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História Blood, Sex and Rock'n'Roll - Um tempo a sós para nós duas.


Escrita por: VampireFoxy

Notas do Autor


Não, não é miragem. Sim, esta é uma notificação de um capitulo novinho da "Blood, Sex and Rock" chegando pra você.
Como prometido, um capitulo bem grande e caprichado para compensar pela demora. Espero que gostem.

I missed you guys !!

VampireKisses =)

Capítulo 18 - Um tempo a sós para nós duas.


Fanfic / Fanfiction Blood, Sex and Rock'n'Roll - Um tempo a sós para nós duas.

                                                                                                                                                                                       Laura’s P.O.V

 

O ano esta chegando ao fim e aqui estamos nós, sendo abraçados de forma esmagadora pela chegada de mais um estressante fim de semestre e as temidas provas. Eu havia sido abduzida por meus cadernos, pois tudo que eu fazia a dias era apenas estudar, estudar e estudar. Meu blog estava às moscas, meu cabelo precisava ter um encontro com algo chamado shampoo então ele mais ficava amarrado em coque, não tinha uma refeição descente por que o nervosismo afetava meu estomago, meu organismo era movido a cafeína .. muita cafeína. Unhas roídas, humor irritado, olheiras frequentes, o moletom não saía do corpo e o corpo só saía do quarto para ir e voltar da sala de aula e biblioteca. Bom, parece que se tornou oficial, eu virara a maluca dos cadernos. Seria de fato hilário, se não fosse trágico na verdade.

Não havia tempo suficiente para dar a atenção que gostaria a Carmy, não sobrava tempo para namorar e isso me deixava ainda mais irritada. Ela ficava por perto, lendo seus livros deitada em sua cama .. ou a meu lado. Tentava se aproximar, mas eu sempre chamava sua atenção a repreendendo, eu não podia parar de estudar, cada dia uma matéria diferente ... eu queria jogar esses livros pela janela, porem não tinha outra escolha, eu tinha que me dedicar até o fim dessa semana e isso estava demandando muito esforço e tempo de minha parte. A vontade de largar tudo e ficar com ela era demais. Porem, a minha realidade atual era estudar até tarde e acabar adormecendo em cima dos livros. Por varias vezes a senti me carregando adormecida em seus braços e me ajeitando até a cama e eu sequer tinha forças para sussurrar um boa noite ou dar um beijo na minha namorada. Ela estava sendo muito dedicada e compreensiva como sempre, tentava me cuidar de todo jeito ... me trazia lanches, me preparava café e por varias vezes tentou me fazer pausar meus estudos, alegando que eu estou me estressando demais.

_ Calma Cupcake, você esta enlouquecendo a toa ... esta nervosa, ansiosa, dorme tarde, acorda cedo, não come direito. Você é a aluna mais inteligente e capaz de tirar notas boas nessas provas. Não seja tão dura consigo mesmo. Vai acabar dormindo em cima de alguma prova quando for fazer.

_ Eu sei Carmy, mas se eu não estudar antes das provas, não me sinto confiante o bastante por mais que eu tenha ido a todas as aulas e prestado atenção. Eu sou assim, fazer o que. Eu preciso me sentir totalmente preparada, preciso saber que fiz o que pude. Preciso manter as notas perfeitas e manter a minha bolsa de estudos.

_ Me deixa pelo menos ajudar, já que você se recusa a aceitar que eu invada a sala dos professores e roube as provas pra você ver e colar. – Levantava uma das sobrancelhas me olhando em ironia.  – Me deixa pelo menos te ajudar com os trabalhos  amor. Antes que eu fique louca aqui também em te ver nessa correria.

_ RÁ-RÁ Carmy, se eu tivesse energia o suficiente e senso de humor agora, eu até acharia engraçado essa sua proposta de roubo.

_ Amor (beijou minha bochecha) me deixa (afastou meu cabelo para trás) te relaxar um pouquinho (beijou meu pescoço) não me aguento de saudades (sussurrou em meu ouvido – fechei os olhos) a dias não temos um tempos só pra gente (ergueu meu rosto pegando levemente em meu queixo) .. (soltei o ar sonoramente) desviei seu olhar. Me soltei de seus braços e dei dois passos para o lado tentando me recompor. Sei bem que isso não é justo com ela e está acabando comigo.

_ Eu sei Carmy, eu estou um porre nessas ultimas semanas, nem eu estou me aguentando. Mas eu não tenho cabeça pra isso agora. Não dificulta mais a minha vida, por favor. Eu prometo que assim que essas malditas provas passar, eu serei toda sua. Eu preciso ir bem com minhas notas, você sabe que é importante pra mim. Eu não tenho dinheiro pra me bancar na faculdade, minhas notas é que me bancam.

_ Huuum (fez um beicinho lindo) – É melhor você cumprir isso Senhorita Hollis .. eu vou cobrar.

_ Eu sei que vai senhorita Karstein!

 

                                                                              ***

Naquela tarde eu faria enfim a ultima maldita prova e tudo que eu mais queria e precisava, era minha cama com minha namorada de travesseiro .. eu estava exausta. Avisei Carmy por mensagem no celular, que eu estaria na biblioteca dando uma lida em uma ultima coisa que eu precisava reforçar. Tempos depois inerte em minha leitura, percebi mãos chegando por trás e tapando meus olhos ... a textura da pele e o cheirinho bom e familiar que chegava em minha narinas me fizeram sorrir.

_ Oi amor, veio se juntar a mim?! – Falei baixinho.

_ Vem CupCake ... quero te mostrar uma coisa! – Estava com um olhar brincalhão e eu sabia que alguma coisa ela estava aprontando.

_ Ôh Ôww!! Eu te conheço, o que ta tramando? Não, você sabe que não posso.

_ Shhh, você já estudou demais .. Chega! Vem comigo. – Fechou bruscamente o livro que estava em minha frente usando o dedo indicador e já saiu andando certa de que eu iria a seguir. Essa garota sabe mesmo usar meu lado curiosa contra mim. Mordi o lábio pensativa.

Não deu nem dez segundos e lá estava eu caminhando até ela passando pelo labirinto de estantes lotadas de livros, até chegar a uma sessão que nunca havia ido antes ... uma parte afastada e sem saída, no final do corredor da área norte. Uma sessão de livros obsoletos no qual nunca houvera motivos para eu usá-los. A biblioteca estava com pouco movimento aquela tarde, e eu já estava deduzindo as suas verdadeiras intenções ali antes mesmo de chegar ao fim do corredor.

_ Carmilla Karstein! .. Não vai me dizer que me tirou da minha mesa de estudos para vir dar uns amassos nessa sessão escondida? O que somos, colegiais?

_ Bom, não digo se você quiser .. aliás, não precisamos dizer nada mesmo. – Céus, eu não tenho forças nem estruturas para lidar com uma Carmilla atrevida agora na minha frente. Não depois de estar tão exausta .. não depois de dias sem poder estar com ela do jeito que gostaria. Não, com o estado de carência em que nos encontrávamos. Fiz menção em voltar para a mesa onde eu estava e aliás todas minhas coisas ficaram lá. Mas ela foi mais rápida, me deu um puxão no braço me jogando de forma nada sutil com as costas contra uma das estantes se posicionando a minha frente, um braço de cada lado do meu corpo fazendo uma barreira .. rosto tão próximo ao meu que eu sentia seu hálito quente bater contra minha pele. Olhos tão negros, que não sabia mais se havia íris neles. Me segurou bruscamente pela cintura, colando totalmente meu corpo ao seu. Senti sua mão se arrastar por entre meus cabelos até a minha nuca, e sua boca se encostar em minha orelha.

_ Eu sei que você também quer CupCake, não tente negar. Vai dizer que não sente uma confusão agora mesmo dentro das calças, comigo te pegando desse jeito?!  – Droga, eu odiava quando ela estava tão certa e ainda tinha a audácia de jogar na minha cara de forma tão escrachada. A quem eu queria enganar. A filha da mãe estava tão linda e sexy, fazendo esse joguinho de sedução comigo.

_ Não nego Carmy .. (minha voz se mostrou mais falhada do que gostaria) .. É claro que eu sinto muita falta de ter momentos só nossos, coisa que não tem acontecido nessas ultimas semanas. Eu sinto muito essa minha chatice toda .. Mas você precisa entender que esses dias conturbados, corridos e...

E aí que não falei mais nada .. minha boca foi engolida pela sua em um beijo desesperado e ruidoso. Suas mãos me tomavam em apertões como se quisesse nos fundir em uma só. A beijei de volta me entregando na mesma hora, esfregando lábios e língua na mesma forma sôfrega e necessitada com que ela me tomava. Transbordávamos uma contra a outra nos empurrando, desiquilibrando e devorando .. aquilo já não era mais um beijo de bocas, mas sim um beijo de rosto inteiro. Suas mãos investiram apertando minhas costas por baixo da minha blusa, arrancando de mim ruídos ofegantes contra sua boca nos intervalos dos movimentos dos lábios, entregando a excitação que já me consumia. Bati as costas contra a estante em meio a essa disputa de movimentos corporais, fazendo barulho e também fez cair livros da estante, um inclusive sobre a cabeça da Carmy. Nos entreolhamos por uns segundos parando a nossa briga de corpos, aguçando a audição em busca de indícios de que fomos pega no ato ou não .. em seguida trocamos uma risada baixa tapando a boca com a mão.

_ Carmy, eu quero isso tanto quanto você, mas aqui não é o local apropriado. A bibliotecária ou alunos podem nos ouvir. Hoje é a ultima prova, nos encontramos no dormitório a noite e não farei mais nada além de ficar com você. E amanha já não tenho que ficar nessa ânsia de estudos, estarei livre.

_ Amor, e quanto a minha ânsia?? Eu quero muito você! Não aguento mais .. Você esta me deixando louca se esquivando de mim todos esses dias pra se afundar em páginas de papeis. Começo a sentir ciúmes dos seus cadernos, pois eles tem tido mais de você do que eu. Preciso de você agora ... fica comigo! – Suas palavras tinham um efeito imediato em meu corpo .. As falas dela entraram fundo em mim, em meus ouvidos, minha pele, em meus ossos .. fazendo um verdadeiro estrago. Aquela voz rouca e baixa, seus toques mais suaves enquanto falava, olhos nos olhos .. um desejo real e urgente exalava dela de forma incontestável. Ela estava sedenta e eu sequer tinha como lutar contra a vontade de me render. Eu agora estava triste por não perceber o quão carente de carinhos eu deixei a minha namorada.

Mas filha da mãe! Como ousa a fazer isso comigo, derrubar todas as minhas barreiras assim ... Só pude enterrar minha língua em sua boca como resposta, sem pesar as consequências de tais atos. Virei nossos corpos e agora quem estava com as costas contra a estante era ela. Enfiei minhas mãos em seus cabelos cheirosos, desci minha boca por todo seu pescoço. Nossos ombros subindo e descendo com o movimento das respirações que pesavam.

 _ Que saudade da sua pele, que saudade de sentir seu cheiro assim, meu amor! – Carmy sussurrava em meu ouvido enquanto voltávamos a nos atracar de forma feroz, em um beijo entregue e molhado .. Carmy não estava nada dócil, deixando vir a tona toda a necessidade, saudade e tesão que tinha engasgado nela, jogando em cima de mim. Eu retribuía prontamente .. estávamos a ponto de explodir. Me virou de volta contra a estante, pegou em minhas pernas e me carregou no colo, cruzei minhas pernas em volta de sua cintura. Seus toques começaram a ficar mais ousados .. me puxava os cabelos com força na medida certa, apertava as mãos em meus seios por cima da roupa .. Céus, se ela soubesse o quanto me deixa louca quando me toca assim. O jeito com que ela me toma me tocando com total posse e direito, sem qualquer indicio de hesitação... eu adoro isso, a sensação de ser totalmente dela. Me desceu de seu colo mordiscando minha orelha soltando o ar pesadamente contra minha pele. Eu estava ficando mole em seus braços não conseguindo manter mais o peso das pernas. Em um ultimo segundo sensato e gota de força .. desgrudei nossos corpos a empurrando com o que para mim exigiu muita força .. porem movi seu corpo apenas uns centímetros, o suficiente para ela me olhar confusa.

_ Carmy .. Essa sua ideia de amassos de colegiais esta saindo do controle. Melhor pararmos agora antes que alguém nos pegue no flagra e fiquemos encrencadas. – Eu falava com a respiração muito ofegante e coração acelerado .. e isso era um ponto negativo para mim. Dez pontos positivos para ela no mínimo.

 Me olhou nos olhos, desceu o olhar para meus lábios passando seu dedo indicador no contorno das linhas da minha boca .. deu aquele seu sorriso safado .. mordeu o lábio inferior e ali eu constatei sem ela falar uma palavra sequer .. eu estava arruinada.

De forma rápida, eu realmente nem vi como aconteceu .. Ela usou o joelho para segurar o peso de uma das minhas pernas no ar ... me deixando apoiada em pé apenas em uma perna. Ela apoiou seu pé na parte baixa da estante segurando o peso da minha perna direita sobre a perna dela. De leve, passou sua mão entre as minhas pernas que estavam agora ligeiramente abertas para ela, ainda por cima da calça.

_ Eu vejo claramente a briga interna que esta rolando aí CupCake ... sua mente diz que não, mas seu corpo diz que sim. – (me provocava roçando a boca em minha pele enquanto falava) Passou a mão contra a área do meio das minhas pernas de novo desta vez mais intensamente. (Huuuum) Colocou a boca em minha orelha e provocou baixinho – E além do mais, assim em lugar publico e com o perigo de alguém nos ouvir, deixa tudo ainda mais excitante. – Atrevidamente enquanto falava isso, enfiou a mão na minha calça e eu agora sentia sua mão todinha deslizar por minha intimidade me pegando totalmente de surpresa. Senti meus olhos se revirar abaixo de minhas pálpebras que se fecharam com força, finquei minhas unhas em sua pele e encaixei meu rosto na curva de seu pescoço para abafar o gemido baixo. Se antes eu não conseguia controlar minha respiração .. agora ela estava descompassada de vez. Se antes uma parte minha acreditava que eu devia parar aquilo, ... não havia um fio de forças mais, eu estava literalmente em suas mãos.

_ FILHA DA MÃE!! Argh, eu odeio você – Mais ofeguei do que falei ainda com minhas unhas nela me segurando firme. Aquilo era uma loucura. Iriamos mesmo nos atracar daquele jeito em plena biblioteca?  

_ Isso!! Pode me xingar amor .. Eu não vou reclamar.

Novamente nos beijamos, ainda daquele jeito insano e cheio de atrito .. como se a sede nunca fosse saciada. Sua mão em minha intimidade ainda se mantinha imóvel, e apenas o fato de senti-la desse jeito em mim era insano. Desceu minha perna que estava sobre a sua, abriu o zíper e foi abaixando um pouco minha peça de roupa pra lhe dar mais mobilidade e acesso. Eu me prendia a ela deixando minhas mãos se perder por toda sua pele. Braços, cintura, costas .. tudo que eu podia alcançar .. eu queria tudo que pudesse enterrar meus dedos, cravar unhas, apertar e marcar. Carmy me tomava sem receio, sem pudor, sem mimimi .. sem tempo pra ir devagar, sem nem afrouxar ou tirar mais de minhas roupas. Sua urgência em ter a mim ali e agora, me deixava ainda mais entregue. Ela estava tão intensa, que era como se não estivesse cabendo em seu próprio corpo. E pelo jeito com que suas costas estavam sendo dilacerada por minhas unhas, eu lhe mostrava que sentia a mesma coisa. Eu não iria deixar um pedaço intacto de pele.

Voltou a levar sua mão em minha intimidade sem total sinal de aviso, me fazendo amolecer expirando ruidosamente em seus braços. Me segurou com mais força prendendo mais meu corpo contra a estante e seu corpo contra o meu. Ouvi um som do que parecia metal se contorcendo, olhei de lado e vi que sua outra mão enquanto apoiada na estante, havia amassado o metal. Eu trancava o maxilar em tentativa de não fazer algum som mais alto .. O que estava sendo realmente difícil dadas às circunstancias. Eu sentia seus dedos se moverem em mim de forma sutil e vagarosa, enquanto sentia o gosto de sua boca e a maciez de seus lábios ávidos se entrelaçando aos meus. Dado momento ela parou o dedo em minha abertura colocando só a pontinha e tirou ... colocou só a pontinha de novo e tirou ... Me segurei de forma atrapalhada na lateral da estante, quase derrubando mais livros.

_ Hmm ..Você esta me torturando amor . – Falei de forma arrastada em súplica. Ela me ofereceu um breve sorriso. Estava se divertindo em me ver tão entregue daquele jeito .. jeito que ela queria, .. e conseguiu.

Passou a me tocar com dois dedos que ia deliciosamente introduzindo em mim até o fim, e ia retirando até a ponta ..  introduzindo até o fim novamente em uma tortura vagarosa e enlouquecedora que com certeza estava me tirando de órbita. Me segurei firme a ela pois a essa altura eu já não tinha forças suficiente nas pernas para me manter ... Involuntariamente comecei a mexer meu quadril contra os movimentos de seus dedos que agora de forma ágil ... tocavam toda a extensão de minha intimidade, meu corpo buscava mais daqueles toques. É incrível como Carmy me satisfaz com total maestria desse jeito. Ela sabe exatamente a forma que deve me tocar. Percebendo isso ela aumentou a urgência dos movimentos .. eu estava tão ridiculamente ao ponto naquela loucura toda, que não iria durar muito tempo naquela dança  prazerosa. Segurar os sons estava sendo uma tarefa difícil, acabei soltando um gemido que escapou por meus lábios sem minha permissão.

_ Shhhhh!! Cuidado com o barulho amor. Eu sei que é difícil. – Ela sussurrou em meu ouvido. Tivemos uma breve conversa com os olhos, onde ficou claro pra ela que eu estava louca demais pra conseguir impedir os ruídos, eu queria gritar. Meu peito subia e descia rápido em uma respiração desenfreada. Usou o peso de seu tronco para me manter firme contra a estante e usou a mão livre para colocar sobre a minha boca, tampando-a. Eu estava totalmente a sua mercê, sem sequer conseguir retribuir suas provocações. Carmilla me tinha por inteira se derretendo em seus braços, para fazer o que bem quisesse. Não demorou mais que mais três movimentos de sua mão em mim, para eu então me entregar ao êxtase, sentindo tremores e arrepios por toda a extensão do meu corpo. Meus gemidos abafados contra a sua mão em minha boca, se juntaram ao som dos suspiros pesados que Carmy soltou contra a pele do meu pescoço, onde estava com o rosto encaixado.

Ficamos trocando carinhos por mais um tempo, sentindo nossas respirações se suavizando e acalmando cada vez mais. Eu estava suada e quente, iria precisar de um bom tempo para me recompor antes de obrigar meu corpo a voltar para o outro lado da biblioteca.

Eu sentia meu rosto se aquecer com o rubor que me estapeava a cara, após voltarmos para a mesa onde minhas coisas haviam ficado. Tudo estava na mais perfeita normalidade e era realmente muito divertido o fato de ninguém fazer a menor ideia da cena insana que aconteceu a algumas estantes de distancia.

Olhei para Carmy, e pude notar que seus olhos exalavam um brilho de quem acabara de se satisfazer com algo que queria muito, e me permiti sorrir com aquilo.

_ Não esqueça o que me prometeu CupCake .. Que esta noite você não iria querer saber de outra coisa a não ser ficar comigo. – Saiu me deixando uma piscadela. Essa garota não tem jeito mesmo.

 

Todo o campus brilhava com os enfeites e luzes de natal, é um dos meus feriados preferidos e sendo assim, lógico que eu estava bastante animada. Ao contrario da aprendiz de Grinch que dividia o quarto comigo. A meu ver, ela tem lá suas razões pessoais e suspeito de que sejam familiares, para se manter com essa cara fechada nessa época. Eu queria fazer algo a respeito, porem minha namorada é teimosa e difícil .. Argh!!

_ É nosso primeiro natal juntas amor, vem comigo .. Vamos pra casa do meu pai, ele sabe cozinhar divinamente, ... lógico que contando com minha ajuda. Isso sem contar a velha receita da gemada da Vovó Hills, é bem forte pro meu gosto, mas acho que você iria gostar hahaha. – E além do mais, meu pai quer conhecer você é a oportunidade perfeita.

_ Seu pai sabe sobre mim?

_ Sabe, é claro que sabe. Bom, ele é um aposentado do exercito e bastante superprotetor.. Achei melhor omitir o fator “minha namorada é uma vampira” .. só pra garantir. Ele dorme com uma espingarda do lado.

_ Sabe que tiros de tal arma, nem de arma alguma iria me ferir fatalmente não sabe CupCake?

_ Ahh, que isso, eu sei. Só não quero fazer meu velho gastar munição à toa.

_ Engraçadinha!!

_ Nhaaaaaa, vaaaamos amooooor. Por favor! Desde a perda de minha mãe que passamos cada natal apenas eu e meu pai. Não que eu esteja reclamando, eu tenho uma relação ótima com ele e sempre passamos ótimos momentos juntos. Mas não vou ter um bom natal sabendo que vou estar lá, enquanto você estará aqui sozinha.

_ Não estarei sozinha, ... tenho meu O positivo, meus fones de ouvido e seu travesseiro de fronha amarela.

_ Affff, não poderia ser mais solitário.

_ Olha, você sabe tudo sobre Laurina e sobre o pai dela .. o tal Lord Hollis hahaha .. Entao, não quer saber mais sobre a Laura? E seu pai general aposentado ? Não quer saber mais do meu mundo? E conhecer a casa que cresci e passei maior parte da minha vida? .. Meu antigo quarto. – Eu sabia que havia vencido essa, só pelo jeito que ela bufou abaixando os ombros e revirando os olhos.

_ Ta boooom, vc me convenceu!! Odeio quando faz esses olhinhos de gato e essa voz melosa. Droga! Mas só por que fiquei curiosa quanto ao antigo quarto. Aposto que é todo rosinha, com ursinhos de pelúcia em cima da cama, acertei?

_ Não! Você errou. – Ela levantou uma sobrancelha me olhando. – Ah, ok .. acertou só um pouquinho. Ambas sorrimos.

                                                                          ...

 

Nossa viagem de trem até minha antiga casa foi tranquila, embora Carmilla reclamasse todo o tempo da velocidade do mesmo, alegou que eu estava levando bagagem demais para um fim de semana e do porque de ter que parar tanto de estação em estação. Por ela iriamos em sua moto. Íamos chegar mais rápido é verdade, porem General Hollis não iria gostar nadinha de me ver chegando na garupa da moto de uma garota com expressões rebeldes, bota e jaqueta de couro preta.

 

Meu pai nos recebeu com total empolgação, como eu haveria de esperar. Foi simpático com a Carmy, mas eu sabia que ela estava sob mira do radar dele. Para minha surpresa, ele me apresentou sua nova namorada e eu brinquei dizendo que ia ficar de olho nela, pra ver se era boa o bastante para o meu velho pai .. Um trocadilho na verdade, o alfinetando por sempre agir assim com meus relacionamentos. A verdade é que estou feliz por ver meu pai ficando menos solitário, e se permitindo estar com alguém novamente. Meu velho e antiquado pai, só permitiu que dormíssemos juntas em meu antigo quarto, se a Carmy dormisse em um colchão no chão e não na mesma cama que eu. Mal sabe ele que pulei pro seu lado assim q ele saiu fechando a porta.

_ Aff, meu velho tem que se mudar para o século 21, onde já se viu .. não querer que dormimos juntas.

_ Eu entendo ele CupCake .. ele é das antigas. É tradicional.

_ Huuum, às vezes eu esqueço que você veio de uma época onde mulheres mal podiam abrir a boca pra falar alguma coisa, sem a permissão dos machos.

_ Ahaam, e você reclamando do seu pai. Você acha que no fundo ele não sabe que iria acabar deitando no colchão comigo?

_ Verdade. - HAHAHA

_ Sabe CupCake .. estou um pouquinho decepcionada. Seu quarto de adolescência é menos frufru do que imaginei, não tenho como te zuar muito.
 

 Embora cansada da viagem, aquela noite passamos horas conversando até pegar no sono. Falamos sobre tantas coisas.

  O dia seguinte passou calmamente, a levei para conhecer lugares de que gosto na cidade, trocamos beijos no alto do velho farol que tinha a beira mar .. ela colocou seu casaco em mim pra me aquecer do frio. Conversamos sobre tanta coisa .. eu dava pulinhos sob os pés de tanta empolgação em tê-la ali comigo. Estava sendo um dia mágico. Voltamos do passeio a tempo de ajudar o meu pai a preparar o jantar .. Bom, eu ajudava a preparar, enquanto batia nas mãos da Carmy quando a pegava no flagra querendo beliscar algo que estava picando ou cozinhando sem minha permissão. Já estava quase tudo pronto, quando Carmy abriu o vinho, ajudou a namorada de meu pai a arrumou a mesa e acendeu a lareira. Éramos quatro sentados à mesa na humilde casa dos Hollis. Porem, e sensação acolhedora de lar abraçava cada célula do meu corpo. O calor humano e do fogo da lareira, o barulho da madeira estalando, a ótima refeição. Matar a saudade do meu querido pai, estar em casa .. ver fotos da minha mãe em cima dos móveis .. o cheirinho de infância que exalava do ambiente tão familiar. Carmy a meu lado segurando minha mão por baixo da mesa, tal como fizera com Laurina um dia. Meu pai estava feliz e bem. Nosso beijo embaixo do visco. Meu pai e Carmy conversando na sala e bebendo whisky, enquanto eu e namorada do meu pai nos conhecíamos e conversávamos lavando a louça na cozinha. Trocamos ligações em vídeo com LaFon e Perrie desejando feliz natal. Eu não poderia estar mais feliz e realizada neste momento.

Mais tarde, após trocar de roupa e vestir meu pijama, Carmy me aguardava na beirada da cama com um embrulho na mão. Ao me ver, sorriu e bateu sua mão a seu lado na cama me pedindo para sentar a seu lado.

_ Amor, com certeza ter deixado você me convencer de vir passar esse fim de semana com sua família foi uma ideia acertada. Eu não tinha um dia tão calmo e em paz a anos e anos. Eu gostava muito desta data antes, mais por causa do meu irmão Matty na verdade, sempre passávamos juntos bebendo alguma bebida alcoólica e conversando sobre a vida ou aprontando alguma.

_ Ele foi alguém muito importante pra você né Carmy? Eu sinto muito que o tenha perdido. Sinto muito mesmo.

_ Não sabe como sinto a falta dele. Ele sempre me entendeu, sempre tinha a coisa certa pra me aconselhar. Sabe, não pensou duas vezes antes de me apoiar com Laurina e ir contra a nossa mãe. Mas enfim, não vamos falar disso, porque esse fim de semana tem sido ótimo e não quero ficar deprimida. Essa noite me fez pensar .. Eu observei você com seu pai, e vejo o quão feliz você esta aqui... Ele é uma ótima pessoa, se preocupa com você e se orgulha muito também. Me fez pensar muito sobre o meu estilo de vida e a minha realidade e o quão envolvida você esta nessa loucura insana que envolve a mim. E o perigo que esta correndo. E o quanto tem a perder...

_ Não, não Carmy .. já sei onde você esta querendo chegar com esse papo. Nem vem com essa de querer me afastar por querer me proteger. E uma possível guerra pode acontecer, e seu mundo é insano e os humanos nem imaginam o que acontece bem debaixo dos narizes deles ... e bla bla bla .. Eu estou bem ciente de tudo. Mas seu mundo é meu mundo também não se esqueça disso. Não sabe que é justamente longe de você que eu me torno mais vulnerável? Essa é a primeira vez na vida que me sinto realmente feliz. Eu tive uma vida legal, apesar de coisas tristes acontecerem comigo e tudo .. normal a vida é assim. Mas sempre senti um vazio, uma inquietação, como se faltasse algo .. se eu precisasse de algo no qual até então nunca soube o que era. E no final, era meu lado de meus antepassados falando .. chamando por você, sentindo sua falta. Antes eu ficava confusa quando tinha aqueles sonhos com você, agora eu vou dormir torcendo pra ter algum, porque sei que são lembranças reprimidas e quero saber mais e mais sobre isso.

Ela abaixou o olhar dando um breve sorriso. Em seguida me olhou com certo brilho no olhar .. me ofereceu em pequeno embrulho que tinha nas mãos.

_ Ei sei que a troca de presentes acontece é amanhã de manhã, mas eu preciso muito ver sua reação ao abrir. Na verdade, quero saborear a sós o momento de lhe ver abrir.

_ Um presente para mim? Huum, quanto mistério.. Fiquei curiosa – Franzi o cenho olhando o bonito pacote que segurava em minhas mãos. Puxei o laço desfazendo o embrulho, tentando conter a empolgação que me envolvia. Abri a pequena caixa e meus olhos se arregalaram .. era um outro colar parecido com  meu colar preferido de gatinho preto. Desta vez era menor, mais delicado e sutil, com correntinha fina dourada e um pingente de uma pequena pantera negra. Era lindo .. sorri.

_ Não acredito amor, um outro colar? Simplesmente lindo, é perfeito. Com certeza meu segundo colar preferido. Muito obrigada. Você o coloca em mim? – Disse de forma animada, estendendo o colar aberto pra ela o fechar em torno de meu pescoço. Levantei tirando meu cabelo para o lado de frente ao espelho.

_ Bom, Laurina teve seu colar .. e ele foi passando por algumas mãos ao longo dos anos até voltar pra você, mas .. nada mais justo que Laura também ter um, ter o seu próprio. E mais moderno e repaginado.

_ É lindo ... Eu amei. – Falei a olhando através do espelho enquanto ela o colocava em mim. Roçava de leve os dedos na pele de minha nuca, deu um leve beijinho no lugar .. Fechei os olhos deixando o arrepio me percorrer. Ela me pegou pela cintura e me virou de frente para si, rostos a centímetros uma da outra. Tinha uma expressão de ansiedade como se relutasse em falar alguma coisa.

_ Que foi amor, quer me falar alguma coisa? – Toquei seu rosto com a palma de uma de minhas mãos, e ela levou uma das suas e a colocou sobre a minha.

_ Bom, já que não vou conseguir mesmo te convencer de que é melhor não estar perto de mim nessa possível briga de seres sobrenaturais que esta por vir ... Éeeh, você sabe, o ritual esta próximo e eu queria aproveitar esse tempo com você. O que acha de fazer uma viagem comigo, pra algum lugar .. qualquer lugar que você quiser, já que as férias chegaram?!

_ O que eu acho de fazer uma viagem com você? Pra qualquer lugar? ... Huuum (coloquei o indicador no queixo numa encenação pensativa) .. - Não gostei muito dessa ideia.

- Não?!

- Nãaaao! Na verdade eu AMEI a ideia bobinha!! – Falei de forma brincalhona distribuindo beijinhos por todo seu rosto fechando meus braços em volta de seu corpo.

_ Mas antes de discutirmos a ideia e possíveis lugares, também adiantarei a entrega de seu presente. – Lhe entreguei um embrulho grande, no qual ela ficou reclamando a viagem toda sobre o porquê do exagero do tamanho da sacola da bagagem para tão poucos dias fora. Ela olhou dele para mim e de mim pare ele sorrindo. Abriu, me olhou com olhinhos brilhando e me diverti muito com a cena.

_ Meu próprio travesseiro de fronha amarela? HAHAHA mas amor, você sabe que eu gosto de ficar roubando seu travesseiro por causa do seu cheirinho nele, portanto vou continuar roubando o seu.

_ Okêi, então esse travesseiro novo fica pra mim, e seu presente fica sendo o meu usado que esta lá na minha cama na faculdade .. já que ele tem sido mais seu do que meu, faz sentido.

_ Amei o presente Cupcake! Sabe o que mais gostei nele? (Não – Respondi. Ela usava seu tom de voz de provocação) - Bom, é que agora vão existir dois travesseiros com seu cheirinho delicioso pra eu usar.

_ Assim não vale ... sua engraçadinha. Por isso te dei um de presente, .. pra sobrar o outro pra mim, oras. – Cruzei os braços na frente do peito fazendo cara feia. Quando menos dei por mim, ela havia me jogado na cama ficando em cima do meu corpo passando a boca sonoramente por meu pescoço de forma que provocava cócegas, arrancando de mim altas risadas.

 

                                                                 ***

 

 

          Reitoria da faculdade Silas

_ Então diga-me meu filho, a sua irmã já esta mesmo junto de sua antiga amada reencarnada? – Perguntou Dean Karstein olhando o garoto por cima de seus óculos de leitura que tinha na ponta de seu nariz perfeito, enquanto lidava com uma papelada em sua mesa. Sentada majestosamente em sua poltrona, com as pernas cruzadas.

_ Sim mamãe, eu já suspeitava disso e agora enfim tive a confirmação depois que eu as vi trocando leves carícias num bar próximo ao campus, durante uma reunião de amigos. E se quer saber, elas pareciam bem íntimas a meus olhos. Tentaram ser sutis, mas eu notei – Soltou sua melhor expressão sínica no rosto, olhando a mãe com um leve sorrisinho de lado.

_ Carmilla nem suspeita de que sabemos sobre a existência de Laura? E de que agora temos a confirmação de que reatara o romance?

_ Não, ela não suspeita de nadinha. Estou me aproximando mais de pessoas que fazem parte do ciclo de amigos que cercam elas. A ruivinha no qual ela escolheu como vítima no ritual, me parece bem brava com todos eles e um pouco solitária por assim dizer .. quem sabe depois de encontrar um bonito rapaz, educado e disposto a lhe consolar, talvez ela acabe confiando o bastante pra confessar algo que não deveria sobre elas. Algo que podemos usar. Nunca se sabe. Eu já dei minha primeira cartada ... já estamos sendo amigos, vou dar um presente de natal a ela e a convidar para sair.

_ Huuum, jogada interessante meu filho. Gostei da iniciativa. Me mantenha informada. Carmilla pelo jeito esta jogando fora essa nova chance que dei a ela, de fazer parte desta família novamente. Vamos continuar com a encenação, deixaremos ela ficar pensando que está no controle da situação e que não sabemos de nada, até o momento em que enfim será castigada novamente .. de forma definitiva desta vez. Mas não antes é claro, de saber que a verdadeira vítima do ritual, será Laura. Pagará por essa segunda traição, vendo sua amada morrer novamente. Já eu, serei presenteada com a alma mais poderosa de todos os rituais que já fiz ... uma humana reencarnada, numa noite de lua de sangue. Vou ficar mais poderosa que nunca. – Soltou sua risada de bruxa má, acompanha do que mais parecia um relinchar de cavalo do que uma risada, de Willian.

_ Pensar nisso até me da paciência para irmos ao jantar com aqueles crápulas inúteis e aproveitadores do clã. Bajuladores baratos. Mas o que posso fazer se me divirto com o medo que eles sentem de mim. – HAHAHAHA – Mas antes meu filho, vá até ele e o alimente.

_ Ele? – perguntou Will ansiosamente com um brilho no olhar.

_ Sim, ... ele!!

                                   ...

 

Porão da sala de reuniões do clã.

_ Tome seu jantar! Trouxe um pouquinho a mais esta noite, pra não falar que não sou bonzinho às vezes. – Disse Willian oferecendo um pequeno copo cheio de sangue para um ser fraco e com vestes rasgadas, que se arrastou até pegar o copo o devorando até lamber cada gota. Praticamente limpando o copo inteiro.

_ Tenho uma novidade pra você .. estamos quase pegando ela de jeito. Tudo esta indo conforme planejado, e na hora certa .. na hora em que a mãe for tramar sua vingança, você estará lá para ver com seus próprios olhos, a queda de Carmilla.

_ SE ENCOSTAR UM SÓ DEDO NELA, EU JURO QUE VOU... – O ser caquético caiu enfraquecido ao chão, sem sequer poder terminar a frase. O sangue para sua alimentação era pouco, lhe era oferecido apenas em quantidade suficiente para lhe manter vivo, porem fraco e miseravelmente sedento.

_ VOCE VAI O QUE? Ham?? .. Hahahaha Ah, por favor não seja patético. Acha-se em condições de fazer ameaças? Não tem forças nem pra se manter de pé .. Não pode se soltar dessas correntes, quem dirá passar por essas grades. – Willian fechava elegantemente os botões do terno, falando com o ser moribundo em total tom superior.

_ É muito fácil dar um de valente, enquanto estou preso aqui, fraco. – Disse o prisioneiro fuzilando o outro com os olhos, de punhos cerrados.

_ Haaaa, tudo bem. Não vou perder meu tempo aqui com você. Tenho um jantar com minha mãe e os demais do clã. Depois termino com você .. porque a sua hora também chegará, depois de ver ela sofrer. – Willian saiu andando balançando-se contente em seus calcanhares. Suas visitas a área das prisões sempre acariciava seu ego. Parou na soleira da porta apenas para lançar seu ultimo desaforo provocativo.

_ Aliás .. Feliz Natal e tenha uma ótima noite, maninho Matty!!  


Notas Finais


Venham me contar o que acharam. Foi um cap que rolou bastante coisa de uma vez.


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