampiros.

Conforme nós iamos chegando ao final do corredor, onde se encontrava outra porta dupla, eu ouvia um som bate estaca. Muito parecido com as músicas góticas eletrônicas dos ans 80. Parecia que estavam dando uma festa. Waden e Claus abriram a porta enquanto eu e Jamie entravamos.

Estava escuro, a única iluminação era das luzes cloridas. Eu enchergava apenas silhuetas dançando em sincronia com a música.

Enquanto eu passava percebia mais de perto que eram vampiros, todos em trages elegantes e sensuais, com certeza roupas de grife, todos mostravam uma beleza fora do comum.

Waden e Claus quase abria caminho para eu poder passar, os dois pareciam meus seguranças.

A coreografia dos vampiros era hipnotizante e sedutora. Haviam pegadas fortes, seguras e insenuantes entre eles. Ao todo uma palavra os definia: Ousadia.

A aristocracia vampírica se divertindo! Que lindo!

Eu percebi que quando passava por eles, os vampiros me encaravam como se eu os chamasse, a sede estampada em seus rostos.

Um deles conseguiu se aproximar o bastante de mim e agarrou meu braço, eu tentei empurra-lo.

- Ela é para o Bernard, ou você quer morrer estripado? – Perguntou Jamie querendoesganar o vampiro.

O cara se afastou imediatamente de mim.

Nós retomamos a travecia no mar de demônios. Percebi que em canto desse salão havia um bar. Havia muitas bebidas: Vodkas, laudano, abscinto, conhaque... Só do mais forte e claro eles batizavam com sangue.

Credo beber bebida destilada já era ruim imagine com sangue! Eca!

Alguns metros à minha frente vi um espaço vazio sem o aglomerado de gente, conforme eu me aproximava conseguia ver melhor uma poltrona grande, parecia mais um trono cor de sangue. Havia alguém sentado relaxadamente no trono, com cabelos cuidadosamente bagunçados cor de mel e loiro, ele era pálido, seus olhos verde-musgo ou esmeralda se divertiam observando duas vampiras dançar ao seu lado, lábios volumosos e um rosto másculo de ângulos perfeito. Ele calçava sapatos preto, vestia uma calça cor de vinho, uma camisa social branca com a gola levantada e com alguns botões abertos mostrando o início bem definido de sua caixa torácica.

A expressão convecida no seu rosto era quase esnobe. Uma vampira de cabelos lisos e loiro, depositou sangue de uma jarra na taça de cristal que estava em uma das mãos do vampiro, mas não foi por essa razão que minha boca se abriu escancarada, a roupa da vampira era um escândalo! Se é que se podia chamar aquilo de roupas, ela usava uma daquelas langeries de couro sadomasoquista, uma bota sete léguas de salto agulha e uma coleira de espinhos de metal no pescoço.

O vampiro a cobiçava com olhos famintos e pensamentos longe... Nem que ganhace mil euros, eu iria querer saber o que passava pela cabeça dele. Então os olhos dele estavam em mim. Me analisavam e avaliavam centimetro por centimetro de meu corpo. Eu desviei de seu rosto de imediato.

- Bernard, como pediste, aqui está ela. – Disse Jamie.

Bernard continuou a me analisar por mais alguns segundos, se endireitou de sua posição relaxada e inclinou-se para frente ainda sentado na poltrona.

- Então quer dizer que finalmente a predestinada está em minha humilde casa. – O tom de Bernard era sarcástico.


Notas Finais


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