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História Blood and Soul (hiatos) - Tudo bem agora.


Escrita por: Mo_XuXu e Hikariexol

Notas do Autor


Hello amadinhos da Kaka!!
Como prometido, estou aqui com mais um capítulo, sem atrasos dessa vez, já que falei final de semana!!
Sem nenhuma obs para acrescentar, vamos ao capítulo, espero que gostem!!

Capítulo 3 - Tudo bem agora.


Fanfic / Fanfiction Blood and Soul (hiatos) - Tudo bem agora.

POV BAEK

Depois do jantar subimos em silêncio, nenhum de nós ousava proferir uma palavra.

– Notei que você passa o dia todo ou na biblioteca ou no quarto, se quiser andar pelo castelo, fique à vontade, pode mexer nas minhas coisas, só não mexa nas dos meninos, esse apartamento é meu, pode andar por todo castelo só não saia. – ele disse deixando um selar em meus cabelos de seguida entrando no próprio quarto.

Decidi fazer o que ele sugeriu começando por onde já estava.

Descobri que a porta ao lado da minha era mais um quarto, em frente a esta era um escritório e a última um banheiro.

Desci para o segundo andar, o mesmo parecia uma sala de dança bem espaçosa e cheia de equipamentos de som bem sofisticados com as paredes todas cobertas por cortinas. 

Espera! Cortinas? Quêêê?

Afastei uma delas e vi um espelho por trás. Estreitei os olhos e abri as outras, atrás de todas elas possuía espelhos, mas... Por que estão cobertos?

Depois eu pergunto ao Yixing.

Cobri todos novamente e continuei.

O primeiro eu já sabia que era a cozinha, então o ignorei e desci.

Parei no meio da sala olhando para a porta, o próximo apartamento era do tal vampiro que os criou.

Como era o nome dele mesmo?

É...

Mulan?

Não, não, era...

Hulan?

Ainda não...

LUHAN! ISSO! LUHAN!

Olhei hesitante, mas levantei e fui até lá.

Quando entrei no local vi que, como os outros, era bem diferente.

Tinha a mesma planta, na parede oposta a porta estava a janela, na parede ao lado, a escada, mas, como nas salas das outras casas... A decoração devia seguir o perfil do tal Luhan.

O sofá branco, assim como as cortinas da janela, na parede da escada tinha pendurados vários artefatos de luta, como espadas, machados, possuía até leques e fitas, que são armas pouquíssimo usadas.

De boa, gosto é gosto!

Mas o que me chamou atenção foram as paredes, quer dizer, as paredes não, afinal elas são brancas e sim uma em especial.

A parede oposta a escada com certeza não era muito comum, ela parecia uma enorme tela com uma pintura abstrata ou simplesmente o que era para mim, uma parede com respingos de tinta, como se tivessem pego várias e apenas jogado nela aleatoriamente.

Deve fazer sentido para alguém...

– Olá rapaz! – ouvi uma voz desconhecida o que me fez virar, o homem era um pouco mais baixo que eu, com os olhos arregalados, pele bastante branca e lábios em formato de coração que agora sustentava um sorriso simpático.

Como ele poderia ser tão familiar para mim?

– Você não vai me responder? – perguntou parecendo chateado.

– Desculpe! – me curvei. – Bom dia! – respondi e ele sorriu largo.

– Tudo bem, estou feliz que você finalmente saiu da toca! Gostou da parede? – perguntou curioso.

– É bem original! – respondi rindo.

– Concordo! – ele também riu. – O Luhan teve a brilhante ideia de brincar com os meninos para pintar essa parede. – riu.

– Como assim?

– Quando essa guerra enfim acabou, os meninos estavam destruídos e eram apenas adolescentes, a perda de boa parte da família deixou todos nós muito abalados, ele decidiu que seria o porto seguro das crianças, acabou como tutor deles, ele só queria vê-los sorrir, então comprou um saco de balões de festa, encheu todos com tintas de várias cores e brincou com os meninos de atirar na parede, foi a primeira vez que eu os vi rindo e se divertindo depois daquele desastre em nossa família. – suspirou, mas depois sorriu olhando para mim. – Posso te chamar de Baek? – perguntou o rapaz e eu arregalei os olhos surpreso.

– Como sabe meu nome? – perguntei confuso.

– Ah... O Lay fala bastante de você e a minha irmã me ligou antes de você chegar pedindo que eu cuidasse de você como um sobrinho, além de ligar sempre perguntando como você está. – ele respondeu risonho. – Sou Kyungsoo, mas pode me chamar de Kyung ou de Soo, como preferir. – ele falou estendendo a mão e eu assenti a apertando.

– Você deve ser o humano desse Luhan! Mas... Quem é a sua irmã? – perguntei curioso.

– De certo modo sim, sou o humano do Luhan. – ele soltou um risinho.

– Por que “de certo modo”? – perguntei ainda mais curioso.

– Somos casados. – respondeu dando de ombros.

– E pode?

– Hoje em dia não mais. – respondeu sucinto. – Como está sua relação com o Lay? – perguntou e eu o olhei confuso.

– Como assim?

– É que ele estava conversando com o Lu esses dias todo tristonho dizendo que você não gosta dele e ele nem sabe por que. – o Kyung explicou fazendo um biquinho. – Eu também não entendo por que, o Lay é um amor de menino. – ele completou.

– Não é que eu não goste dele, ele não me fez nada, pelo contrário, ele é paciente e compreensivo, gentil... Só não gosto da situação que fui colocado. – expliquei ocultando a parte dos meus pais e ele assentiu suspirando.

– Olha Baek, eu estou com o Luhan há muito tempo, desde antes da guerra bem antes mesmo, eu vi esses meninos nascerem e ajudei a criá-los. – ele falou e eu arregalei os olhos.

– Como assim? – perguntei surpreso.

– Vou te contar uma história. – ele falou me puxando para o sofá. – Os vampiros e os humanos já viveram em paz e juntos. Sem essa distinção sabe?! Isso há muitas décadas! Os vampiros geralmente são muito ricos, acho que por serem de certo modo imortais acabam sabendo lidar melhor com o dinheiro e acumulando mais riquezas, enfim... Eles eram ricos, mas sempre foram gentis, nunca foram esses monstros que as histórias pintam, meu pai era o melhor amigo do senhor Xi Yin que era casado com a senhora Lyu e tinham seus filhos, Luhan, Liang, Lena e Feyi, mas o senhor Xi também cuidava do sobrinho, o Taemin e para completar o grupo ainda tinha eu e minha irmã gêmea, crescemos todos juntos, nós éramos inseparáveis sabe?! Minha mãe era humana, mas meu pai era um vampiro. – ele falou e eu arregalei os olhos.

– Jura Kyung? – perguntei chocado.

– Sim, mas ela acabou morrendo quando nós nascemos, geralmente as mulheres que se casavam com vampiros e engravidavam, abortavam por seu corpo não resistir à gestação, porém a minha não quis fazer o aborto.

– Espera! O senhor Xi era um vampiro certo? – perguntei e ele assentiu. – Então como a senhora Lyu conseguiu ter quatro filhos? – perguntei confuso e ele riu.

– Oh Baek, eu sou meio humano, o Luhan não, ele é um vampiro de sangue puro ou de classe 1, como preferir chamar. – ele falou e eu o olhei sem entender. – A senhora Lyu também era vampira. – ele completou e eu olhei chocado.

– E vampiros engravidam? – perguntei chocado.

– Como você acha que nascem os vampiros, do ovo? – ele perguntou risonho.

– Nunca parei para pensar nisso! – comentei e ele revirou os olhos.

– Mas você sendo meio humano funciona do mesmo jeito a troca de sangue? – perguntei curioso.

– Mais ou menos, mas depois eu explico melhor essa parte, agora continuando a história... Os humanos começaram a se revoltar pelo governo ser comandado por vampiros, foi nesse momento que as coisas começaram a dar errado, a guerra ainda não tinha começado de fato, mas foi assim que todos os problemas começaram a surgir. Eu já estava de casamento marcado com o Luhan, minha irmã já namorava a Lena, Liang e Feyi já estavam de casamento marcado também e até o Taemin já namorava a pequena Jonye, uma vampira muito meiga que era super apaixonada por ele, mas quando uns acidentes estranhos começaram a acontecer e o meu pai junto com o senhor Xi começaram a desconfiar desses tais “acidentes” e iniciaram uma investigação descobriram que os humanos estavam matando mestiços ou vampiros de classe 2, e entenda se mestiços já eram raros, íamos acabar entrando em extinção, tentaram nos matar e meu pai acabou morrendo para nos proteger, então como os Xi eram, e ainda são, a família de maior influência apreçaram meu casamento com o Lu e minha irmã casou logo com a minha cunhada, assim também seriamos Xi e estaríamos mais seguros, ninguém ousaria nos fazer mal, mas nem todos tinham essa mesma sorte, minha irmã tinha uma amiga muito querida chamada Padma, ela não teve a nossa sorte e teve que fugir quando a guerra começou... Depois disso houve o casamento da Liang com Zhang Chang e da Feyi com Wu Quon, em meados da metade da guerra que os meninos nasceram. – ele explicou e eu o olhei chocado.

– Você ainda não me contou quem é sua... – me interrompi surpreso computando o que ele falou e lembrando de fatos que na hora eu não raciocinei.

– A Lena que você falou é a mesma Lena da escola! Ela é uma vampira, por isso ela é gelada e raramente toca alguém! – conclui chocado o encarando.

– Gelada? Hmm... Minha irmã não tem jeito mesmo... Elas devem ter brigado e minha irmã a deixou de castigo, ou seja, sem sexo, o que significa sem sangue. – ele comentou. – Com certeza é por isso que ela estava gelada.

– Se a sua Lena é a minha Lena você só pode ser irmão da Anna! Por isso você me pareceu tão familiar! Meu Deus! Jamais pensei que a Lena fosse uma vampira, ela esconde isso muito bem!

– Sabe Baek? Eu arrisco dizer que o seu problema é com os vampiros em geral! – ele falou suspirando e eu baixei a cabeça.

– Desculpe.

– Olha, eu não sei o que aconteceu com você para que tenha raiva de vampiros, mas o que quer que pense sobre nós, está errado. O meu Lu perdeu os pais, os pais, duas de suas irmãs e o primo, todos eles nessa guerra, assim como os meninos perderam os pais, todos perderam com ela, e meu Lu nem pode sofrer, porque ele tinha que ser o porto seguro das crianças, então, por favor, não machuque nosso pequeno Lay, ele é um garoto de ouro. – ele pediu e saiu pouco depois de fazer um carinho em minha bochecha.

Corri para casa.

O Lay fez tanto por mim desde que cheguei aqui e eu apenas o causei problemas, e pior, ele só está debilitado porquê eu não cumpri o meu dever como seu companheiro, não o alimentei.

– Yixing! – chamei assim que entrei em casa procurando por ele e nada. – YIXING! – gritei e ele apareceu na minha frente com um semblante preocupado.

– O que aconteceu? Você está bem? – ele perguntou me olhando dos pés a cabeça procurando algo de errado.

– Me desculpe. – pedi o abraçando. – Eu fui muito injusto com você... Só pensei em mim e você só me fazendo bem...

– Baek... Do que você está falando?

– Você sempre foi paciente comigo, mesmo quando eu não mereci você cuidou de mim enquanto eu sequer fiz o mínimo que deveria fazer que é te alimentar, mantê-lo forte e saudável.

– Eu disse que ia esperar você...

– Você pode tomar meu sangue sem precisarmos fazer nada agora não pode? Você mesmo disse que dava para controlar! Eu não estou psicologicamente pronto para aquilo ainda. – falei um tanto sem graça e ele sorriu.

– Tudo bem pequeno. – ele falou dando um beijo em minha testa e estendeu-me sua mão. – Você tem que comer, vou fazer o seu jantar, já é fim de tarde e você não veio almoçar.

– Mas e você?

– Depois que você comer!

Ele me puxou para cozinha e fez o jantar enquanto conversávamos sobre uns livros que eu li em sua biblioteca.

– Mas aquele final me surpreendeu, não imaginava que o Vans ficasse com a Jane, nem que o Phil fosse gay. – falei empolgado e ele sorriu.

– Eu desconfiei... – constatou.

– Ah! Você sempre prevê o final das histórias? – mais resmunguei que perguntei.

– É um dom! – deu de ombros. – Jantar pronto! Vamos para mesa!

– Certo! Eu te ajudo. – falei ajudando a pôr a mesa.

Depois de comermos e limparmos a cozinha ele me chamou para que conversássemos em seu quarto.

Concordei.

– Você gosta muito de ler, não é? – perguntei o óbvio vendo mais três prateleiras com livros numa das suas paredes.

– Não é para menos, um escritor tem que gostar de ler. – deu de ombros e eu o olhei chocado.

– Você é escritor?

– Essas três prateleiras são todos livros meus. Os originais. – ele falou e eu grudei nas prateleiras olhando os livros.

– Deve ser por isso que você sempre prevê o final, deve ser coisa de escritor. – comentei e ele riu.

– Pode ser.

Um livro de capa vermelha com letras douradas me chamou atenção, pareceu familiar, peguei o mesmo e olhei atentamente.

– Eu não acredito! A Anna me deu esse livro para ler há um tempo, eu amo esse livro! – comentei foleando cuidadosamente e colocando lá logo depois. – O que acontece com o Leon? Você não deixou claro... Não sei se ele morreu ou se ainda está vivo, mas ele deixaria a Davis no escuro pensando que ele está morto? – o bombardeei de perguntas pulando em cima dele que riu.

– Você saberá na hora certa...

– Não faz isso comigo, olha, vou fazer uma pergunta e você só diz sim ou não. – pedi e ele assentiu. – Ele está vivo não é? – perguntei ansioso e ele riu.

– Se eu contar perde a graça Baek...

– Por favor Xing! – apelei? Sim, muito, mas eu precisava saber.

– Ele está vivo. – o Yixing respondeu em modo automático e sua mente parecia longe.

­– Ah! Eu sabia! – dei um pulinho no colo dele que fechou os olhos e respirou fundo.

– Não faz isso, por favor! – ele pediu e eu o olhei sem entender.

– Você está pulando no meu colo Baek, e a vontade que eu estou de te morder agora é imensurável. – ele falou e eu suspirei.

– Morda, você tem que se alimentar. – respondi.

– Você não sabe o que está me pedindo Baekhyun. – ele afirmou em tom de aviso com a voz rouca.

– Você está debilitado Yixing, precisa se alimentar. – rebati sério e tomei um susto quando ele inverteu nossas posições ficando por cima de mim e mordendo meu pescoço.

Um calor tomou meu corpo se apoderando de mim, um tesão... Ele sugava com sede e a cada segundo eu me sentia mais e mais excitado. Não tinha muita noção da quantidade, mas ele parecia estar bebendo bastante.

– Me tome Yixing. – gemi.

Eu não pensei que fosse dizer isso mais sem minha permissão essa frase escapou de minha boca.

Assim que disse isso ele se afastou de súbito batendo as costas na parede atrás de si.

– Não posso fazer isso! Não é você falando agora, é só efeito da mordida, se eu fizer você vai se arrepender assim que recuperar os sentidos. – ele falou saindo do quarto e só então me dei conta do que eu tinha dito.

Ele me respeitou, não se deixou levar pelo desejo ou pelo momento, ele permaneceu firme sobre o que eu pedi, por mim.

Sorri bobo, mas assim que senti minha intimidade pedindo alívio corri para o banheiro do meu quarto para resolver aquele probleminha.

 

Três meses depois...

Aquele dia não saiu da minha cabeça. Minha mente insistia em me lembrar daquilo sempre, e de todas as vezes que ele bebeu meu sangue, aquela foi a mais intensa e marcante.

Todas as outras vezes ele me mordia era mecânico, uma mordida no pulso, bebia pouquíssimo se comparado com a primeira vez que bebeu. Acredito que da primeira vez ele se descontrolou pela falta de sangue por um longo período. Agora eu o alimentava semanalmente.

Mas depois daquele ocorrido ele disse que eu teria que fazer umas aulas com o Kyung para aprender as coisas lá. Então minha rotina passou a ser...

Levantar, comer, aulas teóricas com o Kyung sobre vampiros e o que acontecia depois da ligação, comer de novo, praticar luta com o Kyung e ler até antes de dormir, às vezes até comer antes de dormir também já que o Yixing me obrigava a comer o tempo todo. Ás vezes o Kai aparecia para perturbar o juízo e me matar de curiosidade dizendo que no meu aniversário eu teria uma grande surpresa.

Eu estava surtando em curiosidade.

Minha cabeça borbulhava com as coisas que o Kyung me explicava nas aulas e com tudo que descobri sobre eles.

Eu já interagia com ele, conversávamos sobre várias coisas e eu acabei permitindo que ele se aproximasse embora não tenha aceitado trocar sangue com ele ainda, acabei contando sobre os pesadelos e ele sempre dormia ao meu lado, sempre me amparava.

Cuidar de mim devia dar tanto trabalho, mas ele nunca me destratou ou forçou nada, sempre me respeitou, eu sinceramente não sei definir o que estou sentindo e até ter certeza minha amizade era só o que minha cabeça confusa me permitia para o momento.

 

Um mês depois...

Daqui uma semana faz seis meses que eu estou aqui.

Ele nunca me cobrou nada, nem me apressou, ele apenas conversa comigo, me segura quando aqueles pesadelos resolviam me atormentar, cozinhava para mim, ele pediu minha ajuda no livro que estava escrevendo e até que era engraçado ajudá-lo...

– Por que você tá sorrindo feito um idiota? – o Kyung perguntou curioso sentando ao meu lado no sofá da biblioteca do Xing...

Pois é, eu estou o chamando de Xing e o sorriso que ele me dá toda vez que o faço me aquece por dentro.

– BAEK! – o Kyung gritou e eu tomei um susto pulando do sofá.

– Por que você tá gritando homem? – perguntei respirando fundo tentando me recuperar do susto.

– Você estava aí sorrindo igual um maluco olhando para a parede como se fosse a coisa mais interessante do mundo. – ele afirmou e eu corei.

– Kyung! – o repreendi envergonhado.

– Ah Baek! Me conta vai! O que aconteceu? – ele perguntou e eu desviei o olhar. – Me conta! Me conta! Me conta! Me conta! Me conta! – ele ficou pedindo empolgado enquanto me sacudia.

– Tá, tá! Mas para de me sacudir!

– Desculpa, mas me conta, por que você tá assim? – perguntou divertido.

Suspirei.

– Você vai ter que me prometer que não vai contar nada para ninguém! – falei e ele assentiu. – Nenhum deles podem ouvir lá fora? – perguntei em seu ouvido e ele negou.

– Se estiver lá fora não ouve! Cada apartamento tem sistema a prova de som, ninguém do lado de fora ouve, a menos que tenha alguém em casa, ai vai poder ouvir! – ele respondeu e eu suspirei.

– Faz tempo que você não sai daqui né? Vamos dar um passeio! – ele respondeu me levantando e pulando a janela comigo nos braços.

Ele correu um pouco comigo nos braços e sentamos num parque.

Eu nunca tinha saído do castelo.

– Kyung! – exclamei. – Você está louco? – perguntei exaltado. – Eu não podia sair, o Yixing vai pirar, eu prometi que não sairia...

– Ei, calma! É rápido! Relaxa! Conta logo e nós voltamos! – deu de ombros. – Pode não parecer, mas eu sou muito poderoso! – ele falou rindo.

– Você já explicou da sua vantagem de habilidades pela troca de sangue com o Luhan! – respondi revirando os olhos.

– Então! Não tem com o que se preocupar! Está seguro comigo! Você não podia sair sozinho! – ele falou me tranquilizando.

– Certo, certo... – rendi-me, não adiantava protestar, ele não descansaria enquanto eu não falasse. – É que eu estou apaixonado por ele. – despejei a informação. – Eu me apaixonei pelo Yixing tá! Você tinha razão, ele é maravilhoso! – divaguei apaixonado e ele gritou empolgado enquanto ria.

– Eu sabia! Eu sabia! – ele começou a gritar e eu ria da cara dele. – Sua aura apaixonada te entregou queridinho!

De repente seu sorriso morreu e seus olhos ficaram um violeta lindo, e mesmo que eu estivesse maravilhado com a beleza daqueles olhos eu sabia que aquilo não era um bom sinal. Procurei ao redor e acabei vendo um homem nos observando atrás de uma árvore.

– Tem um cara nos observando ao sul. – falei e ele puxou o ar com força.

– Não é só um! Merda! – ele praguejou e de repente suas presas cresceram, seus olhos começaram a clarear para lilás. Ele olhava para todos os lados puxando o ar como se tivesse... Rastreando quem nos perseguia pelo cheiro.

Tomei um susto quando ele me pegou no colo e correu muito rápido, mais até do que eu achei que fosse possível.

Porém um vampiro parou a nossa frente com os olhos azuis quase brancos e as presas também saltadas tentamos fugir, porém mais dois vampiros com os olhos igualmente azuis apareceram.

Não tínhamos escapatória!

– Quem são vocês? – o Kyung perguntou em alerta.

– Os vampiros que vão tirar esse garoto de você, meio humano! – ele deu um sorrisinho de lado.

– Ah é? – perguntou risonho.

– Sim, ou você acha que pode com três vampiros de sangue puro? – ele perguntou sarcástico e o Kyung riu alto.

– Você não vai querer arrumar problema comigo meu caro. – o Kyung rebateu. – Quem avisa amigo é, lembre-se de que eu avisei. – falou com um olhar assassino.

Kyungsoo me colocou no chão e me puxou para perto de si.

– Vamos Luhan! Cadê você? – o ouvi murmurar.

Um dos vampiros avançou e o Kyung também, parecia luta de filme, mas o Kyung estava batendo muito e apanhando pouco, era só isso que importava. Os dois lutavam numa velocidade que chegava a ser difícil de acompanhar, mas os outros dois desgraçados vendo que o amigo estava perdendo feio se meteram.

O Kyung lutava contra os três, desviava de um que batia no outro e contra-atacava com um golpe no último, assim a luta se manteve, o Kyung se esquivava aqui e ali, metia umas porradas, mas o pegaram e eu estava cada vez mais em pânico com algumas rachaduras que começaram a aparecer em seu rosto depois de muitos socos.

Eu já estava aflito, não tinha como eu ajudá-lo, eu não conseguia nem acompanhar a velocidade deles que dirá bater. Vi mais dois vampiros correndo em alta velocidade, eles estavam tão rápidos que eu não conseguia ver o rosto de nenhum dos dois.

– Meu Deus! – praguejei apavorado, o Kyung não conseguiria lutar com mais dois vampiros.

Um deles parou tirando os vampiros de cima do Kyung e jogando longe, o reconheci do quadro, mesmo que seus olhos estivessem azuis como os dos caras que nos atacaram e não castanhos...

Eu sei que era o Luhan!

Senti braços me rodearem, quando me virei vi o Xing atrás de mim me abraçando apertado.

– Graças a Deus! – chorei o abraçando.

– O que aconteceu Baekhyun? – ele perguntou me olhando preocupado checando se eu estava machucado.

– O Kyung... – comecei desesperado virando e vi o tal Luhan decapitando o último vampiro com as mãos e então ele virou pó. – Jesus!

– Calma Baek! Calma! – ele pediu me abraçando apertado.

– O Kyung! O Kyung! – eu balbuciei em choque.

Ele estava no chão, com algumas rachaduras no rosto e de olhos fechados.

O Luhan mordeu o próprio pulso e colocou na boca do Kyung e, aos poucos, seu rosto foi cicatrizando depois me olhou sério, colocou o Kyung nas costas e desapareceu.

– Me perdoa Xing, por favor, me perdoa, eu...

– Shii... Calma! Vamos sair daqui! Vem! – ele falou me colocando nas costas e correndo de volta para o castelo.

 

Entramos no quarto dele e ele se virou para mim parecendo furioso.

– O que você estava fazendo Baekhyun? Queria morrer? Meu Deus! Você pirou? Eu disse para não sair! Você quer fugir de mim? É isso? Eu achei...

Beijei sua boca o calando e ele arregalou os olhos surpreso, fechei os meus e o senti passar os braços em minha cintura aproximando nossos corpos delicadamente.

– Xing me deixe explicar, por favor! – pedi depois que separamos o beijo e ele assentiu sorrindo abobado o que me fez rir baixinho.

– Certo, explique-se. – ele pediu depois de pigarrear e coçar a nuca envergonhado percebendo o que fazia.

– Eu estava conversando com o Kyung na biblioteca eu só queria contar a ele que me apaixonei por você sem que você ouvisse, mas era só para irmos a um lugar onde você não pudesse ouvir, só que ele me levou para um parque, era para ser uma surpresa...

– Você se apaixonou? – ele perguntou me encarando com os olhos arregalados e eu sorri assentindo.

– Eu sempre agi daquele jeito porque eu tinha raiva dos vampiros pela morte dos meus pais, eu sempre culpei vocês, mas... Você e os outros perderam os pais também, como poderiam ser culpados? – expliquei de novo afobado e ele sorriu se aproximando lentamente e me beijando de novo delicadamente.

 

POV YIXING

Depois de tudo esclarecido vi que ele estava tomado pelo pânico. Peguei-o nos braços sentindo seu corpo tremer.

– Você não precisa temer mais nada Baek, eu vou te proteger. – disse beijando a ponta do seu nariz e ele sorriu parecendo menos assustado.

– Eu não quero mais te preocupar tanto. Quero ser mais forte! – ele disse com um olhar sério enquanto tocava meu rosto levemente. – Eu quero firmar a nossa ligação. – disse de forma convicta.

– Você tem certeza Baek? – perguntei e ele assentiu.

– Eu quero ser completamente seu Xing! – ele sussurrou provocativamente no meu ouvido.

Suspirei.

O coloquei suavemente na cama e fiz um caminho de beijos suaves que se iniciou na sua mão indo até o pescoço.

Apoiei-me com as mãos na cama uma de cada lado de seu corpo e parei o admirando.

– Lay-ah, não me encare desse jeito. Isso me deixa envergonhado.

– Mas por que? Você é a criatura mais linda que eu já vi em todos os meus anos de existência. – eu falei e ele me puxou para um beijo afoito, provavelmente numa tentativa de esconder seu embaraço.

Cheguei perto do seu pescoço e me surpreendi ao sentir um leve mordiscar na minha orelha.

Ele ainda vai me enlouquecer com as suas reações.

– Baek por favor, eu estou sedento por você a muito tempo, mas não quero perder o controle. – gemi manhoso.

– Por que não? – perguntou ele risonho. – O que você vai fazer?

– Se eu perder o controle não vai prestar Baek! Eu estou avisando. – afirmei em tom de aviso o fazendo sorrir.

Ele me puxou jogando meu corpo na cama e levantou ficando em pé na mesma, desabotoando a camisa de forma sexy enquanto rebolava.

Lindo!

Eu desejei tanto por isso todo esse tempo que estava um tanto extasiado com a cena... Que tenho que confessar, está quase me fazendo perder o juízo.

Ele desceu da cama e ligou o som numa música sexy logo depois subindo de novo e rebolando sensualmente no ritmo da música.

Eu realmente não esperava por algo assim!

Depois de abrir parte da camisa, só de tortura mesmo, ele ficou em cima de mim começando a tirar a minha roupa com uma lentidão que estava me deixando agoniado.

Quando ele estava no meio da camisa eu tomei a frente arrancando minhas roupas e as dele o fazendo rir.

– Como você é apressado Xing! – comentou divertido rebolando sobre meu membro e eu nem tive tempo de xingá-lo antes de gemer rouco.

– Por favor, Baek, não me torture. – implorei.

– Mas eu quero Xing, e agora? O que fazemos? – ele perguntou com um semblante inocente que não condizia nada com a situação.

– Só lembre-se que o que acontecer depois que eu perder o controle é culpa sua. – afirmei e ele sorriu largo.

– Com certeza, será um prazer arriscar.

– Se é assim, faça o que quiser fazer. – dei carta branca e ele sorriu largo.

Ele começou a rebolar no meu membro, encaixando-o entre suas nádegas e o apertando.

Gemi arrastado e ele arranhou meu abdômen.

Ele saiu de cima de mim se posicionando entre minhas pernas e colocou a glande em sua boca chupando e lambendo a fenda onde o pré-gozo escapava com abundância.

Ele lambia e chupava apenas a glande massageando o resto com a mão. Até que ele o colocou inteiro na boca alcançando a garganta o que fez com que engasgasse tossindo bastante. 

– Calma, passou. – falei acariciando suas costas.

– Desculpa.

– Tudo bem, não precisa se desculpar. Agora vem cá. – o puxei para cima o beijando docemente.

Fui deixando beijos pelo seu abdômen liso e ele contia os gemidos mordendo o lábio.

– Quero ouvir os seus gemidos Baek. – afirmei o virando e mordendo sua nádega direita tirando sangue dali o fazendo gemer alto e manhoso.

Subi sua bunda o colocando na posição mais linda que existe, de quatro, e penetrando minha língua ali.

Peguei o lubrificante na mesinha de cabeceira e despejei uma grande quantidade em minha mão colocando dois dedos na entrada dele fazendo movimentos de tesoura alargando-o.

Coloquei mais dois dedos na festa e ele apenas gemia e pedia mais rebolando nos meus dedos.

– Eu quero você Xing, eu preciso de você. – ele falou e eu o virei de frente para mim, deitado na cama, e abri suas pernas me posicionando comecei a massagear seu membro e me abaixei aproximando meu pescoço de sua boca.

– Então me morda, beba meu sangue agora.

Assim o fez. Mordeu com força rompendo a pele e sugando meu sangue.

Ele gemia enquanto sugava eu gemia junto.

Entrei de uma vez e ele gemeu alto parando de sugar.

– XIIIIIIIIIIIIING! – ele gritou.

Parei para admirar aquela imagem. Nunca vi cena mais linda na vida, meu humano gritando por mim na hora do sexo.

Perfeita!

– NÃO PARA! POR QUE VOCÊ TÁ PARADO? – ele gritou desesperado para o meu deleite. – CONTINUA PARADO QUE EU TE PONHO DE QUATRO E TE FODO ATÉ AMANHÃ! – ele gritou e eu olhei chocado, mas depois comecei a rir.

Se você quer que eu me mova então eu me movo.

Fui com tudo numa estocada forte e profunda, passei a dar estocadas rápidas e morder onde quer que estivesse ao meu alcance o fazendo gemer descontrolado.

Quando acertei sua próstata ele urrou de tanto prazer.

Depois de algumas estocadas ele se desfez em nossos abdômens contraindo sua entrada e me fazendo gozar em seu interior.

Tirei meu membro de dentro dele que gemeu baixinho.

– Gostou amor? – perguntei sussurrado no ouvido dele que assentiu sonolento. – Pensa que terminou? – perguntei inocente e ele arregalou os olhos.

Abri suas pernas mordendo sua coxa esquerda perto da virilha o fazendo soltar um gemido manhoso e seu membro enrijecer.

Coloquei-o na boca chupando, mordiscando levemente e lambendo.

Seu pênis pulsava na minha boca, sentia-o inchar cada segundo mais e era delicioso ouvir aqueles gemidos.

Depois de um tempo, quando ele já estava perto, adicionei meus dedos a festa o fazendo gozar na minha boca.

Subi mais meu corpo beijando sua boca, o beijo foi intenso, e ele rodeou meu pescoço com seus braços.

Mordi seu lábio inferior e ele choramingou.

– Você vai me matar nesse rítmo.

– Nada amor! Com o tempo acostuma!

Mordi seu pescoço e ele mordeu o meu ombro tirando sangue em ambos os casos.

Coloquei-o de quatro para mim e o penetrei de uma vez. Ele gemeu insano. Já iniciei com estocadas fortes, precisas em seu ponto e rápidas.

Apertei seu pênis o impedindo de gozar e ele gemeu em reprovação resmungando que eu era mal.

Mordi suas costas bebendo um pouco do sangue e ele gemeu dolorido por não conseguir gozar.

– Ainda não amor.

Se eu estava judiando dele?

Sim. Eu estava, mas ele resolveu assumir as consequências por me fazer perder o controle.

Mordi sua nuca também bebendo sangue e ele gemeu desesperado.

Soltei seu pênis e continuei bebendo seu sangue enquanto mantia o rítmo das estocadas constante.

Algumas estocadas a mais e ele gozou e eu logo em seguida.

Depois de me retirar de meu pequeno nos limpei e me juntei a ele na cama para dormirmos agarradinhos.

– Tudo bem Baek? – perguntei quando ele se aninhou nos meus braços.

– Muito bem! – sorriu. – Bem melhor do que eu sempre esperei! – ele respondeu eu o encarei curioso.

– Quer falar sobre isso? – perguntei.

– Meus pais foram mortos durante a guerra, eu era muito criança, lembro que eu estava dormindo na nossa barraca no acampamento quando eu ouvi gritos, eram da minha omma, eu levantei do saco de dormir e sai da barraca, queria saber por que ela estava gritando, quando vi os corpos deles no chão cheios de sangue e um vampiro em cima deles, eu era só uma criança assustada, tentei fugir, mas nunca que eu ia conseguir fugir de um vampiro, quando ele ia avançar sobre mim o mataram. Eu não me machuquei fisicamente, mas aquele momento nunca saiu da minha cabeça.

– Seus pesadelos são sempre essa lembrança Baek?

– Sim, meu mundo acabou ali, eu não tinha mais ninguém e nenhuma daquelas pessoas se preocupou comigo, eu fiquei sozinho. Pouco depois daquilo os acordos foram feitos e a guerra acabou, mas eu fiquei largado nas ruas, sozinho, sem nada... Até a vovó Gain me encontrar. Eu estava pedindo comida as pessoas no canto de um restaurante. Ninguém me dava nada, apenas me escorraçava com nojo, preferiam jogar as sobras no lixo do que me dar para comer, eu vivia assim, catando do lixo para comer. A vovó Gain não tinha nada, era uma mendiga igual a mim, mas ela ficou comigo e eu já não me sentia mais abandonado. Eu cuidava dela, fazia o que podia, mas ela estava velha e me levou até a escola, ela fez o que podia para não me deixar sozinho de novo. Eu perdi ela naquele dia, parecia que ela estava esperando só conseguir alguém para cuidar de mim para morrer, ela morreu na porta da escola, Anna ainda tentou ajudar, mas já era tarde.

– Eu sinto muito meu amor! – falei o abraçando apertado e ele correspondeu ao abraço.

– Anna prometeu a vovó que cuidaria de mim antes dela morrer e mesmo eu não querendo ficar ela me levou para dentro. Eu tinha um pânico terrível de vampiros, estava me sentindo abandonado de novo e eu fiquei transtornado, demorou anos até eu aceitar passar pelo treinamento, comecei o treinamento depois da idade inclusive, por isso terminei mais tarde que o normal, a Anna dormia comigo sempre, nunca desistiu de mim.

– A tia Anna é assim ela sempre está disposta a ajudar, mesmo àqueles que não querem ajuda.

– Verdade. Eu comecei a melhorar quando conheci uma outra criança morava ali, ele foi deixado ali pelos pais logo quando começaram a recolher humanos, ele tinha só seis anos e os pais tinham a esperança de que ele poderia ter um futuro melhor ali, o Chanyeol. Na cidade chamam a escola de castelo da esperança, porque é o último suspiro de esperança para quem não tem nada. A Anna estava sempre com a gente, a maior parte das noites ela dormia conosco sem cobrar nada... – ele sorriu. – Uns anos depois chegou outra criança, quer dizer... Ah, o Sehun tinha treze anos quando chegou lá. Todo estrupiado depois de ter apanhado um bocado por roubar uma maçã para comer. Nós três éramos inseparáveis ali dentro. – suspirou e eu sorri internamente sabendo que logo eles estariam juntos. – Sinto a falta deles! – sorri o abraçando mais apertado sabendo que logo meu Baek estaria se sentindo completo.

– Esse mundo é pequeno Baek, vocês vão acabar se vendo de novo, acredite! – disse sorrindo, ele amaria a surpresa. – Agora vem cá, vem dormir. Te amo meu Baek!

– Te amo Xing.


Notas Finais


Entãããããão....??? O que acharam do capítulo???
Tiveram amadinhas preocupadas com a relação deles, estão mais calmas agora???
Esperando minhas queridas me dizerem o que acharam dele e fofuchas novas brotarem aqui de paraquedas...
Beijokas de hortelã.


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