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História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter III


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Olá, seres! Demorei uma semana para postar esse capítulo, não conseguia pensar nada mas hoje sim, e escrevi ele inteiro em poucos minutos (amém).
Talvez eu largue um pouco essa fanfic, porque estou também muito empenhada em terminar a minha outra, a Radioactive (deixarei o link nas notas finais, para se vocês puderem dar uma olhada XD).
Quero agradecer os novos favoritos, sejam bem-vindos! Também queria agradecer os comentários, que foram de grande ajuda. Vocês que me fazem ter vontade de sentar o bumbum na cadeira e escrever outro capítulo.
(Walburga na capa do capítulo)
Boa leitura e até as notas finais xx

Capítulo 4 - Chapter III


Fanfic / Fanfiction Blood Moon (Marauders Era) - Chapter III

O jardim da casa dos Black contava com uma grama recém cortada e de poucas flores. Uma fonte d’água dourada enfeitava o centro do jardim, posto para mostrar o luxo que Walburga Black, mãe de Sirius e Regulus, vivia. O tamanho nem se comparava a casa dos outros Black, que tinha menos cômodos e não possuía uma entrada ornamentada.

A mansão brilhava quando a luz do sol batia, e Lyra deduziu que, os pequenos pontinhos que estavam postos em linhas, envolvendo a parte central da casa, eram pedras preciosas. A parte central tinha um teto em forma de triângulo equilátero e com algo escrito em latim que a loira não soube decifrar. No topo do teto, uma escultura de um bruxo, que devia ser um Black, estava posta. Colunas ligavam o teto ao chão, um pórtico grego. Escadas laterais davam origem as portas da casa.

O verão em Londres era sensacional. Podia chover direto ou fazer calor, mas era a única estação que o céu perde a tradicional cor acinzentada. Os dias são longos e as pessoas parecem mais bonitas e felizes — isso era o que Lyra achava de sua estação favorita.

Regulus estava ao seu lado, segurando uma de suas muitas malas, mesmo ela sabendo que ele poderia simplesmente encanta-las para ele não precisar as carregar. Ela trajava uma roupa simples para uma Black, e se sentiu mais simplória ao ver aquela casa cara e chique.

Ao entrar na mansão, ficou ainda mais maravilhada. As paredes eram douradas, e uma claraboia, parecendo uma mandala azul, segurava o lustre com mais de vinte luzes que iluminava o hall de entrada inteiro. Em cima da mesinha que fica debaixo do lustre, um vaso com peônias rosas se situava. Não era o seu tipo de flor favorita, mas não poderia negar que as peônias foram uma boa escolha. Duas escadas se interligavam e davam ao andar de cima, onde eram os quartos. Esperou que dentro daquela enorme casa tivesse também uma biblioteca, e ela fez uma nota mental de dar uma passeada pelo lugar quanto todos tivessem dormido, para ver se achava um dos seus lugares favoritos no mundo.

O noivo indicou com o dedo indicador a escada a sua direita, e ele foi primeiro, conduzindo o caminho. Dissera para ela que os dois iriam ficar em quartos separados, e Lyra reparou que ele falou em um tom neutro, e ela não pode questionar pois Walburga deve ter decidido assim.

— Esse é o seu quarto — meneou com a cabeça para a porta do novo quarto dela, o segundo quarto do grande corredor do lado direito. A porta era branca, e a maçaneta em forma de maçã e prateada. Agradeceu ao garoto por ter trazido suas malas. Recusou sua ajuda para levar as malas para dentro do quarto.

O novo quarto dela era maior que ela pensava. Cores pastéis predominavam, desde as paredes rosas bem clarinhas até a sua cama, que era enorme. Não tinha um dossel como na sua antiga casa, mas mesmo assim achara o quarto tão lindo quanto o outro.

Uma das paredes foi substituída por um grande espelho, que guardava um closet dentro. Em cada lado da cama tinha uma mesinha, seria um ótimo lugar para por suas fotos. O quarto ainda tinha uma escrivaninha, e ela não via a oportunidade para sacar o diário de sua bolsa e escrever mais uma vez, já que não o usava fazia semanas.

Uma porta do lado oposto que havia entrado dava ao banheiro. O banheiro parecia ser constituído de vidro, presente do box às paredes. Podia ver seu reflexo, os vidros eram transparentes e sem uma camada sequer de poeira. Um aroma de baunilha preenchia o ar, e era fruto de aromatizantes.

Fechou a porta com cuidado, e se sentou na cama, ainda tentando digerir toda a mudança que passara na última semana. Tirou os saltos, acomodando-se de uma forma melhor, ainda sentada, na cama. Ouviu batidas na porta, e estava prestes a abri-la, até que o dono das batidas fez isso por ela.

— Espero que esteja vestida — uma voz rouca disse, entrando sem escrúpulos no quarto, sem sequer pedir desculpas.

Lyra sorriu para o garoto.

— O que faz aqui?

Sirius abriu um sorriso perfeito, com os longos cabelos negros emoldurando seu rosto jovem.

— Walburga estava te chamando.

— Vamos então — disse se levantando e colocando novamente os saltos. — Obrigada por ter me chamado — abriu um sorriso e aceitou o braço do irmão do noivo quando esse estendeu.

Perguntou-se quantos elfos domésticos como criados a família tinha; a casa era muito grande e a família muito rica, então poderiam ter quantos queriam. Perguntou-se, também, se a comida era tão boa quanto era na sua casa.

Estranhou Sirius não comentar nenhuma palavra com a garota, sempre se lembrou dele como sendo uma pessoa muito tagarela e animada nos tempos de Hogwarts.

Quando chegaram aos belos andares de cima, as paredes começaram a escurecer estranhamente. O cômodo além das portas tem dez vezes o tamanho de seu quarto. E, diante dela, com seus olhos azuis queimando os dela, está Walburga, sentada em uma cadeira que lembra um trono de cristais de diamante esculpidos num inferno de chamas.

Sirius a deixa, sem se despedir da garota e abrindo uma careta para a mãe que só Lyra percebera. A mulher tinha cabelos louros claros, mais claros que os dela, e olhos azuis iguais ao do filho Regulus. Era a única coisa que tinha de parecido com os filhos, já que os dois possuíam cabelos escuros. Ela era alta, bastante esbelta até, e era imponente, o tipo de mulher que você tinha medo de lançar um olhar torto, temendo que no dia seguinte não estivesse mais vivo.

Lyra não sabia como cumprimentar a mulher, então fez uma pequena reverência, mesmo que tenda sido desajeitada.

— Walburga, o que queria comigo? — Teve que reunir forças para perguntar.

— Lyra Rosier Black, nascida em 17 de agosto de 1961, filha de Druella e Cygnus Black — a mulher começa a recitar a sua vida de cor. — Desempregada, porém teve excelentes notas em Hogwarts. Da casa Sonserina; e só pegou poucas detenções. Apesar de estar desempregada, pode até ter um futuro promissor. É um pouco simplória, vendo pelas suas roupas.

Leva um tempo para assimilar o choque de palavras tão bem decoradas e francas. A família Black, pelo menos da parte dela, estava quase na falência, mas eles tentavam se manter fortes. Ficou com vergonha por não ter escolhido um dos seus poucos vestidos caros que restara.

Entretanto, a mulher encarou o silêncio como uma forma de continuar a falar.

— Você se casará com o meu filho Regulus e fará isso sem passar nem um milímetro dos limites.

— Isso tudo parece um pouco...demais.

— Demais por quê, querida? — ela devolveu, e definitivamente a loira podia perceber que tinha algo mais que sua mãe não contou.

— É claro que eu não vou passar dos limites — explicou Lyra, como se fosse uma coisa óbvia e comum a ela.

— Pensa que não sei o que as suas irmãs me contaram das suas idas a festinhas? — continuou com a mesma acidez de sempre.

— Eu...eu não faço mais isso.

Walburga riu com escárnio.

— Você não me engana. Bellatrix e Narcissa me contaram tudo, e esse matrimônio vai ser algo bom para sua família.

Lyra jura que ouviu o seu queixo bater no chão. Um mísero e vergonhoso som a escapa da boca enquanto procura algo para dizer, mas, ela não tinha palavras.

— Vou me comportar — cedeu, com a cabeça abaixada.

— Isso não foi um pedido, senhorita Rosier — avisa Walburga, usando o seu outro sobrenome. — Morará aqui, como é costume com as noivas de famílias tradicionais. Sua agenda diária será feita de acordo com a minha vontade. A partir de agora você vive no fio da navalha. Um passo em falso e sofrerá as consequências.

Sente como se a garganta dela tivesse se fechado, como se pudesse sentir as correntes que a futura sogra a prendem. Ela sentiu o gosto da traição dos pais, trocando a filha por dinheiro; a traição das irmãs, loucas por ver a desgraça dela. E ela estava indefesa, sem ninguém para recorrer. Quis gritar, chorar, espernear, pedir para voltar para casa, longe de lá; mas apenas assentiu, agradeceu a futura sogra, fazendo uma referência, e saiu do cômodo.

Saiu do cômodo aos tropeços, graças aos saltos. Apoiava-se nas paredes, tentando não cair por causa da tontura. O corredor parecia girar e uma forte dor se instalou em sua cabeça.

A garota sentiu um par de braços a segurando e a puxando para ficar em pé. A sua visão estava embaçada, pontos pretos contra um fundo ainda mais escuro. Tudo ainda gira. Precisou fechar os olhos de novo para se convencer que não está girando também.

Suas mãos apalpam algo viscoso, e ela abre os olhos na marra. Sentiu as bochechas corarem ao perceber que estava segurando forte no terno de Sirius, que parecia que tinha aparecido ali com a rapidez de uma lebre.

— Você consegue me ouvir? — ele perguntou gentilmente, preocupado com a garota. Ela balançou a cabeça, agora focando nos olhos cinzas como um céu prestes a chover do garoto a sua frente.

Recobrando os sentidos, ela só se lembrou de Sirius a conduzindo para um quarto que supôs ser dele. Era cinza e bem mais modesto que o dela, e ela não pode deixar de perceber que o garoto tinha guardado uma vassoura no canto do quarto.

— Come — ele entregou um chocolate para ela e recebeu um olhar confuso. — Isso vai dar uma melhorada, um amigo meu me ensinou isso — emendou e ela viu um sorriso no rosto do garoto quando ele comentou do seu amigo. Esperava um dia conhecê-lo.

— Obrigada por ter me ajudado — agradeceu, devolvendo o chocolate para ele, após ter comido pequenos pedaços.

— Sem problemas — ele respondeu, dando de ombros. — Não foi nada, eu estava perto e escutei barulhos estranhos — apontou para o salto dela — e resolvi ver o que tinha acontecido.

— Walburga aconteceu — ela suspirou. — Não esperava ouvir o que ela falou a mim.

— E o que ela disse? — perguntou, com uma sobrancelha levantada.

— A verdade — explicou curtamente. — Mas, às vezes, ela pode doer.

— Realmente — murmurou Sirius, com uma sombra de ódio passando por seus olhos escuros. — Walburga, entretanto, é uma vaca de qualquer maneira.

Ela deu uma gargalhada ao ouvir essa frase sair da boca do garoto, e ele a acompanhou.

— Até demais — concordou, sem tirar o sorriso do rosto. — Nem acredito que eu tenho ela de tia. Já é demais ter as irmãs que eu tenho...

— Você tem três — ele disse. — Quais das três se refere?

Narcissa e Bellatrix — falou os nomes das irmãs como se fosse palavrões. E talvez fosse na cabeça dela.

— O que tem elas? — ele indagou, curioso demais para o gosto de Lyra.

— Creio que você está querendo saber demais, primo — assegurou, mordendo o lado de dentro da bochecha, tentando tirar o pensamento sobre as duas por uns segundos de sua cabeça.

— É estranho você me chamar assim — comentou franzindo a sobrancelha. — Você vai se casar com meu irmão, então serei seu cunhado.

— Todos no mundo bruxo, que tem sangue puro, são de alguma forma parentes. — disse ao se lembrar da própria árvore genealógica dos Black, a qual sua irmã favorita, Andrômeda, tinha sido tirada.

— De fato — concordou, sem precisar adicionar mais nada. — Bela moça, você não deve ficar assim, tristonha! — disse com uma voz melodiosa que parecia música para os ouvidos de Lyra. — Uma festa está chegando, e te ajudarei a sair das garras de Walburga Black.

— Meu salvador! — ela riu do que havia dito. — O que eu faria sem você?

— Não sei, senhorita — falou com certeza na voz. — O meu dever é salvar donzelas em perigo.

— Até parece, Sirius — comentou amistosamente, dando um empurrão de leve no novo amigo.

— Verás, loira — devolveu no mesmo tom, sem parecer se preocupar com o gesto, mesmo os dois tendo uma forte falta de intimidade.

Pegou os saltos que calçava, e os segurou por entre os dedos. Levantou-se e, ao chegar à porta, lançou um olhar desafiador por cima do ombro.

— Isso é o que veremos. — deu as costas antes de ver o sorriso que enfeitou o rosto de Sirius naquela hora.

 


Notas Finais


Link da fanfic anteriormente mencionada>>>> https://spiritfanfics.com/historia/radioactive-5080292
Hey, o que acharam? Deixem num comentário a sua opinião ou crítica, seria muito bom para me ajudar a construir a história :p
Até mais e muito obrigada por ter chegado até aqui <3


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