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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XXIII


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Olá, pessoas! Tudo bom? Demorei, mas estou aqui. Olha que eu tenho prova amanhã e consegui tirar um tempo para postar o capítulo.
Eu gostei bastante dele, apesar de certa coisa que acontece. Antes que vocês queiram jogar um Crucio em mim via comentário, já lhes digo que as coisas que não foram esclarecidas nesse capítulo serão esclarecidas no próximo. Vocês não perderão linha alguma de raciocínio. Contudo, quem é esperto(a), já deve perceber porque tal coisa aconteceu. E, sim, estou olhando para você, Nathalia.
Perdoem-me pela precariedade de descrições nesse capítulo. Contudo, tentei o meu melhor!
Quero agradecer os favoritos, comentários e visualizações. Você me fazem querer sempre escrever a fanfic!
Não tenho ideias - ainda - para o próximo capítulo, mas garanto que em setembro o postarei. A escola está me sugando o suficiente, mas separarei um tempo para dedicar a BM! <3
>Marlene sorrindo porque ela é linda e merece ser enaltecida<
Boa leitura.

Capítulo 24 - Chapter XXIII


Fanfic / Fanfiction Blood Moon (Marauders Era) - Chapter XXIII

— Ó, querida amiga! — Lyra disse, segurando as mãos de Gisele entre as suas. — Peço desculpas por ter te esquecido. Ando tão sobrecarregada esses dias...tanta coisa acontecendo...

Gisele sorriu gentilmente.

— Não peça desculpas, eu te entendo.

— Muito obrigada. Mas...o que eu posso fazer? — pergunta, aflita.

— Lyra, você tem enormes chances de conseguir emprego no Ministério — a mais velha começou a falar depois de um tempo. — Foque-se nisso. Com relação aos dois: já vi como Sirius te olha. Como o observei crescer e, felizmente, sei muito sobre ele, diria que ele te olha apaixonadamente.

— Sinto falta dele — confessa, desviando o olhar de Gisele.

— É claro que sente — Gisele suspira. — Não vou dizer que prefiro você com meu sobrinho, porque não é do meu feitio. Só te digo uma coisa: as coisas acontecem. Se for para ser, será.

Lyra conseguiu esboçar um sorriso.

— É, acho que seja isso mesmo.

Apenas reparou a entrada de uma pessoa no cômodo quando percebeu que Gisele não mais olhava para ela, mas sim para a frente. Seguindo o olhar de sua amiga, achou Marlene com um sorriso divertido no rosto.

— Olá — A loira a estudou por um tempo. Seus cabelos escuros estavam presos em uma trança, e ela usava uma roupa simples. Combinação rara para Marlene McKinnon.

— Precisa de algo? — Lyra perguntou, saindo mais como uma afirmação que uma pergunta.

— Sim, eu preciso — Seus olhos escuros se fixaram nela, escuros como carvão. — Por acaso estaria interessada em um duelo amistoso?

Instantaneamente levantou a sobrancelha. Amistoso e Marlene não eram palavras que andavam acompanhadas. Só se for não amistoso com Marlene. Aí sim.

— Então, o que me diz? — perguntou, encostando as costas contra a porta sem preocupação. Era apenas encarada pela a mais nova, a mais velha apenas estudando a situação e desejando que a querida amiga não falasse alguma besteira.

Marlene batia levemente os dedos na porta, o que fazia Lyra ficar ainda mais nervosa. Parecia que a morena contava seus últimos segundos de vida, antes de engoli-la viva com aqueles olhos ameaçadores. Ela era intimidante, Lyra não poderia negar.

Levantou seus olhos verdes à moça.

— Quando?

— Hoje mesmo. Hoje à tarde.

— Onde?

— Regulus te leva — Marlene respondeu. — Em duas horas, para ser mais exata.

— Não sabe onde que fica a sala?

Ela deu um sorriso como se fosse óbvio.

— Lyra, essa casa é do tamanho de Hogwarts, além de ter sabe-se lá quantas salas. Ele é um melhor guia que eu.

— Bom, isso é verdade — Lembrou-se de quando Regulus a levara para uma visita à Londres. Começou a amar a cidade desde então. — Tudo bem.

— Ótimo, então — Olhou para Gisele, depois para a outra loira. — Não gosto de você e nem você de mim, mas Alice pediu para eu te levar na próxima vez que eu for visitar ela.

— Ah, nossa, seria muito bom — murmurou. — Estou com saudades dela.

— Certo — Marlene revirou os olhos. — Depois acerto o dia contigo. Anda um pouco ocupada, não?

— Mais que você, com certeza.

— Não sabe do que fala, querida — Olhou para as próprias unhas, indiferente, mas querendo que Lyra perguntasse. Afinal, Marlene parecia ser um mistério, mas queria deixar de sê-lo. Era muito melhor divulgar suas conquistas que mantê-las em segredo. Ela queria reconhecimento, por isso fazia a maioria das coisas.

— Espero que sim. Na situação que se encontra...— Lyra foi interrompida pelo olhar severo de Gisele, optando por parar de falar.

Marlene notou, porém, pareceu perder o interesse.

— Agora, eu preciso ir. Até mais tarde, Lyra — acenou com a mão, saindo do Salão das Damas logo em seguida.

— O que achou disso? — Gisele pergunta, minutos após.

— Acho que vai ser interessante — Lyra dá de ombros.

 

Lyra girou a varinha entre os dedos. Checou vinte vezes a roupa. Regulus, a qualquer momento, bateria à sua porta. Apesar de não ser de se atrasar, a espera a deixava nervosa e ansiosa.

Quando finalmente ouviu batidas na porta, quase que esqueceu a varinha no banheiro. Xingou-se mentalmente, correndo de volta para pegar o objeto.

Inspirou e expirou uma vez antes de girar a maçaneta, encontrando Regulus com um olhar meio distraído, logo ficando atento quando se deparou com os olhos de Lyra. Ele usava uma jaqueta fechada até o começo do pescoço, combinando com suas calças. A sua varinha não estava à vista, mas a loira tinha certeza que ele seria o primeiro a apontar a varinha se acontecesse algo.

— Vamos? — perguntou ele.

Em resposta, a moça estendeu o braço para o noivo, que enlaçou com o seu.

— Aonde que estamos indo, exatamente? — Decide perguntar após algum tempo.

— É uma sala no andar de cima — Regulus respondeu, sem a olhar, focado na tarefa de guia-los. — Não falamos para vocês, porque é secreta.

— Hum...mistério — Lyra riu. — Está bom, não vou contestar. Deve ter alguma razão para ser secreta.

— E tem — concordou ele.

Pode jurar que viu um elfo doméstico, parecendo mais um vulto, passar por ela. Piscou umas vezes, decidindo deixar de lado. Esperou que fosse um elfo e não coisa de sua cabeça. Não seria normal na casa sem fantasmas ser constatada a presença de outros seres sobrenaturais.

— Por acaso eu conheço a sala? — perguntou, ainda curiosa. Observou outro corredor ser virado, outras portas aparecerem e não terem chegado ao destino.

— Depende. Se foi curiosa o suficiente para andar por aí, coisa que acredito que foi, pode conhecer.

— O que eu fiz muitas já devem ter feito.

— Não a culpo — Regulus responde quase rindo. — Quando era criança, tinha mais graça. Agora eu já sei todos os lugares na palma da minha mão, então perdeu aquele mistério de encontrar novos lugares.

— Conhece alguma passagem secreta?

— Se é secreta, por que eu te contaria? — rebateu o Black, abrindo um sorriso maroto.

— Talvez porque eu manterei em segredo?

— Pensarei no seu caso — Desviou o olhar de Lyra rapidamente, mirando a porta da direita. — Chegamos.

— Por que está esperando a porta ser aberta? — Ignora a pequena desconfiança remanescente de seu noivo para com ela. — Quer dizer, tem maçaneta e tudo mais...

— A porta é encantada — explica Regulus, dando um suspiro. — Seu eu a abrir, uma sala comum vai aparecer. Sirius deveria a abrir agora para mim. Como eu fui esperar que ele.... Esquece, vou chamar — Olhou para os dois lados do corredor, antes de fazer uma sequência de toques na porta que Lyra achou que só os dois irmãos deveriam entender. Se esquecia, por vezes, que eram irmãos, não inimigos.

Segundos depois, a porta é aberta por um Sirius com um sorriso no rosto, parecendo gostar da expressão de impaciência no rosto do irmão. Tendo vivido com Regulus sua vida inteira, o Black era proficiente na arte de perturbar o irmão.

Lyra parou na entrada da sala, um arco de pedra gigante. Se não compreendesse o poder da magia, ficaria mais espantada do que se encontrava. Era de imensidão imensurável, mais bonita que as masmorras da Sonserina.

Estreitos degraus se estendiam até o chão. A iluminação consistia em tochas acesas nas paredes, trazendo um clima sombrio. Não que Lyra ligasse, é claro, não poderia esperar menos dos Black.

Felizmente, seus olhos se acostumaram com a diferença de iluminação. Apesar de tudo, preferia um lugar aberto, mesmo sob risco da chuva estragar a atividade deles.

Ao observar cada detalhe da sala, seus olhos pairaram no chão, mais precisamente em uma pista em formato de T, onde Marlene se encontrava.

— Quem começa? — Lyra pergunta, encarando os dois irmãos.

— Nós dois — Sirius responde.

— Está bom, então — Sente-se aliviada por não ser a primeira. — Quando começam?

Os dois irmãos se posicionam, um de frente para o outro, muitos metros os separando. É evidente para qualquer um a experiência deles em duelos. A naturalidade com que Sirius saca a varinha, aponta para o irmão e sussurra um feitiço é perceptível.

A loira se sobressalta quando vê Regulus cambalear para um lado, quase caindo, ao tentar desviar do feitiço de Sirius. Contudo, ele é rápido e não perde tempo em lançar um que faz Sirius bater contra a parede e cair no chão com tudo.

Ela tenta guardar o medo que sentia por Sirius se machucado. Sabia que ele era um homem crescido e já deveria ter feito aquilo muitas vezes, mas não podia deixar de temer o que Regulus podia fazer. Apesar de ser o mais novo, parecia guardar truques na manga os quais ninguém conseguiria guardar.

Se Regulus conseguia ser uma caixinha de surpresas, Sirius também. Lyra acompanha a faísca azul saindo de sua varinha e prestes a atingir seu irmão...até que ele lança um contrafeitiço forte o suficiente para as faíscas de Sirius serem extinguidas e ele andar centímetros para trás.

— Que acha de aceitar a derrota? — Regulus pergunta sem escrúpulos. Em certas situações, Lyra conseguia notar um pouco de cautela em seu comportamento, mas não naquela vez.

— Nunca — Sirius sorri, uma gota de suor descendo pela lateral de seu rosto.

O duelo fica mais extraordinário. Era interessante, para Lyra, observar os movimentos que os dois rapazes faziam para se esquivar de serem atingidos, ou a bravura com que os dois sempre se levantavam quando caíam.

Os olhos escuros de Marlene brilhavam também de entusiasmo. É claro que McKinnon torcia apenas para um campeão, portanto as coisas eram mais fáceis para ela. Enquanto isso, Lyra ficava dividida entre os dois.

— Andou treinando, irmão? — É a vez de Sirius perguntar. Ele novamente foi bloqueado e depois levou um corte na bochecha. O corte é superficial, mas o sangue descendo pela sua bochecha deixa Lyra com vontade de estendê-lo um pano para limpar.

— Você que desaprendeu os truques — Regulus rebate, um pouco cansado. Ele também sofreu com o duelo, mas nada como Sirius. Além de ter sofrido consequências físicas leves, ficara impressionado com a habilidade do irmão mais novo.

— Trégua? — Sirius sorri. Sabe muito bem que tinha capacidade de derrotar o irmão, mas o Black conseguia reconhecer a bravura e o talento de um homem.

Regulus estendeu a mão para o irmão, que estava caído no chão. Sirius aceitou e Lyra jurou poder ver um brilho maldoso nos olhos do noivo.

— Agora é a nossa vez — Marlene se pronuncia, tirando a adversária de seus próprios pensamentos. — Vamos?

Quando Lyra percebeu, já se encontrava na posição certa. Suas pernas a conduziram até lá, e não conseguia estar mais grata por isso. Não queria que fosse uma oportunidade a mais para Marlene a humilhar.

Além da oportunidade de humilhar no duelo, é claro.

—Quando você estiver preparada — Um sorriso cínico sorriu no rosto de Marlene, e a única coisa que Lyra pensou foi em atacar.

— Ascendio! — Não conseguiu não gritar o feitiço, pois gritar era uma forma de extravasar a raiva que estava acumulando, nunca tendo uma chance daquelas para liberar.

Marlene foi lançada instantaneamente para cima, batendo os ombros contra o teto e gemendo levemente de dor.

Porém, para a McKinnon, nem dor e nem sofrimento duravam mais que um segundo. Ela estava pronta para atacar a oponente novamente.

A loira conseguiu se desviar antes que fosse tarde demais. Marlene tentara usar contra ela o feitiço Destruccio, que, dependendo do poder do bruxo, poderia quebrar mais que um simples nariz.

A morena riu sem dó. A visão de sua adversária caída no chão — propositalmente, é claro. Lyra preferia cair sobre o braço que ser atingida por um feitiço — era digna de risos de sua parte. Contudo, nem Sirius nem Regulus a seguia, ocupados demais em torcer por Lyra em segredo.

Levante-se, levante-se — Os dois pensam em uníssono, incrivelmente.

No entanto, não era necessário, ela já se levantara sozinha. Não jogaria sujo — afinal, não era de seu feitio —, mas não deixaria barato.

— Belo vestido — Marlene falou firmemente, depois de alguns minutos e depois de ter se levantado do chão —, mas seria mais chato se eu o rasgasse.

Apontou a varinha para as vestes que Lyra usava, essa gritando o primeiro feitiço que pensou:

— IMPEDIMENTA! — A faísca vermelha saiu em disparada para Marlene, que, pela rapidez e brilho intenso do feitiço, não reagiu o rápido o suficiente.

Quando estava prestes a lançar outro feitiço na oponente, que já estava preparada, sua varinha voou de sua mão para a de Marlene.

Naquela vez, não fora ela a mais rápida.

— Devolva-a, Marlene — A voz de Sirius preencheu o cômodo. Por um momento, soou como a de Orion, o que fez os presentes ficarem um pouco com medo.

— Não é justo — Regulus lembrou, suavemente.
A McKinnon revirou os olhos.

— Segura, Rosier!

A varinha escorregou entre os dedos de Lyra, caindo no chão. O baque surdo ecoou, mas sem o poder da voz de Sirius, o som como sendo estopim para Marlene soltar um dos seus risinhos destáveis outra vez.

— Vocês deveriam ter me dado uma oponente à altura — Lançou um feitiço que desequilibrou Lyra. — Sabe, não é desafio suficiente para mim.

Sentindo os olhos marejados e o rosto vermelho de raiva, deu uma inspirada alongada, para retomar o fôlego. Daquele momento em diante, ia fazer Marlene engolir o próprio veneno.

— Travalingua! — gritou várias vezes, a varinha travando por conta disso. — Não vai mais falar assim por um tempo.

Infelizmente, cometeu o erro de se aproximar demais de Marlene. Querendo acabar com o duelo de vez, esqueceu-se que não deveria baixar a guarda.

O cheiro de queimado chega ao nariz de Lyra, por tão perto que estava. Conjurou um feitiço de jato de água, apagando rapidamente o fogo que não foi embora antes de trazer consequências.

Olhou para o dano: era pequeno, mas a deixara furiosa. Ao menos, usava shorts por baixo, o que diminuiu a vergonha que estava sentindo.  

Para finalizar, Lyra lançou um feitiço igual aos que os irmãos lançaram um no outro. E, finalmente, o duelo estava terminado.

Com Marlene inconsciente no chão, o sorriso de Sirius apareceu em seu rosto sem inibições. Até mesmo Regulus, que era ruim no quesito de mostrar emoções, sorria orgulhoso.

Contudo, não durou por muito tempo.

O tempo pareceu que parou. Lyra sentia seu corpo gradativamente caindo no chão, seus joelhos indo de encontro com o chão primeiro. Sentia uma facada em cada pedaço de seu corpo, o sangue manchando sua roupa de rubro. Ela não teve tempo para gritar, pensou que estava morrendo. A visão, dominada por pontos pretos, a ludibriava, chegando a ver um clarão e sentir seu corpo ser estendido do chão.

Imagens do passado surgiam na sua mente. Talvez não fosse o momento certo, mas traziam uma certa paz a Lyra o suficiente para que seu corpo se relaxasse.

Era ela e Sirius, correndo no jardim durante a chuva. Era incrível poder ver sob aquele ângulo, e ainda mais poder ver a felicidade transbordando nos olhos dos dois. Se ela fosse uma pessoa aleatória e observasse aquela cena, não concluiria nada além que eles estavam apaixonados.

Poderia parecer despreocupação dela de estar naquela situação, mas, naquele momento, era a última coisa que ela se importava. Seus dias na Mansão pouco conheceram o ar livre, então Sirius havia a tirado de seu quarto, para dar apenas um passeio. Mas, como o céu já estava cinza desde o começo da tarde, choveu.

Não ligavam para a chuva que caía torrencialmente, ou com o fato de poderem pegar um forte resfriado — eles apenas queriam sentir as gotas contra suas peles, e escutar o riso bobo do outro.

Lyra, por fim, sentiu ser dominada por um breu e seu corpo sendo relaxado.

Se era a morte, ela aceitava, pois tinha visto o sorriso de Sirius antes que apagasse. 


Notas Finais


Shawn Mendes Fanfiction (Obra minha, leiam) > https://spiritfanfics.com/historia/a-little-too-much-9499219
...
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