História Bloodied Bodies Second Season - Threat

Pov Amber

Já tinham se passado algumas semanas desde que eu fui embora da casa de Justin, o mesmo não parava de me ligar, por fim tive que trocar de número, não queria mais nenhum tipo de contato com ele.

Estava em uma cidade bem próxima á Atlanta, era o que o dinheiro de meus pais dava para pagar. Mesmo sabendo que estava próxima de mais, sentia que estava longe.

A casa em que eu estava era pequena, quatro cômodos apenas, mas estava bem instalada. Estava sentada no banco vendo alguma besteira na televisão, quando ouço baterem na porta.

Não tinha ninguém ali, ia fechar a porta, mas quando olho para baixo, vejo um bilhete caído. Resolvo o pegar, era um envelope.

Abro o mesmo e me assusto, eram fotografias, mas todas elas eram referentes a mim.

- Meu deus. – Ao passar a primeira foto, vejo uma foto de um quarto todo ensanguentado, ao passar para a outra foto, vejo o mesmo quarto, mas tinha duas pessoas ali. Eram meus pais. Eles estavam amarrados em uma cadeira.

Tinha uma foto minha totalmente assustada e ensanguentada, havia fotos minha e de Justin, fotos minhas quando fui estuprada e por fim havia uma foto de meus pais totalmente desmembrados.

Joguei aquelas fotos longe e pus a mão em minha boca, estava trêmula.

Não sabia quem tinha mandado aquilo, somente sei que rasguei todas aquelas fotos.

Não me lembro de alguém ter tirado aquelas fotos, a não ser o causador de tudo aquilo.

Algumas semanas depois...

- Vamos Amber. – Kate tinha me ligado, ela queria que eu fosse para Londres.

- Eu não posso Kate. Estou cansada de ficar indo para um lugar e outro.

- Mas quem sabe você não vem e fica.

- Vamos fazer assim, eu vou resolver algumas coisas aqui e quando der vou.

- Ah. – Ela bufou. – Tudo bem.

- Não fica triste Kate, daqui uns dias vou bater ai na porta de sua casa.

- Vou esperar. – Ri fraco. – Amiga vou desligar agora, meu boy me chama. – Ela riu.

- Tchau beijo.

Não queria ir para Londres, Mason ainda estava lá e corria um grande risco de nos vermos.

Continuei mexendo em meu celular quando vejo uma mensagem na caixa postal.

“Gosta de sangue? O que acha de provar um pouco do seu?”

Estava cansada dessas mensagens. Venho recebendo as mesmas desde aquele dia das fotos, isso já está me irritando pra caralho.

“Quem é você?”

“Sou aquela que irei fazer de sua vida um inferno”. “Ele está tão lindo, ele está comigo agora.”

“Ele quem?”

A pessoa demorou certo tempo para responder.

“Ele não era seu namorado? Então porque ele estás a me beijar?”

“O que você quer”

“Gostou das fotos? Bela recordação né?”

Não respondi pela primeira vez eu estava confusa, penso poderia ser Maya, mas como ela tinha me achado? Droga, eu só me ferro nesse caralho de vida.

- Maya? – Tinha batido na porta, e quando a abro, vejo Maya. – O que você está fazendo aqui? – Ela não respondeu, já foi entrando na casa sem ao menos pedir permissão.

- Vim ver como minha querida amiga está.

- Não veio somente para me ver. O que está fazendo aqui?

- Se lembra de um recado que eu lhe disse quando você tinha me pedido ajuda para encontrar algum arquivo de Jayden para você?

Flashback ON

- E o que queria falar comigo?

- Quero saber onde está Jayden?

- Por que quer saber sobre ele? – Maya perguntou.

- Quero saber onde ele está; tudo especificado. Vou atrás dele! 

- Eu te conto, mas quero algo em troca. – Ela disse divertida.

- O quê? – Eu estava curiosa, sim; precisa de alguma informação, nem que seja o mínimo, mas eu precisava.

- Eu lhe passo tudo o que eu sei sobre ele, mas em troca, quero que se afaste de Justin!

Flashback OF

- Sim, eu me lembro.

- Pois bem, eu tinha te pedido para você ficar bem longe de Justin, mas parece que você não ouviu muito bem, por que depois daquilo tudo o que você mais fez foi se aproximar dele.

- Eu não ia me afastar dele só por que você pediu.

- Te entendo, eu não era tão intimadora naquela época. Mas estou de volta e quero que desta vez você me obedeça. – Comecei a rir, Maya não me amedrontava mais.

- E por que devo obediência á você?

- Por que eu posso fazer coisas muito piores do que somente lhe ameaçar. – Ri novamente.

- Como o que?

- Como isso. – Em questão de segundos Maya pegou minha cabeça e a bateu fortemente contra a parede, fazendo-me ficar tonta.

 - Está maluca garota? – Gritei depois de um tempo.

- Eu estou te avisando. Fique longe dele.

- Como pode ver, não estou em Atlanta, estou morando sozinha e sem nenhum contato com o mesmo.

- Pelo visto matar seus pais fez muito bem á você.

- Não fale deles.

- Tudo bem. Mas foi muito bom mandar aquelas fotos para você. A sua reação foi a melhor.

- Como você conseguiu as fotos?

- Você não sabia? Jayden tem tudo gravado.

- Pera ai, Jayden gravou a morte de meus pais? – Perguntei. Não estava acreditando que aquele desgraçado tinha feito isso.

- Pensei que a filhinha dele sabia. Como está a vida morando sozinha? Deve ser horrível ter que falar com as paredes. Tá vendo como ninguém gosta de ti? Se tivesse alguém que realmente te amasse, estaria aqui com você. – Ela disse depois de um tempo.

Estava me estressando, só de olhar para o rosto dela já me dava raiva ainda mais ela dizendo uma barbaridade dessas.

- E você Maya? Onde estão seus pais? Pelo que eu saiba não é somente eu que não é amada por todos.

- Meus pais estão longe, mas eles estão vivos, diferente dos seus que agora estão sangrando no inferno. – Não me segurei, dei um tapa na cara dela, fazendo seu corpo se virar com o impacto. – Isso, me bate vadia, vem para cima de mim.

- Maya sai da minha casa. – Ela riu debochada e pegou sua bolsa.

- Você ainda me paga, vadia. Eu ainda vou voltar. – Ela sai batendo a porta logo em seguida.

Cansada, sento-me no sofá e passo minhas mãos em meu rosto.

Pov Justin

- Espero que dê certo. – Disse.

- Justin, você sabe que isso é perigoso. Você pode se ferrar por causa dela. – Ryan diz.

- Eu não ligo se não fizer isso, não vou ter sossego por um bom tempo.

- Tem certeza? Isso não é problema seu.

- A partir do momento que Amber entrou na minha vida, tudo virou problema meu.

- Está agindo como um idiota, cara.

- Pelo menos por uma vez, eu tenho que tentar fazer isso, por ela.

Estava louco, queria matar Jayden a qualquer custo. Ele vem me ameaçando, dizendo que se algo acontecer com sua filha ele vai acabar comigo, e tem o lance de que ele quer que eu trabalhe para ele. Eu nunca vou aceitar isso.

Desde que conheci Amber, ela tem o desejo de mata-lo, e por algum motivo estou me sentindo culpado por não ter feito o que ela pediu.

Acho que desde que ela foi embora estou me sentindo culpado por tudo, pelas coisas que eu fiz e as quais eu não fiz.

Posso arriscar a dizer que eu estou sentindo falta dela.

Porra, o que está acontecendo comigo?

Estou voltando a ser tudo o que eu era antes de conhecê-la.  Voltando as minhas origens, matando as pessoas sem piedade.

Estou estuprando garotas sem motivo nenhum, apenas por que sinto falta dela.

Sinto falta da presença da mesma. Do seu cheiro, de suas manias e do nosso sexo.

Isso pode parecer afeminado, nunca pensei em sentir algo por uma pessoa depois que Maya foi embora.

Mas parece que estou sentindo, e desta vez dez vezes mais forte.

Porém, ninguém nunca saberá que eu sinto algo por ela, esses sentimentos irão ficar apenas em minha memória.

- Se você o matar sabe que estará assinando seu velório né? – Ryan comentou.

- Eu sei de tudo isso.

Eu somente quero ver seu sorriso novamente e sentir seu abraço. – Pensei comigo a última frase.

Apesar de tudo quero correr esse risco, ela sempre se arriscou por mim, então qual problema de derramar sangue e algumas lágrimas por ela?