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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter IX


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Alô, tudo bom com vocês, meus queridos? Vou falar a mesma coisa que falo em todo santo capítulo, seja dessa fanfic ou da outra, agradeço muito a quem favoritou, a quem está lendo e a quem está comentando sempre (ou quem comentou no último capítulo). Essa fanfic não seria nada sem vocês! Sei que muitas leem e não comentam, mas gosto de saber que alguém goste do que eu escrevo. Bom, a quantidade de capítulos que eu postarei dessa fanfic não tem um número programado, e isso também depende se vocês estão gostando ou não. Essa história está sendo um desafio para mim, ainda mais para a minha criatividade, visto que eu só tenho somente poucas coisas para me basear e nenhuma cronologia- como a minha outra fanfic, Radioactive, tem. Vocês podem também ver que tem uma diferença de escrita de uma fanfic para outra, pois essa história tem bem menos que drama que a outra, e são personagens muito diferentes (quem leu ou lê Radioactive sabe bem disso).
Enfim, vou deixar vocês com o capítulo! Se puderem comentem, eu adoraria ter um feedback sobre a fanfic (ainda mais sobre esse capítulo).
Até as notas finais xx

Capítulo 10 - Chapter IX


Fanfic / Fanfiction Blood Moon (Marauders Era) - Chapter IX

No café da manhã, um silêncio incomodante se instalara no salão aonde os que moravam na mansão faziam suas refeições. Ele logo foi quebrado por Alice, que insistiu em conversar com os que estavam presentes e não estavam de mal humor; porém, conseguiu fazer Walburga falar uma ou duas palavras.

   A morena pediu desculpas para ela pelo dia de ontem, e por não ter feito nada sobre o assunto. A garota apenas deu de ombros, ela sabia que Alice devia lealdade a Marlene e não a ela. Além do mais, Sirius também não fizera nada. Sim, ele era noivo de Marlene, mas Lyra achava que os dois eram amigos.

   Depois da refeição, Regulus e ela se retiraram da mesa e se encontraram fora do salão. Pode notar que ele não trajava um dos seus ternos ou algum outro traje bruxo, e sim um traje no estilo das roupas que os trouxas usavam. No caso dela, não tinha com o que se preocupar, vestia uma roupa fresca para aquela estação e sempre seguira a moda dos trouxas.

   Quando ele se prontificou em aparatar e leva-la junta, ele não sabia que parte do corpo dela ele deveria tocar que não o fizesse sentir vergonha. Ela riu inocentemente da timidez dele, e enlaçou o braço dela no dele e ele assim aparatou. Lyra tinha fechado os olhos, pois, na última vez que aparatara, tinha ficado muito tonta. Ao terem chegado ao destino deles, ela se desiquilibrou um pouco, se soltou do braço dele, recusando a ajuda dele, logo se estabelecendo em pé como se nada tivesse acontecido.

   Sentiu o aroma que as flores tinham na primavera e viu que eles aparataram em um lugar pouco movimentado, uma praça com várias flores belíssimas desabrochadas e com cores vibrantes. Era a primavera, a estação das flores. Procurou por alguns segundos, entre os milhares tipos de flores, uma margarina. Não encontrando uma sequer, suspirou de tristeza. Margarinas eram tão lindas!

   Reparou que o rapaz a olhava quando se virou para ele e desviou o olhar. Porém, ele não deixou de fazer uma observação:

   —Margaridas não devem ser muito populares por aqui.

   —Mas elas são tão fáceis de serem cultivadas! —Lyra exclamou. —É simples, porém encantadora.

   —Você realmente deveria conhecer o jardim da Mansão, então.

   —Eu acabo esquecendo de ir para lá, sabia?

Regulus riu fraco.

   —Vou tentar te lembrar então.

   Ela o agradeceu, e eles seguiram caminho por outra ruazinha e chegaram a parte mais movimentada de Londres. Era incrível ver pessoas fazendo coisas normais, como servir uma xícara de café ou limpar a calçada. Detalhe: sem uso de magia.

   O céu estava um pouco nublado, porém raios de sol ainda eram refletidos e iluminavam a cidade que Lyra pensava que teria mais cor.      Sim, era movimentada, mas as pessoas não eram calorosas. Não viu ninguém dando uma gargalhada ou sequer sorrindo na pequena caminhada que davam de um lugar para outro que visitaram. Via pessoas vestidas com roupas escuras, com mãos nos bolsos ou braços cruzados. Comparada a eles, ela parecia uma palheta de cores. Usava um dos seus vestidos floridos rodados e tinha deixado o cabelo solto caindo pelo seu corpo.

   Regulus parecia saber mais do lugar que ela já tinha imaginado. Quantas vezes será que ele escapuliu do luxo da Mansão dos Black, só para viver como um trouxa normal, andando pelas as ruas de Londres, e depois tendo que voltar para casa e fingindo que tinha ido para Hogsmeade tomar uma cerveja amanteigada? Agora percebera a semelhança entre os dois irmãos; eles não gostavam de regras e sim de contorna-las. Porém, a diferença era que o mais novo sabia a importância delas e parecia ser mais imprudente que o mais velho.

Assim que saíram da estação de metrô de Londres, deram de cara com o Big Ben. Lyra conheceu pela a primeira vez o Big Ben, de acordo com Regulus, o maior símbolo da cidade de Londres e do Reino Unido. Ele explicou algumas curiosidades sobre o lugar, e parecia que ele era um guia. Quase ousou perguntar quantos tours naquela cidade ele já tinha frequentado para saber de coisas que só os moradores nativos sabiam.

   O Palácio de Westminster encontra-se às margens do Rio Tâmisa, num complexo de inúmeros prédios governamentais. Regulus a explicou que o Palácio era um símbolo da força do Estado britânico, e viu o brilho nos olhos dele naquela hora. Observando melhor a obra oponente de arquitetura que se estendia sobre eles, Lyra percebeu que os trouxas eram bem mais talentosos que os bruxos, portanto não deveriam serem tão subjugados como inferiores pelos bruxos, que eram uma minoria.

E não eram só em arquitetura que os trouxas eram superiores. A loira tinha provado bolinhos fresquinhos em uma cafeteria e achara bom demais para ser verdade. Agora entendia o porquê de Andrômeda ter se apaixonado por um nascido trouxa. O mundo trouxa era encantador e misterioso demais.

   Depois de uma manhã caminhando e conhecendo alguns dos pontos turísticos de Londres, eles decidiram que ela melhor voltar para a Mansão. Lyra concordou com pesar, mas se sentia realizada por ter feito um passeio agradável ao lado dele e ter tido êxito em fazê-lo dar risada. Quando eles pararam em frente ao jardim para aparatar de volta, ele a deixou admirar com olhos brilhantes a flores daquele jardim e tinha ficado em silêncio, até ela desviar da hipnotizante vista, enlaçar o braço dela novamente no dele, e eles aparatarem de volta.

Era final da noite quando ela se lembrara do que acontecera naquela manhã com um sorriso no rosto. Ouviu algumas batidas na porta e demorou a perceber que deveria se levantar e ver quem era. No momento em que abriu a porta, ela se surpreendeu ao ver quem viera a visitar.

   —Alice! —ela exclamou surpresa. A amiga tinha um pote em formato de retângulo nos braços e duas colheres entre os dedos. Lyra olhou para o objeto com curiosidade e não entendeu porque ela levava duas colheres. Deveria ser algo de comer, pensou. Mas o que, exatamente?

   —Olá. —Alice respondeu a abraçando, quase deixando o pote cair no chão. Mais atrapalhada que a loira, a garota segurou o pote antes de ele cair e se espatifar no chão. —Trouxe algo para comermos. —apontou alegremente para o que segurava com um pouco mais de destreza. —Queria te conhecer melhor. Considere isso meio como um pedido de desculpas.

   —Não precisa novamente se desculpar, Alice —Lyra comentou amistosamente. —Não tem culpa se Marlene é tão temperamental assim.

   A amiga apenas balançou a cabeça, sem dizer ou acrescentar nada. A loira se moveu para dar passagem para ela entrar em seu quarto. Viu ela olhar com olhos curiosos pelo o quarto.

   —Ele é menos rosa que eu pensava —disse, mordendo uma unha. —Já pensou em deixar sua cara?

   —Para falar a verdade, não —respondeu, se lembrando que não tivera a ousadia, ou vontade, de decorar melhor o quarto. Do jeito que estava parecia estar bonito, e ela não queria estragar a decoração.

   —Quer dizer, você poderia pendurar alguma coisa ou colocar alguma foto em algum lugar, para dar um diferencial —sugeriu, se atrapalhando um pouco com as palavras.

   —Acho que vou fazer um arranjo com fotos assim que tiver mais delas —falou, pensativa. —A cor da parede poderia ser mudada. Contudo, vermelho iria ficar muito berrante.

   —Roxo é uma boa escolha —Alice informou, enquanto comia uma colher cheia de sorvete. A loira a olhou com um sorriso contido e a outra apenas a olhou com uma sobrancelha levantada. Seguiu o olhar dela e reparou que tinha comido quase todo o conteúdo do pote. —Por Merlin, como fui mal-educada, nem te ofereci um pouquinho.

Recebeu um meneio de cabeça, indicando que não tinha nada a se preocupar. Por fim, explicou-se:

   —Estou grávida, então é comum eu ter desejo por algo e começar a comer desesperadamente. —apontou para a barriga. Lyra deduziu que ela deveria ter no máximo cinco meses de gestação, porém ela podia notar claramente que a amiga estava grávida e não simplesmente gorda. —Ah, isso se chama sorvete.

   —O que é sorvete?

   —É uma sobremesa com sabor de alguma fruta ou coisa assim —deu de ombros, levando outra colher da comida na boca. —Só sei que é cheio de açúcar!

   —Eu nem sabia que você estava grávida —murmurou enquanto pegou a colher que foi estendida a ela e afundou no pode, relutantemente, levando após a comida a boca. Era gelado e tinha gosto de morango. —Isso é muito bom.

   —É que eu estou usando roupas um pouco largas. Não gosto de nada marcando a minha barriga.

   Elas continuaram a conversar até bater a hora de recolher e Alice voltar imediatamente para o quarto de hóspedes que ela estava. Lyra não entendia a razão de alguém passar um dia naquele lugar. Dormiu rapidamente, sem antes se questionar, também, como Alice era amiga de uma pessoa como Marlene.

...

   Acordou com o braço dormente, dormira em cima dele. Divagara um pouco, até decidir se levantar e aproveitar o dia. Ou no caso tarde. O relógio no criado mudo indicara que ela havia dormido demais. Bufou de frustração. Será que Walburga se importaria com sua ausência?, ela havia se perguntado.

   Trocou de roupa para uma roupa simples. O almoço já deveria ter sido servido, então nada podia fazer além de se esgueirar para a cozinha e roubar alguma coisa. Estava morta de fome e sede, sentia a garganta seca e não era uma coisa que gostava de sentir. Andou discretamente até o que deveria ser a cozinha, mas não antes de trombar com alguém.

Sirius usava uma jaqueta preta com alguns detalhes e dois bolsos na frente. O cabelo dele estava bagunçado e caindo no rosto. Tinha uma expressão despreocupada, como se ele não tivesse um papel tão importante naquele lugar. Só parecia o que ele era, um jovem com muitos anos a se viver.

   Lyra queria baixar a cabeça e passar despercebida por ele, porém, tinha olhos de águia e não deixou ela continuar a caminhada sem antes a cumprimentasse.

   —Não te vi no almoço —comentou o Black. —Nem no café da manhã.

   —Eu dormi demais. E ainda acordei com um braço dormente de tanto dormir!

Ele riu fraco.

   —O que vai fazer agora? —ele perguntou curioso e preocupado ao mesmo tempo.

   —Por que eu deveria te responder isso? —retrucou, cruzando os braços.

   —Porque, caso for alguma atividade ilícita, talvez eu queira participar também.

   —Se eu não te conhecesse um pouco, eu teria ficado surpresa com isso.

   —Que bom que você me conhece —ele sorriu. —Não poderia falar tal coisa com outra pessoa que achasse que eu sou o filho que pretendo ser.

   —É bom ser você mesmo com as pessoas certas. Sorte sua que você tem amigos maravilhosos. —Sirius notou tristeza na voz da garota.

   —Aliás, Lily lembrou de você —Lyra olhou para o garoto para ver se ele estava mentindo, e logo abriu um sorriso. Tinha só passado algumas horas com a ruiva e ela já a considerava amiga. —Ela está convidando algumas amigas dela amanhã para ir na casa dela. Você está convidada.

   —Diga a ela que pode contar com a minha presença! —exclamou com os olhos vívidos de felicidade.

   —Vou entrar de penetra —afirmou o Black com um sorriso maroto no rosto.

   —Para quê?

   —Ela faz um bolo de chocolate muito bom, quero poder comer uns pedaços dele. E tenho um pretexto de ir, você.

   —O que tem eu?

   —Eu tenho que cuidar de você, oras! —ele falou como se fosse óbvio.

   —Mas você não tem que cuidar de mim —respondeu, franzindo a sobrancelha.

   —Ninguém precisa saber —piscou para ela.

   —Eu vou contar —cantarolou Lyra.

Sirius bufou.

   —O que posso fazer para ganhar seu silêncio?

   —E quem disse que eu quero algo? —percebeu que ele deveria ter entendido de um modo diferente e acrescentou: —Não é que eu irei guardar esse segredo, e sim que eu falarei e não tem nada que irá te impedir de eu contar.

   —Irei descobrir algo seu para ficarmos quites —falou determinado.

   —Não sou um livro aberto para você descobrir algum podre meu.

   —Eu sou Sirius Black, eu consigo tudo que eu quero —disse convencido e a garota revirou os olhos.

   —Não tudo. —bateu em seu ombro e seguiu caminho. Foi chamada por ele e automaticamente olhou para ele.

   —Onde vai?

   —Para bem longe de você —respondeu impaciente.

   —Qual é! —exclamou Sirius. —Não sou tão chato assim.

   —Concordo, mas você está particularmente irritante hoje.

   —Particularmente irritante? —retrucou ofendido. —Sou sempre irritante, caso não saiba.

   —Mas uma razão para não deixar você me acompanhar.

   —Certo, certo. —concordou, quase se dando por vencido.

   —Estou morta de fome, me deixe comer. —se virou antes de ver a reação dele.

Quando percebeu, ele a seguia com passos silenciosos. Ela virou, novamente impaciente, para ele. Ele levantou os braços, em rendição.

   —Só quero dar uma passadinha na cozinha. Posso?

   —Você não ia para a cozinha. Você iria fazer algo e mudou de ideia assim que eu deixei espairecer que eu ia comer algo lá.

   —Fala de mim, mas é irritante também —murmurou e, infelizmente, ela escutou. Olhou-o, fulminante.

   —Você se acha muito, Sirius Black —falou em bom tom de voz.

   —Não, eu sou muito.

   —Não, você não é —Lyra o corrigiu. Sabia da fama dele na escola, mas não acreditava que ele estava se mostrando a ela.

   —A culpa não é minha se meus encantos não funcionam em você.

 —Deixe-me explicar. Nenhuma garota com bom senso iria cair de amores por você, só porque você olhou para elas galanteadoramente ou falou algo que as deixou cegas por você.

   —Por essa eu não esperava —confessou, um pouco abalado. —Aprecio a sua sinceridade, mesmo que suas palavras tiveram um peso grande.

   Não falou nada, só o olhou sem conseguir falar nada. Sirius esperava ela dizer algo, pedir desculpas ou fazer algo que as garotas comumente faziam para conseguir sua atenção. E ela não o fez. O rapaz balançou a cabeça e deu meia volta. Acompanhou-o com o olhar até ele desaparecer de sua vista, ao dobrar um corredor. Suspirando, deu meia volta e foi, finalmente, à cozinha, aonde comeu uma bela refeição preparada pelos elfos domésticos da casa, que não pareceram se importar muito com o incômodo do silêncio dela. 


Notas Finais


E aí? Não acham que essa mudança de comportamento da Lyra mediante ao Sirius se deve a fatos do capítulo anterior? Pois eu pelo menos achei hehe
Quem gostar de Dramione, eu fiz uma One Shot>>> https://spiritfanfics.com/historia/wildest-dreams--dramione-7708417


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