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História Blood and Moon - A Predestinada - Cativeiro


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


E aí gente prontos para mais um capítulo? Quero agradecer a todos que tem favoritado minha fic estou muito feliz por ter novos leitores. E mto obrigada tbm pelo pessoal que comenta, eu amo comentários gente, amo mesmo, amo até aqueles que parecem um texto. São os comentários que me motivam a escrever cada vez mais. Então quem nunca comentou comente, e quem sempre comenta continue pois me alegra muito.
bjos nos vemos lá em baixo ^ ^

Capítulo 27 - Cativeiro


Acordei na manhã seguinte com uma terrivel dor de cabeça. Levantei da cama e me surpreendi com o que vestia. Eu estava de langerie branca com uma fina e transparente camisola por cima. Quem colocou isso em mim?

Fui até a enorme janela de meu quarto e abri as espessas cortinas cor de vinho bordô. Era dia claro, dalí eu podeia ver a frente da mansão, consegui enchergar o portão de entrada da propriedade e além dele que não havia nada, a não ser pelas árvores. Acho que era quilômetros de nada. Perfeito! Como sairia daqui? Se é que eu fosse sair algum dia.

“Certo, eles tem planos pra mim não é? Até quando me deixarão como humana? Aff... Não quero virar um demônio igual a eles. Pensa Elli, pensa... Não há o que fazer, se pelo menos eu conseguisse acordar Casper. Mas nem sei onde ele está! Droga está tudo dando errado!”

A dor de cabeça voltava com intensidade então deixei a vista da rua e fui até a suíte do quarto, tomei um banho, talvez assim eu conseguiria relaxar para pensar melhor em uma solução.

Quando abri o armário de roupas vi apenas um vestido vermelho frente única que ficava justo ao corpo. Não encontrei nenhum vestigio de minhas roupas antigas e nem minhas malas de viagem. Já descartando a idéia de ficar o dia inteiro com a camisola, obriguei-me a pôr o vestido que sinceramente era a cara de uma piranha. Encontrei uma sandália de salto fino cor preta para colocar nos pés.

Aquele cretino deveria estar rindo de mim.

A porta do quarto não estava trancada, então comecei a andar pelo corredor, eu estava com medo, andar naquela luz fraca das velas, sem a claridade do sol por causa das espessas cortinas cor de vinho e ainda as paredes com papel de parede escuro, não ajudava nem um pouco afujentar aquele sentimento desconfortavel. Tudo estava em completo silêncio, nenhum ruído... Era desesperador na verdade.

Vaguei pela mansão, procurando pelo menos por comida que à propósito só de pensar já fazia meu estômago dar sinal de vida. Ao abrir uma porta, vi uma cozinha muito bonita e enorme, parecia aquelas cozinhas de hotel 5 estrelas. Na mesa encontrei um bilhete escrito.

 

Eu sabia que você encontraria a cozinha.

Pode comer o que quiser. Ande pela mansão a vontade e nem tente fugir , pois tenho os melhores rastreadores que lhe capturariam novamente antes que percebesse.

Estou descansando junto com meus vassalos e pode tirando de sua cabeça imprevisivel a tentativa de encontrar meus aposentos, você não encontrará e conseguirá me deixar furioso, afinal não há como você me matar.

Tenha um bom dia querida Elli.

PS.: Não abra a porta no fundo da dispensa.

Ass: Bernard.

Que idiota! Ele se acha mesmo, “vassalos”, quem vê ele falar parece que é um rei mesmo... Idiota.

Menos mal, estando desmaiado em algum caixão por aí, não teria como me encomodar.

Minha busca por comida estava um sucesso, tudo que eu encontrava colocava em cima da mesa de mármore no meio da cozinha. Quando abri a dispensa quase tive um infarto de alegria, era anormalmente grande para as dispensas comuns. Estava pegando alguns biscoitos amanteigados e um pote de creme de avelã quando escutei alguns barulhos de metais no fundo da sala, encherguei uma porta de metal.

Bernard dissera que eu não deveria abrir a porta, mas desde quando faço o que ele manda? E se Casper estivesse lá dentro?

Não perdi mais tempo e me dirigi até a porta. Estava com pouca claridade do outro lado da porta, mas pude ver as paredes e o chão feitos de pedras grossas como em calabouços de castelo, era úmido, o cheiro lá era de... Morte.

Percebi que havia algo se mevendo no fumdo daquele lugar que parecia uma prisão subterrânea. Aproximei-me  mais e com terror em meu rosto, vi pessoas acorrentadas contra as paredes ou deitadas no chão, vestiam pedaços de trapos ou o que sobrara de suas roupas originais, deviam estar por lá há muito tempo, estavam magras, muito magras como se fossem morrer a qualquer instante. Havia sangue por todo lado, até neles próprios. Eu imaginava que estavam machucados com tanto sangue, mas ao olhar melhor o sangue não era deles, era o sangue de outros, dos outros que eles mesmo haviam matado para acabar com a fome, aliás havia algumas partes aqui e ali de alguém sem sorte. Havia corpos inteiros também que já estavam sem vida e que entrara em decomposição.

Elas me viram e estremesseram, tentavam se esconder como baratas, e então a compreensão tomou seus olhos e essas pessoas viram que eu era humana. Começaram a vir em minha direção até onde a corrente lhes permitiam lamuriando ou pedindo ajuda.

Eu não conseguia acreditar naquele ato monstruoso, no sofrimento daquelas pessoas... Era horrivel! Não consegui mais ficar ali e sai correndo, passei pela mesa sem parar agarrei o que consegui e continuei correndo sem para até chegar em meu quarto, tranquei a porta, deixei a comida cair no chão e sentei na cama, foi só então que percebi minhas lágrimas em abundância.

Esses vampiros são piores do que imaginei! Como conseguiam? Mas o que era aquilo? Pessoas em cativeiro, se matando, comendo uma as outras... Desumano! Aqueles corpos... Meu Deus! Nunca vi corpos em decomposição!

Olhei para minha roupa e a quase rasguei com minhas mãos, eu não queria nada que viesse deles. E então caí na cama e chorei muito, como uma criança. Não consegui nem comer. Continuei o dia inteiro na mesma posição, minha mente vazia sem processar nada. Então ouvi algué tentar abrir a porta de meu quarto. Ainda bem que havia trancado a porta. Mas infelizmente havia esquecido de trancar a janela e foi por ela que Bernard entrou.

- Imagino que ainda esteja furiosa ou com medo do dia anterior para trancar a porta, mas nada funcionará, sempre consiguirei entrar e... – Ele disse com seu tom de voz malicioso.

Bernard parou de repente e se aproximou me observando atentamente minha expressão, eu não o olhava, minha atenção estava em meu dedo que circulava o travesseiro de forma indiferente.

- Andou chorando? – Ele perguntou sem real interesse.

Quando não respondi ele tentou novamente.

- Se você não responder vou arrancar sua língua.

Encarei-o, ele dizia sério.

- Sim. – Respondi voltando minha atenção para o travesseiro.

- E porque? – Ele perguntou quase bocejando de sono. Devia achar as emoções humanas uma coisa ridiculamente desnecessária.

- Porque a vida humana não é nada mais do que uma vela acesa que a qualquer momento pode ser apagada por um monstro desgraçado como você. – Falei sem emoção como se fosse algo comum de se dizer.

Ele sentou-se na cama e eu me afastei o máximo que pude.

- Você entrou na porta da dispensa.

O silêncio predominou por vários instantes.

- Você tem que entender, querida Elli, que nós, eu, não sou como seus amiguinhos vampirinhos americanos. – Bernard disse cuspindo cada palavra como se eu o tivesse ofendido.

- Porque? – Perguntei ainda não lhe dando atenção.

- Porque eu sou um vampiro de verdade e aceito com prazer o que eu sou. – Ele disse encarando meus olhos que agora estavam nele tomados de raiva por suas palavras, estavamos face-a-face novamente.

- E isso significa massacrar humanos? – Perguntei explodindo.

- Eu tenho que comer como qualquer outro ser vivo, não é? – Ele disse arregalando os olhos e se alterando.

- Mas você não é um ser vivo! Você deveria estar morto a muito tempo! – Berrei contra ele.

Bernard estava furioso com as narinas infladas e seus olhos vidrados em mim. Ele se ajoelhou na cama e tentou segurar minha mão, mas eu dava tapas na sua mão e o empurrava, mas ele conseguiu segurar meu pulso firmemente, quase machucava, e o aproximou de seu peito. Eu me debatia querendo fugir dele.

- Estou morto por acaso? – Ele perguntou alto e forte.

Eu estava assustada com ele, mas parei e deixei minha mão repousar em seu peito, e então arregalei meus olhos de surpresa pois através de sua camisa de seda, seu músculoso peitoral, havia batidas de um coração, um coração agitado pela fúria de seus sentimentos.

- Isso não é possivel... – Sussurrei. O coração dele batia! De alguma forma ele estava vivo.

Ele ainda segurava minha mão em seu peito, onde minha mão tocava estava quente, temperatura corporal normal. Então eu tirei minha mão dele bruscamente. Isso proporcionou um pequeno sorriso em seus lábios.

- Não seja hipócrita Elli, você sabe muito bem o que é a cadeia alimentar.

- Não importa, não interessa se seu coração bate, você ainda é um monstro! – Cada palavra minha era carregada pelo nojo que eu sentia dele.

Pude ver o fogo arder em seus olhos verdes.

- Sim, eu sou. E falei para que você não entrasse lá.

- E o que fará a respeito disso? Desobedeci uma ordem do “grande” Bernard! E agora? Você me matará? – Falei para ele com fúria, mas conseguia deixar claro o sarcasmo.

Nós dois estavamos prestes a rolar no chão se dando chutes na cara. Nos encaramos por vários segundos ou minutos, a raiva nunca diminuindo.

- Não, mas se isso se repetir, farei você sofrer mais do que já está.

Eu não queria derramar mais lágrimas, mas eu sentia tanto peso em minhas costas.

- Isso me jogue contra os lobos famintos, jogue todo o sofrimento que puder em mim, talvez você se divirta mais, seu sádico dos infernos!

Vi o brilho de um sentimento em seus olhos, mas ele escondeu muito rápido antes que eu pudesse saber o que era aquela sombra de emoção.

- Você já foi avisada.

Ele se afastou de minha cama em direção a janela e pulou.

Bernard não tinha sentimentos, nem emoções, não adiantava, não havia esperanças para ele. Ele era um monstro psicopata.


Notas Finais


Então gente tipo eu acho o Bernard impossivel, monstruoso, mas tem o charme dele, o cara é estranho e ai sei lá... O que será que vai acontecer com a Elli hein? Tadinha passando por uma situação mais dificil que a outra...
Quero saber a opinião de vcs!


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