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História Blood and Soul (hiatos) - Um típico pós-guerra.


Escrita por: Mo_XuXu e Hikariexol

Notas do Autor


OLAAAAAR!!!
Era para esse capítulo ter saído ontem, maaas... Claramente eu não consegui postar ontem.
FELIZ ANIVER KRIS!!!
Eu tô aqui para dar seguimento a um projeto que começou com uma amiga que no momento não está mais ligada ao kpop, mas que foi e sempre vai ser muito importante para mim que é o KrisYeolVember.
Eu sei, eu sei!!
"Kalakaua... Você está de novo repostando uma fic? Não cansa de fazer isso garota?"
Bem... Eu não gosto de estar apagando e editando e postando, mas se eu acho necessário, se eu identifico que a estória pode melhorar, eu vou e edito, reescrevo ou o que for necessário, eu sei que é chato, mas eu acredito que as alterações que eu fiz tenham sido boas para deixar a estória mais interessante e preencher lacunas que eu notei, além de tentar corrigir os erros, eu reli esse capítulo umas dez mil vezes, mas sempre passa algum errinho.
Esse capítulo e toda a fic são dedicados aos aniversariantes do mês, Kris e Chany, e a essa minha amiga querida, a Gabi.
Enfim... Espero que aos que já liam as mudanças agradem, aos que chegam agora eu espero que gostem e sem enrolar mais, vamos ao capítulo.

Capítulo 1 - Um típico pós-guerra.


Fanfic / Fanfiction Blood and Soul (hiatos) - Um típico pós-guerra.

Depois de milênios de paz, vampiros e humanos entraram em guerra, o que trouxe uma enorme dizimação para ambos os lados. A raça humana quase entrou em extinção fazendo com que o seu líder decidisse negociar com os vampiros e tentar salvar algumas vidas.

O acordado foi que os vampiros deixariam a raça humana crescer por mais cinco anos e eles, de livre e espontânea vontade, dariam alguns dos seus em prol da segurança dos demais.

Três anos se passaram e a população humana teve um aumento de 220%.

Nesse tempo os vampiros alimentaram-se somente de sangue animal, não era o suficiente para satisfazê-los completamente, mas dava para sobreviver.

O líder dos vampiros vendo os avanços populacionais da espécie, solicitou cinco humanos para alguns testes que, no ponto de vista dos mesmos, foram muito bem sucedidos.

Os vampiros descobriram que quando um humano e um vampiro trocavam sangue era formada uma ligação muito forte que dava ao humano habilidades que o faziam parecer quase vampiros, como sentidos aguçados enquanto o vampiro ficava mais forte bebendo do sangue de um humano ligado a si do que de um humano qualquer, além disso a necessidade de estarem próximos e a conexão adquirida de um sentir quando o outro precisa de si, outra descoberta foi que um humano ligado a um vampiro não adoece e nem morre devido ao consumo do sangue de vampiro, um humano acabava como uma espécie de servo.

Além dos humanos para o teste, os vampiros pediram que os humanos começassem a selecionar os escolhidos para serem levados, com a justificativa de que gostariam de deixá-los num ambiente controlado para garantir saúde do indivíduo e consequentemente qualidade do sangue.

Os vampiros construíram um castelo na divisa entre os territórios para que os humanos cedidos pelo governo deles ficassem até a hora em que poderiam ser requisitados.

Os líderes humanos acataram a solicitação pegando como “as oferendas” os humanos que viviam nas ruas largados, afinal, foi determinado pelo líder vampiro que não haveria necessidade de se preocupar com idade, etnia ou classe social e nenhum humano seria tirado dali ou tocado antes do prazo.

Foi uma decisão dos vampiros que os humanos não soubessem o destino de quem era entregue e a justificativa dada a eles para levar aquelas pessoas foi apenas uma desculpa para esconder as reais intenções, eles queriam dar um treinamento para os humanos que seriam "doados" e mesmo sem saber o que aconteceria com os humanos levados os líderes autorizaram a construção do castelo para o fim determinado, esse espaço ficou conhecido como castelo da esperança, pois quem ia para lá tinha esperança de futuro melhor.

O treinamento consistia em luta e resistência física, além de ensiná-los a ler e escrever, e as matérias básicas, como matemática, química, física, línguas, em especial a linguagem anciã dos vampiros, além de muitas outras.

 

Os vampiros no teste descobriram que a ligação era tão forte que teriam que tomar cuidado com o que aconteceria a um vampiro que perdesse seu humano e a um humano que tivesse seu vampiro assassinado, estabelecendo assim leis para preservar a vida de todos, queriam se preparar para as mudanças que ocorreriam com a chegada dos humanos em sua fechada "sociedade" e estabelecer regras de tratamento para seus futuros companheiros ou servos.

A idade mínima para um humano ser escolhido é 18 anos para um vampiro poder escolher um humano era de 50, o companheiro não poderia ser destratado, deveria ser tratado como parte da família e metade do seu senhor, deve-se trocar sangue com ele pelo menos uma vez por mês para que a ligação se mantenha forte, expor o companheiro a risco deve ser evitado, que seja feito apenas numa situação extrema, o relacionamento entre o companheiro e o seu vampiro é de escolha dos próprios envolvidos, o companheiro não pode alimentar um vampiro além do seu, ele deve ter liberdade de sair para onde quiser e precisar contanto que não deixe seu companheiro por muito tempo, pela necessidade de ambos, e que não tenha contato com a vila dos humanos, entre outra infinidade de regras mais.

 

O tempo restante se passou voando e era à hora dos vampiros irem buscar os seus futuros companheiros treinados. Os acordos deveriam começar a serem postos em prática.

Mesmo não tendo conhecimento do que acontecia dentro daquele castelo, os miseráveis, pessoas totalmente desamparadas, acabavam buscando abrigo no retiro construído pelos vampiros, há todo momento esses seres esfarrapados que desejavam algo melhor que as ruas, iam para lá se agarrando a última esperança de que podiam ter um futuro menos indigno.

 

Ano III da sociedade humana, ano de criação da escola para companheiros.

POV CHANYEOL

Eu, omma e appa estávamos andando há bastante tempo, às vezes appa me colocava nas costas para que eu descansasse um pouco, mas eu descia logo para o appa não cansar muito porque eu não conseguia carregar ele nas costas, porque eu sou pequenininho e o appa é muito grande. Quando eu estava andando, como agora, omma e appa seguravam minhas mãozinhas e eu ficava no meio dos dois.

Paramos depois de atravessar uma pequena ponte quando chegamos a um lugar muito grande, bem maior que o appa e a omma juntos, então a omma se abaixou para ficar do meu tamanho.

– Filho, você sabe que nós amamos muito você não sabe? – minha omma perguntou chorosa.

– Omma tá chorando? – perguntei confuso. – Por que omma tá chorando? – perguntei assustado.

– Não precisa se assustar bebê, a omma tá assim por que vai sentir saudade, mas você vai ficar bem. – ela respondeu e eu franzi a testa.

– Como assim omma? Você vai me deixar? Eu não vou ficar com vocês? – perguntei quase chorando.

– Calma meu bebê, a omma e o appa não podem ficar, mas o bebê pode e vai ter onde comer e dormir... Vai ser só por um tempo, está bem? Nós voltaremos para lhe buscar.

– Mas eu não quer que vocês vá embora, fica, por favor. – pedi choroso.

O grande portão de metal abriu e duas moças apareceram, uma loira e outra morena.

– Olá, meu nome é Anna. – a loira falou se abaixando. – Por que você está chorando? – ela perguntou olhando para mim.

– O appa e a omma vão sair por aí e não querem me levar junto. – respondi chorando e ela os olhou.

– Não sabemos o que vai nos acontecer se ficarmos, não queremos nos separar e ele tem mais chance aqui do que conosco, mesmo que eu não queira deixá-lo, eu preciso que ele fique bem, por favor, prometa que ele não vai ser machucado, por favor, ele só tem 5 anos. – omma pediu a moça Anna.

– Eu prometo, ele ficará a salvo. – ela falou segurando a mão da omma que suspirou aliviada.

– Obrigada, muito obrigada.

– Eu também agradeço muito, nosso filho precisa ficar bem, obrigado de verdade por isso. – appa falou e se abaixou para falar comigo. – Filho, se nós pudéssemos te dar boas condições, não teríamos que passar esse tempo longe de você, mas estamos te deixando aqui para que você fique bem, não se machuque nem passe fome e frio, enquanto conseguimos mais dinheiro para comprar uma casa com um quarto enorme para você e vários brinquedos e assim você vai poder ter tudo que quiser. – o appa falou acariciando meu rosto, mas eu não senti a muita certeza na voz deles, não senti a segurança na voz que o meu appa sempre passava.

– Aqui meu amor. – a omma também se abaixou ao lado dele, tirando um colar bonito do pescoço e colocando em mim. – Para você não esquecer que te amamos a cima de tudo. – ela falou e os dois me abraçaram apertado beijando meu rosto.

– Fique bem filho, você é meu homenzinho forte certo? Vai aguentar esse tempo longe e vai se comportar com as tias, não vai? – appa perguntou e eu assenti. – Então vai obedecer e fazer tudo direitinho, não é? – ele perguntou de novo e eu assenti.

Os dois levantaram e foram embora enquanto eu fiquei com as duas moças bonitas, a Anna e a outra que eu não sabia o nome, me sentindo abandonado.

 

Ano V da sociedade humana.

POV BAEKHYUN

– SAIA DAQUI SUA CRIANÇA IMUNDA! – uma mulher gritou quando me aproximei.

– Eu estou com fome, por favor. – pedi baixinho, mas ela me empurrou com seu guarda chuva o que fez com que eu caísse sentado no chão e ralasse meus braços na queda.

– Aqui, tome! – uma senhora falou me dando um pedaço de pão.

Ela parecia não ter nada como eu, as roupas estavam sujas como as minhas, mas ela foi a primeira que não me maltratou depois que perdi meus pais.

O que seria de mim sem eles?

Eu iria passar o resto da vida assim?

Olhei de novo para a senhorinha de forma desconfiada.

– Pode pegar criança. – ela falou e eu me aproximei devagar e estiquei minha mão para pegar o pão, assim que o peguei comi sem cerimônias.

– Como é seu nome? – ela perguntou acariciando meus cabelos.

– Baekhyun. – respondi baixinho.

– Quantos anos você tem Baekhyun?

– Tenho 9 aninhos.

– Posso te chamar de Baek? – assenti depois de olhar para ela por um tempo e ela sorriu. – Meu nome é Gain. – ela falou sorrindo e eu a abracei. – Eu vou tentar cuidar de você Baek, vou tentar, não vou deixar você ficar sozinho de novo. – ela prometeu.

– Eu também vou cuidar da senhora e vou me comportar. – respondi sorrindo para ela que sorriu de volta.

 

Dois anos depois...

– Vovó? Para onde vamos? – perguntei cansado, já estávamos andando naquela estradinha de terra há uns dois dias, parávamos muito porque ela não aguentava andar por tanto tempo.

– Vamos para um lugar onde vão nos ajudar Baek.

– Vão nos ajudar? Que lugar é esse? – perguntei desconfiado, mesmo sendo novo já sei que as pessoas não costumam ser boas ou ajudar de graça.

– Sim, nesse lugar moram pessoas boas, vão ajudar a gente, vovó não consegue mais cuidar de você sozinha.

– Mas eu estou me comportando vovó, eu estou fazendo coisa errada? – perguntei confuso.

– Não, você é meu orgulho, mas vovó está velha e doente, eu não posso deixar você sozinho de novo, eu prometi que não faria isso. – ela respondeu e eu a olhei preocupado. – Vamos, falta pouco para chegarmos.

Continuamos andando e realmente, depois de pouco tempo atravessamos um lago por uma ponte e chegamos a um lugar enorme, um castelo.

A olhei desconfiado.

– Esse é o castelo dos vampiros vovó? – preguntei apavorado. – Eu não quero ficar aqui! – chorei. – Com eles não vovó!

– Você vai ficar bem Baek!

Ela apertou um botão e duas moças muito bonitas apareceram uma loira e a outra morena.

– Olá, eu sou Anna e essa é Lena e... Meu Deus! – a moça loira que falava segurou a vovó que ia cair no chão.

– VOVÓ GAIN! – gritei correndo para perto dela. – Não vovó, não me deixa também, por favor, não vai embora...

– Shii... Calma querido, você não vai ficar sozinho, querida, por favor, cuide do meu pequeno Baek, ele é uma criança de ouro...

– Não, espere... – a moça disse. – Podemos lhe ajudar...

– Não desperdice seu tempo, já é tarde para mim, apenas me prometa que cuidará do meu Baek com todo amor que você puder. – ela falou segurando a minha mão e a da moça que assentiu com lágrimas nos olhos. – Nunca se esqueça de sorrir meu pequeno Baek.

– Vovó, por favor, não me deixe sozinho de novo, eu não quero ficar aqui. – supliquei, mas ela foi fechando os olhos até o final e soltou minha mão. – VOVÓ GAIN!

A moça chamou a outra que carregou o corpo da vovó e veio para mim.

– Baek, você não está sozinho, não vamos deixar você certo? – comecei a chorar.

– Não quero ficar com os vampiros! Eles machucam! Eles machucam! – solucei.

– Você vai ficar comigo querido...

– Anna...

– Não Lena! Dessa vez não! Eu acabei de prometer a essa mulher que não deixaria o neto dela sozinho e vou cumprir minha promessa!

– Tudo bem Anna! Mas que isso não aconteça de novo!

– Você me conhece Lena!

– Eu sei!

– Venham, vamos levá-la para a Sarah e vamos cuidar de você pequeno. – a outra moça falou carregando a vovó no braço enquanto a loira me carregou e fechou o portão.

 

Ano X da sociedade humana.

POV SEHUN

Viver nunca foi fácil, pelo menos não para mim, as pessoas são cruéis, egoístas e mesquinhas.

Dizem que os vampiros são monstros impiedosos e cruéis, mas não consigo acreditar que eles sejam piores que nós.

Quando ouço a história do que aconteceu no passado, o fato de ninguém saber o que acontece com aqueles que são entregues aos vampiros me assusta, mas eu estava considerando a possibilidade de me entregar.

O que me prendia aqui?

Apenas o medo.

Mas o que é o medo perto da miséria?

Não ter água ou comida, ter que roubar para não morrer de fome, passar frio todas as noites, se humilhar por um trocado para não apanhar ao ser pego roubando, ninguém sabe dizer qual a pior forma de morrer, apanhando por roubar ou de fome e frio.

Será que ir com eles pode ser pior que viver nesse inferno?

Olhei em volta e não vi ninguém por perto, me aproximei discretamente de uma bandeja de frutas e peguei uma maçã. Saí andando como se nada tivesse acontecido.

Chegando ao lado de fora suspirei aliviado.

– EI GAROTO! PAGUE A MAÇÃ! – o dono da venda gritou e eu corri com todas as minhas forças restantes.

Mais pessoas começaram a aparecer e me cercaram. Eles começaram a me bater usando tocos de madeira ou qualquer coisa que pudesse machucar.

Eu sentia muita dor, me bateram na cabeça, na barriga e nas costas, eu já estava sem forças e a dor possuía meu corpo até que não aguentei um segundo mais me rendendo a inconsciência.

 

Acordei com muita dor e impressionado com o fato de ainda estar vivo, estava largado na beira da estrada e tinha muito sangue em volta, provavelmente, acharam que eu estava morto ou quase e me jogaram aqui.

Assim que consegui levantar sem sentir tanta dor, sai caminhando pela estrada no sentido oposto à cidade, meu corpo fraco não aguentaria mais uma série de pancadas se me pegassem roubando de novo e eu não conseguia mais roubar sem ser pego, minhas condições não estavam boas para conseguir fugir.

Andei bastante pela estradinha de barro, sentia que meu corpo ferido iria desabar a qualquer momento, até atravessar uma ponte e chegar num castelo enorme e bonito.

O castelo da esperança.

Aproximei-me cambaleante e vi um botão perto das dobradiças. Apertei-o.

Já tinha minha vista embaçada.

Depois de um tempo, o portão abriu revelando uma mulher de feições delicadas, cabelos loiros, estatura baixa. Ela se assustou quando me viu provavelmente por eu estar com muito sangue seco no rosto, cheio de hematomas e com minhas roupas muito sujas, de sangue, mas também de outras coisas, e rasgadas, consequência de viver na rua e da última surra que levei.

– Meu Deus! – exclamou olhando nos meus olhos. – O que aconteceu com você criança? – ela perguntou espantada me apoiando.

– Apanhei muito porque roubei uma maçã para comer. – respondi falhado.

– Minha nossa! Venha, venha! – chamou já me ajudando a entrar.

– Anna, só podemos deixá-lo entrar se for ficar, você vai ficar para ser entregue aos vampiros? – uma mulher de pele clara, estatura mais elevada e cabelos negros, que eu não tinha notado estar ali, perguntou séria e eu assenti um pouco hesitante.

– Você parece hesitante criança, não quer ficar? – a loira perguntou confusa.

– Vão me machucar? – perguntei assustado.

– Aqui você não será machucado. – a morena respondeu.

– Não precisa ter medo criança. – a loira completou sorrindo.

– Eu vou ficar. – respondi convicto, mas com a voz fraca.

– Perfeito! Agora me ajude a levá-lo Lena, o garoto mal consegue andar, vamos! – a loira chamou e a morena veio para meu lado me apoiei nas duas e entrei apenas ouvindo o barulho das portas sendo fechadas.

– Vamos levá-lo para a Sarah. – a morena falou.

– Sim, com certeza!

Elas me levaram até uma sala sofisticada que parecia um hospital e me deixaram com a enfermeira de lá.

– Olá! Eu sou Sarah! Como é seu nome? – perguntou a mulher gentilmente enquanto cortava minha roupa.

– Sehun.

– Prazer Sehun! Você está bem machucado, como isso aconteceu? – perguntou depois de tirar minha roupa vendo meu estado mais claramente.

– Eu apanhei depois de roubar uma maçã para comer. – respondi novamente àquela pergunta.

– Vou te dar uma injeção para você não sentir mais dor certo? – ela perguntou e eu assenti. – Vou limpar esse sangue para poder dizer qual seu real estado, mas não vai doer por causa da injeção está bem? – assenti novamente e ela sorriu.

– Uma anestesia, certo? – perguntei e ela me olhou surpresa concordando.

– Como sabe?

– Minha avó conhecia bem sobre muitas coisas. – respondi simplório e ela assentiu. – Moça! – chamei e ela me olhou.

– Pode chamar de Sarah mesmo! – falou sorrindo.

– Certo! Sarah!

– Diga!

– Eu estou com muita fome. – falei e ela assentiu.

– Assim que eu terminar você vai poder comer. – respondeu ela sorrindo gentilmente.

– Eu estou com sono também. – comentei.

– É normal, efeito da anestesia, pode dormir, quando acordar estará melhor. – ela respondeu e eu assenti fechando os olhos.

 

Acordei me sentindo um pouco pesado.

Olhei em volta.

Estava em um lugar branco, numa cama confortável, limpo, usando uma roupa branca, com algo preso em meu braço.

– Oh! Você acordou! – falou Sarah entrando no quarto. – Como se sente? – perguntou.

– Pesado.

– Certo! Mais algo?

– Com sede e frio.

– Entendo, consegue se mexer?

– Sim.

– Levante os braços. – ela pediu e eu os levantei. – Balance as pernas. – fiz o que ela pediu e ela sorriu. – Bem... Está tudo certo com você, o soro acabou, isso quer dizer que você já pode ir! Acordou na hora certa! – sorriu.

– Para onde eu vou? – perguntei perdido.

– Ah sim! Anna passará aqui para guiá-lo até seu quarto. – ela falou e eu a olhei surpreso.

– Eu tenho um quarto?

– Agora tem. – ouvi uma voz. – Oi Sehun! Sou Anna, lembra-se de mim? – a moça loira que me ajudou perguntou entrando no quarto.

– Não esqueceria. – respondi sorrindo para ela.

– Quantos anos você tem criança? – Anna perguntou curiosa.

– Fiz 13 há duas semanas.

– Perfeito, quando ele pode começar o treinamento Sarah?

– Daqui a umas duas semanas pode começar um treinamento prático, se ele comer bem e descansar, mas nada muito pesado, agora treinamento teórico já pode. – ela respondeu e eu olhei confuso.

– Treinamento para quê?

– Para servir aos vampiros lembra? – perguntou Anna e eu a olhei assustado. – Venha, vou lhe explicar tudo.

 

Quatro anos e meio depois...

– Baek hyung! – chamei o mais velho.

Durante esse tempo que estive aqui, fiz amigos, treinei para servir aos vampiros como Anna tinha dito, aprendi muitas coisas, Anna diz que eu aprendo rápido. Daqui seis meses eu poderei ser escolhido por um vampiro para ser seu dito companheiro.

– Por que toda essa algazarra hoje? – o Chan perguntou curioso.

– Pelo que entendi, vampiros de linhagens importantes acabaram de chegar para escolher os companheiros hoje. – respondeu uma garota que passou por nós.

Nós nos olhamos sérios.

Torcíamos para poder manter contato depois de nos tornarmos companheiros, mas sabíamos que poderia acontecer diferente.

– Eu posso ser escolhido meninos. – o Baek falou nos olhando.

Eu sonhei com ele indo embora com três homens. Mas deixei essa parte fora da conversa, não ajudaria em nada dizer isso a ele.

– Vamos nos ver de novo Baek. – falei convicto e o Chan concordou. – Mesmo que você seja escolhido agora, daqui seis meses poderemos ser escolhidos também você verá, vamos nos encontrar. – falei o abraçando sendo imitado pelo Chan logo depois.

– Esses abraços não são adeus tenha fé. – ele falou e o Baek assentiu.

– BAEKHYUN, POR FAVOR, VENHA ATÉ MINHA SALA. – ouvimos a voz da Lena e nos olhamos confusos.

– Eu não fiz nada errado fiz? – ele perguntou e nós negamos.

– Não que eu saiba! – falei dando de ombros. – Não deve ser nada demais Baek, vai logo antes que ela se irrite. – completei e ele assentiu indo para onde foi mandado.

– Acho que aconteceu algo muito sério. – o Chan falou o vendo se afastar. – Se ele for escolhido hoje não sei se de fato vamos vê-lo de novo.

– Não sei Chan, algo me diz que vamos sim vê-lo, eu sinto que tem algo muito maior por trás dessa história. Acho que ele já foi o escolhido mesmo sem ir para sala de seleção. – comentei pensando seriamente enquanto olhava em volta e ele arregalou os olhos.

– Impossível! Isso nunca aconteceu antes! – Chanyeol alegou e eu revirei os olhos.

– Não é porque nunca aconteceu que não pode acontecer! Acorda Chanyeol! Pensa um pouco! Sempre que chegam vampiros para escolher seu companheiro, todos os aptos vão para sala de seleção, dessa vez o Baek foi chamado para a sala da Lena e da Anna direto e nós sabemos que ele não fez nada recentemente para ser chamado lá, além do que se elas fossem brigar com ele por qualquer coisa não seria bem no momento em que vampiros estão esperando para escolher seu humano. Você não acha? Tem ou não fundamento o que eu estou dizendo? – perguntei o olhando.

Estava implorando para que ele usasse a lógica! Qual é? Estava óbvio! Pelo menos essa parte da história para mim estava óbvia.

– Ainda não sei Sehun! Do nada um vampiro escolheu ele assim? – ele perguntou meio descrente então me lembrei que há seis meses eu senti que estávamos sendo observados... Será?

– Chany... – chamei. – Lembra que seis meses atrás eu senti que tinha alguém observando a gente? E se foi isso? E se desenvolveram uma nova forma de seleção? – supus até sentir um arrepio pelo meu corpo e o mesmo olhar nas minhas costas.

Agora era certeza! Não tinha como ser coincidência, era a mesma pessoa me observando!

Olhei em volta e minha vista bateu na área de vidro que dava para o lado de cá dois vampiros nos encaravam com um olhar hipnotizado. Era o olhar que nos seguiu durante dias um tempo atrás.

– Se não está convencido então olha aquilo ali! – mostrei-lhe a pequena área acima de nós e ele seguiu seu olhar para direção que indiquei vendo aqueles vampiros olhando.

Ele olhou surpreso. Senti aquele mesmo olhar queimar sobre mim. Quando tirei meu foco de Chanyeol e voltei o olhar para os dois notei que o mais alto olhava para o Chan com um olhar indecifrável, notoriamente interessado, apesar de não dar para ler em seu olhar o que mais ele pensava, porém me arrepiei com o olhar penetrante que o outro me direcionava.

Ele me encarava fixamente, mas sorriu lindamente assim que notou que eu devolvia o olhar. Aquele sorriso me hipnotizou, ele pareceu mais feliz assim que começamos a nos encarar. Dava para ver em seu olhar que ele queria algo de mim e aquilo me deixou intrigado.

Gostaria muito de ler pensamentos agora, mas não precisava disso para me convencer que não só o Baek, mas nós também já tínhamos um destino parcialmente definido.

– Chan... Eu tenho certeza que o Baek foi escolhido por um vampiro e que eles dois tem alguma relação com isso. – avisei os encarando de forma séria. – E ainda te digo mais... Tenho certeza que já fomos escolhidos também... Não sei o que será de nós agora, mas aposto meu dedo mindinho do pé que eles têm nosso futuro nas mãos! – completei e ele me olhou um tanto assustado.


Notas Finais


Bem... O plot da estória continua o mesmo, só mudei algumas coisas que achei relevantes, mas espero que estejam gostando, foi feita com carinho.
Era isso gente, por favor, comentem, me digam o que estão achando.
Bjs de chocolate, Kaka.


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