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História Blood and Moon - A Predestinada - Descoberta


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Bah esse é um capítulo que eu gosto muito e praticamente foi o único que não modifiquei desde de 2008 :D
Espero que vcs também gostem!

Capítulo 9 - Descoberta


Fanfic / Fanfiction Blood and Moon - A Predestinada - Descoberta

Quando cheguei na casa dos meus tios fui direto procurar pelo Pancho, ele estava no estábulo.

- Oi Pancho.

- Olá senhorita. – Seu sotaque era forte, mas nada que eu não pudesse entender.

- Você gosta mesmo dos cavalos, não é? – Falei sorrindo.

- A senhorita é uma boa observadora. Sempre cuido dos cavalos, não deixo mais ninguém, eles são umas belezinhas, não é? – Disse Pancho acariciando a cabeça de um dos cavalos.

- Sei que é bom gostar de algum animal, mas porque o senhor gosta especificamente de cavalos? – Perguntei.

- Porque passam tranqüilidade, segurança e esperança. Mas principalmente porque são seres sensíveis.

- Sensíveis?

- Sim, sabia que cavalos são os primeiros a sentir algo de ruim antes de acontecer? Eles também farejam auras negras, coisas ruins. Cavalos trazem energias boas, por isso é bom te-los por perto. Mas não sabem lidar com energias negativas, quando encontram uma, eles fogem, é o instinto. – Era como se Pancho dissesse algo significativo para mim. Eu sentia, até o jeito de me olhar, ele tentava me avisar algo. – E como vai Mikelly? – Perguntou ele em seguida mudando o rumo da conversa.

- Neste momento não vai bem, mas tenho certeza que se recuperará.

- É o que todos esperam. – Disse ele pegando feno pro cavalo.

O silencio entre nós cresceu e então decidi fazer a pergunta.

- Pancho, você conhece a lenda do Demônio da Meia-Noite?

Percebi quando seus músculos se enrijeceram e ele parou, Pancho se virou pra mim e me fitou.

- Porque estaria interessada nessa lenda, senhorita Glandier?

- Hã... P-por nada. Mikelly disse que o senhor contava muito bem as histórias de terror de sua gente, e em literatura o professor tocou no assunto, mas não especificou nada. – Senti a mentira brotar de meus lábios um pouco tremula.

Pancho encarou-me por mais alguns segundos desconfiado. Por alguns instantes imaginei que ele não contaria, mas então ele soltou a respiração e seu rosto estava tranqüilo.

Nós nos sentamos em dois baldes que ele ajeitou.

- Há muitos anos atrás, quando meu pai não passava de um garotinho e era meu avô quem cuidava a fazenda de seu bisavô, algo de muito horrível aconteceu neste mesmo lugar.

“Meu avô se acordou cedo com gritos horríveis de animais que vinha do estábulo, quando ele chegou lá, muitos dos cavalos estavam mortos com a garganta dilacerada.”

“Seu bisavô ficou desesperado, seus cavalos eram puros-sangues de corrida. Mas ninguém sabia que bicho havia feito tamanha crueldade, o mesmo animal, havia atacado outras fazendas da região.”

“Então seu bisavô e meu avô junto com seus homens, esperaram o animal na outra noite, era certo que ele voltaria para tentar matar o restante. E então apareceu o Demônio da Meia-Noite.”

“Ele era muito veloz, muito forte, os olhos vermelhos, seus dentes afiados. Possuía uma beleza diabólica capaz de seduzir qualquer mulher com apenas um olhar, e o mais importante, bebia sangue. Mais conhecido por seu povo como vampiro.”

Eu estava começando a ter vertigem por ouvir tudo que ele contava. Já conseguia imaginar, mas estava sendo difícil acreditar.

- Naquela noite. – Continuou ele. – Seu bisavô perdeu muitos homens. Os únicos sobreviventes ele e meu avô, juraram nunca contar a ninguém o que acontecera, e inventaram a todos que havia sido uma alcatéia de lobos.

Pancho silenciou-se, eu ainda estava remoendo tudo e fazendo ligações para ter certeza que não cometeria mais nenhuma burrice. Eu me sentia avoada e anestesiada.

- Muito obrigado pela história. – Falei erguendo-me do balde.

- Não foi ele.

- Como? – Perguntei confusa.

- Não foi o Demônio que matou Gaya.

- Eu sei Pancho. – Falei o encarando.

- É claro que sabe. – Ele pausou. - Senhorita Glandier, não sou muito de dar conselhos, mas... Cuidado com aquilo que desconhece, pode parecer algo convidativo e agradável, mas as aparências enganam. – Pancho sabia de algo, sim, ele já sabia o porquê eu o procurara.

- Obrigado pelo conselho. – Me virei em direção à porta do estábulo.

- Adeus senhorita Glandier. – Ainda pude ouvir a voz de Pancho antes de cruzar a porta. Não virei pra trás, o tom de voz dele não era a do tipo “Até a próxima!”, era pesarosa como se nunca mais fosse me ver “Foi bom te conhecer.”

 

Era isso que Casper queria me dizer? Que ele era um vampiro? Como algo assim poderia existir?! Era... Não, não era loucura. A voz me dizia que eu estava no caminho certo.

Ele disse que se eu descobrisse o significado era pra procurá-lo. Será que eu devia ir? Será que ele vai me matar? Acho que se fosse para me matar ele já teria me matado, não, eu sei que ele nunca faria isso.


Notas Finais


Haha! A tosca e teimosa finalmente aceitou o que ele realmente é *--* Respeito muito o Pancho ele parece ser burro mas de burro não tem nada! :D
Comentem!


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