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História Blood Night - Pior do que a morte...


Escrita por: silverx4

Notas do Autor


Espero de fato que gostem!

Capítulo 3 - Pior do que a morte...


Jessica havia desmaiado. O seu ferimento que aparentemente havia sido superficial, estava estável. Tendo desmaiado unicamente de pavor, Edgar a colocou deitada com cuidado. Já Julian... Bem, ele apenas se encolheu em sua depressão pessoal. Ele nada fala, apenas fica sentado, fitando unicamente o chão. Sua mente estava visivelmente acabada. Edgar apenas permanecia sentando, ele já havia observado por tempo demais sua saída. Muitos poderiam se perguntar, por que ele apenas não foi embora? Por que ele apenas não correu para o mais longe possível desse lugar medonho? A resposta é simples, pelo menos no papel. Ele não fugiu por que ele não podia. Não só não podia deixar essa estranha para trás, como também se sentia ameaçado por algo vindo de fora. O desconhecido o ameaçava, era algo devastador e sem duvida alguma mortal, pura e simplesmente por esse motivo ele se impedia de deixar aquele lugar.

Sim, no final todos nesse lugar são vitimas. Vitimas de um mundo obscuro, oculto pela ignorância humana. Na verdade, Edgar tem tentando se controlar, seus pensamentos apenas lhe dizem:

“por que resiste? Ela está desmaiada... apenas aproveite, aproveite esse banquete.”

Sim, de fato cada célula, cada átomo, cada molécula, lhe mandava morde-la e suga-la ate a ultima gota. Edgar sabia bem, que como essa garota, e como Julian, ele também estava quebrado. Não só quebrado, mas sim reformulado, algo o habitava, e gritava em seu antro com tanta força que o simples ato de resistir era o equivalente a ter uma faca ardente transpassando sua garganta.

“preciso aguentar... preciso... o que eu preciso fazer? Fazer o que for necessário? Será mesmo? Que eu consigo...” e foi com esse pensamento recorrente, que o jovem viu o dia passar num piscar de olhos.

A noite havia expulsado o dia, e o único som audível era o de insetos. Jessica abriu os olhos lentamente, sua cabeça estava absolutamente confusa. Olhando para o lado, ela viu Edgar, que retribui seu olhar sem muita pretensão.

— Como se sente?! — Ele perguntou com um pequeno suspiro.

— Bem... Não, mal... Muito mal! — ela foi totalmente sincera, sentindo uma leve dor no pescoço, e lembrando-se de tudo que havia ocorrido.

— Se lhe faz sentir melhor... Eu também não estou nada bem. — o mesmo forçou um leve sorriso.

Jessica fitou lentamente a outra extremidade da cabana, onde se via a sombra de Julian, banhada pelo breu. Sua expressão tornou-se naturalmente tensa. Ela o temia, mas por algum motivo temia a si mesma, era como se estivesse em uma cabana com serpentes e ela também era uma cheia de um veneno mortal.

— vamos logo! Vamos sair daqui! — Suas palavras foram rápidas.

— não podemos... Se eu estiver certo, só há um jeito de sairmos daqui. — O mesmo retrucou em tom calmo.

— o que? Do que está falando? — a tal avia se tornado alvoroçada.

— acho que tudo isso... São apenas testes. Como aquilo do cemitério... Como resistir a essa fome maldita. Para quem nos tem mantido aqui somos apenas ferramentas, e ferramentas são substituíveis. Pense nisso... Por que nos deixariam presos em um lugar de onde podemos escapar? Por que se por acaso tentássemos estaríamos acabado. Estamos acabados de um jeito ou de outro, mais se quisermos sair daqui... Teremos que dançar conforme a musica. — Edgar cessou suas palavras, vendo a jovem ficar meio cabisbaixa, e por mais que fosse difícil acreditar, ele tinha alguns palpites “loucos.” Mais aparentemente sua louca tem meios.

Um som chamou a atenção de ambos, era certamente o som de carros.

— Droga... O que eu faço? Vão nos matar... — Jessica ficou inquieta.

— se acalme! Fique atenta... Se eu estiver certo, teremos uma chance. — o mesmo se levantou rapidamente, acalmando igualmente sua respiração.

Dois carros pararam sem pressa enfrente ao local. Ambos eram de modelos antigos, perfeitos caso alguém quisesse passar despercebido. Seguidos de batidas de porta, três sujeitos deixaram os automóveis. Dois deles se dirigiram para pegar algo nos seus respectivos porta malas, enquanto o terceiro adentrou usando a abertura na parede.

Era ele, o carcereiro que cheira a couro. Ele deu dois passos firmes, analisando descaradamente a cena. Seu olhar continha tudo de pior, era frio, ganancioso e cheio de ironia.

— hahah... Pelo visto estiveram se divertindo, “crianças”. — um sorriso cínico estava estampado de lado a lado em seu rosto. Suas palavras frias e debochadas, apenas descreveram o seu ego.

Edgar ficou surpreso com o que sucedeu. Os dois camaradas do tal haviam igualmente adentrado, mais eles traziam algo. Eram duas pessoas! Ambas tinham seus pulsos amarrados para trás, e seus rostos cobertos por capuzes.

Aparentemente as duas pessoas ofereciam fraca resistência, e mais andavam como zumbis.

— Eu trouxe o jantar! Mais pelo que vejo, já tiveram um aperitivo? De qualquer forma, está na hora de separar o joio do trigo. — ao sinal do suposto líder, os comparsas colocaram os supostos “jantares.” De joelhos. Ambas as pessoas se mantinham imóveis, com o corpo inclinado, apenas esperavam pelo seu destino trágico. Gado, era isso que eram as pessoas desconhecidas, gado para alimentar as crianças famintas que estavam presas.

— do que está falando?! —Edgar indagou se mantendo parado.

— É simples... Vocês vão se alimentar desses dois, ai sim a verdadeira diversão começa. Bem eu só trouxe dois, por que, sabe... Sempre temos desistentes. — O mesmo cruzou os braços, enquanto seus companheiros pareciam divertisse com suas palavras. Para eles era como um show, uma diversão a parte.

— não! Não!— Jessica havia entrada me pânico, recuando um passo se manteve contra a parede, mantendo suas mãos coladas ao seu corpo.

Gotas de suor escorriam pela testa de Edgar, enquanto seu coração se acelerava perigosamente. Para ele o estado de êxtase era forte, sua garganta queimava, a sede só aumentava conforme ele via as pessoas a sua frente de joelhos sem qualquer resistência.

— Por que tanta frescura? Eu sei bem... Que hoje em dia, moças na sua idade colocam coisas piores na boca. — finalizando suas palavras, seus comparsas não resistiram indo as gargalhadas.

— você acha engraçado não é?! Mais me pergunto... Por que não esteve aqui durante o dia? Acho que pelo mesmo motivo que não conseguimos sair. Por acaso... Tem medo do sol idiota? — Edgar estava totalmente assustado, mais estava mantendo as aparências bem. O carcereiro sorriu, um sorriso malicioso e írônico.

— temos um gênio aqui? Eu faço o que eu quero. Quando eu quero. — o carcereiro retrucou debochado.

Edgar esteve tentando ganhar tempo, mais como ele temia, tudo era 100 vezes pior do que pôde imaginar. E como era de esperar, o “preço.” Para sair estava acima do que poderia pagar.

 


Notas Finais


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