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História Blood Rivals - First Chapter


Escrita por: Channieollie

Notas do Autor


Olá queridos e queridas leitores ~voz pomposa de locutor de filme antigo~
Viemos então com a tão esperada atualização (?) shauhsausha
Espero que gostem. Qualquer loucura das notas iniciais ou finais é de inteira responsabilidade minha ( ~MariOttoni) que estou postando o fruto do nosso trabalho às 2 horas da manhã e estou meio louca ouvindo Ikon e Mamamoo.

Enjoy it!

Capítulo 2 - First Chapter


Fanfic / Fanfiction Blood Rivals - First Chapter

Kyungsoo tinha um semblante preocupado. Fazia alguns minutos que ele estava ali, olhando as placas que indicavam as plataformas nove e dez. Seria seu primeiro ano em Hogwarts e o primeiro longe de casa por tanto tempo. Sentiu uma mão em seu ombro e quando se virou, viu seu pai o olhando com carinho.

  - Soo está na hora - ele disse indicando o grande relógio da estação de King´s Cross que marcava 10 horas e 45 minutos.

  Kyungsoo respirou fundo e apertou suas mãos, completamente suadas, em seu carrinho. Correu o olhar pela plataforma mais uma vez, a fim de ver se nenhum trouxa estaria espiando o que acontecia ali,  antes de começar a dar pequenos passos. Foi acelerando conforme ia na direção da parede entre as duas plataformas e achou melhor fechar seus olhos quando estava quase batendo nela. Em um minuto ouvia os sons das poucas pessoas que estavam na estação trouxa, no outro os burburinhos e barulhos de carrinhos a deslizar pelo chão, corujas a piar, gatos a miar, um choro baixo de uma criança abraçando a irmã mais velha que entrava no trem. Estava na estação bruxa, tão mais cheia que a anterior.

  Assim que abriu seus olhos, se deparou com uma grande locomotiva a vapor, toda em vermelho com detalhes em preto e parecendo já bem velha, mas em bom estado ainda. Deu uma olhada ao redor e viu uma grande placa indicando “Expresso de Hogwarts - 11 horas” escrito em letras pretas. Tentou olhar de volta em busca do lugar que ele acabara de sair, mas tudo que encontrou foi um arco de ferro forjado com os dizeres “Plataforma 9 e meia”.

 Bem próximo de si estava seu pai, que atravessou logo depois do garoto. O homem mantinha um grande sorriso nos lábios.

 - Finalmente. Meu filho vai aprender como é ser um bruxo de verdade. Não é tão bom quanto a escola coreana, mas é uma das melhores ainda assim. - falava enquanto o pequeno Do parecia absorto com tudo o que via ao seu redor.

 Centenas de pessoas corriam pra lá e pra cá em uma bagunça, empurrando seus carrinhos e eventualmente pegando algo que haviam deixado cair no chão. Vários jovens pareciam já vestir seus uniformes, suas longas capas arrastando por todo lado. Kyungsoo via famílias grandes conversando com os filhos, mas também via grupos menores, de um pai e um filho, ou apenas mãe e filhos.

  A locomotiva soltava fumaça sem parar enquanto alunos subiam a bordo e outros se penduravam nas janelas dando adeus aos seus parentes e amigos, compartilhando algum último abraço ou recebendo algo que esqueceram com os que ficariam na estação. Kyungsoo se virou para a direita enquanto o pai cumprimentava um conhecido e viu um garoto ao lado de uma mulher que parecia ser sua mãe. O menino segurava a mão dela e se despedia com uma braço apertado. Kyungsoo ficou encarando a cena e aquele garoto, que devia ter a mesma idade que ele, ou seja, também devia estar começando os estudos na escola de magia. Ele tinha ficado curioso pelo carinho visível que mãe e filho tinham um pelo outro e continuou observando aquele abraço e a despedida entre o menino de pele levemente morena e sua mãe, que fazia um carinho nos cabelos castanhos que quase cobriam os olhos do filho. O menino tinha um sorriso bobo e envergonhado no rosto e sua mãe parecia orgulhosa e temerosa de deixá-lo ir. Kyungsoo olhava com certo aperto no peito, e encarou mais intensamente o menino bonito que vivia aquele momento.

  Assim que se soltou da mãe e se virou para pegar sua mochila do chão, Jongin percebeu a encarada que levava. Devolveu o olhar e apenas sorriu para o outro. Não queria ser mal educado com alguém que pudesse ser um de seus colegas ou, quem sabe, até mesmo amigo, já que aquele que o encarava parecia ser de sua idade. Kyungsoo ficou envergonhado de ter sido pego espiando e se virou para o pai, que dava tchau ao conhecido. Esse viu as bochechas do filho vermelhas pela vergonha e pensou que talvez fosse por nervoso.

  - Vem aqui meu filho - seu pai falou abrindo os braços. - Venha me dar um ultimo abraço.

 Kyungsoo se encaixou em seus braços. Se sentia estranho com aquilo, pois seu pai nunca foi uma pessoa de demonstrar carinho com contato físico. Ele sempre elogiava o filho por sua inteligência, o observava brincar, mas nunca dava um abraço ou beijo. Se soltaram depois de um tempo. O Do pai se pôs de joelhos para ficar de frente ao filho.

  - Soo, você é de longe a pessoa mais inteligente que eu já vi. Eu só conheci uma pessoa que era capaz de fazer as mesmas coisa que você na sua idade e de jeito parecido.

  Seu pai nem precisou dizer quem era essa pessoa. Kyungsoo sabia exatamente de quem ele falava. Sua falecida mãe. O menino não se lembrava dela, mas seu pai não poupava elogios para á mulher e sempre falava de momentos que passaram juntos ou das conquistas da esposa. O pai com certeza amava sua mulher e sentia muita falta dela.

  - Sua mãe estaria muito orgulhosa se o visse agora, dando esse importante passo. Você se sairá muito bem, eu tenho certeza.

  Por fim seu pai se levantou, colocando as mãos nos ombros de Kyungsoo. O pequeno sorriu sem jeito ainda e, mesmo com o grande nervosismo que o atormentava desde que tinha recebido sua carta, conseguiu responder.

  - Eu prometo que farei o meu melhor papai. Não irei te decepcionar. - ele sabia que era aquilo que o mais velho esperava ouvir, e viu que estava certo quando o Do pai sorriu e passou as mãos na cabeça do filho em mais uma forma inesperada de carinho. Enquanto dava tchau para o filho, levemente o empurrou para entrar no trem.

  Kyungsoo se virou levando consigo sua mochila com seu uniforme e um livro. Carregou seu malão com um pouco de dificuldade para entrar no trem e logo foi ajudado por um dos funcionários da estação. Já dentro do  trem, olhou para trás e acenou uma última vez para o pai, até finalmente seguir o homem que carregava seu malão.

  Eles caminhavam pelos corredores a procura de uma cabine, até que conseguiram encontrar uma que parecia estar vazia. O rapaz que o ajudava colocou seu malão no compartimento acima dos bancos e se despediu. Kyungsoo fechou a porta e a cortina que tinha ali e vestiu suas vestes antes de sentar no banco vermelho e acolchoado.

  Quando sentiu o trem começar a se mover, pensou pela primeira vez que finalmente estaria indo para Hogwarts, a tão prestigiada escola de magia e bruxaria da Grã Bretanha, e ia aprender todas as coisas que o pai o segredava por dizer que tudo tinha seu tempo. Sentiu um leve arrepio, o nervosismo voltando com tudo. Passou suas mãos sobre sua coxa para limpá-las do suor que surgia em suas palmas. De repente ouviu alguém bater na porta da  cabine.

  - Olá. Eu posso me sentar aqui? - um garoto perguntou.

   - Claro - Kyungsoo disse.

  Ao ver o garoto entrar na cabine e se sentar bem na sua frente foi que Kyungsoo percebeu que era o mesmo que ele havia secado antes de entrar no trem.
 

 

**************
 

 

  Jongin não aguentava mais ficar perto dos seus irmãos que não paravam de discutir para qual casa ele ia ser selecionado. Ele tinha dois irmãos, Junmyeon e Minseok, sendo que um deles pertencia à Grifinoria e o outro à Corvinal. Ambos tagarelavam sobre suas casas e ficavam dizendo que Jongin não deveria jamais ir para a Sonserina. Pelo que Jongin lembrava, não era ele que escolheria sua casa, mas sim o famoso Chapéu Seletor. O menino tremia só de pensar que um Chapéu velho e surrado, como os irmãos haviam dito que ele era, seria posto em sua cabeça e o colocaria em uma casa que definiria todo o seu futuro em Hogwarts. Isso era aterrorizante só de pensar.

  Jongin caminhou no corredor do trem procurando uma cabine para poder se esconder de seus irmãos. Já aguentava os dois durante tempo demais em casa, sem falar que eles deviam querer ficar com os amigos e, se Jongin dividisse a cabine com eles, seria largado de lado, coisa que odiava.

  Depois de andar um pouco, encontrou lá pelo terceiro vagão uma que parecia vazia. Espiou pela fresta da cortina e viu um garoto de olhos grandes sentado na  cabine, sozinho.

Achou ter visto ele antes, mas não se lembrava. Tudo que Jongin pensava era em quando chegariam logo em Hogwarts e se a moça do carrinho de doces ia demorar a passar. Se ele se esforçasse um pouquinho mais, perceberia que era o mesmo menino que o tinha encarado na plataforma.

  - Olá. Eu posso me sentar aqui? - perguntou

  - Claro - o menino disse.

  Jongin entrou na cabine dando um sorriso para o outro e sentou-se à sua frente após colocar seu malão no compartimento acima de seu banco.

  - Me chamo Kim Jongin. E você? - disse estendendo sua mão para cumprimentar o garoto.

  - Ahn, eu me chamo Do Kyungsoo.- o menino parecia sem jeito ao apertar a mão de Jongin.

  - Do. Que nome interessante, acho que já ouvi em algum lugar. - falou sorrindo. - Você não é famoso ou algo do tipo?

  No mesmo momento que Jongin falou, ele percebeu o menino apertar suas mãos contra os joelhos levemente incomodado. Kyungsoo apenas balançou a cabeça negativamente. Ele se lembrava dos Kim, mas por algum motivo não quis levar aquilo à tona naquele momento.

  - Entendo, deve ser impressão minha. É o seu primeiro ano? - tentou puxar assunto pra amenizar o clima de “somos desconhecidos”. - É o meu sabe. Meus irmãos me falam muito sobre Hogwarts, espero entrar em uma das casas deles, Grifinoria ou Corvinal. E você?

  - Ah, eu não sei - finalmente o garoto disse, ainda meio tímido com o rapaz que falou demais. - Meu pai diz que eu devo ir para Sonserina, pois foi a casa de uma pessoa muito importante pra ele e que é a única que presta em Hogwarts, mas eu não sei.

  - Sonserina? Meus irmãos só falam mal dela. Eu não quero ir pra lá.- Jongin disse com um sorriso meio sem jeito, afinal era uma opinião diferente do garoto com quem conversava e ele não queria magoar. O que recebeu foi apenas um olhar de indiferença do pequeno.

  - Seus irmãos são uns idiotas - o menino tinha mudado completamente a face de vergonha para um semblante raivoso e determinado. - Se meu pai disse que é pra onde eu vou e que é a melhor casa, então é mesmo e é pra lá que devo ir.

  - Ok, ok - Jongin disse levantando as mãos. Não esperava aquela reação, mas não queria começar uma briga por casa. Ele nem sabia como era a Sonserina, só o que conhecia era o que os irmãos contavam e, bom, um deles era da Grifinória e ele sabia que as duas casas são como rivais eternas.  - Pra falar a verdade quem vai decidir isso é o chapéu seletor.

  - Pode até ser, mas o que conta somos nós.-  Kyungsoo emendou assim que o outro terminou, querendo ter a última palavra.

  - Eu sei, só que isso é muito complicado pra mim. Melhor deixar pra lá. Hoje a gente descobre de qualquer jeito né.- respondeu dando de ombros. O outro era engenhoso, mas era legal ver como ele mudava rápido e bruscamente de humor.

  Os dois ouviram uma voz de mulher do lado de fora. Era a vendedora do carrinho de guloseimas. Jongin deu um sorriso enorme e bateu palmas antes de abrir depressa a porta da cabine. Kyungsoo achou engraçada a animação do outro só por causa de alguns doces.

  A mulher que empurrava o carrinho tinha os cabelos negros e trançados, o rosto pequeno e rechonchudo, os olhos denunciando noites sem dormir e falava em uma voz um pouco cansada, mas ainda assim simpática,  

  -Vocês vão querer alguma coisa, meninos? - perguntou para os garotos, apontando para as centenas de guloseimas que estavam dispostas no carrinho.

  Jongin olhou com animação enquanto procurava algo de que gostasse, o que foi quase tudo dali. Por fim escolheu duas tortinhas de abóbora, dois sapos de chocolate e um pacote de feijõezinhos de todos os sabores. Pagou a mulher e voltou para o seu lugar.

  A vendedora olhou para o outro ocupante da cabine que continuava sentado sem esboçar a mesma animação do colega. Kyungsoo apenas moveu sua cabeça negativamente. Então ela saiu e continuou a fazer seu percurso.

  Jongin pegou uma torta de abóbora e um sapo de chocolate e ofereceu a Kyungsoo. O menino não aceitou, mas Jongin tanto insistiu que o outro acabou estendendo a mão e pegando o doce. Jongin comeu sua pequena torta com um sorriso no rosto e pegou o sapo de chocolate. Após abrir o pacotinho e ver que o mesmo estava enfeitiçado, reparou na figurinha do verso. O rosto de Nicolau Flameu se mexia e um pequeno texto explicava sobre sua vida e suas conquistas, dentre elas os estudos sobre a Pedra Filosofal e também sobre os usos do sangue de dragão.Guardou a figurinha em seu bolso para juntar ela á sua coleção.

  O Kim parou para observar atentamente o pequeno, que tinha acompanhado cada movimento seu, mas que agora, Jongin pôde perceber, tinha os olhos sobre o pacote de  feijõezinhos de todos os sabores. Ele sorriu maliciosamente e pegou a caixa oferecendo ao menino.

  - Você quer? - balançou a caixinha.

  - Eu como se você comer também - Kyungsoo disse levantando as sobrancelhas. Não era bobo e sabia que comer um daqueles podia ser bem horrível caso pegasse um sabor estranho. Se comesse, não ia deixar que só ele tivesse a chance de se dar mal.

  - Te proponho um desafio então - Jongin disse se levantando e sentando ao lado do Do. - Eu, Xiumin e Suho, meus dois irmãos, costumamos fazer isso.- Kyungsoo o olhou com curiosidade sobre o que o outro ia fazer.

  - Nós fazemos assim, dividimos tudo, - foi falando e colocando metade dos feijõezinhos na mão do menino e a outra metade na sua. -  e aí quem comer tudo primeiro ganha.

  - Ganha o que? - Kyungsoo perguntou olhando para o outro.

  - Ah, sei lá. Que tal, hmmm... Qualquer coisa que o outro quiser. - disse sorrindo maliciosamente. Ele sempre ganhava dos irmãos e fazia eles pagarem algum mico ou fazer algum favor pra ele. Sempre se livrava de alguma tarefa da casa quando ganhava.

  - O que o outro quiser então? - Jongin assentiu - Parece bom pra mim.

  - Eu vou contar até três e nós colocamos na boca.

  -  Tudo de uma vez? - Kyungsoo perguntou. Ia ser horrível o gosto de tudo aquilo misturado. Viu o outro confirmar com um risinho e apenas concordou com a cabeça. Jongin começou a contagem.

  - Um.

  Estava pensando que isso ser fácil demais, e já planejava fazer o garoto de escravo por um mês.

  - Dois.

  Seria muito mais popular que seus irmãos se não tivesse que perder tempo com tarefas ou deveres de casa.

  - Três.

  Colocou tudo de uma vez na boca, Kyungsoo fazendo o mesmo. Jongin nem prestava atenção no gosto ruim dos feijõezinhos, apenas mastigava aquele bolo o mais rápido que podia para terminar e dar o grito da vitória. Fechou os olhos para encarar aquele sabor que não tinha nem como ser descrito de tão ruim e quando estava quase pra terminar, teve uma surpresa.
 

 

*********
 

 

  Kyungsoo estava pronto para desembarcar. Tinha ido ao banheiro e, quando se olhou no espelho, reparou no pequeno símbolo em sua capa, bem no lado esquerdo do peito. Era um pequeno brasão com quatro animais (texugo, leão, cobra e águia), cada um representando as casas de Hogwarts. Daqui a pouco aquele não seria o símbolo de Hogwarts e sim o de sua casa.

  Voltou para a cabine, que ficou apenas com os dois primeiranistas durante a viagem toda, e encontrou Jongin já com suas vestes. Ele tinha um semblante abatido, provavelmente por ter perdido a batalha dos feijõezinhos.

  Kyungsoo nao fazia ideia do que pedir para o garoto, então apenas decidiu deixar para o decorrer do ano. Iria pensar em algo para ele fazer. Com certeza ia ter alguma tarefa chata ou uma chance de fazer o outro passar vergonha. Era só esperar a hora certa para usar de seu prêmio.

  Sentou-se na frente do garoto e voltou a ler o livro que trouxera na mochila, enquanto algumas vezes observava Jongin discretamente.  Após alguns minutos sentiu o trem parar. Os dois se levantaram e abriram a porta da cabine para sair.

  Alunos caminhavam, alguns mais novos como os dois companheiros de cabine se empurravam com pressa para sair do trem, outros caminhavam conversando entre uns com os outros. O corredor estava cheio e bastante bagunçado com tudo aquilo. Kyungsoo resolveu segurar no braço de Jongin enquanto caminhavam, tentando não perdê-lo. Não tinha pretensão de se afastar do rapaz com que acabara de fazer amizade. Por causa da aposta, principalmente, mas também por quê tinha apreciado a companhia do outro.

  Mesmo com suas grossas vestes, Jongin sentiu sua pele se arrepiar com o vento frio assim que finalmente saíram do trem.Viu uma luz sobre suas cabecas e depois uma voz estrondosa gritar.

  - Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui! - um homem enorme com mais de dois metros de altura, corpulento, e com o rosto completamente peludo os chamavam.

O homem acenou para que os alunos o seguissem. Quando todos estavam reunidos, ele começou a guiá-los por um caminho estreito. Após alguns minutos eles chegaram à margem de um lago. Suas àguas escuras, pois já era noite, refletiam a luz da lamparina do guarda caças de Hogwarts. Sobre um penhasco na outra margem do lago se via um grande castelo com várias torres e diversas janelas, a maioria com luzes acesas que refletiam nas águas próximas do Lago Negro.

  - Só quatro em cada barco! - gritou o meio gigante enquanto ajudava as crianças a embarcarem.

  Kyungsoo foi junto com Jongin até um pequeno barco e subiu a bordo. Dois outros garotos os acompanharam. Ao se sentar no pequeno barco, Kyungsoo olhou ao seu redor. A lua cheia iluminava o local, dando um toque perfeito à paisagem do lago com o castelo ao fundo. Do estava completamente encantado com aquela visão.

  Finalmente os barcos zarparam, todos ao mesmo tempo. O castelo ia ficando cada vez mais próximo. Ninguém conversava ou soltava um pio sequer, de tão maravilhados que estavam com a construção.

  - Abaixem as cabeças - o gigante gritou.

  Todos o obedeceram antes que atravessassem uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. O barco deslizava nas águas por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.

   Seguiram então por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a luz da lanterna do meio gigante. Após alguns minutos, chegaram em um local com um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo. Dali se podia ver melhor as janelas e seus fomatos.
  Passaram por uma escada de pedra e se aglomeraram num espaço onde se podia ver  uma enorme porta de carvalho.

  - Estão todos aqui?- Hagrid dizia e se virava para checar se não tinha perdido nenhum pequeno. Alguns alunos se abaixaram para não serem atingidos pelo braço do guarda caça enquanto ele caminhava até a porta.

 Ele ergueu seu punho gigantesco e bateu três vezes, vendo que a porta abriu-se sem demoras. Uma bruxa alta de cabelos loiros e uma longa capa purpura apareceu na frente dos alunos. Tinha o rosto muito pequeno e aparência jovial, sorrindo simpática e acolhedoramente para os pequenos à sua frente.

  - Alunos do primeiro ano, essa é a Professora Cassie Clearwater- informou o meio gigante.

  - Obrigada Hagrid. Eu cuido deles a partir daqui - disse sorrindo para o guarda caça.

  Ela escancarou a porta. O saguão que puderam ver era enorme e as paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes, o teto era alto demais para se ver direito e um a um os alunos subiram a imponente escada de mármore que levava ao salão principal, sendo acompanhados pela Professora Clearwater.

  A docente levou os primeiranistas a uma sala vazia ao lado de onde acontecia o banquete. Eles se agruparam lá dentro, o espaço ficando um pouco mais apertado que o normal, olhando, nervosos, para os lados à espera do que aconteceria a seguir.

  - Bem-vindos à Hogwarts - disse a Professora Clearwater. - O banquete
de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se acomodarem nas mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante pois, enquanto estiverem aqui, sua casa será como sua família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na salão comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior numero de pontos receberá a Taça das Casas, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês - disse a Professora Cassie sorrindo. — Por favor, aguardem em silêncio. - E se retirou da sala.

  Kyungsoo estava apreensivo. Ele olhava pra Jongin que mantinha o mesmo semblante nervoso. Eles esperavam juntos sem co versar com ninguém, quando ouviram vozes vindo de cima. Todos os alunos olharam assustados para cima, quando finalmente perceberam do que se tratava. Eram fantasmas, vários deles. Completamente brancos e um tanto transparente. Eles  conversavam entre si quando viram os alunos. Kyungsoo olhou interessado, mas Jongin se assustou, chegando mais perto do Do.

  - Alunos novos! - disse um fantasma.

  - Acredito que estejam esperando para serem selecionados.

  Jongin que estava ao lado de Kyungsoo confirmou com a cabeça com uma cara de assustado.

  - Vamos andando então. - outro fantasma disse.- Então todos os fantasmas saíram atravessando a parede que levava ao salão.

  A professora Cassie voltou e chamou os alunos pedindo que fizessem fila e a seguissem.Passaram pelas portas entrando num salao enorme. Kyungsoo ficou abismado com o lugar. Era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Clearwater levou os alunos do primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.

  Kyungsoo observava tudo atentamente quando viu a professora colocar um banquinho à frente dos alunos do primeiro ano e em cima do banquinho um chapéu pontudo de bruxo, com algunas remendos e esfiapado em alguns lugares. Parecia realmente velho, Jongin pode constatar, assim como seus irmãos haviam dito.

  De repente Kyungsoo viu o chapéu se mexer e um rasgo que havia em sua aba se abrir, se mexendo, e ouviu o Chapéu Seletor começar a cantar. Quando ele terminou, o salão todo aplaudiu e o chapéu fez uma reverência longa voltando em seguida a ficar quieto em sua postura inicial.

  A Professora Clearwater então se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho.

  - Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção.

  Os alunos começaram a ser chamados um por um para serem selecionados. Kyungsoo ficou perdido em seus pensamentos enquanto assistia a tudo. Pensava sobre qual casa iria e se perguntava se seria a mesma que a do amigo. Apesar de ter acabado de conhecer Jongin, tinha criado um afeto por ele e não queria se separar do garoto, mas tinha a impressão de que não ficariam na mesma casa.

  - Do Kyungsoo - a professora chamou.

  Kyungsoo sentiu seu estômago remexer, seu coração bater mais forte. Ele engoliu em seco e começou a dar pequenos passos até o banco. Sentou-se e sentiu a professora colocar o chapeu sobre sua cabeça. Do sentiu o peso em seu ombros. Tinha medo de desapontar o pai, que tanto falara da casa de Slytherin e da certeza que tinha de que o filho iria para lá,  mas também tinha medo de perder o novo amigo ao ir para uma casa diferente da dele. Fechou seus olhos e esperou o chapéu dar seu veredito .

  - Sonserina! - gritou em alto e bom som enquanto piscava com seus olhos de tecido para o rapaz que saia um tanto perdido de perto de si. Viu a professora lhe apontar sua mesa e foi para lá. No caminho olhou para Jongin, que lhe deu um sorriso simples. Kyungsoo foi recebido com grande alvoroço por seus companheiros de casa. Se sentou perto de um rapaz alto e de uma moça de cabelos vermelhos e vestes baratas.

  A seleção continou e Do prestava atenção no amigo. Jongin estava visivelmente nervoso, suas mãos juntas e os dedos batendo uns nos outros. Quando foi chamado subiu as escadas vacilante e fechou os olhos ao se sentar no banquinho. Assim que o Chapéu Seletor anunciou que ele iria para a Grifinória, Kyungsoo viu o rapaz sorrir aliviado e imaginou que fosse por ter um de seus irmãos para o ajudar.  Além disso, pelo pouco que conversara com o grifino, tinha que confessar que a Grifinória parecia a casa perfeita para ele. Viu o outro ir até a mesa dos grifinos sorrindo abertamente e ser recebido com muito barulho e com um abraço apertado de outro rapaz mais velho, provavelmente o irmão, que logo gritou na direção da mesa da Corvinal.

  - Chupa essa Minseok. - o garoto riu vendo o tal Minseok lhe mostrar o dedo médio, fazendo até mesmo Kyungsoo achar graça da situação.

  Kyungsoo conversou um pouco com os companheiros de casa durante o fim da cerimônia, mas não deixou de olhar para a mesa da Grifinória e sorrir, daquele seu jeito ainda tímido porém feliz, para seu amigo. Estariam em casas “rivais” a partir daquele momento, mas isso pouco significava, talvez nem fizesse diferença alguma, na amizade dos dois. E assim se passou o resto do primeiro banquete de Kim Jongin e Do Kyungsoo em Hogwarts. Muita coisa ainda estava por acontecer para aqueles amigos e Hogwarts seria mais do que uma simples testemunha.

 


Notas Finais


KAISOO É UM POÇO DE FOFURAS NÃO É MESMO?!! Ain, amo esses dois. Então, cap grandinho e bem detalhado, mas EU GOSTO É ASSIM! As unnies trabalharam muito nesse capítulo para deixer ele bonitinho e perfeitinho para vocês. Esperamos que não tenham erros e que vocês tenham gostado dele tanto quanto nós duas. Sobre o que a professora Clearwater fala pra explicar sobre a seleção e as casas, é meio que um discurso pronto que o professor responsável pelo primeiro ano faz (pensem assim mesmo ok asuhausa). Qualquer dúvida de quem não leu a saga do bruxinho da cicatriz, é só deixar aqui nos comentários ou nos nossos twitters e afins.
É isso, bjs, bjks e bjinhos :*


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