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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XI


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Alô, gente! Eu demorei um pouquinho a fazer esse capitulo, por fora de inspiração mesmo. Quero agradecer todos que comentam, os novos favoritos e todos que, até agora, leem. Eu decidi que os capítulos dessa história vão ser pequenos sim (por volta de dois mil a três mil palavras) para a história ficar mais leve de ser lida -e escrita também.
Aliás, vocês já voltaram às aulas? Eu, sim, e as coisas vão ficar mais pesadas depois do Carnaval, porque os testes começarão a vir (odeio bimestre, prefiro que fosse trimestral as avaliações).
Quem está sempre lendo um capítulo novo que posto, merece um prêmio. Pudim serve? hehe
Até mais, e espero os ver nas notas finais.

Capítulo 12 - Chapter XI


Terminou de ler o livro e começara a escrever em seu diário quando escutou batidas na porta. Deixou a caneta pousada encima do caderno aberto, e se levantou demoradamente. Nas últimas vezes que levantara rapidamente pontos pretos surgiram em sua visão e ficara tonta; e, ficar tonta era uma coisa que ela não pretendia fazer naquele dia. 

—Oi, eu queria falar algo contigo. —Sirius disse, quando ela mal havia aberto a porta. Lyra suspirou.

—Pode falar. —colocou a mão na testa, se apoiando no batente da própria porta.

—Desculpe-me —Olhou para os próprios pés, envergonhado. —Eu…você não deveria ter ouvido aquilo tudo. Foi idiotice minha ter falado aquilo tudo…não sou desse jeito. Daria mais uma chance a mim?

A resposta dela não foi instantânea.

—Olha, Sirius, eu realmente fiquei chateada com vocês…—colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. —Te perdoarei se você prometer não fazer mais isso, ou entrar em briga com Regulus. Vocês são irmãos, deveriam agir como tal.

—Vou tentar. —respondeu, abrindo um pequeno sorriso. —Você está bem?

—Estou sim. —mordeu o lábio quando se lembrou do livro e balançou a cabeça. —Quer dizer, não. Terminei o livro que Lily me emprestou, e não sei o que eu faço.

Sirius franziu o cenho.

—Peça a ela outro. —Lyra o encarou. —Não seja inibida assim. Ela é uma boa pessoa, duvido que negasse te emprestar outro livro. 

A loira sorriu.

—Talvez esteja certo.

—Nesse caso, estou. —confirmou, com certeza na voz. —Conheço ela faz bastante tempo.

—É que eu não gosto de pegar coisas emprestadas. —fez uma careta.

—Por quê? —perguntou Sirius, curioso, tirando as mãos dos bolsos. 

—Fui criada para não aceitar favores de gente inferior a mim. —explicou ela, sincera. —Estou meio que quebrando uma crença da minha família.

—O engraçado é que, mesmo não gostando das nossas, não podemos deixar de estar ligadas a elas, certo? —Olhou distante para um ponto não fixo à direita dele. Lyra creu ser para o jardim, que esquecera de visitar novamente.

—Mesmo não perdoando elas. —Lyra falou tristemente. Ainda se sentia mal pelo o que fora feito a ela, por Andrômeda não poder ter feito nada e por Bellatrix e Narcissa terem contado tudo sobre ela.

—Gostou do livro? —Sirius perguntou aleatoriamente.

—Sim, sim, gostei demais. —disse automaticamente. —Viu? Eu o li! Um livro de quatrocentas páginas!


—Uau, parabéns. —ele sorriu. —Não conseguiria nunca terminar um livro com tantas páginas. Aliás, parece ser bem chato.

Ela riu levemente.

—Eu gostei, mas cada um tem seu gosto. —deu de ombros. —Costumo dizer que as pessoas que não gostam de ler ainda não encontraram um livro que realmente gostassem.

Sirius pareceu ficar pensativo.

—Isso é verdade. —conclui, após alguns segundos em silêncio. —Nunca me esforcei para encontrar um que gostasse.

—Hm.…talvez eu possa depois encontrar um livro que goste. —disse Lyra, indiferente.

—Está livre mais tarde? —ele perguntou e ela arqueou as sobrancelhas, um pouco surpresa. —Calma, calma. É para te levar na casa da Lily.

—Ah, ótimo então...—murmurou, envergonhada.

—Posso então passar aqui depois? —perguntou, olhando para ela, que encarava os pés, sem saber o que dizer.

—Sim, sim! —falou, conseguindo finalmente ficar animada pela expectativa de reencontrar a amiga.

—Ok, até mais. —sorriu de lado, deu meia volta e foi embora, deixando Lyra sozinha.

Terminou de escrever tudo o que queria no diário, o trancou, guardando a chave dentro de uma gaveta da sua penteadeira. Pegou uma bolsa, colocou cuidadosamente o livro e a fechou.

Como sempre andava arrumada, decidiu que faria uma caminhada pela casa, até que Sirius a chamasse. Provavelmente seria mais tarde, ou ele usaria a capa de James, então achava que tudo estava certo e poderia fazer qualquer coisa que quisesse.

Sua saia clara balançava com o vento que entrava da janela. Seus cabelos loiros estavam soltos, e estes caiam despreocupadamente pelos seus ombros, deixando-a com uma aparência mais relaxada.

Escutara uma mistura de vozes em, provavelmente, uma conversa amistosa e bem alta. Esticou o pescoço para tentar localizar os donos das vozes olhando para a janela, mas essas eram altas demais para ela.

Suspirou, triste por não poder ir a passos barulhentos até o jardim, aonde o pessoal estava. Usava botas de cano curto, e não era certo de uma dama ser barulhenta. Pelo menos Walburga achava isso.

E era Walburga quem estava sentada junto a duas mulheres da sua idade, conversando. Ela tinha os longos cabelos claros presos em um coque, sem um fio sequer fora do penteado. Suas vestes eram espalhafatosas, e Lyra sempre se sentia simples quando a olhava. As únicas coisas que a garota tinha digna de luxo, era seu sobrenome e seu rosto. Ela tinha a beleza dos Black, mas não o comportamento deles. Acreditava que Walburga se sentiria mais contente se Narcissa ou Bellatrix fosse a noiva de seu filho, e não ela.

Mordeu o lábio inferior, quando viu um par de olhos azuis gélidos pairarem sobre ela. Infelizmente, não era de Regulus, e sim de sua mãe, quem antes Lyra observava.

—Minhas amigas, conhecem a senhorita Black? —Walburga perguntara, olhando para as duas senhoras ao seu lado, e Lyra sentiu os pelos da nuca se eriçarem.

Respira e inspira, ela repetia a si mesma, tentando ficar calma.

—Black? —uma delas olhou curiosa à loira. —Uma Black?

—Sim, uma Black. —Walburga sorriu, mas o sorriso dela era frio e não era refletido em seus olhos claros.

—Não é a Narcissa, já que ela está casada com Lucius —a outra começara a fazer conjecturas, interessada na garota. —Bellatrix tem longos cabelos negros, e duvido que você aceitasse aquela traidora de sangue em sua casa, Walburga.

—Está certa, Isabel —concordou, Walburga para a bruxa que tinha cabelos sedosos castanhos e pele morena. A sua aparência era exótica, porém era bonita por causa dos seus grandes olhos escuros. Ela não parecia ser da mesma idade que as outras duas. Lyra reparou que a mesma não tinha uma aliança no dedo, então ‘senhorita’ era o cumprimento adequado a ela.

—Qual é o seu nome, querida? —a primeira que estranhara a loira ser uma Black, perguntara.

—É Lyra, senhora. —sorriu tímida, fazendo uma pequena reverência para mostrar respeito. Estava evidente que nenhuma das duas senhoras vinham de alguma família bruxa pobre. Ambas usavam vestidos caros, estavam ornamentadas com joias caras e Lyra achava que teriam ar nobre mesmo que usassem um saco de batatas. Algumas pessoas simplesmente nasceram para a realeza, pensou.

O verão se aproximava, na Inglaterra fazia menos frio e as flores deixavam de brilhar um pouco como brilhavam na estação anterior, a primavera. Fez uma nota mental que iria, até o final do mês, conhecer o jardim, coisa que vinha esquecendo de fazer um bom tempo. Talvez devesse começar a anotar as coisas, visto que era bem distraída e frequentemente esquecia as coisas que havia planejado no dia anterior.

—Não precisa me chamar de senhora! —a bruxa sorriu, parecendo um pouco mais nova que era, já que seu sorriso era sincero. Ela usava vestes claras, tinha uma pele clara, olhos azuis calmos e cabelo loiro.

Lyra não conteve o sorriso por aquela mulher ter a recebido calorosamente, e retomara ao pensamento que nem todos com sangue puro teriam que ser igual a Walburga; porque, no pensamento da garota, as pessoas eram completamente diferentes e intrigantes, interessantes de se conhecer.

—Desculpe-me, então. —disse baixo, olhando para seus sapatos.

—Você não deveria sussurrar quando pede desculpas, querida. —Walburga disse, cravando seus olhos nela. —Parece que você realmente não quer pedir desculpas.

—Não diga isso! —a mulher que Lyra tinha simpatizado exclamou. —Ela só está envergonhada, não repara nisso?

—Realmente, Gisele, eu não reparo —Walburga concordou. —Talvez seja porque ela vem de uma família que é ela que é a vergonha, então percebeu o peso de seu comportamento pueril.

—Não diga isso. —Gisele disse severamente, como se pudesse fuzilar a outra com os olhos. —Você, mais que ninguém, não pode dizer isso. Estou errada?

Alguma coisa nos olhos dela fazia a loira se lembrar de alguém, mas não lembrava de quem. Não podia dizer como a mulher tivera coragem de dizer isso a Walburga. Ou talvez Lyra não fosse tão corajosa como pensava que seria. Se existisse uma linha tênue entre estupidez e coragem, ela nunca havia cruzado.

—Não sei do que está falando. —disse duramente, e a loira pode reparar que a Black estava mentindo. Antes de ter falado aquilo, o seu semblante estava irritado, como se Gisele fosse falar algum segredo dela, então logo decidiu que a melhor resposta era não criar mais suspeitas.

—Sabe sim, irmã. —Gisele sorriu gentilmente, após ver que Walburga tinha a olhado surpresa. Talvez a última não esperava ser alfinetada de última hora.

As duas tinham ficado caladas, como se estivessem prestes a atacar uma a outra. Lyra ficou surpresa ao ver a Black com um olhar tão feroz assim, ao invés de estar indiferente, praticamente fria. Olhou para a outra mulher, Isabel, como se pedisse ajuda, mas a mesma apenas deu de ombros.

—É, acho que vou indo. —falou, envergonhada, não querendo ver uma guerra acontecer ali mesmo. Ainda tentava digerir que Walburga tinha uma irmã, uma irmã aparentemente menos insensível que ela, e que era capaz de sorrir verdadeiramente.

—Você ficou bem com esse vestido de chiffon, Lyra —escutou Gisele falar antes de dar meia volta e ir embora. —Deve saber, mas tome cuidado ao se sentar, esse tecido amassa com facilidade.

Olhou-a antes de sair, fez uma reverência com enorme respeito, sussurrou um obrigada e foi embora.

Lyra voltou a caminhar pelos corredores da casa, olhando distraidamente para as paredes com alguns quadros que estavam vazios. Ao lado de uma porta, tinha uma pequena mesa. Sobre ela, um vaso com uma linda e solitária tulipa vermelha residia. Sentiu seu peito se encher de curiosidade, e resistiu à tentação de bater a porta e descobrir de quem era o quarto.

Andava silenciosamente, com passos leves. O lugar era completamente silencioso, e qualquer conversa que ocorresse nos corredores provavelmente seria bem ouvida. Viu um vulto baixo, que deduziu ser um elfo doméstico perambulando. Tinha visitado a cozinha da casa certa vez, e vira o quanto aqueles seres trabalhava. A receberam bem, oferecendo várias guloseimas que ela não hesitara em aceitar e dar uma bela mordida.

Talvez pudesse convencer Regulus de um dia visitarem algum lugar na Inglaterra trouxa que tocasse música, o que ela achava extremamente fascinante. Sua família não a deixava ouvir músicas de rock bruxo, mas ela, quando podia, pedia emprestado o último álbum das Esquisitonas, e o ouvia pela semana inteira. Era a sua banda bruxa favorita, e uma das últimas que existia no mundo bruxo, visto que as pessoas preferiam cargos no Ministério.

Por falar em Regulus, ela o acabara de ver. Ele estava conversando com um bruxo baixo, e gesticulava muito. Parecia confortável, seus olhos assumiam um tom calmo de azul, e ele quase esboçava um sorriso no rosto.

Passou pelos dois sem olhar para o rapaz, tentando continuar a andar o mais silenciosamente possível. Cometeu o erro de olhar para trás, e vira que ele a olhava, e começar a andar mais rápido. Escutou os dois trocarem algumas palavras e estava a perto do seu quarto, até que escutou a voz familiar dele:

—Lyra.

Se virou abruptamente, e sentiu mechas de cabelo indo de encontro ao seu rosto, e teve que as tirar na frente do rosto para poder vê-lo melhor.

—Ah, oi —disse distraidamente.

—Está tudo bem? —ele perguntou calmamente.

—Estou sim. —conseguiu sorrir. —Você parecia estar em uma conversa calorosa com aquele homem, e do nada ela terminou. Eu que deveria perguntar isso.

—Já estávamos acabando a conversa. —deu de ombros. —Ele já tinha dado o recado, e eu recebido, então não tinha razão para continuar a conversa.

Pensou em uma boa desculpa para acabar a conversa, e logo entrar em seu quarto. A qualquer hora Sirius poderia cruzar aquele corredor, e os dois irmãos se encontrariam. Não queria que eles brigassem por alguma coisa idiota, porém Regulus parecia estar querendo falar com ela algo, e ela queria saber, já que era demasiadamente curiosa.

—Quer falar algo comigo? —perguntara, reparando que o rapaz parecia hesitar a falar algo.

—Na verdade, sim. —Ele a encarou com seus olhos azuis, tão focados como antes estava. Seus braços pendiam paralelos ao seu corpo, e ele mantinha uma postura ereta. O que ele falaria em seguida não era uma coisa que ele se sentia confortável ou era difícil a ser dita por ele, pensou a loira. —Queria te dizer que eu estava errado em me descontrolar daquele jeito. Eu e meu irmão temos umas desavenças, mas não foi prudente o que eu fiz.

Demorou um pouco para conseguir articular as palavras, pois estava um pouco surpresa de Regulus ter se desculpado, e ter admitido o erro.
—Está tudo bem. —conseguiu finalmente dizer, abrindo um sorriso. —Você se arrependeu. Isso é o suficiente. Entretanto, eu não quero ver vocês brigando. Não na minha frente. Vocês são irmãos, deveriam agir como tal.

—Acho que sim. —disse, com dúvida na voz. —Tentarei fazer com que isso não aconteça mais. Pode contar com a minha palavra, não sei a dele.

—Entendo —balançou a cabeça. —Agora, tenho que realmente ir. Estou cansada, um cochilo faria bem a minha saúde.

—Certo. —ele concordou. Lyra quase suspirou de alívio. —Um bom cochilo, então, senhorita.

Mal acabara de falar, deu meia volta, virou à esquerda, sumindo do corredor. A loira deu um pequeno sorriso, contente por ele ter se desculpado, mesmo sabendo que seria algo difícil de fazer para os dois, visto que o ego deles evitava que eles pedissem desculpas para qualquer um. Na cabeça dos dois, eles estavam certos, eles eram certos. Afinal das contas, Regulus e Sirius não eram tão diferentes assim.

Entrou no quarto, encostou o corpo na porta, e foi escorregando até sentar no chão. Inclinou-se contra o chão, tirando de debaixo da cama uma caixa importante para ela. Abriu-a, e todas as memórias boas guardadas nela voltaram a sua mente, e ela queria continuar a ter memórias boas para guardar naquele lugar. E ela teria, conseguiria ter, pois sabia que depois da tempestade viria um arco-íris, magnífico e cheio de cores somente para ela. 


Notas Finais


Obrigada por ter chegado até aqui! Espero que possa os encontrar na área dos comentários. É sempre bom saber o que os leitores estão achando até agora de Blood Moon c:
Boa tarde (noite, se vocês estiverem lendo a noite) e até o próximo capítulo.
Beijos!


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