Na manhã seguinte, quando Lyra entrou na Sala das Damas, ela encontrou uma moça, que parecia ter sua idade, conversando com Marlene. Ela franziu a sobrancelha, estranhando a presença da jovem e por esta estar conversando com a noiva de Sirius.
O salão era grande como qualquer cômodo daquela mansão. As paredes eram claras e pouco ornamentadas. Duas janelas estavam abertas, deixando a luz do sol iluminar ainda mais a sala. As cortinas eram escuras com alguns detalhes cor de ouro. A lareira que ficava no meio da sala não estava acesa. Vários sofás, poltronas e cadeiras estavam presentes na sala além de algumas mesas e a central que estava dispostos alguns lanchinhos, um bule de chá e algumas xícaras.
A jovem tinha cabelos castanhos escuros e olhos castanhos médios. Ela bebericava seu chá, enquanto conversava animadamente. A loira riu baixo e resolveu conversar com a moça. Andou passos silenciosos até as duas, que pareciam estar mais preocupadas com a conversa do que com o barulho que a porta fez ao ser aberta por Lyra.
—Olá —disse timidamente e finalmente conseguiu chamar a atenção das duas. Marlene a olhava sem expressão enquanto a moça a olhava curiosa.
—Oi! —respondeu animadamente. Lyra podia ver que os olhos dela eram mais castanhos que ela pensava que eram. —Tudo bom? Não sei se você me conhece, sou Alice, Alice Longbottom.
—Longbottom? Esse sobrenome não me é estranho. Sou Lyra, Lyra Rosier Black —se apresentou, usando seus dois sobrenomes pois não sabia qual escolher. Rosier provinha de sua mãe, enquanto Black, do seu pai; mas ela ia se casar com um dos primos, um Black.
—Então você é a garota que estavam falando sobre! Você se parece mais com a Narcissa do que com a Bellatrix ou a Andrômeda. Os Black geralmente têm cabelos escuros e olhos também escuros, sendo você e a Narcissa exceções.
Concordou, sem se espantar com o fato dela saber as principais características da sua família. Qualquer um que fosse observador poderia saber disso, só olhar para Sirius, Regulus e Bellatrix. Apesar de que, Regulus tinha olhos claros enquanto seu irmão tinha olhos cinza.
—Você deve estar se perguntando porque estou aqui! —ela exclamou, enquanto Marlene não falava nada. —Sou uma grande amiga da McKinnon aqui —continuou, apontando o dedo indicador para a amiga—e tenho passe livre.
—Imagino a razão —Lyra comentou sombria. Estava claro que a jovem era sangue puro e tinha se casado com um sangue puro.
Alice meneou a cabeça de leve.
—Apesar de que, eu fui para uma casa não muito respeitada. Lufa-Lufa pode não ser a casa com membros mais influentes no mundo bruxo, mas te garanto que somos as melhores companhias que você poderia pedir —falou, sorrindo orgulhosa pela sua casa.
—Deveria ser ótimo ser dessa casa. É bem perto da cozinha, não é? —a loira puxou assunto, não se sentindo desconfortável perto de Alice quanto se sentia perto de Marlene.
—Sim, sim! —ela confirmou. —Costumávamos beliscar alguma coisa quando estávamos com fome. O Salão Comunal da Sonserina deveria ser muito frio, estou certa?
—Um pouco era, porém, já vi a Lula Gigante! —a loira sorriu, revivendo a cena em sua mente, ainda maravilhada com o tamanho da criatura.
—A Lula Gigante? —Alice repetiu, um pouco assustada —Por Merlin!
—Você não ficaria com medo de a visse. Ela é maravilhosa.
—Estão falando de uma lula! —Marlene retorquiu revirando os olhos —Quanta bobagem.
—Bobagem nada! Nunca gostei das aulas com criaturas mágicas. História da Magia era algo que eu me interessava mais. Sem excluir, é claro, Herbologia!
—Alice, ninguém gosta de História da Magia a não ser você —Marlene respondeu monótona. —O Professor Binns que dá essa matéria. Ele é um fantasma, além de ser muito chato.
—Tenha pena do professor. Ele, apesar de poder ter se aposentado, ele está dando aulas. Pera, um fantasma pode se aposentar? —ela riu com o que disse.
—Se ele recebe por ser professor, apesar de morto, ele também pode se aposentar, certo? —Lyra retornou à conversa.
—Acho que sim —pareceu estar pensativa. —Quem fez esse seu vestido? Estou procurando uma boa loja para comprar um novo vestido, essa temporada está um pouco quente para usar vestidos longos. E eu não gosto de esconder minhas incríveis sapatilhas de coelhos. Já te disse que eu amo coelhos, Marlene?
—Sim, milhões de vezes —a morena disse automaticamente.
Lyra olhou para os calçados da nova amiga. Eram sapatilhas clarinhas com desenhos de coelhinhos nela. Achou engraçado e ao mesmo tempo fofo o que ela usava.
—Eu consertei um vestido longo que eu tinha. —disse simplesmente. —Tirei as mangas e um pouco do comprimento também —completou após olhar novamente o que vestia. Se lembrou que tinha feito aquela mudança na antiga casa dela, e que suas duas irmãs favoritas tinham quase gritado por ela ter feito aquilo em um vestido tão bonito!
—Já tentou fazer um vestido você própria? —perguntou Alice, sugestiva. —Os trouxas fazem isso sem magia, então, para nós que temos magia, não deve ser tão difícil assim.
—Não é fácil se tornar estilista e criadora de roupas de um dia para outro, Alice —Marlene interrompeu a amiga.
—Sim, eu sei que não é fácil, mas ela pode acabar fazendo belos vestidos!
—Obrigada, eu acho —Lyra agradeceu timidamente.
—Bem que poderia haver uma disputa amistosa de Quadribol aqui. Eu poderia mostrar as minhas habilidades de goleira!
—Você não é boa em Quadribol, Alice —lembrou-a Marlene rindo de leve. Deveria estar acostumada com os devaneios e com o que Alice dizia, pois não parecia dar a mínima. —Mas é uma boa ideia, vou sugerir isso a Sirius.
Lyra riu baixinho ao pensar que o Black nunca atenderia uma vontade dela. Porém, acreditava que ele poderia a ouvir se ela tentasse. Não se importava se, depois, o crédito fosse para Marlene, a ideia de ver uma partida com alguns convidados e até com Sirius e Regulus, parecia ser interessante.
—Do que está rindo, Rosier? —Marlene a olhou fulminante, com os seus olhos castanhos brilhando de ódio.
—Nada, querida. —Lyra respondeu sem o mesmo ódio da morena. Ela não poderia combater a acidez de Marlene com igual acidez. Fora que, dariam razão a jovem McKinnon caso as duas se metessem em briga. Não valia a pena.
A morena ainda a olhava, como se pudesse extrair alguma coisa por ameaça. Alice se interpôs.
—Não quero que vocês discutam. Acabei de conhecer a Lyra, Lene, não quero que você fique com ciúmes.
Lyra viu as bochechas dela corarem. Nada respondeu, preferiu permanecer calada.
—Vocês não fazem nada aqui? —Alice perguntou, entediada.
—Claro que fazemos, Alice —corrigiu-a Marlene asperamente. —Bom, não fazemos muito ainda. Sirius e Regulus que vão de lá para cá cuidando dos negócios dos Black.
—E teremos que ajuda-los depois do casamento —emendou a loira, olhando para a garota que só balançou a cabeça e deu de ombros. —Pelo menos quero tomar partido e não deixar o meu marido fazer tudo sozinho.
—Como eles são? —a nova amiga de Lyra ousou perguntar com enorme curiosidade. —Digo, Regulus e Sirius. Vocês já saíram com eles, certo?
—Mas é claro que sim! —esbravejou Marlene, com um sorriso enorme no rosto. —Sirius é um gentleman, fora que ele é muito charmoso e bonito, é claro.
—Regulus foi bem gentil comigo, sim —Lyra sorriu levemente.
—E.…? —Marlene perguntou, fazendo um gesto com a mão incentivando ela dizer mais.
—Não nos encontramos muito, ainda —ela confessou, suspirando. —Mas mal começou a segunda semana minha aqui, então aposto que sairemos mais.
—Eu e Sirius já saímos uma três vezes ao menos! —a morena exclamou, extasiada. —Na última vez, ontem, no caso, ele disse que os meus olhos eram os mais belos que ele já tinha visto.
A loira soltou uma risada fraca, dessa vez pelo o nariz. Na vez que conhecera seus amigos, e que eles tinham se beijado, ele tinha dito isso para ela. Obviamente, quando ele dissera isso para Marlene, estava pensando nela e não na noiva. Fora que achava que seus pais faziam ele sair com Marlene para manter as aparências e não parecer que aquilo era mais fajuto que parecia. As coisas entre ela e Regulus eram mais fáceis, e ele sempre estava sem casa, era possível o encontrar em seu quarto, em silêncio ou na biblioteca mesmo. Por outro lado, Sirius sempre estava fora da vista de alguém. Lyra não sabia exatamente o que ele fazia, mas fez uma nota mental que iria tentar descobrir.
—Que interessante —murmurou sem o mínimo interesse e respeito por ela.
—Interessante mesmo! —McKinnon retorquiu —E o Regulus, já te elogiou?
Hesitou em responder. Não, Regulus não havia a elogiado. E não tiveram tempo para isso, certo? Certo.
—Não vai responder? —ela insistiu —Ele já te elogiou ou não?
Impaciente, Lyra repousou a xícara na mesa.
—Olha, eu não preciso te responder. Não te perguntei isso, então eu não sou obrigada a te responder.
—Ela está certa, Lene —Alice defendeu a loira.
—Ah, eu descobri! —comemorou com olhos faiscantes. —Isso é tudo para esconder que o seu noivo nem mesmo falou que você era bonita. Lyra, Lyra, você é uma vergonha para as suas irmãs, para a sua família. Você nem bonita é.
—Calada! —ordenou, sentindo os nervos à flor da pele. Não, ela não poderia gritar, não poderia dar o que a morena queria. —Você não tem o direito de falar assim comigo, estamos na mesma posição agora.
—Porém eu não estou casando por causa de dinheiro, ou estou? –Marlene a alfinetou. É claro que ela não estava casando por dinheiro, e Lyra sabia muito bem disso. Os McKinnon eram cheios de galeões no Gringotts.
—Se não está casando por dinheiro, então por quê? —rebateu com a voz calma. A sua adversária parecia ter perdido a voz. —Ah, sim. Deve ser por status, não? Status! Quem precisa disso são idiotas que, mesmo com muito dinheiro, não são bem vistos no mundo bruxo.
—Não ouse falar assim da minha família!
—Oras, você falou primeiro da minha.
—Parem, por favor —pediu Alice suplicante, enquanto repousava a mão no ombro das duas, já de pé. —Não briguem! Vocês deveriam estar unidas e não assim.
—Unidas! Eu com ela? —a acidez de Marlene continuava, agora transbordando em seus gestos e voz. —Eu prefiro Azkaban.
—Com licença... —Lyra tinha abaixado a varinha que apontava para a garota, enquanto foi ouvido algumas batidas e alguém, em seguida, entrou no Salão.
—Estou interrompendo algo? —uma voz que ela muito bem conhecia perguntou. Sirius parecia calmo, e dividia a sua atenção entre as duas.
—Ah, Sirius! —Marlene exclamou correndo até ele, fazendo barulho ao dar passos por causa de seus saltos. —Ela começou uma briga comigo.
Lyra olhou pasma para Alice que nada falava. Será que a Longbottom a defenderia?
—E eu sou a Ministra da Magia –-disse sarcástica, enquanto via Marlene abraçando o Sirius e se aconchegando em seu peito. Marlene estava fingindo de injuriada, de vítima, e a loira não faria o mesmo.
—Ela me xingou de feia, dizendo que tudo que eu contei sobre os encontros nossos era mentira. Disse também eu não estava me esforçando em ser uma boa noiva.
—Eu não disse nada disso! —exclamou Lyra espantada com a capacidade que a garota tinha de distorcer as coisas.
Sirius estava parado feito uma estátua, e olhava para ela indeciso. Ele não sabia se defendia uma ou a outra. Ele era bom na parte dos esportes, de resolver coisas do Império Black, mas com garotas, com situações como essa, desejou ser Regulus por um minuto para poder apartar. Sabia quem era a certa e a verdadeira ali, o problema era como agir perante a outra. Seria chamado de várias coisas caso desse uma resposta a Marlene.
Vendo a situação continuar a mesma e nada acontecer, Lyra suspirou, deu uma última olhada para Alice. E andou com passos rápidos até a porta.
—Acredite em quem quiser, Black. Não vou gastar minha saliva explicando algo que você pode nem ouvir.
Fechou a porta do Salão abruptamente. Algumas lágrimas insistiam em sair, e ela as enxugava com a ponta dos dedos. Ela não poderia chorar por causa do que Marlene McKinnon tinha tido. Era mentira? Não, ela não sabia que era. Estava se casando por causa de dinheiro. Sim, ela era uma vergonha para a família. Não tinha o mesmo preconceito nojento deles e não era parecida com Bellatrix ou Narcissa no quesito de personalidade.
E achava que tinha coisas mais importantes que a beleza. Conhecimento, por exemplo, era uma delas. Ela não teria passado na escola com notas boas se fosse por causa de sua aparência, duvidava muito.
Que raiva que ela sentia! Queria desabafar com Andrômeda, a pessoa que ela tinha certeza que a ouviria e aconselharia. Mas a irmã estava longe, e casada. Não poderia mandar uma carta para que ela tentasse visita-la, duvidava que Walburga gostasse de traidoras ou as permitisse em sua casa.
Sentia-se tonta. Olhou para as diferentes portas de diferentes cômodos quando passava pelo corredor. Aquele andar era o que tinha os quartos, mas ela sabia que não estava bem e que precisava conversar com alguém. Parecia que as pernas a guiavam, e deu por si quando parou em frente a uma porta em particular e bateu várias vezes na porta, ansiosa.
—Sirius, se for você, não quero conversa... —Lyra escutou essas palavras antes da porta se aberta por um Regulus com olheiras, cabelo desarrumado e regata. —Ah, oi. Aconteceu alguma coisa?
A próxima coisa que ela fez foi dar um abraço nele. Lyra teve que se esticar um pouco para poder abraça-lo melhor, visto que ele era bem mais alto até que seu irmão mais velho. Não, ele não estava acostumado a esse tipo de gestos, então demorou um pouco para pensar em retribuir.
—Aí, me desculpa —ela separou o corpo do dele, sentindo suas bochechas ficarem vermelhas rapidamente. —Eu só estava precisando mesmo de um abraço.
O garoto sorriu fraco.
—Não tem problema. Quer entrar? —a garota assentiu e ele deu passagem para ela entrar.
A escrivaninha do quarto estava cheia de pergaminhos, livros, tinta e penas. Lyra olhou com curiosidade para aquilo tudo e não conseguiu conter a curiosidade:
—O que estava fazendo de tão importante para sua mesa estar tão bagunçada?
—Estou me empenhando em conseguir um emprego diferente, um emprego melhor. —ele explicou, radiante. —E sem a ajuda dos meus pais.
—E eles sabem disso?
—Não, não sabem. —sorriu maroto. —E só saberão se eu conseguir.
—Por que nega a ajuda deles, Regulus? —perguntou, passando a mão levemente pela a mesa.
—Se eu conseguir um emprego por mim próprio, eu vou saber que eu mereci e não que meu pai ou mãe ameaçou alguém.
—Está certo —concordou a loira, sorrindo de leve. —Também quero conseguir por conta própria.
—Já decidiu aonde quer trabalhar?
—Na verdade, não —respondeu, pensativa.
—Quer que eu te leve para conhecer melhor o Ministério quando eu for tentar a vaga?
—Nossa, eu adoraria! —disse Lyra feliz. —Mas, espere, você me deve um passeio pela a Londres trouxa.
—Ah, sim. Eu tinha me esquecido, ando um pouco ocupado, mas vou te convidar um dia desses para sair.
—Promete? —ela perguntou, estendendo o dedo mindinho para ele.
—Prometo —foi o que ele automaticamente disse, depois enlaçando o dedo mindinho dele rapidamente com o dela e então se afastando.
Ele queria ter revirado os olhos e ter falado que aquilo tudo era uma grande bobagem e que era homem de honra as suas promessas; porém, ele não resistiu. Ver a expressão pueril no rosto dela, e saber que ela não era tão boba quando parecia ser, fez ele ficar com um pouco de consideração para com ela e relevar.
—O que aconteceu para você aparecer aqui do nada?
—Foi a McKinnon. Ela pode ser bem irritante quando quer.
—Ou quando não quer —ele brincou, sentando do lado dela na cama.
—Pois é —Lyra suspirou. —Ela falou coisas de mim.... Nenhuma mentira, aliás.
—O que ela disse? —ele perguntou preocupado a olhando.
A garota olhou bem para o rosto de Regulus para procurar alguma coisa que confirmasse que ela deveria realmente falar aquilo. Mas eles eram amigos, certo? Eles eram noivos. Noivos.... Essa palavra só fazia ela se lembrar e sentir culpada pelo o beijo, pela a traição entre ela e Sirius.
—Pode me contar —a motivou, falando gentilmente e segurando a mão dela que estava mais perto dele.
—Ela disse que eu era vergonha para a minha família, além de ter falado sobre a minha aparência e ter esbanjado que saiu com o noivo e que ele a elogiou. –-o desabafo saiu mais sugestivo que ela queria que saísse, e olhou para as cortinas da janela para não ter que encarar Regulus naquela hora.
—Vergonha para a sua família? —ele retrucou, quase rindo. —Você que deveria ter vergonha de uma família que te trocou por dinheiro.
—Tem razão —ela murmurou.
—Além dos mais, você é linda, Lyra, nunca deixe alguém te dizer o contrário.
O rubor em suas bochechas ficou bem notável quando ela encarou Regulus. Estavam tão próximos que ele podia enxergar melhor a quantidade de pequenas sardas que ela tinha pelo rosto. O rapaz se aproximou dela, a ponto que os seus narizes quase se tocavam.
—E eu só não te elogio porque qualquer elogio que eu pudesse te fazer, não seria capaz de definir você.
Abriu a boca para responder, mas não saíra palavra alguma. Só conseguia encarar os olhos azuis dele sem perder a voz, pensando como deveria ser acordar e encarar aqueles belos olhos. Lyra mordeu a boca quando encarou os lábios do garoto. Eles estavam tão próximos, ela já esperava o beijo acontecer quando ele se inclinou na direção dela. Mas, o esperado aconteceu. Na última hora, ele desviou como se mudasse de ideia. Ela daria tudo para saber no que ele pensava, quando Regulus se levantou abruptamente da cama e ficou de costas para ela, passando a mão pelo o cabelo.
—Eu acho melhor eu ir —confessou, se levantando e passando por ele. Porém, o rapaz foi mais rápido e segurou o pulso dela a ponto de ela ter que parar, mesmo que o aperto não tenha sido tão forte.
—Amanhã é o meu dia livre —disse Regulus, sugestivo. —Posso te levar para conhecer a Londres trouxa. Topa?
—Se você não tiver nada para fazer...
—Não, eu sempre tiro um dia, ou dois, de descanso na semana. E, coincidentemente, amanhã estou livre.
—Ótimo, então! —sorriu de leve, animada. —Eu topo, sim.
—Vamos depois do café da manhã, então? Ai nós voltamos na hora do almoço.
Passar uma manhã com ele e conhecer a parte trouxa da capital da Inglaterra, Londres, parecia ser muito tentador. Ela apenas meneou a cabeça, em concordância e se despediu do garoto, ainda confusa com aquilo tudo.
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