1. Spirit Fanfics >
  2. Blood Moon (Marauders Era) >
  3. Chapter IV

História Blood Moon (Marauders Era) - Chapter IV


Escrita por: YourEmpress

Notas do Autor


Alô! Tudo bom com vocês? Eu voltei (um pouco atrasada), mas voltei com um capítulo grande (não tanto quanto eu queria). Queria agradecer os novos favoritos e comentários! Vocês fazem o meu dia <3
NÃO SEJA UMA LEITORA FANTASMA, TENTE COMENTAR. (muitos escritores abandonam as suas fanfics por causa disso).
Quem vocês shippam? SiriusxLyra ou RegulusxLyra? (não sei um nome ainda para esses shippes, vocês que são boas com isso :s)
Boa leitura e até as notas finais.

Capítulo 5 - Chapter IV


Abriu bem os olhos para contemplar o grandioso salão que nunca imaginaria ver, maior até que qualquer cômodo de sua antiga casa. Perguntou-se se um dia viria a se acostumar com o tamanho brutal do lugar. Bruxos, com sangue puro correndo pelas suas veias, aguardam impassíveis a sua chegada. Alguns cochicham entre si, provavelmente sobre ela.

Lyra pode ver Regulus e Sirius vestindo cores diferentes de gravata, mas o terno parecia ser do mesmo tecido e quase idêntico. Sirius está à direita do pai, com o rosto impassível. Sabia com quem iria se casar e não parecia muito animado com a escolha, apesar de McKinnon ser uma bela moça. Regulus estava à esquerda da mãe, com um rosto que lembrava a loira uma nuvem de tempestade carregada de emoções. O irmão mais novo não é tão como o mais velho em esconder o que sente. Pelo menos não terei que lidar com um bom mentiroso, assim pensara.

Orion Black apresentara Lyra para os que estavam no salão, em vez de Walburga ter feito, mas mesmo assim sentia os olhos da mulher se fixarem nela quase toda hora. A multidão seguiu o olhar dele, alguns parecendo a reconhecer e outros ainda confusos. Uns poucos focaram no seu vestido vermelho caro, que Lyra sabia que seus pais não tinham mais condição de pagar.

— Queiram dar boas-vindas a Lady Lyra Rosier, filha de Cygnus Black e Druella Black — Com um movimento rápido da mão, ela a chama para perto de si. Lyra obedece.

Desce os degraus em meio a aplausos forçados, pensando apenas em não tropeçar. Mas seus pés caminham seguros e seu rosto permanece sério conforme passa por aquelas centenas de faces reservadas, ameaçadoras e desconfiadas. Jamais se sentiu assim tão nua, mesmo que estivesse coberta por camadas de seda. Suspira ao se lembrar que eles não podiam a ver corar, as camadas de pó que passara impediam isso.

Caminha na direção de um assento vago na primeira filha que Walburga a indica com um gesto. Algumas garotas, também de sangue puro, observam-na, perguntando-se o porquê de ela estar ali e não uma delas. Mas estão apenas curiosas, não zangadas. Exceto Marlene McKinnon, que lançou um olhar fulminante.

Orion Black prossegue.

— Gostaria de aproveitar este momento para anunciar a união entre as duas famílias Black.

Suspiros foram ouvidos no salão. Pensam que vou tirar Sirius delas. Pensam que sou sua concorrente. Eleva os olhos ao homem, imponente como um rei, numa súplica silenciosa para que continue antes que uma delas a queira matar.

Quando Regulus dá um passo à frente, a tensão do ambiente se desfaz. Ele gagueja um pouco, atrapalhando-se com as palavras que lhe ensinaram, mas sua voz finalmente sai:

— Lady Lyra.

Fazendo o máximo para não tremer, ela fica de pé e o encara nos olhos.

— Sob o olhar do magnífico pai e desta nobre corte, gostaria de pedir sua mão em casamento. Prometo-me a você, Lyra Rosier.

O coração da garota quase sai pela boca com essas palavras. Embora Regulus a tenha feito uma pergunta, sabe que não tem escolha para responder. Não importa o quanto queira desviar o rosto, o olhar dela permanece no jovem. Ele abre um sorriso tímido para a encorajar. Lyra, então, fica imaginando que garota ele escolheria para si.

— Prometo-me a você, Regulus Black — diz, batendo os últimos pregos do seu caixão. A sua voz vacila, mas não para. — Aceito.

Sabe que é tão definitivo que é como fechar a porta para a sua vida anterior. Não tem mais volta e ela nunca sentiu que o seu futuro estava tão selado como naquela hora. Tem a impressão que vai desabar, mas consegue dar um jeito de sentar graciosamente. Regulus cai de volta ao assento, grato por sair dos holofotes. A mãe acaricia seu braço para reconforta-lo. Abre um sorriso suave, só para ele. Até os sangues puros mais nojentos amam seus filhos. Porém, ela volta a enrijecer quando Sirius levanta; seu sorriso desaparece num piscar de olhos.

A loira nota que parece até faltar ar no salão depois que todas as garotas inspiram fundo à espera da decisão. Duvida que Sirius tenha tido alguma voz na escola, mas ele representa bem seu papel, como Regulus, como ela está tentando. O herdeiro dos Black abre um sorriso que arranca suspiros de algumas garotas.

— Sou herdeiro do meu pai, nascido num berço de privilégio, poder e força. — Os Black, pelo menos a parte da família de Sirius, eram muitos ricos, até podendo ser considerados os mais ricos do mundo bruxo. E todos os membros tinham algum cargo alto no Ministério, ainda mais o filho mais velho deles. Eles quase dominavam o mundo bruxo, pois tinham dinheiro e poder suficientes para isso. — Preciso de uma esposa tão disposta ao sacrifício quanto eu para manter a ordem, a justiça e o equilíbrio.

Muitas garotas se inclinam para a frente, ansiosas para ouvir as próximas palavras. Mas Marlene, com um sorriso malicioso e obsceno no rosto, não se mexe. O resto dos McKinnon parece igualmente calmo. Seu irmão chega a conter um bocejo. Eles sabem quem é a escolhida.

— Lady Marlene.

Não parecia ter qualquer surpresa ou choque nela. As outras garotas, por mais que estejam de coração partido, apenas recostam novamente e dão de ombros. Todo mundo já sabia. Como os Black, os McKinnon eram ricos e tinham poder, mas não tanto quanto a família mais tradicional do mundo bruxo.

Com uma elegância fluida e fria, Marlene levanta. Nem olha direito para o futuro marido. Em vez disso, vira o rosto para trás para deleitar-se em seu momento de glória sobre as concorrentes vencidas. Marlene sorri de um jeito que assombra Lyra quando seus olhos recaem sobre ela. Não deixa passar o brilho de ódio que havia nos seus dentes alinhados e perfeitos.

Quando ela volta a olhar para a frente, Sirius repete a proposta do irmão.

— Sob o olhar do meu magnífico pai e desta nobre corte, gostaria de pedir sua mão em casamento. Prometo-me a você, Marlene McKinnon. Aceita?

— Prometo-me a você, Sirius Black. — sua voz sai abafada em contraste com a sua aparência dura. — Aceito.

Com um sorriso triunfante, Marlene volta ao assento e Sirius faz o mesmo. O sorriso dele, porém, é rijo e a garota não parece notar, cega com a glória de poder se casar com o herdeiro dos Black.

Algumas garotas estão com os olhos marejados e encaram as duas com um rancor selvagem. Provavelmente esperaram a vida toda por este dia, só para saberem que fracassaram. Lyra queria se livrar do juramento, só que não podia. Tinha que fingir e parecer feliz, era esse o papel dela naquele momento.

Sorrindo, Walburga inclina a cabeça.

— Toujours Pur.

O lema ecoa pelo salão à medida que cada um dos seus presentes diz as palavras. Elas se enroscam na língua da loira, talvez por se sentirem estranha em sua boca. Sirius a encara para a ver unida ao coro dos demais. Neste momento, ela tem ódio de si mesma.

— Toujours Pur.

Sobrevive ao banquete: olha sem ver, ouve sem escutar. Até a comida não tem graça na sua boca. Queria poder encher a barriga, mas não consegue sequer falar quando Regulus vem cochichar sua voz calma e equilibrada para a reconfortar:

— Você está se saindo bem.

Não responde. Sentada à mesa de cristal, bebe um líquido dourado e espumante até a sua cabeça começar a girar. Identificara os pais no meio de tanta gente, e os repudiou tanto ali. Deu graças aos céus por suas irmãs não estarem presentes, achava que não conseguiria ficar no mesmo salão que elas, lançando sorrisos sádicos para ela.

— Gostei dessa bebida — diz ao mesmo tempo que vira o cálice luxuoso de um gole só.

Seu olhar agora é mais doce, e isso não passou batido para Lyra.

— Sinto muito por isso tudo, Lyra. Não é culpa sua disso tudo.

E sim da minha família, quis emendar, mas se segurou.

Ele lança um olhar para o salão em festa, como se quisesse pescar algo. Se pergunta qual rosto estaria à procura.

— Ela está aqui? — cochicha o mais baixo possível, porém o suficiente para o garoto escutar. — A garota que você escolheu?

Ele nega balançando a cabeça.

— Não, eu não tinha ninguém em mente. Acho que eu tinha te dito isso.

Sentiu suas bochechas corarem. Às vezes, ela conseguia ser um pouco esquecida ou distraída demais. Deu para ouvir a amargura na sua voz. Seu irmão mais velho está radiante como o sol, rindo junto ao pai.

Lyra olha alguns membros de famílias nobres deslizando pelo salão, dançando o que parecia ser valsa, enquanto uma música com uma melodia lenta preenchia o salão.

— Concede-me essa dança, senhorita? –ele perguntou, estendendo sua mão para a garota.

Ela aceitou, sem responder, e o seguiu. Algumas pessoas dançavam, mulheres com seus vestidos de seda ou perto disso, e os homens com seus ternos caros e finos.

— Vejo que está usando o vestido que comprei para você — ele quebrou o silêncio que tinha se instalado quando eles tinham ido para o meio de salão e começado a dançar uma valsa lenta.

— Só que de outra cor — acrescentou feliz consigo mesma por ter mudado a cor do vestido de azul para vermelho.

— Pude ver isso — confirmou, não tirando os olhos dela. — Não posso negar que vermelho ficou bem em você.

Ela sorriu para ele.

— Queria deixar azul mesmo — confessou, olhando nos olhos azuis do garoto. — Mas azul não é a minha cor favorita, e sim a tua.

— Que bom que se lembrou — comentou amistosamente, apertando levemente a mão da garota que estava enlaçada a sua por causa da dança.

— Detalhes assim, eu não me esqueço — respondeu ao mesmo tempo que lançava o sorriso mais encantador que podia.

— Fico feliz em saber disso — sussurrou para Lyra, que notou o quanto eles estavam próximos ao sentir o hálito dele em seu pescoço.

Sentiu um calafrio inundar seu corpo e desejou estar usando um casaco naquele momento. Mas casacos não combinam com vestidos daquele porte, certo?

— Guarde uma dança para mim — Sirius disse, ao passar bem perto dela, quase esbarrando no ombro da garota.

Lyra atraia mais olhares que desejava trajando aquele vestido. Era em um tom de vermelho próximo ao tom escarlate. Tinha mangas que iam até seus cotovelos, e era transparente na área da omoplata e da clavícula. O vestido era quase puro seda, e deslizava fácil pelo salão, acompanhando seus movimentos.

Seus cabelos loiros estavam presos em um coque, bem diferente das outras garotas que deixavam seus cabelos brilhosos soltos. Não usava muitas joias pois não tinha luxo ainda para expor.

Os dois não atraiam tanto olhares de inveja à admiração no salão quanto Sirius e Marlene. A jovem McKinnon era uma moça bela, com pele morena clara, olhos escuros e cabelo castanho médio. Seu cabelo estava solto com as ondas de mechas caindo sobre seu corpo. Ela usava um vestido verde oliva com decote canoa. Não parecia ser feito de seda, mas sim de chiffon — Lyra achou quando reparou melhor. Viu, também, que havia plissados e drapeados na saia do vestido. Esse tecido era bom para volume e movimento. Sabia de cor isso pois toda Black de respeito teria que ser uma enciclopédia ambulante em assunto como moda.

Garotas a olhavam com inveja. Todas queriam ser Marlene, todas invejavam Marlene. Ela roubava a atenção no salão, e Lyra sentiu inveja pois era isso o que ela costumava a fazer. Sabia que não deveria levar a moça como uma rival, mas tinha algo no sorriso arrogante da McKinnon que Lyra não suportava.

Dançou com alguns jovens, que pareciam ter poucos anos mais que ela. No entanto, nenhum deles tinha o carisma de Regulus ou o charme de Sirius. Olhou em olhos de várias cores, mas nenhum deles tinha olhos azuis brilhantes ou cinzas tempestuosos. Todos sem brilho, mesmo que fossem da cor mais bela existente para olhos.

Estava tão absorta em seus pensamentos que mal vira o tempo passar. Percebeu isso quando brindaram o fim do banquete, muitos erguendo suas taças na direção da família Black.

O brinde do senhor McKinnon é curto e direto.

— À minha filha — troveja em voz forte, grave e firme.

— A Marlene! — grita o irmão da garota, erguendo-se de um salto para ficar ao lado do pai.

Seus olhos varrem o salão desafiando alguém a se opor a ele. Alguns parecem incomodados mas erguem a taça como os demais para saudar a nova princesa do mundo bruxo.

Quando terminam, Walburga e Orion Black levantam, ambos sorrindo para os convidados. Sirius também fica de pé, seguido por Marlene, Regulus e depois por Lyra, após um segundo de distração. O arrastar das cadeiras sobre o mármore soa como alguém cravando pregos numa pedra.

Suspirou. Ela sobreviveu à segunda noite. Lyra e Regulus vão na retaguarda de Marlene e Sirius. Quanto toca a pele do noivo, sente um frio impressionante. Regulus aperta a sua mão, um estímulo para eles seguirem em frente.

— Está quase acabando — cochicha para ela à medida que se aproximam do fim do corredor.

O sufoco passa quando deixam o banquete para trás. Ainda podia sentir os pares de olhos a estudando dos pés à cabeça em busca de falhas e de defeitos.

— Levem as meninas aos quartos — Walburga troveja, virando-se para lançar um olhar penetrante a Lyra. Não via a hora dessa mulher morrer, sentia nojo dela, mas não tanto quanto sentia de sua família naquele momento.

— Eu levo — disse Sirius e Regulus em uníssono para depois se entreolharem espantados. Lyra reprimiu uma risada ao ver a reação dos dois.

— Não seria apropriado.

— Eu acompanho Lyra, Regulus leva Marlene — Sirius propõe rapidamente.

Orion deu de ombros e disse a sua esposa que não era nada demais e que as duas deveriam ter uma boa noite de sono. Ela concordou, de má vontade pois sua vontade não tinha sido cumprida totalmente.

— Boa noite, Lyra, Sirius — suspira Regulus, fazendo questão de encarar a noiva. Sentiu pena do garoto ao pensar que Marlene daria um pequeno trabalho a ele. Ela se despede dele com um aceno.

Lyra viu que Sirius observava a sua recém clamada noiva desaparecer no corredor com um olhar demorado.

— Escolheu uma campeã mesmo — murmura, tendo quase certeza que ele não ouviria.

Sirius apaga seu sorriso e a conduz pelo caminho ao seu quarto. Lyra tentava acompanhar as passadas longas do garoto, mesmo sendo alta, isso não chegava nem perto a altura dele.

— Não escolho nada — ele se pronunciou, finalmente para o contentamento dela.

— É estranho ficar noiva assim de repente — comentou tentando quebrar a tensão que se instalara nele e entre eles.

— Temos isso em comum.

Fica divagando novamente absorta em seus pensamentos e não repara ele a observando, confuso.

— Estava pensando no quê? — pergunta com uma curiosidade escondida entre as suas palavras. — Na sua família?

As palavras parecem a atingir como um tapa. Esse era o assunto que mais se passava em sua mente e queria esquecer por um momento a sua família. Mas, pelo visto, Sirius só fez ela se lembrar novamente das suas irmãs sujas.

— Eu havia esquecido eles por um minuto e você me fez lembrar deles — disse duramente, como se ‘’família’’ fosse um assunto considerado obsceno.

— Desculpe — ele disse e parecia realmente chateado por ter dito aquilo aparentemente sem pensar antes. — Não era a minha intenção.

Mas ela fez um gesto com a mão, como se não mostrasse que não precisava que ele pedisse desculpas.

— Você não sabia.

— Eu tinha uma vaga ideia — ele explicou, com as mãos dentro dos bolsos do paletó.

— Eles...me venderam — falou com indignação na voz, sua voz saíra falhada e esganiçada, e ela se odiou por isso. — Me venderam por causa de dinheiro.

— Não escolhemos a nossa família — ele disse com amargura. Talvez Sirius não gostasse tanto da família ou até mesmo a idolatrasse como Lyra pensava. Tinha muito que ela não conhecia dele, e ela queria o conhecer mais.

Não sabendo como se despedir e depois de muitos minutos de silêncio com Sirius provavelmente muito envergonhado para dizer algo; se despediu dele com um abraço.

— Lyra — ele a chamou, quando ela já tinha dado meia volta para entrar finalmente em seu novo quarto.

Ela parou de andar e ele considerou isso como uma indicação para falar o que ele queira falar.

— Você está me devendo uma dança.


Notas Finais


O que achou? Se lembre do meu conselho lá em cima e se puder deixe o seu comentáriozinho.
Beijos e até mais xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...