História Bloodied Bodies Second Season - Fire

Pov Amber

Nem sei se o que estou vivendo pode se chamar de vida. O desgraçado do Jayden conseguiu acabar com minha vida, tudo o que eu mais queria era que ele estivesse em meu lugar.

- Srt. Amber seu pai veio te visitar, venha. – A enfermeira entrou no quarto. Ela se assustou com a quantidade de sangue esparramado por minha roupa. – O que houve aqui?

- Nada, apenas me cortei com o vaso. – Apontei para um vaso destruído que estava em um canto do quarto. – Diga á ele que não quero vê-lo.

- Já fazem meses que está aqui e até agora não aprendeu que aqui você não manda, somente obedece?!

- Foda-se essa porra. Eu não vou. – Neguei, não quero ver a cara idiota daquele desgraçado.

Surpreendi-me quando a pequena enfermeira segurou fortemente meus braços e começou a me arrastar.

- Me solte sua louca.

Ela não respondeu, também não tentei me soltar, pois sabia que se fizesse isso viria um castigo bem pior do que falar com aquele velho e eu já estava cansada de penitencias.

A enfermeira somente me soltou quando chegamos em uma sala, própria para visitas, ela era toda fechada, contendo somente uma pequena janela no alto, aquilo me dava enjoos, odeio ficar em lugares muito abafados.

- Daqui a pouco eu volto para ver como está se comportando. – Avisou a loira e em seguida saiu da sala.

- O que faz parada ai? Sente-se eu não mordo. – Caminhei em passos lentos até me sentar em uma cadeira de frente á Jayden.

- O que veio fazer aqui? – Não conseguia olhá-lo, permaneci de cabeça baixa.

- Vocês acharam mesmo que eu não ia descobrir?

- Sobre o que você está falando?

- Estou falando sobre as conversas que você andava tendo com Justin.

Assim que Jayden disse o nome dele, eu me ergui para encará-lo. O mesmo deu uma risada forçada.

- Eu não tenho falado com ninguém. – Engoli seco, meu olhar agora estava voltado para os meus dedos.

- Não se faça de tonta. Eu sei do plano tosco de vocês. – Seu tom de voz era forte, como se estivesse com raiva. – Sei que ele estava doido para te tirar daqui.

- Estava?

- Justin está morto Amber.

Minhas mãos gelaram e meu coração começou a disparar.

- O que, como assim?

- Eu disse á ele para manter-se longe de tudo que estava relacionado á você, mas Bieber gostava do perigo.

- NÃO, VOCÊ NÃO FEZ ISSO SEU FILHO DA... – Fui interrompida por um tapa na cara.

- Amber, apenas quero que saiba que eu sei de tudo o que você faz, cada passo que você dá eu estou te observando, tome cuidado da próxima vez, baby. – Ele se levantou e depositou um beijo em meu rosto. – Espero que fique bem, tome cuidado querida.  – escutei o barulho da porta fechada.

Esfregava meu rosto a fim de secar minhas lágrimas, mas elas só aumentavam.

Não podia acreditar que Justin tinha morrido, eu falei com ele ao telefone á três dias.

FlashBack On

- Cinco dias e você estará livre dai. – senti que ele sorriu.

- Mal posso esperar tudo isso está uma merda. – Estava feliz, falar com ele me deixava feliz. – Eu preciso tanto de você.

- Espere e você estará em meus braços novamente. Não vou deixar que ninguém te tire de mim.

- Mas como você vai invadir essa clínica? Aqui é cercado de guardas e câmeras? – Falava baixo, quase sussurrando, se alguém escutar eu falando isso o plano de Jus ia por água á baixo.

- Não se preocupe, fique no seu quarto, não importa o que aconteça, não saia. Preciso de você dentro dele.

- Tudo bem. – Olhei ao redor e a enfermeira estava vindo. – Justin irei desligar tem gente vindo.

- Eu te amo e não se esqueça em cinco dias estarei ai para lhe buscar. – A linha ficou muda assim que ele terminou sua frase.

FlashBack Off

- Vamos mocinha. – Não me movi um palmo. Senti a enfermeira me levantar e me guiar, estava atordoada com isso tudo.

- Acabou tudo... – Repetia para mim mesma. Deitei na cama e ali fiquei o resto do dia.

No dia seguinte...

Já estava á noite, fiquei o dia inteiro fazendo desenhos na parede e brigando com as enfermeiras.

Estava tudo calmo quando de repente começa uma gritaria, levanto rapidamente da cama e vou até a pequena janelinha que tem nas portas dos quartos.

- FOGO, TA PEGANDO FOGO! – Escutei alguém gritar.

Pela janela eu via alguma das pacientes correndo, e as enfermeiras tentando acalmar.

Fui tentar abrir a porta, mas ela é trancada por fora e ninguém me ouvia estava um caos.

Estava começando a ficar com medo, estou presa dentro do quarto, sem saber o que está acontecendo, isso é apavorador.

Senti um calor de repente e o ar parecia que havia sumido.

- CORRAM, ESTÁ TUDO EM CHAMAS!

Eu comecei a bater na porta desesperadamente, esperando alguém vir abrir a porta, mas ninguém me escutava.

Estava com bastante dificuldade para respirar. Procurando por algum pano, encontrei o travesseiro que eu durmo, corri até ele e tirei sua fronha, colocando sobre meu nariz.

Escutei o barulho de uma explosão, corri até o canto do quarto e fiquei encolhida ali, não tinha nada para fazer, já estava sem voz, de tanto que pedi para abrirem a merda da porta.

Mais um estrondo aconteceu, mas desta vez foi uma parede que foi arrebentada, a parede do meu quarto.

Levantei-me depressa, a poeira estava me impedindo de enxergar quem estava ali.

- Amber você está ai?

- Quem está falando? – Tirei o pano da boca para falar. – O que você faz aqui?

A poeira desapareceu e assim pude enxergar quem estava ali, era Maya. Mas o que ela estava fazendo aqui?

- Hoje é seu dia de sorte garotinha, vem comigo. – Ela começou a me puxar.

- Onde você está me levando? – Comecei a tossir novamente.

- Consegue correr? – Assenti. – Então comece a correr rápido.

Saímos pela parede que Maya abriu, assim que fomos para a parte de fora da clínica, pude ver o quanto aquilo estava grave. Havia pessoas correndo, chorando e entrando no meio do fogo.

- Ai chega, eu não aguento mais. – Disse sem fôlego para Maya, já estávamos longe o suficiente. Buscava pelo ar, mas ele estava em falta, a fumaça ainda estava forte mesmo estando longe do fogo.

- Vai explodir em 10... – Olhei para Maya e vi que ela estava com um sorriso fraco e vitorioso. – 7... 6... 5...... 3... 2...1...0

A grande estrutura explodiu, o barulho foi alto, o estrondo foi forte, se estivéssemos um pouco mais perto seríamos atingidas, com certeza.

Depois de ficar um tempo calada, tentando me recuperar do que acabou de acontecer, percebi com quem eu estava.

- Por que fez isso? – Me virei e comecei a encará-la.

- De nada por salvar a sua vida.

- Obrigada, agora responda-me.

- Vamos sair daqui, é perigoso, o carro está ali na frente. – Ela me ajudou a levantar e saiu andando, á acompanhei.

- Não vai me dizer? – Insisti.

- Espere e verá. – Encontramos o carro, entramos nele e logo Maya deu partida, saindo dali.

Estava tudo confuso, Maya tinha salvado minha vida, mas por que ela fez isso sendo que a mesma me odeia?

- Chegamos. – Ela disse depois de uns 20 min dirigindo.

Era uma casinha pequena de madeira, estávamos no meio do nada.

- Entre ai e terá sua resposta. – A olhei desconfiada. – Eu sei que você está achando isso muito suspeito, mas confie em mim.

- Por que fez isso? – Ela apenas fez um gesto com a mão dizendo para eu entrar.

Até que parei e olhei para mim. Estava com o vestido da clínica, eu com certeza não estava com um cheiro muito agradável, mas decidir entrar mesmo assim.

Pensei em bater, mas a curiosidade foi muita, abri a porta e me deparei com uma coisa muito assustadora e estranha.

“Entre ai e terá a sua resposta”, essa frase nunca me pareceu tão perturbadora como agora.

Ilusão é uma confusão, transtorno e, desequilíbrio mental.

Sérgio Cancioneiro