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História Bloody Love - Season 2 - Capítulo 9


Escrita por: undercvr

Notas do Autor


xoxo.

Capítulo 9 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Bloody Love - Season 2 - Capítulo 9

A voz de Adam ecoava na minha cabeça, se repetindo várias vezes. Meu cérebro parecia não juntar tudo isso. Era ele mesmo, na minha frente, sem nenhum machucado ou sangue, sem nenhum mísero arranhão. E o mais inacreditável; seu coração ainda estava batendo.

- Isso é impossível. -falo, tentando não gaguejar de alguma forma. Ele dá um passo em minha direção também analisando.

- Percebo que você já está bem acostumada com esse século. -Adam comenta, observando minha roupa. - Ainda não estou totalmente seguro com o que visto, espero que esteja certo. -ele dá um pequena risada, causando algum tipo de tremor no meu corpo.

- Como você consegue ficar comentando sobre roupas ou século? -pergunto, seus olhos agora prestavam atenção nos meus. - Adam, como você está vivo? -sou direta, fazendo seu sorriso se desmanchar. 

- Eu não sei, Maya. -ele responde com o tom de voz mais calmo do mundo, como se no fundo para ele também fosse inacreditável.

- Como não sabe? Você simplesmente voltou a vida, assim? Do nada? -questiono, agora sou em quem me aproximo. Checo novamente se ele possuia alguma marca ou machucado.

- Maya, como pode se preocupar com como eu voltei? -ele pergunta, dessa vez sua aproximação é mais íntima. - Não entende? Eu estou aqui agora. Podemos voltar a viver nossas vidas. Nossa vida juntos. -dou um passo para trás com a ultima frase, sinto por um segundo meu cérebro chacoalhar. Os anos parecem passar na minha frente como em um flash.

- Adam.. -tento falar algo, mas de alguma maneira não consigo dizer mais nada. Apenas encaro-o. Não podia ser real. É impossível que isso seja real, em qualquer circunstância. Ele era humano, morreu humano. Humanos não voltam a vida. Nunca.

- Maya. -ele diz, o sotaque presente em sua voz grave. - Pare de pensar. -observo seu rosto. Idêntico ao de séculos atrás. Consigo sentir seu cheiro. Ele junta seu corpo no meu, apenas observando meus olhos. Suas mão estavam firmes, sua boca estava em uma linha reta. Quando penso que Adam vai me beijar, ele apenas beija o topo da minha cabeça.

- Adam, eu preciso saber como. -pergunto persistente, tentando não resistir a tudo aquilo. A ele. O mesmo se afasta de mim suspirando.

- Eu não faço ideia! Eu acordei há um tempo atrás em um tipo de chalé perto da floresta. Durante dias pensei que estava alucinando, que também não era possível. Porém fui ao centro da cidade e alguns homens me acharam e me levaram até algum tipo de casarão. Uma mulher explicou que tinha me trazido de volta a vida, me deu dinheiro e um.. apartamento? Acho que este é o nome. Acho que me fizeram esquecer porque não me lembro de nada. Tudo que me lembro é de ter chegado nesse apartamento no centro sem saber o que fazer. Desde então tenho tentado te achar, se estava viva ou saber onde você morava. Então esses dias me mandaram uma carta com seu endereço, porém achei que era mentira e fui checar. Foi então que te vi perto da floresta. Vi que era você. -ele me olha, os olhos com um certo brilho. - Percebi que estavas viva, Maya. -engulo a seco ao sentir sua mão segurar a minha. 

- Não é possível, Adam. Humanos não voltam a vida. -falo, tentando explicá-lo, ou me auto convencer. - Você ainda é humano, certo? -pergunto, erguendo uma sobrancelha.

- Até onde eu sei, sim. -responde, um sorriso de canto se forma. - Maya, impossível ou possível, alguém conseguiu fazer isso. Não importa! Eu estou aqui. -minha mente estava prestes a explodir. Ele olha para baixo, e então que lembro que Lucy ainda estava "desmaiada" no chão.

- Melhor conversamos em outro lugar antes que ela acorde. -digo me referindo á Lucy.

- Essa é a sua irmã, certo? -pergunta Adam, analisando a garota caída no chão. - Foi ela que me matou, não foi?! Eu me lembro de muito pouco, porém me lembro do rosto dela, principalmente porque é exatamente igual ao seu. -diz ele. Deixo uma pequena risada escapar. Fazia tanto tempo que já havia se tornado quase engraçado.

- Realmente precisamos conversar. -falo, então segurando sua mão e levando-o á um lugar longe dali.

[...]

 

Havia achado um restaurante quase vazio perto do Brooklyn. Adam estava analisando o cardápio, realmente interessado em comer algo. Tudo que eu queria eram respostas.

- O que inventaram na culinária ultimamente? -ele pergunta quando a garçonete anota o seu pedido e se retira da mesa. - Nesses ultimos dias que tenho andando por aí, percebi que mudaram muitas coisas. Coisas até demais. E que o valor do dinheiro ficou mais caro, sem dúvida. -Adam dialoga. Ainda não havia me acostumado.

- Muitas coisas mudaram desde que você morreu, Adam. -falo, minha voz não expressava nenhum sentimento reconhecível. Não sabia o que devia sentir agora.

- O que, por exemplo? -ele pergunta me encarando, os braços sobre a mesa.

- A música. -respondo, evitando falar a verdade. Vejo Adam fingir estar surpreso.

- Minha querida Maya, a música sempre muda. -fala ele - Você também mudou. -fico sem saber o que responder.

- Eu mudei.. muito. -concordo, tomando coragem para fitá-lo. - Mudei depois que você morreu, pois Safira "morreu" também. -falo, minha voz havia saído mais fria do que eu imaginava. Adam arregala os olhos e percebo ele perder o ar.

- Safira e-está.. meu Deus. -ele fica chocado, e percebo que suas mãos estavam trêmulas. Seguro sua mão, olhando diretamente para ele.

- Adam, Safira não morreu de verdade. -explico, me sentindo um pouco culpada por tê-lo falado daquela maneira. - Lucy a tomou de mim, porém pensei que ela tinha a matado. Mas não. Ela sobreviveu ao tempo. Safira está viva e está comigo. -sinto ele suspirar de alívio, passando a mão pelos cabelos e então, fechando os olhos. - Quando a recuperei, foi quando mudei novamente. Estou diferente, Adam. De alguma forma, estou um pouco mais parecida com a Maya que você já conheceu.

- Céus, Maya. Você quer que eu morra duas vezes? -Adam pergunta já mais calmo. - Como Safira está?! -pergunta curioso.

- Ela é linda. -falo com um pequeno sorriso de orgulho. - Já tem quase 12 anos agora, cresceu bastante. É muito inteligênte.

- Quanto tempo faz que você a recuperou? -confuso, tenho que explicar a Adam tudo o que aconteceu com Safira e quanto tempo estou com ela. Explico que venho treinando-a e que tinha dito á ela sobre os vampiros. Quando percebo, Adam já havia terminado de comer sua comida. Ele paga a conta e então, saímos do restaurante.

- E quanto a você? -pergunta-me Adam, do lado de fora.

- Passei séculos odiando minha irmã por ter te matado e levado Safira, ainda não gosto dela. Porém.. ela salvou minha vida. Me deu parte do poder de bruxa dela, que me salvou da morte. Por possuir três traços sobrenaturais: vampira, lobisomen e agora bruxa, querem me matar e declararam guerra contra mim. -tento explicar de forma resumida.

- Pelo que notei, o mundo sobrenatural não tem pegado leve desde que morri também. -comenta Adam, e então volta a olhar para mim. - Maya.. por não ser bobo, sei que não passou esse tempo todo sem se envolver com nenhuma outra pessoa.. -ele começa a falar o que eu mais temia. - Sei que parece ser mais fácil pra mim falar isso, mas quero que saiba que eu ainda a amo. Que depois de todos os séculos, o tempo não mudou meus sentimentos por você desde que voltei a vida. Por mais que, o nosso casamento tenha acabado assim que eu morri, ainda sinto a mesma coisa. Eu te amo, Maya. Estou disposto a amá-la até que eu morra novamente. -Adam fala, declarando-se enquanto mantém seus olhos presos a mim, fazendo-me ficar sem nenhuma reação. Aparentemente, ele havia conseguido fazer isso várias vezes durante o dia. - Porém, de nada adianta se seu coração não pertencer mais ao meu. Entendo que os anos passam, e que o seu amor agora seja de outra pessoa. A pergunta é: você está envolvida agora com alguém? Provavelmente deve ter se apaixonado durante os séculos, mas você ama outra pessoa agora? -ele me pergunta, em seguida segurando minha mão esperando minha resposta. 

Seu olhar exigia honestidade, suplicava que eu dissesse a verdade. Mesmo que a verdade fosse que sim, eu amava outra pessoa. E que sim, eu havia me apaixonado durante os séculos. Que meu coração agora era de Jake. Porém não podia dizer isso a ele.

Se eu contasse a verdade, ele poderia se afastar e então, eu nunca possa descobrir o que aconteceu. Ele poderia contar a verdade, mas tinha algo muito errado por trás disso. Por trás da volta de Adam. Isso não existe. Por que Adam? Por que mandar ele atrás de mim? Por que apagar suas memórias? Como descobriram que ele procuraria por mim? Tudo era suspeito demais para ser apenas um feliz acontecimento do destino. Isso não era destino, era magia.

Então engulo a seco e minto. Por um segundo, esqueço de meus sentimentos por Jake e do gosto dos seus beijos, seu aroma e o jeito que eu reagia ao seu toque. Esqueço que no momento meu coração é de Jake, e volto à séculos atrás, no meio da caminhada pela floresta quando Adam ainda era vivo. Que ainda era meu marido. Quando eu ainda o amava.

- Eu te amo, Adam. -digo, com o tom mais verdadeiro que consigo enquanto aliso seu rosto. No fundo, sabia que o brilho no olhar no olhar dele não era de mentira como o meu era. No fundo, sabia que era errado fazer isso com uma pessoa que me amava e que eu já amei. Porém, decido virar a Maya antiga naquela situação. E então quando percebo, me aproximo dele e o beijo. Não ligando, ou pelo menos fingindo não ligar que fazer aquilo ainda ia acabar mal. Escondendo a minha fraqueza de só conseguir pensar naquele momento como Jake iria me perdoar se descobrisse.



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