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História Blood and Moon - A Predestinada - Festa com um Toque Romeno


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Sei que havia prometido postar dias atrás, mas as coisas tem sido dificeis para mim (estou novamente sem internet no pc ¬.¬) Só estou conseguindo postar agora porque estou usando o pc de um parante.
Espero que apreciem este capitulo pois amei escreve-lo.
PS.: Leiam escutando, sei lá, uma música sombria que vc goste.

Capítulo 36 - Festa com um Toque Romeno


“Eu me afogava em sangue. Não conseguia nadar direito naquele liquido espesso. Tentei gritar por ajuda, mas engoli golfadas daquilo nojento. Meu estômago embrulhou no mesmo instante por conta do gosto de ferrugem em meus lábios. Então o sangue escoava para algum local, um ralo no chão. Não sobrou nada, nem uma gota. O piso era branco, assim como o teto e as paredes. Quando olhei a minha frente, vi meu reflexo refletido em um espelho gigante.

Eu estava coberta de sangue da cabeça aos pés, era grotesco aquela visão comparada com o ambiente branco ao meu redor. E então meus olhos estavam flamejando como lava vermelha.

Algo chamou minha atenção atrás de meu reflexo, virei de costas para o espelho e no lugar do ralo havia muitos corpos caídos e sem vida. Suas gargantas dilaceradas... E então senti o gosto de sangue na boca...”.

Sobressaltei na cama, minha respiração estava dificil. Meu estômago ainda estava embrulhado por causa do sonho. Senti que poderia vômitar a qualquer momento. Esqueci a ânsia após ouvir um grito estridente e desesperado.

Mais gritos se seguiram de diferentes pessoas. Um calafrio passou por meu corpo. Cada um era pior que o outro. Eram gritos de morte. Que conseguiam sobressair a música.

Então sessaram, continuei sentada na cama mas sem movimentar um músculo. Meus ouvidos registraram o pior berro que já escutei, era cortante e desumano. Eu estava com os olhos arregalados.

Algo de muito errado pairava sob a mansão, algo que não se encaixava, algo gotresco como... Como meu sonho.

Bernard me mandara ficar no quarto, mas aquilo estava fora do controle, pessoas morriam enquanto eu estava aqui... Sem fazer nada. Afinal eu era a pessoa responsavel por acabar com essas maldições. Não deveria estar me escondendo feito um rato.

Remanguei as mangas da blusa e as bainhas da calça, pois Bernard era alto e eu parecia uma formiga comparada com seu tamanho.

Abri a porta do quarto sem fazer ruídos. Atravessei os corredores escuros daquela parte da mansão, então cheguei nas partes iluminadas da mansão, eu conseguia ouvir a música mais alta. Meus pés estavam descalços para não fazer barulho, esgueirava-me nas sombras e pelos cantos dos corredores. Sim, eu estava morta de medo de ser descoberta. Eu estava bem perto agora, o ar dali me paralizou, estava pesado, foi como bater em uma parede invisivel, o cheiro, aquele cheiro... Era de sangue... De morte. Meu estômago embrulhou.

Me aproximava do portal que daria a um dos salões de festas, o cheiro revoltante que vinha de lá estava mais forte, não havia sinal de vampiros, acho que estavam todos lá na “festa”. Quando cheguei perto o suficiente ao portal do salão, comecei a rastejar no chão, atravessei o portal ainda rastejando, me encontrava no topo da escadaria que se estendia em um grande corredor para então terminar em degraus no lado direito e esquerdo do salão, era suficientemente alto para ninguem me ver e suficientemente escuro também, aproximei-me do corrimão de mármore que à propósito me escondia de tão espesso e fiquei ali observando o que acontecia lá em baixo.

Congelei com minha primeira visão, senti meu coração dar um único retumbo e parar, meus olhos estavam vidrados. Senti a bíli subir pelo meu esôfago e foi isso que me despertou do quase choque. Pois eu não poderia vômitar ali ou me descobririam. Fiz a única coisa que me restava, engoli de volta o líquido ácido que já estava em minha garganta. Eu tremia, de um jeito que jamais tremi.

Esse era o reflexo da cena a minha frente, essa era a minha reação, o meu terror de ver a morte de perto. Era tão... Cruel.

As paredes, que antes eram cor de creme, estavam, agora, lavadas de sangue. O chão de assoalho, estava empoçado de sangue. E então haviam corpos, muitos corpos por todo lado, estavam espalhados. Estavam mortos e em ângulos impossiveis, alguns completamente despidos, outros apenas algumas partes do corpo à mostra, desrespeitados, profanados e atirados ali no chão como manequins, como um nada, se via de primeira que estavam sem vida. Seus olhares perdidos em um terror eterno. Suas gargantas rasgadas, dilaceradas. Então percebi que haviam corpos em estado pior, decapitados... Outros sem os membros...

Virei o rosto, não queria mais ver aquilo. Eu soluçava silenciosamente, e então percebi que meu rosto estava encharcado pelas lágrimas. Não havia nada que me fizesse parar de chorar.

Pessoas alegres, felizes e com uma juventude desejavel... Jazidos no chão... Feito sobras de uma refeição. Pessoas que estavam vivas a horas atrás, quando as vi sairem dos carros.

Ouvi um pequeno grito histérico e olhei para baixo. Havia uma garota de cabelo loiro, olhos azul que estava sendo encurralada pelos vampiros, ela corria um pouco de um lado para o outro tentando achar uma saída, enquanto eles fechavam sua roda com sorrisos macabro, percebi que ela não se aproximava muito deles enquanto tentava achar a brecha.

O corpo da moça possuia muitos cortes,  ematomas e mordidas. Seu vestido verde, curto e justo, estava quase todo manchado de sangue. Seus lábios arrebentados e inchados.

Os vampiros pareciam se divertir com o horror da garota. Esses romenos não tinham uma beleza interessante, mas eles possuiam um magnetismo forte... Era a persuasão em seu nível extremo. Os do clã de Bernard sentiam respeito e quase medo pelo os romenos.

Eu estava em risco ali. A qualquer momento eles poderiam me descobrir, mesmo com o cheiro de Bernard empregnado em mim, uma hora meu próprio odor assumiria o ar.

A garota estava gritando por socorro, eu acho, ela falava em um idioma que eu desconhecia. Seus gritos eram desesperados. O pior de tudo isso, era que eu estava totalmente paralizada. Não conseguia fazer nada e nem poderia, ou seria pega e... Morta. Senti um aperto sufocante no peito, queria tapar os ouvidos.

Eu não percebera que Bernard estava lá. Tanta coisa acontecendo... Ele agora se aproximava da moça. “Graças à Deus ele irá ajuda-la, Bernard nunca deixaria algo acontecer à ela, não depois de sua mudança.”

Mas então pude ver melhor sua expressão, ele estava com os olhos desvairados de sede. Seu rosto feroz.

- O que acha Afanasi? Você a quer? – Perguntou ele à poucos metros da moça que estava com os olhos arregalados de terror.

- Pode ficar com ela, meu caro amigo... Já estou satisfeito. – Disse Afanasi, seu sotaque era diferente de todos que eu já ouvira.

Bernard aproximou-se mais da garota e a vislumbrou da cabeça aos pés.

- Acabe de uma vez com isso. – Falou Afanasi perdendo sua paciência.

- Tenho algo melhor. – Disse Bernard.

- Não irá mata-la? – Perguntou o romeno com uma sobrancelha erguida.

- Seria um disperdicio mata-la... Mas necessito prova-la.

Os olhos de Bernard, então já estavam vermelhos, suas presas reluziam pontiagudas. Ele fez contato visual com a moça e percebi que algo no rosto dela mudara.

Era a persuasão de Bernard, aquela que seria a mais poderosa e sedutora de todas, nem um vampiro a possuía, somente ele.

Bernard a tomou em seus braços e começou à beija-la. A expressão da garota era a de uma drogada viciada. Ela se agarrava com fúria nele. Eu nunca havia visto com meus próprios olhos o “talento especial” de Bernard, já que nunca funcionariam em mim.

Ele deslizava seus lábios pela pele da garota, até chegarem em seu pescoço, abriu a boca, os caninos projetados para fora e então a mordeu.

Ela fez uma careta de dor, mas então sua expressão era um misto de prazer e dor. Bernard sustentava seu peso a segurando nos braços. O sangue dela escorria pelo pescoço da ferida que ele insistia em sugar. Ele se fartava dela, a bela cor saudavel da garota desvanecia-se, seus lábios estavam pálidos, olheiras surgiam profundas abaixo de seus olhos. Sua aparencia era doentia.

Então Bernard parou de beber dela. Ela ficara desmaiada em seus braços, na verdade parecia estar... Morta.

- Ah Afanasi... Como imaginei, ela é doce. Tão doce quanto o mel. – A voz dele... Até sua aparência, era a de um bêbado.

Afanasi sorriu juntamente com os outros ao seu redor.

As lágrimas quentes transbordavam de meu rosto. E então ela se movimentou fracamente nos braços de Bernard, ela ainda não morrera.

- Diga-me jovem. Prefere a morte ou a vida eterna. – Bernard disse a soltando no chão sem se importar com os ematomas futuros na pele dela.

A moça mau movimentou seus lábios sussurrando algo que eu não pude ouvir, mas Bernard ouvira e agora estava sorrindo maliciosamente.

- Que assim seja.                                  

Ele levou seu pulso até a boca e o mordeu. O liquido vermelho escuro escorria abundante por sua mão. Bernard levou a ferida aberta até os lábios da garota. E ela aceitou. Bebia como se fosse a melhor bebida do mundo, como se sua vida dependece daquilo, o que era irônico, pois dependia mesmo.

O orgulho de Bernard estava estampado em seu rosto.

- Boa garota. – Ele falou retirando o pulso.

A moça sentara no chão, seus lábios manchados de sangue. Olhava tudo ao seu redor atenta, mas então seus olhos se arregalaram e logo espasmos tomavam conta de seu corpo, ela virou a cabeça para baixo e vômitou muito, mas muito sangue. Banhava todo chão.

- Pensei que seu corpo não rejeitaria. – Lamentou Bernard, seus olhos estavam novamente verdes.

- A maioria rejeita no início. – Afanasi disse.

Então os jorros de sangue sessaram. O sangue escorria de seu queixo e pingava o chão, ela olhava espantada. Mas então colocou uma das mãos sobre o coração, ela segurava o local fortemente com os dedos apertados fincando a carne, sua expressão era de dor, muita dor. Ela já não respirava mais, arfava.

- O ataque cardíaco começou, se não fizer algo ela morrerá, o corpo não está aceitando a transformação. – Afanasi pegou uma adaga de dentro do seu manto. Era dourada e cheio de detalhes.

Bernard já estava agachado ao lado da moça.

- Tudo ficará bem. – Ele pegou a adaga que Afanasi ofereceu e a enterrou no coração da garota. A moça dava suas últimas golfadas de ar, seus olhos aterrorizados fitavam o rosto de Bernard, então a agitação de seu corpo foi diminuindo, até não haver movimento algum e seus olhos ficaram vagos observando o teto.

- Tudo resolvido. – Disse Bernard puxando a adaga do corpo da jovem e passando-a em sua lingua para limpar o sangue da lâmina. Ele devolveu a adaga para Afanasi sem olha-lo. – Que recomece a festa. – O som fora ligado novamente.

Afanasi segurou a adaga nas pontas dos dedos, pegou um lenço branco de suas vestes e o passou na adaga, a olhando com nojo. Depois a guardou de volta em seu cinto.

Todos voltaram a se divertir como se nada tivesse acontecido. Bernard observava a garota no chão. Nunca imaginei que ele fosse tão perverso, pensei que havia mudado, mas nada mudara, talvez, mudara comigo.

Minha mente estava leviana, meus pensamentos estavam desacorçoados. Eu apenas queria descansar. Tantos pensamentos passavam rapidamente em minha cabeça. Eu realmente poderia confiar em Bernard? Ele me ajudaria? Porque ele agia daquele modo? Porque parecia ser outra pessoa quando estava comigo?

Precisava sair daquele lugar repugnante. Eu estava me odiando por não ter feito nada, por ter deixado tudo aquilo acontecer. E acima de tudo me odiava por ter ficado aterrorizada.

Me levantei de onde estava e caminhei pela porta, fazendo todo o percurso de volta ao meu quarto, mas quando estava no labirinto de corredores, senti uma presença em minhas costas me seguindo. Olhei para trás e não vi ninguem. Continuei caminhando mas desta vez mais rápido. Aquela sensação não sumia. Parei e virei-me novamente, não havia ninguém. Comecei a correr ainda olhando minhas costas e esbarrei no peitoral de alguem. Olhei para o rosto de quem eu esbarrara e meu sangue gelou. Era Afanasi.

Sua pele era tão branca de perto e tão aveludada que eu me continha para não toca-la, seus olhos escuros como breu olhavam minha alma, eu não poderia nunca fugir daquele olhar penetrante.

Suas mãos seguravam meu rosto e estremeci com seu toque, um toque de morte. Um sorriso perverso surgia em seus lábios e pude ver sua presas reluzirem. Uma de suas mãos deslizou até minha nuca e ele a segurou delicadamente. Seu rosto aproximava-se do meu, mas quando os lábios dele quase encostavam os meus, Afanasi desviou para o lado, inclinando minha cabeça para o lado proto para morder meu pescoço. Fechei os olhos com medo da mordida. Mas ela não chegou e o vampiro me soltou bruscamente, eu abri meus olhos e vislumbrei as costas de Bernard que encarava Afanasi com fúria.


Notas Finais


E então o que acharam?? Comentem gente *--* Amo ler o comentários de vocês!

E aqui está mais um jornalzinho, dessa vez com o Casper : http://socialspirit.com.br/sakuratakahashi/jornal/2371144/personagens-de-blood-and-moon--casper-auduwen-casper-vincent

Dêem uma passadinha lá e deixe seu comentário e pedido do próximo personagem :D
Beijão a todos!


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