1. Spirit Fanfics >
  2. Blood On The Dance Floor >
  3. Gone Gone Gone

História Blood On The Dance Floor - Gone Gone Gone


Escrita por: SaySay

Notas do Autor


Hi, my dears! <3
Vortei!! Sim, um dia atrasada, sim! ^~^ É que estou sem capítulos prontos ;( Depois que minhas aulas voltaram eu acabei não tendo tempo de fazer mais. Mas, não se preocupem ;)
Nome do capítulo: foi foi foi

[sem revisão]
Boa leitura!

Capítulo 11 - Gone Gone Gone


Antes

Prince estava bem exausto. Ele daria de tudo para chegar em sua cela e deitar na sua cama nada confortável. O dia na cozinha poderia ter sido melhor do que os outros dias, cortas cebola em vez de pega uma pá, era bem melhor. Fora a parte das queimaduras que teve na hora de fritar alguns alimentos. Sem contar as mulheres que estavam no local querendo chamar sua atenção, levou até molho de tomate no peito, por uma moça chamada Lola. Ele riu, o que a surpreendeu. Uma das mulheres que estavam cozinhando com ele disse que ela sempre fazia isso quando alguém bonito aparecia. 

Mas ele não podia ir para sua cela, para sua infelicidade -Nunca achou que iria querer ficar na cela.- Algo de estranho estava acontecendo, e começou depois que Aya entrou na cozinha. Ele estava encostado na porta da cozinha, olhando os outros organizando as coisas nas mesas do refeitório. Ele estava impaciente, um dia inteiro sem noticias de Kori o incomodava, mas se Aya disse que ela estava bem, ele acreditava.

-Ô bonitão, não vai ajudar?- disse 900, a chefe da cozinha. Ela estava ofegante, mas sorria.

Prince descruzou os braços e se afastou do encosto da porta e a olhou sorrindo.

-Querer não quero para ser honesto.- riu e ela o acompanhou.- Mas se você quiser que eu te ajude.

-Quero.- entregou uma caixa para ele.- Tome. Coloque essas coisas nas mesas.

-Pode me dizer o porque?

-Não entendi, desculpe.

-Essas coisas, 900.- disse apontando para as pessoas animadas arrumando as mesas, cadeiras e comidas.- O que está acontecendo?

-Fazemos essa noite todos os meses. E hoje é o dia.- disse simplismente.

-Todos livres? Rindo? Sério?- não estava acreditando.

-Um anjo nos ajudou a ter esse dia. 

-E quem é?

-Aya.- ele apenas concordou. E foi arrumar as coisas. Mas aquilo não descia, o proposito de deixar todos presos, torturados, era para que? O que ele não entendia era que um dia eles poderiam ter um dia feliz? Sem dor. Talvez Aya fosse sim um anjo, um anjo lindo de acordo com Prince.

Aya então entrou no refeitório, tinha acabado de conferir os guardas, Bash deixou claro que tudo estava sobre controle. O chefe tinha ido embora e só voltava de manhã, até lá a festa já estaria encerrada. Estava tudo bem, e isso aliviava Aya, já que a tarde toda estava inquieta. E Kori reparou, ficou a tarde toda perguntando o que a amiga tinha, a mesma respondia um ''nada'', ''um dia lotado'', fazendo Kori estranhar mais ainda com a última fala, já que Aya quase não atendeu ninguém durante a tarde. 

Aya se espantou quando viu Prince ajudando nas preparações.

-900, o que o Prince está fazendo arrumando as coisas?- disse desesperada quando chegou perto dela. 900 se virou para olha-la.

-Ele estava sem fazer nada.- olhou para ele.- E nem tem tanta coisa assim para ele ajudar. Só está colocando algumas coisas nas mesas. 

Eles não tinham muita coisa para uma ''festa''. As comidas por exemplo, era algo que tinham que maneirar, não podiam sentir falta dos alimentos, e para fazer algo especial pagariam pelos dias seguintes, maneirando, fazendo com que as comidas sejam estranhas e difíceis de se engolir. 

-É só que lembra que era uma surpresa? 900, que droga!- disse saindo de perto dela e indo em direção de Prince.- Oi, Prince!- tentou soar normal.

-Está tão animada assim por me ver?- disse ele, quase rindo. Colocou o último copo, que não parecia muito um copo por estar em pessímas condições. 

-Não.- ele a olhou.- Quero dizer...Prince, não era para você estar aqui.

-Aya, desculpe-me, mas por que?

-Por que...Por que...Por que não, simplismente assim.-disse.- Se me der licença tenho que ir. 

Ela saiu deixando um Prince meio confuso, ela foi até 900 e disse que iria buscar a conviada ''especial'', uma das, já que Prince já estava sabendo de tudo. Ela caminhou até a enfermaria pensando como seria a reação de Kori. Ela ficaria feliz? Brava? Choraria? Ela tem cara de quem chora em uma ''festinha'' de cadeia? 

-Kori?- chamou batendo na porta a abrindo. Kori estava olhando para a janela que tinha na sala. Tudo que Kori queria era sair e sentir a brisa bater em seu rosto. Mas não dava, a janela tinha grade, coisa normal em uma prisão. Ela se virou devagar para olhar Aya, ela segurava seu próprio corpo. -Hãm, você está bem?- ela confirmou.- Vamos comer algo? 

-Estou sem fome.- Que desculpa Aya iria inventar?

-Mas eu estou, e quero sua compania.-sorriu.

-Aya, eu..

-A chefe fez algo especial.

-Especial? Numa prisão? O que seria? Uma gororoba laranjada em vez de amarela?- disse quase se alterando, estava de saco cheio. 

Aya engoliu seco.

-Não.- Kori arqueou a sombrancelha.- Vamos. Não é gororoba. E você não pode ficar o dia inteiro dentro da enfermaria.

-Por mim mofaria aqui. -Aya suspirou. Ela então se aproximou de Kori e a puxou.- Aya, não quero! Amanhã vou voltar a trabalhar e...

-Te dou mais um dia de atestado.- continuou a puxa-la. Chegando perto do refeitório.

-Que barulho é esse? São pessoas conversando?- Aya confirmou. Elas entraram, as pessoas conversavam e bebiam. Não tinha muitas pessoas, a maioria dos prisioniros eram já de idade, então achava isso uma besteira e preferia dormir. Alguns simplismente preferiam não se arriscar. Tinha mais ou menos umas trinta prisioneiros. Sim, poucos. 

-Aya?

-Olha quem chegou!- gritou 900.- Nossa nova colega, amiga. Ela e seu irmão, 1741.- todos pararam de conversar e beber para olhar Kori e depois Prince. Agora sim ele estava entendendo, aquela coisa toda era uma especie de boas vindas?

-Lembra da surpresa que eu disse?- sussurrou Aya para Kori.- Então... 

Kori sorriu quando todos as olharam, emocionada pelo que Aya estava fazendo. Nunca teve uma amiga assim, que agora a chamaria de irmã. Seus olhos estavam com lágrimas, e seu rosto corado. Apertou a mão de Aya e a mesma sorriu satisfeita. Porém, ela só queria que todos voltassem a beber, não queria todos aqueles olhos nela, estava tímida. E foi o que fizeram, como se eles tivessem acesso a sua mente. Fechou os olhos de alivio, depois que abriu viu Prince se aproximar. Queria sumir. 

-Maninha.- disse feliz em ver sua irmã. Ele se aproximou para pegar a mão dela para puxa-la e abraça-la, mas Kori voltou para trás antes que ele pegasse sua mão. Colocou a mão sobre a barriga e acariciou ela com a outra. -Mana?- Prince estranhou preocupado. 

-Ela está emocionada, Prince.- disse Aya, tentando livrar Kori da situação.- Né, Kori?

Ela não respondeu. Só engoliu seco.

-Vem, vamos comer e beber.- Puxou Kori, ela tinha deixado Aya toca-la durante a tarde que passaram. Mas com Prince ela não conseguia, e doia nela se afastar do irmão, ela sentiu seu coração se apertar a ver sua cara de decepcionado e preocupado. Conhecendo o irmão, ele estaria se culpando, e ela não queria isso.- Pegue. -Ela deu um copo de suco para Kori.

-Eu quero algo alcoólico.-disse.- Para esquecer a cara do meu irmão.

-Você não fez nada. E não temos bebidas alcoólicas, infelizmente. Só os guardas.

-Quem disse?- intrometeu-se 356. Uma garota de 20 anos, a mais animada dali, de altura média, tinha cabelos castanhos compridos, lisos e enrolados nas pontas, e olhos castanhos.– Aqui.– entregou uma garrafa média para as duas.

-Como conseguiu?

-Subornei um guarda quando descobri que iriamos ter a noite especial hoje.- ela apontou para uma caixa em cima da mesa.- Ali.

-Nem quero saber como você pagou isso.- disse Aya.

-Se quiser te conto.- disse piscando e rindo já um pouco alterada pelo álcool

-Não, não quero.

-Não interessa como conseguiu, mas obrigada.- disse Kori se servindo e bebendo, fazendo careta logo ao engolir. 

-É sua primeira vez?- ela concordou, 356 riu e saiu de perto delas.- Isso é tão forte assim? Nunca bebi.

-Beba. É uma ordem.- disse riu. Aya bebeu então, teve a mesma sensação que Kori, e a mesma careta. Depois de um tempo as duas já estavam um pouco alteradas. Como todos lá, 356 havia substituído os sucos e água por bebida alcoólica. 

-Hey, gente!- gritou 356 de cima da mesa.- Essa festa precisa de mais animação! Quem concorda?- todos gritaram, concordando.- Então, solta o som, Dj!

-Não tem Dj, idiota!- gritou um homem.

-Verdade.- ela colocou a mão no cabelo e mordeu o dedo da outra mão.- 800! Canta pra gente!

Todos apoiaram. Aya negou, claro.

-Vai, Aya!- disse Kori encorajando a amiga.- Por favor, por mim.- disse depois que Aya negou. Aya pensou um pouco e concordou, por Kori. Ela levantou e foi até o centro. Todos sabiam que Aya cantava bem, sua voz era linda e alegrava todos. Já havia cantado uma vez. Sentou-se numa cadeira, e todos pegaram e sentaram ao seu redor. Suspirou. Todos começaram a fazer um barulho com as mãos e boca, dando o incentivo para ela começar a cantar. Kori se sentou do seu lado sorrindo sem parar.

–Quando a vida te deixar na mão

   Eu estarei à sua porta esta noite

Começou um pouco tímida.

–Se você precisar de ajuda, se precisar de ajuda

     Eu vou apagar as luzes da cidade

Continuou, fechando os olhos para sentir a música adentrar seus timpanos. Começaram a se impolgar ainda mais, alegrando Aya.

–Vou mentir, enganar, eu vou implorar e subornar

Para te deixar bem, para te deixar bem

Seus olhar se direcionou a Prince, o mesmo estava a olhando fascinado, com brilhos nos olhos. Prince jurava que nunca tinha vista uma mulher tão bela, e sua voz estava fazendo ele se encantar ainda mais.

–Para...- foi interrompida por um barulho vindo da porta na enfermaria. Todos olharam para o local, onde se encontrava aquele homem. O rei de Cidadela. O chefe. 

 

Atual

Ciborgue levou Mutano para a enfermaria, acompanhado de Ravena, a mesma estava atordoada, seu corpo estava todo arrepiado. Já tinha visto cenas piores, porém não com alguém próximo. Ravena considerava-os da família, uma que ela nunca teve. Ver alguém ferido, mesmo mostrando que odeia Mutano, a machucava e a deixava sem chão. Todos sentiam assim. Asa Noturna chegou depois que Ciborgue já havia desaparecido de vista com os dois titãs. Ele, como todos, escutou o grito angustiado de Ravena, e correu desesperado até o local. 

– O que aconteceu aqui? -perguntou ele, se aproximando. Barbara abraçou Dick quando escutou sua voz pela primeira vez depois do acontecimento. Ela também estava em choque, e a única pessoa que a acalmava era Dick Grayson. – Hey, Babs, tudo bem. -passou a mão sobre os cabelos ruivos dela. Ela estava se segurando para não chorar. 

Zatanna estava preocupada com o emocional da amiga e com a gravidade de seu ''irmão''. Se encolheu e olhou para Prince, queria tanto abraça-lo. Tim sussurrou algo para Barbara e ela se desgrudou de Dick, se acalmando. 

Kori olhou mais uma vez para o chão onde tinha muito sangue. Tinha passado por isso a alguns meses. Se segurou ao máximo para sua mente não vagar até o ocorrido. Ela fechou e abriu os olhos algumas vezes, e percebeu um objeto perto do sangue. Um papel, parecia uma carta e ela se arrepiou. Conhecia muito bem aquele papel, e o símbolo que havia em cima. 

"Para você, 1741.'' -disse o guarda a entregando a carta. Ela sorria, receber uma carta escrita por ele naquela hora da noite a fazia bem. Dormia melhor. Dormia feliz. 

Kori se agachou e pegou a carta a escondendo atrás de si. Ninguém podia ver ela pegar, ninguém tinha reparado que tinha um papel suspeito dando sopa pelo chão. Zatanna fez um barulho com a garganta e saiu do local, dizendo que encontraria Ciborgue na enfermaria para saber algo de Mutano. Os outros concordaram. Não estavam lá, pois, Ciborgue tinha que ter um espaço se fosse necessário e seria. Mutano tinha perdido sangue, e aparentava estar dolorido, mesmo desacordado parecia que estava sentindo a angustia da dor. 

– Temos que saber o que aconteceu com ele. – disse Tim.–  Será que algo o atacou?

– Não tem vestigio disso. – comentou Asa.–  As janelas estão intactas, e não festigio de luta. 

– Mas o quarto está bagunçado. – falou Barbara depois de se recuperar um pouco.

– Até parece que não conhece o Gar. – Asa andou pelo quarto, observando cada centimetro dele.

– Se algo o atacou, foi muito cauteloso. – disse Prince, seguiu Asa Noturna com o olhar. – Já estavam planejando isso, certeza. 

Kori congelou, sentia que iria cair, algum momento suas pernas falhariam. 

– Ele tem inimigos? – perguntou Prince, mal sabia ele que era seu próprio inimigo.

– Não, eu acho. -comentou Tim. – Nós temos muitos inimigos, mas ele não.

Claro que não, Garfield era um ser amigável, ninguém teria coragem de odia-lo em especial. Os titãs tinham inimigos, mas ele não. 

– O que faremos? – Dick era um ótimo detetive, nada era impossível para ele, ainda mais quando se tratava de algo que feriu seu melhor amigo. 

– Investigar, conferir se Mutano está bem, perguntar e desvendar o caso. – disse direto sem rodeios. Todos concordaram. Tinham que acharo autor daquilo, se atacaram Mutano, o integrante mais pacifico dos titãs, poderiam atacar novamente. Dick se sentia no dever de não deixar que aquilo se repetisse, ainda mais agora que tinha um caso maior nas mãos. 

Tim e Barbara foram verificar se Mutano estava bem, deixando Dick, que informou que ia vê-lo mais tarde, e os dois irmãos, um estava serio e a outra aos prantos por dentro. 

– Acabaram de entrar no grupo e já tiveram que presenciar isso. -lamentou Dick para os dois. 

– O amigo ficará bem, certo? -perguntou Kori, se sentido culpada. Estava achando a ideia de Prince de ir embora, uma boa. Se Mutano não ficasse bem, ela iria se corroer de culpa por dentro. 

– Acredito que sim. -assegurou Dick. – Garfield é forte. Confio nele em lutar pela sua vida, e ele fará não duvido disso. – sorriu fracamente. – Se fosse para ele morrer, te garanto que não seria desta forma. Ele morreria que nem um herói, justamente, e não por um ser que o atacou covardemente. Como conheço Garfield, ele lutará para pegar o desgraçado. 

Dick saiu com um aceno. Kori pegou a mão do irmão e a apertou, Prince a olhou preocupado. Sua respiração estava ofegante, o que o deixou aflito. 

– Kori, pelo amor...– ela o interrompeu, levando ele para seu quarto. Ela entrou no cômodo e bateu a porta a fechando, se encostou na mesma e suspirou. – O que foi? 

Ela estendeu a mão para Prince, na ponta de seus dedos tinha uma carta. Estranhou. Não sabia do que se tratava, mas sabia que era importante, as mãos de Kori tremiam, e o papel suspeito estava marcado com pouco de sangue de Mutano provavelmente. Insistiu para ele pega-la, e ele o fez. Ele a abriu e seus olhos percorreram pela escrita, depois que finalizou manteve-se que nem Kori, aflito, preocupado, desesperado, não tinha palavras exatas para defini-los.

– É dele, não é? – perguntou, mesmo já sabendo a resposta perguntou, tinha esperança que podia estar errada. Queria estar, jurava que queria.

– É...– ele amassou um pouco do papel. –Eu sabia que não...-parou de falar e fechou os olhos. – esquece. 

– Sabia que não era uma boa ideia de não se juntar a eles. – concluiu.

– Isso mesmo. – concordou.– "Eles tem poderes. Sabem se defender" – imitou a irmã, frustrado.

– E eles sabem! 

– Um deles está entre a vida e a morte por causa de nós! 

– Ele foi atacado pelas costas.

– Acredita nisso? –Olhou para o papel. – É isso que Asa Noturna diz. Mas eu não acredito, não agora que li isso. – jogou o papel no chão. – Parecia que ele sabia. Sabia que iriamos aceitar e nos deu um recadinho. – saiu do quarto e deixou Kori com seus pensamentos. Ela entendia a frustração dele, como Kori o conhecia ele agora está se culpando. Se o amigo esverdeado morrer ele não se perdoaria nunca. 

Ela então massageou a testa e espantou seus pensamentos de Prince. Foi até a carta onde Prince havia jogado e a pegou. Não tinha lido ainda o que estava escrito, só sabia quem era o autor. Não queria abrir, por medo. Mas também queria, estava curiosa. Tinha certeza que depois de ler o que estava escrito iria acabar em lágrimas. Em pensar que alguns anos ela amava receber este pequeno papel com esse pequeno simbolo. A alegrava, alimentava suas esperanças, e suspirava em amores. 

Abriu finalmente. 

'' Olá, meus caros Kori e Prince! Fiquei super triste quando descobri que saíram da nossa hospitalidade. Foram tratados mal? Algo incomodou vocês? Se sim, sinto muitíssimo. Não era nossa intenção, fiquem sabendo que quem fez tal ato irá ser punido. Mas, é ótimo saber da localização de vocês. Fica mais fácil convencer vocês a voltarem. 

  Sinto muito pelo seu amiguinho novo. Parecia um ótimo camarada. Mas pessoas boas morrem, não é mesmo, meus queridos? Isso foi apenas um aviso, como da outra vez. Espero que desta vez vocês percebam as vidas em jogo e as vidas que se foram durante essa teimosia de vocês. Espero não voltar para terra só para acabar com mais vidas. Espero apenas voltar para levar vocês de onde não deveriam ter saído.

E, Kori...Estou com saudades, minha ruivinha.

Condé.''

O rosto de Kori já estava todo encharcado. O que foi aquilo que acabará de ler? Se antes já estava angustiada, desesperada, agora então...

"Minha ruivinha'' usou o apelido que a chamava. Amava quando sais de seus lábios aquelas duas palavrinhas. Soltou vários xingamentos enquanto pensava naquela carta. Limpou o rosto, e se repreendeu por estar chorando. Tinha que estar com a cabeça erguida, e não baixada. Aquela carta era um ultimato, para os dois se renderem. Mas quem disse que iriam? Eram teimosos demais. Ainda mais agora que Prince aceitou ajuda dos Titãs. Ele entrou nessa afim de se ajudar e ajudar os outros, agora era um Titã, e uma simples carta, mesmo sendo que nem um míssil apontado para suas cabeças, não iria fazer eles desistirem de lutar. 

*~~*~~*

– Ele está bem mesmo? – perguntou a empata, mais uma vez. Encarava, com seus olhos cheios de preocupação, o amigo esverdeado. 

– Ele está, Ravena. – disse Ciborgue, com uma mão no ombro da amiga na intensão de acalma-lá. Ela o olhou finalmente desde que havia entrado naquela sala, deu um sorriso pequeno e olhou de novo para o amigo deitado, com vários canos sobre seu corpo, afim de ajuda-lo a respirar. 

– Rae, vamos comer algo, descansar. – sugeriu Zatanna. Ela negou.

– Ele está bem, meu amor. – falou Barbara, com seu sorriso aconselhador nos lábios. 

– Eu quero ficar aqui – disse.– Ele pode acordar, e ninguém estará aqui, ele pode se sentir sozinho. – os demais se entreolharam, não com malícia como sempre faziam, Ravena estava realmente com o coração na mão em ver a situação do colega de equipe, e que inclusive tinha o pego daquele jeito. 

– Tudo bem, Rachel. – respondeu Dick. – Se sentir-se melhor ficando aqui com ele, fique.

Ela concordou, e eles saíram. Ela suspirou, pegou a mão do amigo. A sala estava num completo silêncio, escutava-se apenas a respiração falha de Mutano. Deixou cair a cabeça para o lado, encostando em seu próprio ombro. 

– Eu não acredito. – resmungou.– Não acredito que estou aqui. Não acredito que estou morrendo de preocupação. Por você. Por você.

Ravena nunca pensou que esse dia aconteceria. Em sua cabeça, odiava Mutano, odiava quando ele falava, sua presença a incomodava e até quando respirava a incomodava. O que estava acontecendo com ela? Quando foi até Mutano em seu quarto e o viu naquele estado, simplesmente aquela Ravena revoltada foi embora e uma outra Ravena entrou no lugar. Agradecia toda hora por ter sentido falta de seu livro, que tinha lido a muito tempo, mas pelo simples fato de estar com Mutano a incomodava. Havia o emprestado a um mês, quando Mutano disse que estava começando a se interessar por leitura, e pediu para ela mostrar as suas obras. Claro, ela estranhou e muito, mas cedeu, mostrou alguns de seus livros e Mutano se interessou por um, que era aquele que ela tinha sentido falta.

– Se você não acordar logo, eu te mato. – disse depois de um longo suspiro.

– Okay...– resmungou ele, com dor. Ela levou um susto. Achando que estava delirando, estava tendo tantos pensamentos com Mutano durante aqueles minutos que estavam a sós, que achou estar escutando ele. Obvio que não, ele estava com os olhos fechados e não disse mais nada. – Está com os olhos vermelhos por causa do seu colega aqui? – disse a provocando, ele já estava com os olhos abertos e com um sorriso nos lábios por ter acordado e ter uma bela visão.

– Não queria passar pelo procedimento chato de arrumar outro integrante para nosso grupo. – disse depois de se recompor. Estava um pouco corada por pensar que Mutano poderia estar acordado a mais tempo e ter escutado o que ela soltou.

– Vou fingir que acredito. –fez uma cara de dor. – Porque estou com tanta dor?

– Você n-não lembra?

– Devo? – ela concordou. – Infelizmente não lembro. Me recorde.

– Você estava no seu quarto e levou uma facada.

– Ah, sim! – lembrou.– Pegaram o desgraçado? Vou fazer ele de alimento para meus amigos tigres.

– Não, Garfield. – disse com um tom triste.– Sinto muito...Mas vamos. Eu te garanto.

– Eu confio em você. – sorriu, e ela corou. ''Porque não fui embora ainda?", pensou. – E porque está só você aqui?

– Hãm...Tiraram o Matt daqui para ele, sei la. Cib me disse por que mas não lembro. 

– Não perguntei dele. Porque você está aqui comigo e não outra pessoa? Esperava até a Estelar aqui, mas você não.

– É que...Queria perguntar sobre o meu livro. – não ia admitir que estava morrendo de preocupação. 

– é sério? Estou só o caco e você quer perguntar sobre seu livro!?

– Sim. Queria que fosse a primeira coisa que você dissesse.

– Então porque disse que se eu não acordasse você me mataria? – perguntou para deixa-la na saia justa. Ele não estava acreditando no papo dela.

– Por que...Por que só você sabe onde ele está, oras! – respondeu.– Acha que estava preocupada? Não, desculpe-me. 

– Você não mente bem. – ela revirou os olhos.

– Pare de me encher! Tô vendo que já está bem. Então vou indo. – Falou se levantando de onde estava sentada na beira da cama. 

–Não! – quase que Jump City toda escutasse. – É...Eu posso passar mal. 

– Só apertar o botão. – foi até a porta.

– Não! Eu ...Eu...Preciso desabafar! Estou muito abalado, Rae.

–Não me chame assim.– o olhou. Ela queria ficar do lado dele, e conversar sobre qualquer coisa. ''O que deu em mim hoje?'', pensou. Precisava da antiga Ravena. Mas ela tinha que admitir que essa ''nova'' Ravena estava fazendo ela sentir algo belo, e estava gostando. Ela voltou e se sentou onde estava antes.

–Obrigado. –sorriu.

–Então, o que acha que quem fez isso com você queria? –perguntou, ignorando seu sorriso que estava a deixando vermelha, sorte que a sala não estava muito iluminada.

– Deve ser um invejoso, que não estava aguentando a concorrencia.

–Que concorrencia?

– De ver quem é o mais bonito da cidade! –ela revirou os olhos.– O que mais seria? 

Ela riu, pela primeira vez de algo que ele disse, o deixou surpreso e feliz. Estava sentindo muita dor enquanto falava e até quando respirava, mas pelo simples fato de estar conversando com Ravena normalmente e não brigando, estava o deixando feliz e não se importava com a dor, como se ela não existisse. 

Só ela e ele. 


Notas Finais


O que acham que vai acontecer com eles? Por que o desgraçado está lá?
Quem vocês acham que é o Condé? Ele vai aparecer, então vamos saber quem ele é.
E o MOMENTO BBRAE? Ravena toda preocupada <3

comentem ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...