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História Blood Must Have Blood - Não podemos repor seres humanos.


Escrita por: flarke e cpf

Notas do Autor


Olá meus amorecos, como vocês estão? Tudo certo? Espero que sim. Bom, esperamos muito que gostem desse capítulo ok? Uma excelente leitura a vocês sz

Capítulo 6 - Não podemos repor seres humanos.


Fanfic / Fanfiction Blood Must Have Blood - Não podemos repor seres humanos.

Acordo ao ouvir o despertador alertando ser de manhã e já elétrica, caminho até a janela aonde encontra-se uma cadeira. Sento a mesma e puxo um binóculo da cômoda e pelo mesmo, observo a casa verde. Nenhum movimento por enquanto, mas sinto que Zayn vai dar as caras em breve. Está cedo demais, mas lembro-me que Josh disse que ele sai por esse horário. Vejo a luz do quarto acender-se e com uma simples batida na cortina, percebo que Zayn já irá arrumar-se para fazer sei lá o que. Não perco tempo e levanto-me em direção ao banheiro, arranco minha roupa e tomo uma ducha rápida. Seco-me com pressa e visto uma lingerie, blusa de alças, calça jeans e jaqueta de couro e calço botas, tudo na cor preta. Desço e pego um pacote de bolachas junto a uma garrafa térmica cheia de café, saio de casa e tranco-a, logo entro ao carro e permaneço nele olhando fixamente para a casa da frente.

Após uns 10 minutos, a porta é aberta e Zayn passa por ela. Ele tranca a casa e sobe em uma moto que está estacionada em uma pequena área de concreto do jardim. Anoto tudo isso em um papel e assim que ele parte, faço o mesmo. O sigo pelas ruas e gravo cada caminho que estamos fazendo. Quanto mais possibilidades eu tiver de encurralá-lo melhor será. Nesse jogo de gato e rato, acabo por chegar em frente um pet-shop e fico ao carro enquanto como minhas bolachas e bebo o café.Para passar o tempo, em algumas folhas desenho o retrato de Zayn. Eu não sou a melhor nisso, mas até que sai coisas boas. Ao final, percebo que minha representação ficou tão realista que dava certo medo, principalmente o olhar dele. Aqueles olhos carregados de maldade, mas que ao mesmo tempo pendem para um lado doce e simpático. Acho que essa é a característica em comum de todos os malfeitores, terem uma aparência bondosa para esconderem a carne podre.

Abandono o desenho e olho pela janela a loja. Zayn está lá, transitando de um lado para o outro enquanto conversa com alguém ao celular. Isso por algum motivo, aumenta a minha vontade de estar frente-a-frente com ele novamente. Desço do carro e entro a loja, tentando não chamar atenção dele por agora. Preciso de um segundo plano, não posso simplesmente abordá-lo e fingir que isso foi uma coincidência. Caminho de um lado para o outro em corredores onde não dá para ele me ver, mas por um pequeno descuido, acabo dando de cara com Zayn.

— Oi. —aceno.

—Eve? —ele olha-me estranho.

— Que coincidência. —respiro fundo e olho para a prateleira ao lado. — Aqui está. —puxo um saco de ração para gatos.

— Muita. —volto minha atenção para ele e fico em silêncio.

— Então, Zayn... —droga, o que eu digo? — Desculpe-me, isso é loucura.

— Isso o que? —suas sobrancelhas erguem-se.

— Eu queria conversar um pouco mais com você, mas sinto que a vida me mandou para cá em uma hora errada.

— Talvez, seja um sinal para conversarmos. —ele sorri. — Quer tomar um café?

— Acho melhor um almoço, não costumo tomar café.

— Tudo bem. Almoço dá pra mim. Nos vemos mais tarde.

— Na minha casa?

— É, pode ser. — Zayn assente.

Sigo para o caixa com a droga da ração de gato que só custará alguns dólares, mas irrita a minha pessoa. Pago e saio da loja, entro ao carro e volto para casa enquanto penso em assuntos para falar com Zayn e trazê-lo para perto, como se eu fosse um queijinho embaixo de uma bigorna e ele o ratinho frágil.

Chego em casa, largo a ração no chão e parto para a cozinha atrás de um livro de culinária que trouxe da outra casa. Eu consigo fazer coisas boas, mas com um convidado especial como esse, eu preciso caprichar. Já dizia minha mãe: “conquiste o paladar primeiro.” Folheio o livro algumas vezes e escolho Carpaccio Rústico, ainda está cedo para começar, então, deito ao sofá e assisto um pouco de desenho animado. Isso lembra-me tanto de Callie, das manhãs em que ela não tinha aula, mas mesmo assim, acordava cedo para ver os personagens que tanto amava. Minha filha sempre teve esse hábito de levantar com os primeiros raios do sol, por incrível que pareça, era uma criança que não gostava de dormir.

As horas passam como o vento e levanto-me para fazer o almoço. Pego tudo e aos poucos, minha comida encaminha-se para o estágio final. Olho para o relógio e o mesmo consta faltar apenas 10 minutos para o almoço, como há pouca coisa para terminar, subo e troco de roupa. Agora, visto um vestido longo branco com algumas flores e aos pés, fico descalça. Volto a cozinha, finalizo tudo e arrumo a mesa. Nesse processo, lembro de quando fazia surpresas para Will. Jantares, almoços, cafés da manhã... Ele adorava tudo e sempre elogiava meu esforço que não era tanto. Sou boa quando o assunto é comida e arrumação.

Ouço a campainha e corro até a porta, são 12h:00 em ponto. Zayn é um homem que não se atrasa. Abro a entrada e paraliso por completo ao ver a figura de mamãe.

— Erin! —ela abraça-me e permaneço em choque. — Vejo que cheguei na hora certa.

— Mãe, o que a senhora faz aqui? —seguro-a pelos braços.

— Vim fazer uma visita, ver a casa nova. —minha mãe entra. — Uau, não mudou nada, mas adorei esse saco de ração. —vejo-a pegando o mesmo. — É moda?

— A senhora precisa ir embora. —caminho até ela e puxo o saco de sua mão. — Agora, não é uma boa hora.

— Está para almoçar? Sinto cheiro de Carpaccio.

— Deve ser no vizinho. —levo-a para a porta. — Mamãe, outro dia a senhora volta.

— Erin, o que você está aprontando? —olha-me torto e engulo seco, assim que paramos de andar.

— Nada. —suspiro. — Eu só quero ficar sozinha, tem como? Por favor, mãe.

— Tem mais coisa e você não quer contar-me. —seus braços cruzam-se e por seus ombros, observo Zayn parar a moto em sua garagem. Droga.— Ande, Erin, abra a boca.

— É o seguinte, eu sei que faz pouco tempo que Will morreu, mas eu tenho que seguir minha vida, não é? —ela assente. — Uma mulher está vindo aqui para almoçarmos.

— Um-uma um-mulher?

— Isso. Uma mulher. —fecho a porta e tomo poucos segundos para pensar. — Não sei se consigo reconstruir minha vida com um homem novamente.

— Você é gay, filha? —pergunta pasma.

— Estou seguindo em frente. —aliso meus braços. — Estou tentando viver, eu preciso livrar minha alma da dor.

— Com uma mulher? —explode.

— Cada um faz o que achar melhor da vida, não é? —ergo a sobrancelha.

— O que vai dizer aos outros quando isso ficar sério?

— Eu nem sei se vai e para saber, preciso que a senhora vá embora. —empurro-a para os fundos. — Prometo que se não for o que desejo, ligarei para a senhora e contarei tudo. —abro a porta e beijo suas bochechas. — Tchau mamãe, até logo.

— Tem certeza de que... — suspira frustrada. — Tudo bem, voltarei mais tarde, cuide-se.

Mamãe vai embora e até a janela da sala, onde observo-a entrar ao seu carro e dar a partida para longe. Agradeço a Deus e fico à espera de Zayn, que só aparece após 15 minutos. Abro a porta para ele e acompanho-o para mesa.

— Gostei da decoração. —aponta para uma pequena flor em cima do vasinho que deixei próximo a mesa.

— Ah, obrigada. —sorrio e coloco os pratos já servidos a mesa. — Espero que também goste da minha comida.

— Comida boa sempre é bem-vinda. —ele dá uma piscadela e sento. — Então, sobre o que gostaria de conversar.

— Sobre você. —mando na lata e arrependo-me. — Digo, sobre você deixar o gramado verdinho. Alguma receita em especial?

— Muito cuidado, adubo e água. —fala entre uma garfada e outro enquanto eu ouço quieta. — Tem gente que usa coisas “milagrosas”, mas os métodos tradicionais são os melhores e nunca falham.

— O que seria coisas “milagrosas”?

— Sei lá, coisas estranhas e nojentas.

— Tipo, restos mortais? — Zayn engasga e ofereço-lhe água.

— Nunca ouvi nada relacionado a isso. — ele ri fraco. — Mas possa ser que aconteça.

— Dizem que sangue humano pode ser bom para a vegetação. —Não dizem não.

— Nunca testei e acho que não será hoje. —volta a comer assim como eu. — E o gatinho? Onde está?

— Gatinho? —encaro-o confusa.

— Sim, suponho que comprou a ração para alimentá-lo.

— Ah, o gatinho... Deve estar dormindo ao andar de cima, ele é muito preguiçoso.

— Normal de animais domésticos... Gatos. Cachorros são muito mais ativos.

— Pensei em adotar um, mas acabei desistindo depois que meu último animal foi atropelado e convulsionou até morrer. —abaixo a cabeça e limpo os olhos. — Desculpe-me, é que eu o amava tanto e ele foi retirado de mim de uma forma tão inesperada e brutal.

— Isso é bem triste. Sei como se sente, já perdi muitos cachorros, mas sempre reponho a falta deles com um novo.

— Não podemos repor seres humanos. —olho-o.

— Como? — Zayn parece assustado.

— Nada. —produzo uma risadinha. — Eu posso estar parecendo meio louquinha, mas é porque estou sentindo-me muito sozinha. Meus pais moram longe demais e eu fico aqui, sem ninguém. É um pouco devastador, sabe?

— Sim, sei sim. —ele finaliza sua refeição. — Compre mais gatos e cachorros, cuide do jardim e quando quiser, venha falar comigo.

— Sério? —finjo estar feliz e com um enorme sorriso, contagio-o.

— Sim, você acaba de arrumar um novo amigo. — segura minha mão e alisa-a com carinho.


Notas Finais


Esperamos que gostem, amamos vocês, beijos e até sz


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