1. Spirit Fanfics >
  2. Blood Moon (Marauders Era) >
  3. Chapter XV

História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XV


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Alô, gente linda! Eu demorei para caramba para escrever esse capítulo e postar, porém a culpada é a criatividade mesmo. Tentarei escrever outro capítulo ainda esse mês, apesar de eu ter plena certeza que pelo menos conseguirei postar um capítulo por mês. Eu iria postar mais cedo, mas acabei dormindo de cansaço mesmo. Ontem terminei de fazer o capítulo, e só hoje decidi que postaria assim mesmo. Como esse capítulo está cheio de coisas, resolvi fazer outro capítulo com o que aconteceu no final de certo evento.
Queria agradecer os comentários, favoritos e visualizações. Eles sempre me fazem ter vontade de postar outro novo capítulo.
Acho que é só isso mesmo. Tentem não ser leitores fantasmas, é sempre bom saber o que vocês acharam do capítulo.
Até as notas finais e boa leitura!

Capítulo 16 - Chapter XV


—Ah, é você —Regulus fez uma careta ao perceber a presença de seu irmão na frente de seu quarto. Esperava até mesmo o pai, com quem pouco era próximo, mas não o irmão.

—Eu vim aqui por um motivo, ok? —Sirius respondeu. —Caso não fosse por ela, eu não estaria aqui nem por um milhão de galeões.

—Ficaria chateado caso a minha agradável presença custasse menos de meio milhão de galeões —falou indiferente, ajeitando a gravata do terno. —Enfim, o que tem a Lyra com isso tudo?

Sirius demorou um pouco a responder. Regulus, percebendo, continuou.

—Hum, mas isso não é muito peculiar? —zombou logo quando notou que seu irmão iria falar algo. —Você me procurando, para algo que eu deveria ter pensado antes.

—Como você sabia que era com a Lyra? —perguntou Sirius, encarando o outro com os olhos transbordando preocupação.

—Vejamos... —fechou a mão em um punho e colocou próximo de seu rosto. —Você não veria necessidade de proteger Marlene, já que a mesma tem apoio de minha mãe —levantou um dedo. —Você se interessa por conflito, sendo este um motivo para você só ser um mero espectador—levantou outro. — A última coisa eu estou em dúvida. Ou você não sabe o potencial dela, ou quer se redimir.

—Eu preciso de um plano para se as coisas derem errado —o mais velho falou rapidamente, surpreso com as conclusões que seu irmão tinha. Fechou o rosto, tentando bloquear as emoções de se refletirem em suas expressões faciais. Qualquer mísero detalhe seria o suficiente para Regulus descobrir tudo. —Um plano de contingência e um plano A também.

—Procurou a pessoa certa, caro irmão —Regulus abriu um sorriso que não se refletia em seus olhos. —Teve ideia de alguma coisa?

—Quem era bom em planos era você mesmo —Sirius sorriu, se lembrando por um momento tempos antigos. —Você sempre fazia os planos e eu os executava.

—Será quase a mesma coisa hoje. —afirmou. Sirius o vendo tão concentrado, parecia até que assistia a engrenagens de máquinas girando. —Apenas com um diferencial. Eu te ajudarei, se você me ajudar.

—E como eu poderia fazer isso? —Não se esqueceu de perguntar. Tinha que saber as condições do plano, para não ser pego de surpresa pelo irmão mais novo.

—Como mais velho, sua palavra tem peso. Se eu passar perto de ser acusado por alguma coisa, você me encobre. —olhou para Sirius, sabendo que o mesmo não tinha como recusar. —Nós dois corremos riscos, porém as minhas consequências poderão ser mais severas.

—Farei de tudo —Farei de tudo por ela.

Regulus o olhou como se pudesse ler os pensamentos do mais velho. Depois de um tempo, disse:

—Beba a poção que eu vou te dar, porque farei o mesmo com uma igual. A outra você despeja na bebida da McKinnon.

—O que irá fazer com ela? —Sirius perguntou, distraído, olhando em volta do quarto do irmão. A escrivaninha estava completamente desarrumada, deduziu que o mais novo a usava frequentemente.

—A que vamos beber, nos ajudará —informou Regulus. —A que ela deve beber, irá incapacitar a magia dela por um tempo.

—Entendi —balançou a cabeça, mesmo achando que aquilo não poderia dar certo.

—Antes que você fale algo, eu acredito na capacidade dela —As palavras pareciam ser ditas dificilmente, mal conseguia acreditar que o que ele falava era realmente verdade. —Mas também não duvido que a McKinnon possa estar, ou ache que está, a um passo a frente de nós. Portanto, devemos deixar essa competição ser ganha pela real merecedora.

—Eu não iria dizer nada —Sirius arqueou uma sobrancelha. Contudo, compreendia o irmão. Ele faria o mesmo. Estar na Sonserina o ensinou muitas coisas, uma delas era sempre planejar. Sempre fazer de tudo para ganhar. Mesmo assim, tinha certeza que sua coragem e ousadia nunca abandonariam o seu coração.

—Bom...—disse o outro vagamente, esperando alguma coisa do mais velho. Já tinha até a resposta em mente. Ajeitou a postura, pois a situação que estava era um tanto desconfortante para ele. —Precisa de mais algo?

Balançou a cabeça negativamente. E, antes de sair, não se esqueceu de dizer ao irmão ironicamente:

—Toujours Pur —abriu um sorriso cansado. Guardou os dois pequenos frascos contendo a poção, depois dando meia volta, deixando Regulus sozinho.

Suspirou, como se a presença do irmão o fatigasse. Tinha visto um dos seus esconderijos de poções, porém não importava. O Black mais novo, como sempre alerta, protegera todos os esconderijos para só ele poder colocar e tirar poções.

Bebeu, então, o mesmo líquido que dera para Sirius beber.

—Espero que ele tenha bebido o do frasco correto —murmurou para si mesmo.

...

 

Por que fui aceitar isso mesmo? Ah, sim, porque sempre tem algo para entrar no meio do meu caminho. Se ninguém fizer, ainda colocarei Marlene McKinnon no lugar dela.

Girava a varinha na mão, pensativa. Não muito longe dela, um livro estava repousado. Não via a hora de voltar daquele evento para mergulhar dentro de outra história maravilhosa.

Conferiu a hora no relógio que possuía, mas até então não usara. Dentro de poucos minutos começaria a disputa. Tentou o máximo não deixar ficar absorta nos próprios pensamentos, já que não teria ninguém para bater em sua porta para a chamar.

Em poucos minutos, já estava dentro do salão que ia se enchendo aos poucos de pessoas. Regulus estava ao seu lado, sorrindo confiantemente.

—Preparada para vencer? —perguntou, entregando a ela um copo de bebida que logo aceitou.

—Sempre —respondeu, depois de tomar um longo gole de bebida.

—Preciso conversar com algumas pessoas —Regulus informou, ao olhar para um grupo de pessoas não tão longe deles. —Volto logo.

—Tudo bem —disse, mas o noivo já tinha saído a esta altura.

Foi cumprimentada por algumas pessoas, que a davam seus votos de confiança. Até aquele momento segurava a varinha levemente, até que tomara quase um susto:

—Se não é a minha loirinha favorita —escutou uma voz conhecida se direcionar a ela. Respirou fundo, colocando a mão no peito, depois pegando a varinha que tinha soltado.

—James —deu um sorriso ao Potter, quando seus olhos encontraram com os dele.

—Tudo bom? —disse casualmente.

—Estou bem, sim. Só um pouco nervosa.

—Só estou aqui por causa do Sirius e de você —confessa, ajeitando os óculos no rosto.

—E Lily? Como ela vai? —Lyra perguntou, curiosa.

—Está ótima. Prestes a ter Harry, então está com uma barriga do tamanho de Hogwarts. —Ele abre um enorme sorriso e a loira ri por conta da piada. —Ela me pediu para contar tudo que acontecesse hoje.

—Vou tentar um dia dar uma escapadinha e visitar vocês —Além de visitar Andrômeda também, que está no topo da lista. —Já tem alguma hipótese de como será a aparência dele?

James ficou pensativo.

—Nunca cheguei a pensar sobre isso...mas tenho a certeza que ele será bom em Quadribol como o pai!

A loira deu uma risada, contente com o amigo estar feliz.

—Não preciso desejar novamente muita felicidade a vocês dois...no caso três, certo?

—Você já fez isso outras vezes —deu de ombros.

Pelo silêncio que tinha se estabelecido entre os dois, Lyra pegou a oportunidade de varrer os olhos pelo salão para procurar dois Black em particular. Não faria o mesmo se ainda conversasse com James, já que achava isso desrespeito.

Regulus e Sirius conversavam com diferentes grupos de pessoas. De algum modo, para ela, os dois pareciam estar diferentes. Não esteticamente falando, porém ela se sentia de outro modo quando os olhava. Por um momento, pensou o quão perspicaz Regulus era e o quanto carismático Sirius era. A sensação foi repentina, mas reconfortante e leve como uma brisa.

Enquanto isso, Marlene estava conversando com a sua família. Novamente, a morena usava trajes chamativos. Ela parecia estar confiante, apesar de Lyra ter a completa certeza que era mais capaz que a adversária. 

Procurando rostos amigos pela multidão, achou um particular que sorria a ela. Era Narcissa, acompanhada de seu marido. Lucius parecia estar tão bem engajado na conversa, que nem notara o comportamento diferente de sua esposa. Algo no olhar dela fazia Lyra querer a cumprimentar, mas não conseguia se esquecer do que ela e a mais velha, Bellatrix, haviam contado à Walburga.

Seus olhos se prenderam numa cena: Sirius conversando cheio de intimidade com Marlene. Lyra colocou na sua cabeça que não era nada, entretanto a sua vontade era de se meter no meio e comentar até sobre qualquer coisa que viesse a sua cabeça.

Como se sentia ao extremo desconfortável, procurou a companhia de seu noivo. A loira achava que era bom estar à sua companhia, já que o rapaz conhecia o significado da palavra silêncio e respeitava o dos outros.

Aproximando-se dele, notou a felicidade que ele esboçava no rosto ao ser o centro das atenções no grupo. Ele era o irmão esquecido, mas Lyra tinha certeza que o círculo de amizades de Regulus era maior que parecia. Não deveria ter a deixado surpresa, já que sabia plenamente que o rapaz era bom no quesito conversas.

O primeiro a notar sua aproximação foi o próprio Regulus. Nada fugia de seus olhos espertos, sempre à espreita. Alguém disse alguma coisa, e ele não desviara o olhar dela, abrindo um pequeno sorriso que Lyra sabia que era verdadeiro. Virou-se, depois, para responder a pessoa na maior casualidade.

—Regulus —ela o chamou, algumas cabeças virando na sua direção.

Vendo a expressão preocupada da loira, pediu licença e analisou o rosto dela, como se conseguisse pescar o que estava acontecendo com ela sem a mesma precisar de palavras.

Por fim, passou a mão pelos cabelos, suspirando:

—Deveria ter ficado contigo.

—Não aconteceu nada, não —o acalmou. —Eu não queria te tirar dali. Você parecia estar muito bem.

Entretanto, Regulus deu de ombros.

—Gosto também do meu tempo sozinho.

—Sei como é —ela balançou a cabeça.

—Hum...—estendeu o braço a ela. —Quer andar por aí?

Lyra se sentiu enormemente aliviada quando enlaçou o braço com o dele. Andaram pelo salão por um tempo, enquanto a loira sentia um par de olhos azuis se cravarem nela. A atenção de Walburga era a última coisa que ela queria ter.

De tão distraída que estava, que mal percebeu que estavam próximos aos Malfoy. Sem querer ser antipática ou levantar suspeitas, Lyra decidiu que a cordialidade era a sua melhor escolha.

—Lucius —Regulus cumprimentou o Malfoy com um aceno leve de cabeça. Pelo o que parecia, os dois pareciam ser amigos.

—Regulus —o loiro conseguiu abrir um sorriso, apesar de ter saído quase igual a uma careta. O Malfoy sempre usava no rosto o mesmo olhar arrogante e superior, e sorrir não estava incluído ao pacote, então era difícil dar um gesto espontâneo desses.

—Lyra, irmã! —Escutou uma Narcissa alegríssima pronunciar seu nome e a envolver num abraço.

A mais nova demorou uns bons segundos para processar o que acontecia, até notar o olhar dos dois sobre ela e não resistir mais.

—Como você está? —Esperou ter conseguido abrir um sorriso convincente até mesmo para Lucius.

—Estou mais que ótima —ajeitou uma mecha que estava fora do seu coque para trás da orelha. —Draco nasceu...e parece que a alegria mora naquela casa desde então.

—Isso é realmente ótimo —comentou, sinceramente. —Um dia a visitarei, Narcissa.

A mais velha olhou para o marido e para o noivo da irmã conversando, e então sussurrou:

—Desculpe-me por tudo. —olhou nos olhos da irmã, e eles pareciam ser sinceros. —Depois de Draco ter nascido, eu entendi que eu tinha que assumir responsabilidades e não agir mais do jeito infantil que Bellatrix me fazia.

—Ah, não sabe o quão feliz eu fico depois de ter ouvido isso!

—Você não está com rancor? —Narcissa franziu a testa.

—Se pelo o que você diz for verdade, eu não estou —segurou a mão levemente da irmã. —E eu falo de verdade. Família é algo precioso demais para ficar com rancor de todo mundo para sempre.

—Isso, no entanto, não se aplica aos nossos pais —argumentou, dando um longo olhar a Druella e Cygnus.

—Não mesmo —concordou Lyra, amargamente. —Acho que nunca os perdoarei.

—No meu caso, eu tive sorte —um brilho em seus olhos confirmava. —Lucius...eu o amo muito.

—E ele parece te amar muito, também —Lyra comentou, enquanto observava o semblante apaixonado de Lucius quando olhava a sua esposa.

—Terás a mesma sorte que eu, minha irmã! —segurou as duas mãos de Lyra, num gesto carinhoso.

—Eu espero, Cissy —disse, distante. –Eu espero.

O salão, antes dominado por burburinhos irritantes, tinha sido instalado um silêncio repentino. Lyra olhou ao redor, para ver se algo havia acontecido, entretanto, era Orion que tinha se levantado da sua majestosa cadeira para se dirigir ao público. Seus trajes rubros eram tão longos que chegavam ao chão, com a intenção evidente de parecer um rei.

Talvez ele seja um rei aos olhos dessas pessoas, ela pensou. Não era muito difícil chegar a esta conclusão, visto que via nos olhos de algumas pessoas admiração ou medo.

Ao seu lado, estava Walburga vestida completamente de azul. Se assemelhava a uma rainha gelada, com os olhos como chamas azuis e o cabelo tão claro que quase era da cor da neve que chegava com o inverno em dezembro.

Então, viu os dois irmãos Black ao lado de seus pais. Ambos bem vestidos, mas sempre vistos de formas diferentes pelo público. Aos olhos dela, os dois eram encantadores de suas maneiras singulares. Sirius era o homem que ela sempre riria quando estivesse na sua companhia, do mesmo modo que Regulus era o que a trazia calma.

O importuno pensamento que teria que deixar um dos dois ainda a incomodava. Eles eram completamente diferentes entre si, mas algo neles a intrigava e poucas coisas a deixavam assim, tão envolvida.

Não bastava sua indecisão, os irmãos a observavam com curiosidade. Os encarou de volta, não se sentindo intimidada. Quando Walburga levantou-se da cadeira, aí sim sua atenção foi arrastada de volta aos pais deles.

Pousou a mão no ombro do marido, um sinal claro para que fosse ela que pronunciasse as próximas palavras.

—Os que estavam presentes aqui ontem —sorriu friamente para as pessoas no gigante cômodo. O número de pessoas parecia ser superior ao que era no dia anterior. Estão aqui para ver a disputa, pensou Lyra. —, já têm ideia do que celebraremos hoje: uma competição amistosa. Os que não estavam presentes ontem, as duas amáveis senhoritas: Lyra Rosier e Marlene McKinnon entrarão em uma competição para provar quem tinha sido a real criadora do meu vestido do dia anterior. Para muitos, parece ser um tanto pueril demais, mas, como houve discrepâncias —olhou, então, para a loira. —com quem fez o quê, eu tive que aceitar o pedido de lady Lyra.

‘’Como devo deixar claro, convidei meus queridos amigos, Ludo Bagman e Sr. Olivaras, para a pesagem de varinhas. Darei agora a palavra a Ludo, que passará todas as instruções pré competição’’.

—Tenho que verificar se as varinhas estão em perfeitas condições de funcionamento, sem problemas, porque são os instrumentos mais importantes nas tarefas que elas têm pela frente. Gostaria de lhes apresentar o Sr. Olivaras, para quem não conhece. —disse Ludo, ocupando seu lugar à mesa dos juízes, que recentemente foi criada com três lugares. —Ele vai verificar as varinhas das duas senhoritas para garantir que estejam em boas condições antes da tarefa.

Lyra olhou para os lados e, com um choque de surpresa, viu um velho bruxo com grandes olhos azul-claros parado discretamente perto de Walburga e Orion. Ela já havia encontrado o bruxo antes, quando era mais jovem e tinha comparecido a sua loja para comprar a sua primeira varinha.

—Senhorita Lyra, poderia vir até aqui primeiro, por favor? —disse o Sr. Olivaras, sentando-se ao lado de Ludo, na mesa dos juízes.

A loira fez o que o bruxo pedia e lhe entregou a varinha.

—Humm...—disse ele.

O Sr. Olivaras girou a varinha entre os dedos longos como se fosse um bastão, e ela emitiu várias faíscas azuis e verdes. Depois aproximou-a dos olhos e a examinou atentamente.

—Vinte e oito centímetros, inflexível, amieiro e fibra de coração de dragão. —observou a bela varinha com admiração pelo próprio trabalho. —Então, murmurou ‘’Orchideous!’’ e saiu um ramo de flores da ponta da varinha. —Muito bem, muito bem, está em ótimas condições de funcionamento! —devolveu-lhe a varinha, sorrindo para a dona que retribuiu o gesto.

Envolveu a varinha rubro com a sua mão bom, a direita, e observou os pequenos detalhes do instrumento para tentar se acalmar. Era um pouco difícil, quando notava olhares nela e também sentia alguns fotógrafos registrando os momentos.

Marlene sorriu para Lyra quando passou pela a mesma, antes de entregar a varinha a Olivaras. Algo nos olhos escuros da morena parecia diferente, e a Black tentou convencer-se que era somente coisa da cabeça dela.

—Ah, esta também é uma das minhas, não? —disse o Sr. Olivaras, novamente com muita felicidade ao admirar outro trabalho bem feito seu. Marlene apenas balançou a cabeça mecanicamente. —Trinta e um centímetros, inflexível, cipestre e núcleo de fênix. Está em ótimas condições, tenho que dizer...a senhorita cuida dela periodicamente?

—Sim, senhor, acho imperativo um bruxo cuidar de sua varinha —o brinco com uma enorme pedra incrustrada na orelha de Marlene brilhou intensamente.

Lyra olhou para a própria varinha. Dava para ver marcas de dedos em toda a extensão. Sentiu as bochechas corarem de vergonha, e olhou para os próprios pés.

O Sr. Olivaras disparou uma sequência de anéis de fumaça prateada pela sala da ponta da varinha de Marlene, depois de ter passado mais tempo examinando a varinha; declarando-se satisfeito e, em seguida, disse:
—Ludo, a palavra é sua.

—Muito obrigada as duas —disse Ludo, levantando-se da mesa dos juízes. —Agora que tudo parece estar certo em relação ao preparo, irei lhes explicar mais sobre o desafio.

‘‘O tempo limite de vinte e cinco minutos será dado a duas senhoritas. Após o tempo, não contarão com mais um segundo sequer. Terão liberdade quanto a cor da roupa e o estilo, contando que seja apropriado ao uso de uma dama. ‘’

Apontou, então, com a varinha para o meio da sala, que coincidente estava vazio, e várias coisas surgiram ao mesmo tempo. Sem acreditar na rapidez das coisas, percebera que outra bruxa se juntara a Olivaras e Ludo, uma mulher de meia idade com trajes extremamente elegantes, mas sem ser exagerados.

Duas mesas enormes estavam dispostas, uma para cada uma. Sobre elas estavam vários tecidos de cores e texturas diferentes, além de alguns papéis e lápis para rascunho. Dois manequins altos apareceram ao lado de cada mesa, e Lyra se posicionou em frente ao que ela utilizaria.

Deu uma longa olhada para sua concorrente, a desejando boa sorte mentalmente. Olhou para os tecidos repousados na mesa, bem organizados e escolheu o da cor mais escassa: preto.

O tecido deveria ter quase dois metros. Lyra o envolveu no busto do manequim, sentindo olhares a examinarem. Com um gesto da varinha, foi ajustado ao manequim e com outro, foi criado alguns detalhes. Como o vestido seria sem mangas, começaria um palmo e meio abaixo da clavícula.

Com o decorrer do tempo, era como se Lyra não percebesse cada segundo se passar, pois a tarefa a deixava absorta, imersa na paixão que era criar algo novo. Contornou o manequim, acenando com a varinha para certos lugares com um grande sorriso no rosto.

Quando foi tinha sido terminado, o resultado parecia melhor do que a loira pensou que seria.

O vestido era negro até o quadril, sendo a partir daí azul escuro, com um belo degradê de cores. A saia parecia ter captado toda a luz do cômodo e ter refletido no tecido. Pequenos pontilhos, assemelhando-se a estrelas se vistos de longe, brilhavam. A criação era um espetáculo no quesito de óptica.

Acabara quase com o tempo limite, suspirando, ainda não deixando parte do público que estava sentado nas cadeiras para eles postas, verem. Mal tinha percebido que estava sobre um palco, e a sua plateia sentada confortável, com direito a vários elfos domésticos os servindo.

Cobriu o vestido com uma capa exageradamente grande. Lyra achava que era coisa de sua cabeça, depois de ter vistos o festival de luzes que era o vestido, pois pensou ter visto várias faíscas descontroladas saírem da varinha de Marlene.

Não muito distante do campo de visão dela, estavam os dois irmãos Black com um sorriso cúmplice no rosto. A loira arqueou uma sobrancelha, não acreditando que eles poderiam estar orquestrando algo. Eles deviam ser inimigos, certo?

Um barulho soou pelo espaço. Não tinha sido muito alto, mas era um som muito curioso, o que fez todos os presentes olharem para a juíza. Então, se direcionou à plateia:

—O tempo já acabou. Agora, nós três avaliaremos os trabalhos das duas moças.


Notas Finais


Obrigada por ter chegado até aqui! Poderia me dizer o que achou na área dos comentários?
Antes de irem embora, queria deixar o link de uma fanfic nova minha com a @BrookeYoongi:
https://spiritfanfics.com/historia/heres-to-never-growing-up-8544448
Se puderem, a leiam também. Ela é bem diferente das fanfics que vocês já viram ou leram, então vale a pena.
Até o próximo capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...