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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XIII


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Olá, eu voltei! Demorei um pouco, pois os meus testes começaram, e eu tive que estudar. Porém, ainda tenho teste e consegui fazer esse capítulo! Bem, eu iria fazê-lo maior, porém, achei que muita coisa iria ficar misturada, então o optei para o dividir em capítulos médios de mais ou menos essa quantidade de palavras.
Enfim, quero agradecer que chegou até aqui, ou me acompanha em cada capítulo. Agradeço pelo o enorme apoio, o que somente me faz ficar ansiosa para ter chance de escrever um novo capítulo!
Deixarei nas notas finais os links de algumas histórias minhas. Quem quiser, pode ler a vontade hehe.
Tentem não ser leitores fantasmas, é muito ruim isso, acreditem.
Agora os deixarei com o capítulo. Boa leitura!

Capítulo 14 - Chapter XIII


—É um evento de final da primavera, próximo ao verão —Lyra falou sozinha, em seu próprio quarto, enquanto examinava o vestido. —Acho que não vai ter problema.

Ajeitou o vestido no cabide, e o colocou dentro do armário para o usar no evento do dia seguinte. O dia tinha sido mais longo que ela esperava que poderia ser. Ao menos eu o aproveitei adequadamente, mais que eu fazia alguns dias atrás.

Mas como vou conseguir saber o tamanho dela? Ela é mais alta que eu, portanto as medidas são diferentes, pensou ela, após perceber que parecia uma maluca falando sozinha.

Tirou uma mecha de cabelo que insistia em cair em seu rosto, quando se inclinara para repousar a varinha que recém usara na penteadeira. Agora, o móvel se encontrava arrumado, antes estando desarrumado. Lyra não o usava muito, já que contava com o espelho do banheiro, que era bem maior que o espelho da penteadeira.

Estava tão nervosa, que já tinha arrumado o quarto para aliviar a ansiedade. Tinha que achar uma solução para o problema que entrara. Havia sentado, colocado as mãos ao lado do rosto, e levantado e abaixado o pé várias vezes.

Duvidaria que conseguisse entrar no quarto de Walburga sem ter consequências.

Mas, todos estavam no jantar. Qual problema teria nisso?

Lyra olhou para a janela. O céu estava escuro, com algumas estrelas brilhando. Imaginou se os trouxas podiam também ver tantas estrelas como certa vez vira brilhando no céu. Deve ser triste viver num mundo daqueles, sem poder contemplar as estrelas.

Balançou a cabeça, afastando tudo que poderia a distrair novamente. Desejou poder ter a capa da invisibilidade de James naquelas horas, porém, teria que se contentar com passos silenciosos.

Apertou a varinha contra a palma da mão. Respirou e inspirou. Deveria ter coragem, pois tudo daria certo. Ou ela esperava que desse.

Esperava poder se lembrar em que quarto Walburga dormia, assim seria mais fácil do que somente perambular pelo lugar e contar com a sorte para a guiar.

Escutou um barulho. Imediatamente se virou, vendo apenas um vulto. Seguiu a fonte do barulho, com a testa franzida. A curiosidade a movia, tanto como a fé que acreditava que quem passou lá poderia a ajudar.

Quando dera um passo, o som de sua sandália contra o piso fez mais barulho que podia. Olhou para cima, esperando que fosse o lustre do teto, contudo não fora conforme queria.

Sentiu cheiro de frango, não muito longe. Concluiu que não era proveniente da cozinha, visto que era no andar de baixo. Apertou os passos, ignorando que a localidade dela poderia ser descoberta.

A estranha sensação de estar se aproximando de alguém desconhecido a deixava entusiasmada. Naquele momento, sentiu tudo que a puxava para trás, sumindo.
Ela tinha uma varinha, tinha noção de como se defender. Recordava todos os feitiços de cor, os feitiços de defesa que tanto estudara. Caso fosse alguém que pudesse a trazer dano, estaria preparada para barganhar e resolver as coisas. E, isso era uma das coisas que a desconectava de ser uma garota indefesa. Ela era muito mais que isso. O período em Hogwarts, os anos que ela ficou sozinha, deixaram Lyra mais esperta, já que tinha que tomar cuidado com quem confiava e contava segredos.

De repente, era como se tudo fosse silêncio. O cheiro havia sumido. Lyra resolveu ficar num vértice da parede, um lugar perfeito para identificar quem estava perseguindo.  

—Petrificus Totalus! —ela brandiu, observando faíscas azuis saírem de sua varinha, bem na hora. Como experiente no feitiço, aprendera a somente a mobilizar as pernas do oponente, não o corpo todo. Agradeceria novamente ao seu professor de feitiços, quando o visse.

Se eu o vir.

Abriu os olhos, mesmo não se lembrando de os ter fechado. Se aproximou da criatura, não acreditando no que via.

—Quem é você? —Lyra perguntou, se abaixando a altura da elfa.

—Sou Maya, minha senhorita —A elfa tentara fazer uma reverência, quase caindo na tentativa.

—Mil desculpas —a loira disse, gentilmente. —Não queria ter feito isso contigo.

—Maya perdoa a senhorita —respondera a elfa, ainda não olhando para Lyra.

—Por favor, não me chame de senhorita —Lyra pediu, agora sentada de joelhos. —Tenho um nome. Me chamo Lyra.

—Tudo bem, senhorita…—Então, percebera o seu erro. —Lyra. Em alguma coisa posso ajuda-la?

—Para falar a verdade, sim —A Black sorriu, contando tudo para Maya.

—Eu posso leva-la até lá agora mesmo. —Maya limpou as mãos nos trapos que vestia.

—Obrigada —agradeceu, baixinho. —O jantar ainda está para terminar. Temos tempo, certo?

—Sim, temos tempo —concordou a elfa, observando Lyra se levantar.

—Ah, sim —disse, envergonhada. —Vou resolver a situação.

Se concentrou, tentando se lembrar do feitiço que seu estimado professor de feitiços a ensinara. Logo veio em sua mente, e o lançou com um sorriso de felicidade no rosto.

—Pronto!

—Muito obrigada, Lyra —a elfa agradeceu, o que pareceu uma ironia à Black. 

—Guie-me, então. —pediu com a maior gentileza que poderia usar. Não estava usando o tom que suas irmãs usavam, um tom arrogante. Odiava o complexo de superioridade que as duas tinham, por isso se tornara do jeito que era.

Praticamente tomara um susto quando sentira o toque de Maya contra a sua mão. Segurou a pequenina mão da elfa, considerando aquele gesto um gesto inocente, apesar da outra ter presenciado os tratamentos severos que os Black usavam contra seus inferiores.

Direita, esquerda, esquerda e esquerda novamente. Lyra tentava memorizar o caminho em sua mente, para caso houvesse outras vezes daquelas.

Maya parara na frente de uma porta toda ornada de verde e prateado. A maçaneta parecia ser de ouro, e brilhava contra a pouca luz do ambiente. De longe, parecia, aos olhos da loira, a porta mais cara e bem-feita de todo o lugar. Era impressionante o arranjo de joias que Walburga tinha feito,

Lyra examinou o corredor. Não era tão estranho para ela.

—Não acredito que esse corredor é o ao lado do que fica o meu quarto —sussurrou, pensando como idiota poderia parecer.

—Sim, senhorita —Maya concordou, se prostrando em frente à porta. —Não sabia?

A loira sorriu envergonhada.

—Sei menos do lugar que imaginava, então —riu consigo mesma. —Aliás, você sabe quem entrega as minhas refeições?

—Sou eu mesma, senhorita —A elfa conseguia, naquele momento, fazer uma reverência corretamente, já que o efeito do feitiço tinha dissipado poucos minutos atrás.

—Ah, eu não sabia —riu-se novamente. —E, já disse, não precisa me chamar de senhorita.

—Mas é como eu devo lhe chamar, senhorita —Maya argumentou, segurando, com uma das suas mãos pequenas e frágeis, o batente da porta.

—Não, você não precisa me chamar assim —insistiu Lyra. —Tenho um nome. Não devo ser chamada de outro jeito, sendo esse com conotação que eu repudio.

—Eu sou apenas uma elfa. Sou eu que devo a tratar com respeito, e não esperar em troca o mesmo. —As palavras soaram muito mecânicas para Lyra. Pensava no quanto os elfos domésticos sofriam nas mãos dos seus donos. Cerrou a mão em um punho, tentando não ficar com raiva pela a prática da desumanidade nos pobres elfos domésticos.

 —Quem não te trata com respeito em troca não é gente —disse Lyra, com convicção. Ficou surpresa pela sua voz não conter raiva. —Não é porque você faz o jantar delas que deve ser tratada assim, Maya.

—Você é uma boa senhorita —A elfa sorriu. Lyra sorriu também. —Você me lembra até ele.

—Ele quem? —perguntou, logo pensando numa hipótese: —Sirius?

Maya balançou a cabeça em negação.

—O menino Regulus.

—Regulus?

—Ele mesmo —Maya concordou, seus olhos grandes iluminados. —Ele é bom, o Regulus. Antes de ir para Hogwarts, quisera me dar um presente, se esquecendo da mãe que ele tinha.

—O que ela fez com ele depois?

—Eu não deveria falar isso —Maya censurou a si própria, batendo com a cabeça contra a parede como punição.

—Esqueça, Maya! —Lyra suplicou, imaginando as pessoas voltando do jantar e vendo ela ali junto à elfa, e pensando coisas erradas por ela estar na frente do quarto de Walburga. —Me ajude.

—Como posso, senhorita? —perguntou a elfa, e Lyra ignorou o tratamento direcionado a ela, pensando que nunca teria como consertar aquele hábito. Contou tudo à Maya o mais rápido que conseguiu. —Não me espere aqui. Pode ir para o seu quarto, levo lá o que pediu.

Maya, então, desaparecera. Lyra cogitou ficar ali mais um tempo, duvidando ainda da nova amiga, mas pensou que traria suspeitas, caso ficasse parada no lugar que estava.

Quando serpenteava pelos corredores, o trajeto que fizera em sua mente, a lembrou de onde chegar.

Infelizmente, ouviu-se um barulho de vozes, não muito longe dali. Se apressou-se para seu quarto, se sentindo aliviada quando girou a maçaneta, podendo soltar um suspiro por não ter sido vista. Fechou a porta, se apoiando como se pudesse impedir que uma multidão entrasse.

—Maya, voltou rápido —Lyra disse, ainda não tendo se virado, quando escutou um som indistinto.

—Achou que estou um pouco longe de ser a Maya, acho—Uma voz muito conhecida pela loira falou, e ela nem precisou se virar para saber quem era.

—Sirius.

—Eu mesmo —Quando se virou, o viu sorrindo sem mostrar os dentes.

—Por que está aqui? —perguntou, tentando passar indiferença.

Ele demorou um pouco para responder, analisando bem o rosto da moça. Notando isso, Lyra tentou parecer o máximo verdadeira e não mostrar algo que poderia a denunciar.

—Você não veio hoje ao jantar —Sirius disse, cruzando os braços. —Então, resolvi ver se você estava bem.

—Entendi —ela murmurou, colocando uma boa distância entre ele. Como ele estava encostado na janela, Lyra encontrava-se perto de sua penteadeira.

—Por que não me diz o que está acontecendo, Lyra? —ele perguntou, antes que a loira visse um papel não muito longe do seu campo de visão. O abriu levemente, lendo uma mensagem vinda da sua nova amiga. Quase soltou uma exclamação, escondendo o papel dentro de uma caixinha.

Ela sentiu o coração quase pular do peito. Sirius estava com o rosto tão próximo dela, que conseguia sentir a respiração dele. Pensou se ele conseguiria ouvir as batidas frenéticas de seu coração. Esperou que não.

Ficou encarando, por alguns segundos, os olhos cinzas dele, até voltar para a realidade e desviar o olhar. Entretanto, era como se suas pernas tivessem virado gelatina. Ela não conseguia sair dali, então desviou o olhar para o peito dele.

—Acho melhor você ir —Lyra engoliu em seco, fechando os olhos.

—Você tem medo de mim? —Sirius perguntou, e ela se segurou para não falar a verdade.

Não é bem medo, o problema é que isso tudo é errado. Você deveria estar com Marlene, não comigo. É ela com quem você irá se casar.

—Por que eu teria? —Lyra o provocou, agora temendo reunido toda a coragem para o olhar sem medo.

O olhar dele amenizou, e o aperto no coração de Lyra diminuiu.

—Isso era o que eu estava me perguntando. —ele murmurou, dando um passo para o lado.

Podendo ela se ver livre daquilo, se afastou um pouco dele, sentando na cama.

—Para onde olha? —a loira o perguntou, depois logo recebendo a resposta, sem Sirius precisar abrir a boca. —O mais estranho, caro Black, é que quando eu fui à loja, não precisei pagar um centavo para o tecido. Disseram a mim que a compra já tinha sido paga.

—Estranho, não? —ele disse, com um quê de sarcasmo na voz. Porém, Lyra conseguia ver que ele estava apenas apontando que era ele.

—Tire esse sorriso de seu rosto —Ela disse, ríspida.

—Calme, loirinha —Sirius reprimiu uma risada. —Se Marlene tem um dos melhores vestidos, por que você não pode ter também?

—Sirius... —ela tentou argumentar, não deixando a impaciência a dominar.

—Não, Lyra —a interrompeu. —Você tem sangue dos Black, ela não.

—O lado fraco da família, que eu faço parte, quer dizer. Fui vendida. Eu não queria essa vida. Eu... —pensou, antes de falar. —Eu pensei que iria ter a chance de escolher alguém, mas não tive esse luxo.

—Eu também não tive.

—Não estou querendo dizer em relação a qual sangue puro eu quero me casar —continuou ela, amargamente. —Eu queria ter a oportunidade de escolher alguém, independente do sangue.

—Sei como é —Sirius disse, a olhando igualmente em um misto de amargura e tristeza.

—Queria ser como Andrômeda —confessou Lyra, invejando a irmã naquela hora. —Nem eu soube que ela se casaria com Tonks, até que eu li a carta que ela deixou a mim. Fugiu e se casou com ele, e nossos pais não puderam falar nada.

—Acho que ela não conseguiria aguentar mais o sufoco que a casa de vocês deveria ser —Sirius disse, suavemente. —Mas você é o contrário dela, aguentou tudo com a cabeça levantada. É mais forte do que pensa.

—Não tinha jeito, então, por que reclamar? —Esfregou os olhos, antes que sentisse lágrimas rolando sobre seu rosto.

—Lyra, você quer fugir comigo? —perguntou de repente, fazendo a loira o olhar um pouco assustada e um pouco confusa.

—O quê? —franziu a testa.

—Isso mesmo que eu disse —Sirius disse convicto, firme. —Isso mesmo que você escutou.

—Mas por quê?

—Fazendo isso, podemos nos ver livre dessa família também, mesmo se formos tirados da árvore da família —ele disse rápido.

Rápido demais para o gosto de Lyra.

—Você não se importa com ser deserdado —ela observou, o olhando. Os ombros dele tencionaram.

—Só quero me ver livre daqui, entendeu? —ele disse, cansado. Algo na voz dele pedia que o assunto fosse encerrado.

—Tenho coisas para fazer —Lyra o informou, se levantando da própria cama, o deixando sozinho sentado. —Acho melhor discutir isso depois. Não é bom agir no impulso. Não antes de medirmos as consequências e se vale a pena ou não.

—Vale a pena, se for com você —Sirius disse, gentilmente. Os olhos verdes da loira tornam a ficar marejados, e ela desvia o olhar, prestes a chorar.

O Black apoia a mão no ombro dela, que o movimenta a fim de remover a mão dele dali. O lugar que ele tocara, surpreendentemente estava formigando. Queria que essa sensação acabasse.

—Sirius, vá —ela pede, soando mais como uma ordem. —Discutiremos isso depois.

—Por favor, Lyra! —exclamou, com dor na voz. —Não me diga que não sente nada por mim.

Realmente, Regulus é melhor com palavras que o irmão.

—Se estivéssemos em outra vida, talvez nós pudéssemos ficar juntos no final.

—Podemos ficar juntos, temos uma chance. —Sirius disse esperançosamente, e era naquela pequena chance que Lyra queria se agarrar.

—Eu não sei o que sinto por você —Lyra começou a falar, mas logo fez uma pausa, tentando arrumar os pensamentos direito. —Entretanto, é algo além de um simples sentimento.

—É recíproco —se limitou a dizer. Ficou surpresa pelo o quanto duas palavras podiam significar. De repente, sentiu uma sensação estranha no corpo, do tipo que nunca pensou que poderia sentir. Era algo novo, sem como classificar, só sentir.

—O que devemos fazer? —perguntou ela, agora de frente para ele. Seus olhos cinzas já não mais a deixavam temerosa, apenas a faziam querer mergulhar cada vez mais fundo...

Lyra não poderia dizer como foi que aquilo acontecera. Tudo parecia ter sido repentino, como se tivessem sido ligados por um imã, atraídos um para o outro. Era como se o tempo tivesse parado, e só existissem eles dois ali. Se ao beijar Sirius, estava pecando, era um dos pecados mais prazeroso que estava experimentando. Não tinha como não se viciar naquilo. E, Lyra aprendera, naquela noite, que as melhores coisas eram as proibidas.

Meu coração me diz que é o melhor e maior sentimento que eu já senti. Contudo, minha mente sabe a diferença entre querer o que não se pode ter e querer o que não se deve querer. E eu não deveria te querer, Sirius.

 


Notas Finais


Que bom que chegou até aqui. Espero poder te encontrar na área de comentários.
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Até o próximo capítulo!


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