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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XVIII


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Não disse que eu voltaria até o dia 31 desse mês?
Pois é, cá estou eu.
Esse capítulo vai ser bem polêmico e problemático, já estou adivinhando. Eu fiz com base numa síndrome, só com umas coisas diferentes. É focado na Marlene, por isso é pequeno. Espero que vocês consigam entender melhor a personagem depois dele. Quero também avisar que, se você for 20% assim, procure ajuda. Conversei até com uma psicóloga para me ajudar com alguns sintomas, porque eu queria passar bem a mensagem da pessoa desequilibrada que a Marlene é.
Peço que não joguem pedras em mim, caso não gostem. Eu fiz com todo o meu carinho por vocês e esforço. É difícil criar um capítulo com enfoque em um só personagem, sendo este desse modo. Ainda estou aprendendo, e espero atender a vontade de vocês. Pelo menos, eu gostei.
Boa leitura.
Até as notas finais.

Capítulo 19 - Chapter XVIII


Fanfic / Fanfiction Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XVIII

Marlene tossiu mais outra vez.

Estava sentada no chão de seu quarto, com as bochechas molhadas de tantas lágrimas que despejara. Todas as vezes que ela falhara desde que chegara à Mansão, voltavam a sua mente, assim como o que seus pais achariam.

Era para ter chamado Alice. Essa sempre dava apoio a amiga, mas, naquele momento, era a última coisa que queria. A Longbottom estava ocupada com outras coisas, e Marlene não queria a tirar de perto de seu recém-nascido filho, para ouvir ela chorar e ficar triste também.

Quando seus pais deram a notícia de que iria se casar com Sirius, ela não poderia estar mais feliz. Além de ter tido uma queda pelo Black nos tempos de Hogwarts, era um dos melhores pretendentes. Sempre era visto como um rapaz carismático e de coração bom. Se fosse para se casar com alguém, que fosse com Sirius e não com um velho barrigudo grosseiro que poderia usar da força para a ‘’educar’’.

No entanto, em seus planos havia um problema. O problema tinha cabelos loiros e olhos claros. Marlene havia odiado muita gente, mas, em sua vida inteira, nunca odiara alguém por sentir inveja, um sentimento que aprendeu o significado recentemente.

Lyra, era o nome dela. Sua beleza era admirada por muitos, além de seu talento e gentileza, e isso deixava Marlene borbulhando de raiva. Era ela quem deveria ser louvada após ter pisado na Mansão dos Black, não uma Black pobre. Ela deveria receber todos os holofotes que a loira estava recebendo, porque sempre ouviu de seus pais que era melhor que todos.

Você é a mais linda de todas, de manhã.

Ninguém é melhor que você, de tarde.

E todos te invejam porque você é mais bonita e inteligente que elas, de noite.

Apesar de ela ter se tornado narcisista, sua autoconfiança aumentou de tal forma que nunca desacreditou em sua capacidade. Um dos fatores que contribuiu para a sua entrada no time do Quadribol, foi sua autoconfiança. Não tivera medo de ser ousada e ir fundo no que queria.

Outra qualidade sua notória, era a coragem. Não fora da casa Grifinória sem motivo. Foi com a coragem que a fez vencer cada obstáculo que existira em sua vida, e ela tinha certeza absoluta que usaria dessa qualidade para enfrentar as coisas depois do que aconteceu.

Soltou um grunhindo quando novamente percebeu o quão idiota era. Teria sido mais fácil ela ter driblado Walburga, que aceitaria sem hesitar que foi ela a criadora de seu belíssimo vestido. Contudo, por ela ter que sempre se provar melhor, entrou na disputa. A derrota tinha sido um preço que teve que pagar, mesmo que tivesse em mente que isso poderia vir a acontecer. E o preço foi muito salgado.

Marlene havia sido humilhada de uma forma que nunca imaginava que seria. Um dos seus medos era humilhação e, a partir daquele momento, poderia dizer com veemência que o venceu. Sua rival, Lyra, correu atrás da morena, querendo a consolar. Mas, esta apenas a reprimiu com lágrimas nos olhos. Não encontraria, nem se inventadas, palavras para descrever quanto ódio sentia.

Marlene nunca choraria na frente de Lyra Rosier-Black. Nunca deixaria a rival a consolar, porque rivais foram feitas para serem adversárias, não amigas.

A sensação de estar feliz no meio de pessoas, mas estar numa situação vergonhosa para isso, a deixa infeliz. O círculo social de Marlene sempre foi amplo, no entanto tinha poucos amigos. Sua amiga mais fiel era Alice, que foi leal à McKinnon desde a primeira conversa.

No caso da McKinnon, relações amorosas eram algo passageiro. Pelo tempo de experiência no quesito homens, não achara um que realmente a encantasse. Alguns eram charmosos e belos, não podia negar, mas nenhum nunca a cativou o suficiente para chegar a pensar na hipótese de o amar. 

Durante seu tempo em Hogwarts, certas matérias vinham com naturalidade a ela. Apesar de não ser a aluna mais aplicada, conseguia boas notas nas matérias que se importava em estudar e ganhava respeito dos professores pela sua habilidade e talento com palavras. Qualquer coisa que necessitava da fala, ela era a primeira escolha. Nos discursos antes das partidas de Quadribol, ela era quem falava com todo o coração e chegava a inspirar e também a motivar outros jogadores. Certas vezes, era mais para ela mesma, do que para os outros.

 A morena esfregou as mãos no rosto, sentindo na ponta dos dedos a umidade do rosto que restava. Observou os dedos estarem coloridos por conta da maquiagem que usava. O choro borrou a maquiagem que escolheu com cuidado e que passou com estima em seu rosto.  

O grito que soltou preencheu o silêncio do quarto e um pouco do peso que carregava foi removido. Tentou controlar a raiva, mas chegou uma hora que essa a consumia. Apertou bem a varinha numa mão, a outra segurando o traje que usava quando foi humilhada.

As chamas no tecido a fizeram abrir um sorriso psicótico. Aquilo era bonito ao seu ver, destruir um símbolo de humilhação e desagrado ao seu nome. Nunca mais Marlene McKinnon sofreria humilhação novamente.

Abriu seu grande guarda roupa, revirando aos olhos e jogando alguns vestidos na cama. Deixou pendurado os que mais se ajustariam à nova era da morena que estava surgindo. Rasgou cada tecido, ouvindo o barulho de seda, cetim, chiffon, veludo, viscose e até mesmo de algodão, se descosturando.

Ninguém irá te amar se você não for atraente.

Se observou no espelho. Enxergava uma garota com olhos escuros raivosos, olheiras enormes e rosto inchado. Consertou tudo com vários acenos de varinha. Deveria estar perfeita, porque ela era perfeita. Ela poderia ser, ela deveria ser.

Ninguém era melhor que ela. Se encontrasse alguém assim, a pessoa deveria ser destruída. Afinal das contas, ela nasceu para reinar, para ser uma princesa. Princesas são belas, graciosas e as mais bonitas das mais bonitas. Não as segundas mais bonitas.

Esperou, sentada na cama, a hora do jantar começar, para assim poder sair sem ser vista. De cinco em cinco minutos, checava a hora, ansiosa demais para ter alguns minutos só para ela mesma. Dada a hora, se direcionou aos jardins, onde podia aparatar para outro lugar.

No Beco Diagonal não só tinha coisas livros escolares e artigos para Quadribol. Lojas de roupas bruxas estavam presentes. Marlene olhou por um momento as vitrines, desistindo logo em seguida. Eram muito ‘’bruxas’’ para ela. Necessitava de algo mais trouxa, já que os trouxas criavam as mais belas roupas.

Como as notinhas de várias cores diferentes com numeração não eram moeda que se encontrava no Banco Gringotes, sua cabeça começou a pensar na melhor possibilidade de sair de uma loja trouxa com uma roupa sem pagar.

Graças a sua intuição, trajava um casaco longo, portanto, escolhera o vestido mais provocativo-porém-não-muito-vulgar; o vestiu, deixando suas roupas para trás — ela entrara na loja vestindo uma das roupas que não usaria mais, mas não tinha queimado —, e amarrou o casaco, saindo tranquila do lugar. Como uma forma de distração, jogou um beijinho no ar para o atendente, que não via um rabo de saia que desse em cima dele do jeito que a morena fez.

Chegando sorrateiramente em seu quarto, avistou uma bandeja farta de comida a esperando. O prato aos seus olhos parecia ser tão suculento que a trouxe imediatamente fome. Resistindo ao ímpeto de enfiar um grande pedaço do frango em sua boca, deu as costas a sua cama, despindo-se lentamente e guardando o vestido furtado no armário.

Seus olhos, que olhavam cada pedacinho do quarto, somente para se distrair por mais um tempo da fome que ela sentia, miraram uma varinha que Marlene tinha a plena certeza de que não era dela. Flashes de memória vieram a sua mente. Um dos motivos de sua perda na competição, além de inexperiência, foi a varinha que estava usando. O estranho, porém, era que ela jurava por Merlin que a varinha que deu para Olivaras pesar era a dela, e não aquela.

As chamas produzidas pela mistura incandescente a deixaram confortável. A deixariam ainda mais se queimasse a varinha na frente do dono dela. Talvez não mudasse tanto a vida do indivíduo, perder a varinha, mas Marlene tinha que admitir que adoraria ver a reação desse.

Distraiu-se por mais uma hora inteira, quando não conseguiu não olhar para aquela comida sem tentação. Quando caiu a ficha, já comera mais do que devia. Lavou as mãos, e deu de ombros.

Ela queria aquilo mesmo.

Severas vezes, batera seus pés contra o chão pensando no que poderia fazer em seguida. Pensaria com cautela e com a razão naquela hora. Uma nova era, uma nova Marlene.

Então a imagem do Black mais novo veio a sua mente. Um inimigo esperto, um aliado melhor ainda. Se se aliasse à Regulus Black, teria chances de suceder. Era gritante aos seus olhos o fato do mais novo odiar Sirius. Como ele odiava o irmão, obviamente ele odiaria a aproximação dele com a noiva.

Resolveu, então, recorrer ao irmão do noivo. Ter um aliado, não necessariamente um amigo, naquele lugar era crucial. Duas pessoas eram mais fortes que uma.

—Um momento —A voz indiferente de Regulus foi ouvida por ela, logo após dar algumas batidas na porta.

Segundos depois, escutou uma cadeira sendo arrastada. Esperou paciente e calmamente, pensando no que ela falaria a ele.

Os olhos azuis dele demoraram um pouco em sua face. O olhar que ele lançava era intenso e, ela achava que, ele estava a analisando antes de dar o próximo passo.

—O que você quer?

—Sua ajuda.

Ele cerrou os olhos.

—Não faço favores —Havia lançado peso sobre sua mão esquerda e a porta estava prestes a bater no rosto dela, quando a morena colocou o pé para dentro, impossibilitando esse ato.

Regulus inspirou lentamente, para não se descontrolar.

—Diga-me o que você quer, que direi o meu preço —Marlene sorriu.

—É melhor conversamos dentro do quarto —respondeu ela.

—Suponho que seja importante mesmo. —deu um passo para trás, puxando um pouco a porta para lhe dar mais passagem.
Marlene balançou a cabeça em agradecimento, não hesitando em entrar.

O quarto de Regulus era enorme. As paredes possuíam um tom calmo de azul, e a coisa mais presente no lugar eram livros. Supôs que o barulho de cadeira se arrastando, proveu da cadeira perto de sua escrivaninha, onde estavam incontáveis papéis, potes de tintas de cores diferentes e poucas penas.

—Irá começar a falar, ou eu terei que te expulsar? —perguntou ele, impacientemente. —Tenho trabalho a fazer.

—O trato que eu queria fazer é uma situação vantajosa para você, ou seja, a recompensa já estará inclusa no trato —disse, e olhou para o rapaz, esperando desse uma reação.

—Interessante —balançou a cabeça, com interesse. —Estou ouvindo.

—Embora mal nos conheçamos, temos uma coisa em comum: queremos o afastamento do meu noivo e da sua noiva.

—Pensei que você, McKinnon, teria mais confiança em suas habilidades. —Depois de dito, deu um sorriso sarcástico. —Ah, sim, depois de certo evento, tudo ficou mais claro.

—É por isso que procurei você.

Regulus colocou uma mão no peito, ofendido.

—Assim você me magoa, McKinnon. Eu jurava que era por causa da minha perspicácia e maquiavelice!

—Maquiavelice...? —perguntou. O interrompeu quando iria a responder. —Não é momento de se achar.

—Essa frase eu que deveria dizer —lembrou-a.

Olhou para ele com censura.

—Isso não é o que interessa.

—Calme, querida McKinnon, eu entendi o que você queria dizer —ele balançou a cabeça, compreensivo. —Vendo desse modo, sim, podemos fazer um acordo. No entanto, se você me entregar ou te descobrirem, eu vou sair ileso dessa e deixar toda a culpa para você.

—Está bom. É um risco que deverei correr.

—Não é que ela é corajosa mesmo? —caçoou Regulus.

—Mais que você, eu sou.

—Tanto faz —disse ele, enquanto encarava o chão, sua mente explorando novas ideias e criando um plano. —Acabei de ter uma ideia.

Sua expressão se tornava bem mais amistosa e energética quando ele expressava o que pensou. Marlene prontamente ficou de acordo, mesmo a paranoia estando presente em certos momentos. Foi informada direito do que precisava fazer, e tentou memorizar o máximo o que o Black dizia.

Iria fazer acontecer, porque era Marlene McKinnon. E ninguém era melhor que ela.

...

Abriu levemente os olhos, se acostumando com a luz que provinha da janela e entrava no quarto.

A cama estava vazia.

Teve que checar os detalhes do quarto para ver se estava mesmo sonhando. Quando achou um quadro, não muito distante da cama, de um rapaz de cabelos grandes escuros junto a outro com cabelos rebeldes, percebeu que estava mesmo no quarto de Sirius.

Sentou-se lentamente na beirada na cama, sua visão enegrecida por ter se levantado rápido demais. Deu um sorriso que rasgou seu rosto.

A poção que Regulus dera a ela, para drogar Sirius, concretizara o plano. Mesmo que eles não tivessem feito sexo, quando Sirius acordara e vira Marlene sem roupas, em sua cama, ao seu lado, deduzira a provável bobagem que fizera. Com isso, a McKinnon seguiria com seu plano.

Aos poucos se vestiu, sem tirar o sorriso maldoso do rosto. Queria ter visto a expressão no rosto de Sirius quando esse acordou. Deveria ter sido imperdível o ver tão chocado, como deduziu ter ficado. Restava a ela, pois, a continuar com a encenação até conseguir o que queria.

Porque não se pode apagar um furacão. 


Notas Finais


O que acharam? Se puderem, adoraria um feedback!
Algumas histórias minhas, caso queiram ler:

Draco Malfoy Fanfiction: https://spiritfanfics.com/historia/radioactive-5080292
Weasley Twins Fanfiction: https://spiritfanfics.com/historia/heres-to-never-growing-up-8544448

Até mais e obrigada por ter chegado até aqui!

Update:
Elenco
Freya Mavor as Lyra Rosier- Black> https://assets.mubi.com/images/cast_member/404922/image-original.jpg?1473138646
Logan Lerman as Regulus Black >
http://famosos.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/logan-lerman-5-1/Logan-Lerman-15.jpg
Ben Barnes as Sirius Black >
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/f5/e6/bc/f5e6bc844ee1b621fd0d87d9a0bc1781.jpg
Natalie Dormer as Narcissa Malfoy (née Black) https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b2/Natalie_Dormer_2014.jpg
Adelaide Kane as Andromeda Tonks (née Black) > https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/2d/13/82/2d138214095901dc223efc1bbb82ae3c.jpg
Katie McGrath as Bellatrix Lestrange (née Black) > https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/6d/15/4e/6d154e4263746885e22a105cab17eb14.jpg
Nina Dobrev as Marlene McKinnon > http://images6.fanpop.com/image/photos/35700000/Nina-Dobrev-The-Vampire-Diaries-Season-5-promotional-shoot-katherine-pierce-35713029-500-631.png
Karen Gilian as Lily Potter (née Evans) > https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/34/af/d1/34afd1f40e96d687fff9adf1f9b00333.jpg
Aaron Johnson as James Potter > http://68.media.tumblr.com/tumblr_m3cuf7Odo41qjji23.gif
Rosamund Pike as Gisele > http://fullhdpictures.com/wp-content/uploads/2016/02/Rosamund-Pike-Photos.jpg
Lily Collins as Alice Longbottom > https://68.media.tumblr.com/78620db2ef7cdce3c153d431d91224f2/tumblr_nq1o4cuyZf1rj4ufho1_500.png
Lena Headey as Walburga Black >
https://media.giphy.com/media/9VCZaN0HOcuzK/giphy.gif


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