História Bloodied Bodies Second Season - Enjoy Your Ditch

Pov Amber

- Está falando sério? – Perguntei ao Justin. O mesmo estava parado em minha frente, não me pergunte como ele veio parar aqui.

- Sim. Vamos comigo. Eles não vão mais nos atormentar.

- E quanto a você?

- Eu o que? – Perguntou estranhando minha pergunta.

- Vai mudar diante a mim? Eu estou cansada, não quero me aventurar outra vez para depois vir correndo embora.

- Isso não vai acontecer mais princesa. – Justin se aproximou de mim e com seu polegar, acariciou minha bochecha.

- E quem me garante?

- Eu lhe garanto. Vou te proteger, prometo. – Ele se aproximou olhando diretamente em meus olhos. Sua boca levemente foi se encontrando com a minha, queria dizer que não, queria impedi-lo de fazer isso, mas eu não queria. Ele é meu ponto fraco, então recusá-lo seria perigo.

Sua língua passou pela minha e começamos um beijo calmo, onde matávamos toda a saudade que estávamos um do outro.

- Amber você não pode fazer isso, ele não é o Justin! – De repente escutei uma voz e me separei de Bieber rapidamente.

A imagem do Justin ainda estava ali, mas estava toda deformada, como se alguém tivesse dado diversas marteladas no mesmo. Ele estava horrível.

- Amo você...

Suada e completamente assustada eu acordei. Não tinha entendido muito bem o sonho, afinal de um tempo para cá tenho tido sonhos estranhos, impossíveis de se interpretar.

Levantei-me da cama e fui tomar um banho.

‘Acabe com ela, acabe com ela’.

Uma voz muito parecida com a de mamãe começou a invadir meus pensamentos.

‘Acabe, mate-a’.

Ouvi uns ruídos muito fortes, que me fez colocar a mão na cabeça instantaneamente.

- Mamãe?

‘Mate-a, mate-a’.

- Quem?

Sentei na privada, minha cabeça latejava, era uma dor quase impossível de aguentar.

‘Mate a loira’. ‘Faça escorrer sangue de seus olhos, mate-a’.

 - NÃO. Isso é... erra...errado.

Estava a ponto de bater com minha cabeça na pia, a dor era muito intensa e os ruídos eram frequentes.

‘Ela vai matar você, mate-a antes disso’.

- SAI DAQUI, SAI. – Me levantei, os barulhos estavam me enlouquecendo.

‘Sangue, mate-a, queime seus ossos, faça a vomitar seus próprios órgãos.’

Por impulso levei minha mão em direção ao grande espelho, o socando e o quebrando.

- Ai. – Pego um pedaço de papel higiênico e o pressiono sobre minha mão cortada. – Merda.

‘Mate-a ou eu a mato’.

- SAÍ DA MINHA CABEÇA NÃO AGUENTO MAIS. NÃO POSSO SUPORTAR VOCÊ FALANDO O QUE EU DEVO OU NÃO FAZER.

Como já tinha terminado meu banho, visto rapidamente minha roupa e vou até meu carro, saindo dali o mais rápido.

[...]

Eu queria correr, já fazia uns cinquenta minutos que tinha saído e não tinha nenhum lugar concreto para poder ir. Já tinha andado bastante, estava em Atlanta, como eu tinha dito, a cidade que eu estou é bem próxima, então em meia hora é o tempo de uma cidade e outra.

A voz de minha mãe ainda estava em minha cabeça, em um momento tive que parar o carro, pois a dor era constante e eu estava começando a ficar sufocada com aquilo.

Agora estou escutando alguns risos, como se eles estivessem bem longe, mas ás vezes eles se aproximam e minha cabeça começa a latejar.

‘Já disse para você mata-la’.

- Eu não vou matar ninguém, esqueceu que eu quero recomeçar, não quero voltar a ser quem eu fui ao passado.

‘Não importa, mate-a, coloque terras sobre sua cabeça, ela não teve piedade nenhuma quando lhe causou todo mal’.

 - Mas ela não merece não me faça perder o controle novamente. – A essa altura do campeonato, já tinha parado o carro em algum lugar, não me arriscaria dirigir com uma louca falando coisas em minha cabeça.

‘Faça isso por mim’.

‘Eles nos mataram’.

‘A mate assim como o fizeram conosco’.

‘Mate-a’.

‘Você tem um bom coração, ninguém vai julgá-la por isso. Eu lhe protejo’.

- Não. – E de repente tudo voltou. Os ruídos, as gritarias, e as vozes altas. Tudo misturado, se não estivesse em mim, até poderia dizer que fazia uma bela sintonia.

Com uma das mãos em minha cabeça, liguei o carro com a outra. Já estava decidida.

‘Sem pudor, sem amor’.

‘Sem alguma piedade’.

Meu cérebro estava se rompendo, se continuar assim por muito tempo, não vou aguentar.

Dei meu sorriso malicioso quando olhei para o retrovisor interno do carro. Meus olhos estavam em um castanho mais escuro. Aquilo tinha tomado conta de mim.

Estacionei meu carro de qualquer jeito assim que cheguei ao meu destino e imediatamente desci do carro.

- Você sabe... O que você está fazendo aqui? – Abri a porta e me deparei com Maya falando ao telefone, assim que me viu ela se assustou completamente.

- Com quem você está falando? – Perguntei chegando próximo á ela.

- Não lhe interessa, quero saber o que você está fazendo dentro da minha casa. – A vi desligando o celular.

A casa estava um silencio total, se escutava apenas o barulho do meu salto se chocando contra o chão. Também havia as vozes, mas ninguém sabia sobre elas.

Com rapidez e agilidade, segurei seu pescoço e o apertei.

- VOCÊ VAI ME DIZER COM QUEM VOCÊ ESTAVA FALANDO VADIA. – Apertei o seu pescoço, a mesma já estava ficando sem ar, pois ela tentava a todo custo retirar minhas mãos de seu pescoço.

- Ja... Jay...den. – Ela disse com dificuldade. A joguei brutalmente contra o sofá, fazendo a mesma bater as costas.

- Você acha mesmo que eu iria deixar você fazer gato e sapato comigo e iria deixar passar?

- O que... Do que você está falando?

- Maya, desde quando nos conhecemos? Há uns três anos, talvez? E desde que você chegou minha vida virou um inferno. E quando digo inferno é por que foi uma desgraça viver depois que eu te conheci.

- Por que você está falando isso agora? SAI DA MINHA CASA. – Ela tentou levantar, mas eu a empurrei, fazendo a mesma cair novamente no sofá.

- Eu não vou sair, fica quieta ai. – Ordenei. – Continuando... Desde que eu lhe conheci você só tem feito mal a mim. E eu sempre me perguntei por que. Só por que eu era uma vadia que o Justin tinha conseguido? Que eu me lembre você era a namorada dele. Você me odeia por que não o conseguiu de volta não é? Por isso colocou Dylan na minha vida.

- Dylan?

- Não se faça de boba, eu sei que foi você que mandou ele me estuprar, desde o primeiro momento você queria acabar comigo. Dos males o pior; depois disso quantas coisas terríveis você fez hm?

- Já disse para você sair da minha casa. – Ela disse me olhando com certo nojo. Dei um tapa em seu rosto.

- E eu já disse para você calar a boca. Escuta-me. – A ouvi sussurrar “vadia”, mas não me importei.

Virei-me de costas, quando escutei novamente as vozes. Elas pareciam estar brigando, era horrível.

De repente sinto minha cabeça ser batida contra a parede. Maya tinha se levantado.

- VOCÊ É UMA VADIA. – Ela gritou. Por algum milagre, consegui desviar da mesma e a empurrei, fazendo cair e eu cair em cima dela.

Começamos uma briguinha ali, por um momento ela tinha conseguido ficar por cima, recebi alguns tapas dolorosos, mas minha vontade de acabar com essa vadia era muita.

Ela tentava me arranhar, mas eu tinha subido em cima dela e tinha conseguido imobilizar a mesma.

Maya tentava se soltar de todos os jeitos, enxerguei uma jarra de vidro e peguei a mesma jogando fortemente na cabeça da loira que estava sobre mim. Vi que ela estava quase se rendendo, então bati fortemente sua cabeça no chão até ver a mesma inconsciente.

[...]

Pov Maya

Comecei a abrir os olhos devagar, minha cabeça estava latejando muito, era como se estivesse derrubado milhares de pedras sob a mesma.

Assustei-me quando caiu alguma coisa sobre meus olhos, estava um cheiro terrível, comecei a tossir instantaneamente. Ao olhar para os lados, vejo que estou coberta de terra, estava em um buraco fundo, com os braços amarrados. Comecei a gritar alto e consequentemente comecei a chorar.

De repente vejo a sobra de alguém e logo vejo o rosto de Amber.

- Gostou da sua nova casa? – Ela perguntou seriamente, senti que havia um pouco de ironia em sua voz. Estava á noite, mas mesmo assim pude ver o quanto seus olhos estavam mais escuros. – Eu vou acabar com você. – A mesma tirou uma arma de seu bolso e apontou em minha direção.

Agora eu senti um medo do qual eu nunca havia sentido antes. Amber estava ali, ela estava por cima agora, sentia que ela iria se vingar de tudo o que eu já tinha feito á ela naquele momento, ela tinha me jogado em uma cova, meu corpo estava coberto pela terra, se eu não tivesse acordado provavelmente ela iria me enterrar viva.

- NÃO. – Gritei quando a ouvi destravar a arma. Estava desesperada, não tinha para onde eu correr.

Amber começou a rir, um riso que eu conhecia bem.

- Lhe assustei né? Isso é para você aprender a não mexer mais comigo. Garota você não me conhece.

- SUA MALUCA. – Tirei coragem e gritei. Como resposta, recebi um cuspe dela em meu rosto.

- Já era para eu ter feito isso á tempos, mas não, deixei com que você pisoteasse mais em mim, deixei com que você acabasse com a vida de MEU FILHO. – Ela pegou a pá e jogou mais terra em cima de mim, tossi novamente, pois havia entrado um pouco em minha boca. – Como você pode ser tão cruel em Maya? Isso tudo foi por conta do Justin? Aquele miserável? EU TE ODEIO FILHA DA PUTA, TE ODEIO. – Fechei os olhos e urrei quando ela atirou em mim. O tiro havia pegado em minha coxa. Gritei de dor. – Eu devia te matar, eu vou te matar, mas hoje eu quero que você sinta tudo o que eu senti, pois dizem que a morte é rápida não? E tudo o que eu menos quero é que seu sofrimento seja rápido.

Ela cuspia as palavras, seu olhar estava sob mim com um tom que eu nunca tinha visto. Ela estava fulminando de raiva e eu estava com medo daquela Amber.

- Você mandou me estuprar, me separou de Justin, me fez conhecer Jayden, me entregou á polícia, quis me matar e matou meu filho... Quantas vezes eu fui idiota hein? Deixei com que você se aproveitasse de mim... – Ela deu a volta na cova.

Eu chorava; a dor por todo meu corpo era insuportável, estava perdendo muito sangue.

- Eu vou te dar duas opções, ou você some da minha vida ou eu te enterro aqui e agora. Faço do mesmo jeito que você fez com meu filho. Lhe corto até não sobrar mais nenhum sangue que escorra de você. – Ela pegou a arma novamente.

- ME SOLTA, POR FAVOR. EU FAÇO O QUE VOCÊ QUISER.

- Eu posso até lhe soltar, mas você não vai contar nada á polícia e nem para ninguém. Está me ouvindo? – Ela deu um tiro para o alto. – ESTÁ ME OUVINDO PORRA? – Assenti com a cabeça. – Muito bem, pois se eu ouvir, se eu souber que você fez isso eu lhe mato desgraçada, ai sim eu não vou ter dó nenhuma de você. Peça-me perdão. – Ela disse depois de um tempo.

- O que?

- ME PEÇA PERDÃO OU EU ATIRO. ANDA.

- Per...perdão. – Estava me rendendo, não tinha mais forças, engoli meu orgulho e fiz o que ela me mandou, afinal não tenho nada a perder.

- Isso daqui é pelo meu filho. – Ela atirou em meu braço. Outro urro foi escutado, ela estava acabando comigo. – E isso daqui é por tudo que você fez comigo.

Amber pegou novamente a pá e começou a jogar terra sobre mim, fechei imediatamente meus olhos. A raiva estava crescendo, mas a dor ainda prevalecia. 

- O seu maior castigo vai ser você conseguir sair dai e chegar em casa. Realmente espero que você não sobreviva.

Meu rosto já estava todo tampado, mas eu consegui arrastar a terra para poder respirar.

- Aproveite a chance que eu estou te dando, pois se depender de mim, você não permanecerá viva por muito tempo. Até mais, vadia. – Senti passos se afastando e lá estava eu, sozinha em um lugar totalmente escuro. Comecei a gritar quando não escutei mais seus passos.

A dor estava constante, meu corpo estava todo ferido, estava sem forças, escutei um barulho estranho e logo tudo foi ficando escuro até que eu apaguei completamente. 

“Antes de embarcar numa jornada de vingança, cave duas sepulturas.”

Confúncio