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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XX


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Desculpem-me, eu iria postar esse capítulo antes, mas não era em hora certinha.
Sim, eu sou perfeccionista até com hora.
Enfim.
Alô! Apareci antes do final do mês e-e
Quero só dizer uma coisa: esse capítulo será difícil para quem shippa a Lyra com o Sirius.
Aliás, pessoal fantasma, por favor apareçam só nos comentários dizendo quem vocês shippam com a Lyra. Presumo que a maioria shippe ela com o Sirius, mas quero saber né. Não vai mudar o curso da fanfic, mas seria MUITO bom saber ><
Até as notas finais.
Boa leitura!

Capítulo 21 - Chapter XX


—No que pensa tanto? — Lyra pergunta, vendo Regulus concentrado, franzindo o cenho.

— No que isso pode gerar — confessou, ainda não olhando em seus olhos.

— Vai dar tudo certo — fala calmamente, apesar de saber que o rapaz não precisava disso. Ele faria o máximo para tudo dar certo.

— Sim, vai dar — ele olha em seus olhos, sorrindo de lado. — Estaremos preparados.

— O que planeja fazer?

— Por muito tempo, os Black usavam a magia em último caso — disse ele, olhando para um ponto fixo do quarto. — E, como corremos sério risco de injúria, devemos estar preparados.

Sirius não irá hesitar em nos proteger. Seja eu, ou até mesmo Regulus. Ele, como eu, ama a família dele, e faria tudo por ela.

— E o casamento? —Ousou perguntar, tentando não expressar nenhuma emoção.

— Ainda irá acontecer. Duvido que minha mãe mudasse de data.

— Sempre agarrada a tradições — Lyra suspirou. Tradição era coisa comum aos Black.

— Meu pai e mãe são bem tradicionalistas — ele confirmou, mesmo que não concordasse. — Coisa que eu e Sirius não somos mesmo.

Lyra sorriu e Regulus a acompanhou.

— E quando vai ser o nosso casamento?

— No Solstício de Inverno, como seria o deles — Regulus responde, sem mostrar emoção alguma no rosto.

A moça se pergunta se valia mesmo aquilo tudo. Amava a família, queria os ajudar e continuar sendo uma Black..., mas será que valia mesmo aquilo tudo?

Ao olhar nos olhos claros de Regulus, ela teve a confirmação. Sim, valia.

— Ainda temos tempo até lá — ele a lembrou, a acordando de suas divagações.  —Podemos preparar uma cerimônia e festa melhores.

— Ah, mas eu não duvido de Marlene — Se lembrou da mesma dando várias ordens e apontando o indicador para muitos lugares.

O rapaz deu um sorriso malicioso, como se soubesse de algo.

— Mesmo assim, Lyra, mesmo assim — pousou a sua mão em cima da dela, num gesto de conforto.

Ela o olhou confusa.

— Fique calma. Ninguém esquecerá de quando nos casarmos.

Não conseguiu não sorrir. Confiava em Regulus, e Regulus era homem de palavra.

— Está bom — Ainda tinha um sorriso no rosto. Levantou-se da cama do noivo, onde estava sentada junto a ele. Calçou as sandálias e disse: — Tenho que ir, vou tentar ser útil de alguma maneira.

Ele apenas balançou a cabeça concordando. Quando ela estava prestes a sair do quarto, ele disse:

— Lyra — ela abaixou a mal que iria girar a maçaneta e o olhou por cima do ombro. — Eu sei que está um pouco em cima da hora, mas amanhã vai ser a minha entrevista no Ministério. Se quiser, pode ir comigo.

— Eu adoraria — abriu um sorriso genuíno, finalmente saindo do quarto.

Andou pelos corredores da Mansão que, incrivelmente, parecia estar silenciosa. O outono estava próximo, mas Marlene ainda tinha que lidar com coisas mais importantes — por exemplo o vestido —, antes de pensar na decoração.

Por conta de sua distração, mal percebera que tinha esbarrado em alguém. Quando levantou a cabeça, encontrou olhos cinzas a olhando serenamente.

— Estava à sua procura — Não parecia ter um resquício de raiva no rosto de Sirius, apesar de Lyra saber que ele ainda não tinha engolido a ideia que se casaria mais rápido com Marlene.

— Por quê? — demorou a perguntar, e quando o fez, sua voz saiu mais alta que queria.

— Oras, para tirar as fotos. Não se lembra? Ficamos de tirar ontem.

— Ah, sim, as fotos — deu dois passos para trás, envergonhada e decepcionada. — Já chamou Regulus?

— Monstro o chamou — disse rapidamente. A verdade é que Sirius detestaria falar com o irmão sobre esse assunto, e ver novamente um sorriso vencedor nos olhos do mais novo.

Estendeu o braço direito para Lyra, que o aceitou. Andar lado a lado a Sirius trouxe uma onda de intensidade ao seu corpo, como se sentisse que poderia fazer tudo, pois ele estava ao seu lado.

— Que tal se andarmos lentamente até lá? — Sirius sugeriu, sorrindo inocentemente.

— Você acabou de ler meus pensamentos — Sentiu a mão de Sirius descer aos poucos pelo seu braço até a sua mão, e assim enlaçar os seus dedos com os dela.

O olhou nervosa.

— Sirius!

— O que foi?

— E se alguém ver? — Olhou para todos os lados possíveis.

— Não me diga que você tem medo de correr um pequeno risco — Levantou uma sobrancelha, a questionando.

— Eu não tenho — deu um longo suspiro. — Mas isso não vai nos dar uma detenção de um dia, e sim reais consequências.

— O que é a vida sem um pequeno risco?

— Uma vida sem graça — disse, finalmente.

— Então — A encarou, esperando a resposta.

— Está bom — novamente deu um suspiro. — Eu confio em você, porém é sempre bom não desafiar a morte.

— Com a morte você quer dizer a Walburga? — Lyra assentiu levemente. —Ah, já desafiei pessoas piores. Não é como se fosse algo com que se preocupar.

A loira deu uma risada fraca.

— Eu te adoro por conta disso. Você não conhece a palavra medo.

— Talvez eu conheça — deu de ombros. — Eu só o ignoro, faço as coisas mesmo que eu tenha medo.

— Isso é maravilhoso.

— Eu sou maravilhoso.

— Menos, Sirius — revirou os olhos. — Ambos nós sabemos que maravilhoso e Sirius Black não entram numa mesma frase.

— Se você diz... — Sirius se interrompeu, soltando rapidamente a mão de Lyra, e assumindo uma postura mais formal.

Demorou a entender o recado, já que estava novamente distraída. Seus olhos se arregalaram quando viu, virando a esquina do corredor, Regulus.

— Estávamos te esperando, irmão — Sirius disse, já a uns passos longe da noiva do irmão. Enfiou as mãos nos bolsos do paletó, assumindo a mesma expressão — a mesma máscara — que usava em relações interpessoais.

A expressão no rosto de Regulus era de raiva, e ele a tentou mascarar com um sorriso, mas esse não refletia em seus olhos.

— Eu tinha mais coisas a fazer, contudo eu não poderia perder por nada isso.

Lyra deu um sorriso complacente a ele. Sabia que ele odiava quando alguma coisa interferia em seu planejamento, ainda mais quando fosse de última hora.

— Vamos? — perguntou, quando concluiu que eles dificilmente entrariam no lugar com o outro atrás. Por conta disso, ficou ao lado de Regulus, e acenou com a cabeça para Sirius entrar. — Vamos, você também, Regulus?

— Era já hora mesmo — disse indiferentemente, estendendo o braço para ela, que aceitou.

Lyra hesitou em abrir a porta.

— Pode fazer as honras, senhorita — a incentivou.

Ela empurrou levemente as portas, dando uma pequena espiada no cômodo antes de definitivamente entrar.

Apesar da foto conter apenas seis pessoas, Lyra pode ver Gisele. Rapidamente soltou o braço do de Regulus, e cumprimentou a mulher de modo que poucos reparassem a intimidade delas. Contudo, isso não escapou do alvo de seu noivo, que apenas sorriu para Lyra, quando essa mexeu os lábios formando a palavra desculpa.

— O que faz aqui? — Lyra perguntou, após cumprimentar Walburga e Orion, que estavam próximos de Gisele.

— Me deixaram ver. Walburga, quer dizer, convenceu Orion.

— Você não vai entrar na foto, não é?

— Não — Não pareceu ficar aborrecida. — Eu não esperava. No entanto, eu tenho passe livre para ficar aqui o quanto quiser. Afinal, a Walburga me considera dama de companhia dela, em certos eventos.

— Ela parece ser uma boa irmã — disse Lyra, depois de ponderar. Ainda era difícil pensar que Walburga era boa para alguém.

— E ela é — Gisele olhou carinhosamente para a irmã, que coordenava a exata posição dos assentos que sairiam na foto, e quem estaria sentado ou em pé.

— É melhor eu ir.

— Vai lá, querida — Gisele sorriu, a encorajando.

Lugares, lugares, vão para os seus lugares.

Marlene, junto a sua futura sogra, posicionava os homens cada segundo em uma posição específica, como se isso pudesse interferir imensamente na foto. Quando Sirius e Regulus bateram o olho em Lyra, reviraram os olhos e suspiraram.

É, eles não são tão diferentes assim, pensou.

—Merlin, não vou deixar que ela entre assim na foto —Walburga disse friamente para Lyra. —Cattermole, o que você acha de fazer o seu trabalho e deixar essa senhorita apresentável?

Lyra sentiu o rosto ficar vermelho de vergonha e raiva. Por que que a Black a tratava tão mal? Ela não estava de todo o mal, mas, se comparada a Marlene, por exemplo, ela estava simplória. Olhou para Sirius, em busca de ajuda, e esse apenas a deu de ombros. Sirius não poderia interferir nessa. Era a única que não estava perfeita. Marlene estava impecável da cabeça aos pés — é claro, ela teve como se preparar antes. Regulus sempre parecia estar arrumado, mas Lyra teve a plena certeza que a barba e cabelo de Sirius foram acertados.

Foi puxada pelas mãos grandes e gordas de Cattermole, que a estendeu um vestido escuro e Walburga ordenou que se trocasse. Quando essa deu as costas, Lyra fez questão de revirar os olhos e dar um longo suspirou.

Correu ao banheiro, segurando a vontade de chorar. Tentava controlar ao máximo as lágrimas. Sabia que, se deixasse uma lágrima rolar, iria perder o controle e, eventualmente, iria chorar até que se cansasse.

Seus olhos verdes estavam levemente vermelhos, e ela conseguiu notar ódio em sua face. Não, preferia muito mais estar aos prantos que com ódio. Em sua visão, ódio era um dos piores sentimentos que alguém poderia sentir, e ela não se permitiria sentir aquilo.

O vestido azul havia lhe caído bem. O tom de azul era escuro, assim como a cor da gravata de Regulus. Não havia decote muito exuberante, apesar de seus ombros e clavículas e estarem expostos; e as mangas se localizam na parte superior do seu braço.

Agradeceu baixinho a mulher por não ter usado a varinha e ter trocado a roupa dela ali mesmo. Apesar de achar que os Black não se permitiriam tal coisa, achou um ato de bondade.

Quando voltou, Cattermole e uma moça jovem a esperavam. As duas fizeram um trabalho rápido em Lyra: deixaram seus cabelos loiros evidentes — contudo sem tirar seus cachos — e sua pele perfeita com os feitiços certos. Detestou que as poucas sardas que tinha sumiram temporariamente de seu rosto, mas não podia fazer nada.

Sentiu o olhar de todos nela, e corou instantemente. Walburga apontou, impacientemente, para a cadeira onde Regulus se encontrava atrás. A organização ficaria desta forma: as mulheres ficariam sentadas, enquanto seus respectivos parceiros ficariam atrás delas. Portanto, pesarosamente, Lyra teve que se sentar ao lado de Walburga.

Não sei quem é pior, mas Walburga me dá menos insegurança que Marlene, pensou.

Regulus apoiou uma de suas mãos no ombro dela, o que a fez lembrar que teria que sorrir. A máscara de felicidade teria que ser vestida, teria que esconder suas emoções — elas eram fortes demais até para ela mesma entender.

Coloquem seus vestidos e rostos de bonecas.

— Não está sorrindo o suficiente — Walburga sussurrou, e Lyra tomou um susto. Controlando-se para não deixar a raiva a dominar, levantou os dois lados do rosto num sorriso. Pensou nela e em Sirius, rindo até doer suas barrigas, felizes, e o mundo parando para os observar. Somente assim que conseguira sorrir genuinamente.

Algumas fotos foram batidas. Mal percebeu — a tecnologia avançou até mesmo no mundo bruxo. Mudaram de posições algumas poucas vezes, e, por último, teve que posar para uma foto junto a Sirius, depois de ter tirado junto a Regulus.

Ela não poderia duvidar que a expressão em seu rosto a entregaria, caso Sirius não tivesse se posicionado atrás do fotógrafo e ter a olhado profundamente nos olhos. Com ele, ela conseguiu força para sorrir falsamente outra vez.

Terminada a sessão de fotos, ela parecia ser a única exausta. Todos pareciam ter se acostumado àquilo, ou escondiam muito bem.

Seu olhar se focou em Regulus, que respondia serenamente uma bruxa, provavelmente uma jornalista por conta da pena mágica ao seu lado, de estatura média, cabelos louros e um pouco mais velha que ela. Reconhecia a mulher de algum lugar, contudo não recordava de onde.

Resolveu, pois, cumprimentar os dois.

— Estou interrompendo algo? — perguntou, forçando um sorriso, quando os dois pararam de conversar com sua presença.

— Mas é claro que não, senhorita — a bruxa rapidamente disse, tirando a oportunidade de Regulus responder. —Estávamos falando sobre você, aliás.

— Ah — falou sem graça. — Lyra Rosier — Estendeu a mão à mulher.

— Não tinha necessidade de se apresentar — a jornalista riu, chacoalhando muitas vezes a mão de Lyra com uma de suas mãos largas e masculinas. — Quem não te conheceria? A família Black é muito conhecida. Rita Skeeter.

— Prazer — Lyra sorriu.

— Realmente — Regulus concordou. — Podemos chegar logo ao final dessa entrevista? Tenho trabalho a fazer.

— Desculpe estar tomando seu tempo — Rita disse, a pena escrevendo sem parar. — O tempo de vocês, quer dizer. Enfim.... Estávamos falando sobre seu casamento, certo, Regulus? — O Black balançou a cabeça, em afirmação. — O que está achando de sua futura noiva?

Ele sorriu, a resposta já formulada em sua mente.

— Lyra é maravilhosa — ele a olhou apaixonadamente. — Eu não acho que eu teria a capacidade de escolher uma mulher para me casar tão inteligente, bondosa, bela, gentil e honesta como ela.

— Belas palavras — A pena trabalhava rapidamente, sem fazer nenhum barulho. Lyra sorriu, apesar de se encontrar um tanto confusa. — O que os dois acham do casamento precipitado de Sirius Black e Marlene McKinnon?

Foi a vez de Lyra responder:

— Confesso que eu e Regulus nos sentimos que os dois foram um pouco injustiçados — ela riu, sentindo os olhos da mulher a analisarem. — Quero dizer, iríamos casar no mesmo dia que eles. Agora, terão que correr contra o pouco tempo que lhes resta.

— A quebra de tradição não foi tão grande assim, ao menos — Rita disse indiferente. — Estarei, porém, ansiosa para os entrevistar melhor, outra vez. Agora, minha atenção focará nos dois. Agradeço pelo o tempo — A pena parou, finalmente, de funcionar. Lyra não conseguia tirar os olhos dela. — E desejo todas as felicidades para o casal.

Regulus deslizou o braço pela a cintura de Lyra, logo em seguida agradecendo a jornalista. Rita parecia contente com o material que conseguira, pois lançou um sorriso e fez uma reverência, ambos exagerados, aos dois. Depois, foi procurar outras almas para incomodar.

Eles se direcionaram à saída do cômodo, e, enfim, a loira pode suspirar, aliviada, como se tivesse soltado um peso de seus ombros.

— O que foi aquilo? — ela perguntou, piscando os olhos.

— Rita Skeeter, uma repórter bem intrometida, resolveu me entrevistar, pensando que seria uma atividade prazerosa para os dois lados — Regulus respondeu, a estudando com seus olhos observadores.

— Isso eu entendi, apesar de não parecer que você estava gostando tanto assim — ele deu de ombros. — Mas eu estou falando do que você disse para ela sobre mim.

— Ah, sim. Você não acha que eu estava falando a verdade, certo?

Ela riu.

— É claro que eu não acho — Sentiu que seu tom foi rude demais, e limpou a garganta. — Quer dizer, você falou para não passar uma impressão ruim sobre nós.

— Nem tudo que eu falo é para agradar.

— Eu sei, eu sei — Tentou procurar as palavras certas, e odiou o noivo por ser tão calmo e ela estar tão nervosa. — Você quase me pôs num pedestal.

— E isso é ruim?

— É ruim, sim — disse seriamente. — Eu não acredito naquelas palavras.

Ele demorou a responder, esperando que ela fosse falar algo a mais. Contudo, desistiu da espera. Deu uma risada fraca, seus dentes brancos aparecendo. Deu um passo para a frente, para mais perto dela. Lyra ficou estática, apenas contemplando seus olhos claros.

—Quer que eu te prove o contrário? —pergunta, perto demais dela. Lyra engole em seco, sem saber o que fazer, o perfume dele invadindo suas narinas e uma sensação crescente dentro de si de acabar com a distância existente entre ela e ele.

A única coisa para onde consegue olhar são para os seus lábios rosados e pensar em qual seria a sensação de tê-los prensados contra os seus — era como se seu corpo estivesse rígido, seus braços tinham virado de madeira, incapazes de fazer alguma coisa.

Regulus, com um sorriso maroto em seu rosto, levanta o queixo dela com a ponta de seu dedo indicador.

— Eu te fiz uma pergunta, Lyra — a lembra. Aquele toque, que se assemelhou a uma pequena descarga elétrica em seu corpo, a acorda, seus sentidos voltando à tona, podendo voltar a controlar seu corpo como uma máquina que voltara a funcionar.

O sentimento a guiava naquela hora. Ela sabia que sentia uma atração por Regulus e, como eles estavam sozinhos, por que não seguir a emoção somente naquela vez?

— Eu adoraria — Agora, com coragem, o olhava nos olhos.

Aproximou-se mais dele, sem medo, borbulhando de desejo para sentir qual seria o gosto dos lábios do rapaz. Deslizou as duas mãos em sua nuca, uma depois deslizando para seus cabelos, o puxado para mais perto.

Seus lábios praticamente estavam unidos, uma das mãos de Regulus em sua cintura — até que escutaram um alto pigarreio, capaz de a tirar da hipnose que ele provocava nela.

Era Walburga.

Lyra gelou, tomada de susto. A mulher era um pesadelo, e era pior ainda pensar que ela tinha assistido, mesmo que durante nano segundos, a quase demonstração de afeto dos dois.

Era totalmente frustrante.

— Olá, mãe — Regulus a cumprimentou calmamente, o rosto um pouco corado. Lyra forçou um sorriso.

Uma pessoa saiu de trás de Walburga, um homem alto, com expressão séria e dura em seus olhos claros. Orion.

— Ah, olá, pai — O tom calmo de Regulus não parecia que iria embora nunca. Ele é ótimo em fingir que nada demais estava acontecendo há um minuto atrás. — Como podemos os ajudar?

Os olhos de Walburga mudaram de Regulus para Lyra, e essa não enxergava raiva nenhuma na face da mais velha. Sua expressão era confusa, com um pequeno, quase impercebível, contentamento que Lyra não entendia exatamente do quê.

Foi a vez de Orion responder.

— Estávamos apenas saindo do quarto, Regulus — O homem não sabia esconder tanto os sentimentos que a mulher, e o filho notou um pouco de aborrecimento na cara desse. — Quero que passe no meu escritório depois — Olhou para Lyra. — Sozinho.

— Está bom, pai — respondeu o filho, educadamente. — Estarei lá depois do jantar.

— E, você, Walburga, desejaria alguma ajuda nossa? — Lyra conseguiu perguntar, após Orion se despedir rapidamente e ter ido embora.

— Na verdade, sim —seu sorriso era de escárnio. — Ainda essa semana, precisamos que vocês provem a roupa de vocês para a cerimônia.

— O casamento?

— Não — Regulus respondeu, e Lyra agradeceu que fosse ele quem estaria o fazendo. Duvidava que Walburga teria sua paciência. — Antes do casamento, geralmente fazemos um pronunciamento. E, nesse caso, terá que ser nós que faremos, já que o casamento é deles.

— Ah — Foi o que conseguiu responder.

— Por conta disso, teremos muito trabalho a ser feito, Lady Lyra —  Walburga sibilou, ainda com o sorriso de escárnio em seu belo rosto. — Terá que passar o dia inteiro comigo e com Marlene.

Trocou rapidamente um olhar significativo com Regulus.

— Eu já tinha um compromisso marcado com ela.

— Nada que não poderá ser agendado, certo? — pergunta, como se ousasse que fossem contra sua vontade. E, infelizmente, não podiam.

— Não...— Olha para Regulus à procura de ajuda. — É, podemos marcar outro dia para fazer o que queríamos fazer.

— Ótimo — Lyra se sente presa numa jaula, mas presa do que já é. Sua mão direita é envolvida pelas duas de seu noivo, e é apertada, e se sente um pouquinho mais forte. — Obrigada, Lady Lyra e filho. Até o jantar, então.

Walburga vai embora, seus saltos fazendo barulho o suficiente para Lyra não conseguir ficar focada. Pisca algumas vezes e olhava nervosa para o rapaz.

— Droga — murmura, com raiva de Walburga.

— É, logo no dia que eu iria te levar ao Ministério — suspira, decepcionado. — Bom, amanhã é a minha entrevista. No entanto, como o cargo é quase meu, eu posso te levar no dia seguinte a amanhã.

— Ah, seria muito bom — ela sorri genuinamente. — Torcemos para que ela tenha saído um pouco do meu pé até lá.

Ele deu uma risada fraca.

— Agendarei como compromisso. Assim, talvez levem a sério a nossa saída.

— É, talvez — concorda com a cabeça.

Se encaram durante uns segundos, e ela não contém a vontade de rir. Ela estava prestes a beijar Regulus pela a primeira vez, até que os pais dele aparecem.

— Do que está rindo?

— De nós — Dá uma pequena risada, depois se controlando. — Foi engraçado.

— Imprevistos indesejados — ele solta sua mão, afundando as dele nos bolsos.

— É — é o seu comentário. Coça a nuca, se saber o que fazer ou falar.

—Com licença, ainda tenho que fazer algumas coisas —ele quebra o gelo, para seu alívio. —Até mais tarde.

Lyra dá um pequeno sorriso para o rapaz, e acompanha-o com os olhos até ele sumir de sua vista.

 


Notas Finais


Para quem gosta de Dramione > https://spiritfanfics.com/historia/clarity-9360539
Solstício de Inverno: 22 de dezembro
Que bom que chegou até aqui. Espero o(a) encontrar na área de comentários.
Até o próximo capítulo!


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