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História Bloody School Of Fate - É fogo que arde


Escrita por: Chocoleto

Notas do Autor


Heitaa! Mais um capitulo comcluidooo! Yai!
Eu iria postar ontem, mais a intermete deu um jeito de falecer e cagar com o meu entusiasmo.. Então cá estou eu.
Já pra quem ainda tá voando no sistema de postagens, eu posto um capitulo por semana, sendo os dias de domingo ou Quarta os escolhidos!

Capítulo 6 - É fogo que arde


Fanfic / Fanfiction Bloody School Of Fate - É fogo que arde

Continuávamos a nos encarar surpresos demais para falar quando eu finalmente senti que o que estávamos fazendo, não nos levaria a lugar nenhum. Simples, eu era péssima demais com mimica para dar sentido aos movimentos e ainda tinha a coisa da observação visual e da qual eu tinha a certeza que poderia observa-lo durante uma vida inteira e não sentir incômodo sobre isso. 

           Ele era lindo como um modelo e nem a mascara escura que moldava seu rosto dourado conseguia esconder isso. Possuía altas maçãs do rosto e muito bem delineadas, próximas de seus brilhantes e contrastantes olhos verdes que eram emoldurados por  longos cílios espessos que acentuavam seu olhar felino e observador. Era alto pelo que eu podia ver ao observar seus joelhos quase alcançando a parte inferior da mesa e ainda tinha ombros largos e braços bem modelados e sobressalentes que conseguiam trespassar sobre o tecido negro cintilante de sua camisa social de mangas. E eu ainda conseguia pressentir que ele tinha muito mais detalhes escondidos por baixo dela. Meu rosto queimou com outro tipo de emoção a pensar nisso e tentei migrar meu olhar contemplativo de seu corpo incrível para os seus olhos verdes quase ofuscantes, ainda firmes sobre mim. Tentando de alguma forma imaginar o que eu havia feito para ter invadido o seu esconderijo secreto. Algo nem um pouco digno alguns pensariam, mas para mim era digno o suficiente para sustentar altas risadas em meus momentos íntimos e com o meu pequeno diário rosa em mãos.

--- E en-então? Tudo numa boa? --- Consegui dizer quando minha língua descongelou e notei um certo grau de vida e movimento no garoto a minha frente, entendendo a situação e rindo constrangido. Suas mãos vagando-se de seu ombro para arrumar os cabelos já perfeitos e brilhantes para traz. Em alguma forma de expandir sua visão sobre mim.

--- Desculpe por isso... Não estou acostumado a ser surpreendido.

--- Entendo seu ponto de vista --- Sorri ao constatar que eu fora muito mais do que surpreendida por ele --- Agora me diga: Por que esta se escondendo de uma festa tão cara e maravilhosa lá fora?

        Perguntei absurdamente curiosa. Ele era espetacular em todos os sentidos para se divertir em abundância naquele salão. Com moças extravagantes que se embrenhariam, sedentas por sua atenção e até alguns garotos que eu tenho certeza que não poderiam competir com ele.

         Ele sorrio abertamente, seus caninos destacando-se em sua perfeita harmonia felina e notei como eu deveria ter soado curiosa e ate muito mais do que  interessada em sua falta de companhia a poucos minutos atraz. Não era difícil notar um olhar apreciativo inundar seu olhar e um sorriso desafiante  se deixar deslizar no canto de sua boca.

--- Eu gostaria de saber o mesmo.. --- Disse observando-me entrigado

--- Alguns casos desventurados eu diria, mas você não respondeu a minha pergunta.

--- Eu sou o Ad... --- Começou a dizer

--- O namorado da Chlóe --- Cortei-o de súbito. Reconhecendo o desenho de seus olhos únicos e felinos, refletidos superficialmente na escultura idiota de cristal. Era difícil acreditar que o primeiro cara bonito e interessante que eu encontrava na vida, conseguisse ter um relacionamento com a Chlóe; o demônio negro da minha vida adolescente e a pior desgraça que podia ter acontecido na minha vida. Embora eu acredite que isto era só um eufemismo do ano ao sentimento de perda e desilusão que começava a me assombrar somente pela simples troca de olhares.

      --- Não! --- Exclamou sobressaltado, causando um pequeno alvoroço em nosso esconderijo improvisado, que se sacudiu com a sua cabeçada no teto. O que eu imaginava que poderia acontecer a qualquer momento. Seu alarme de confusão causando uma resposta instantânea, um pouco abafada pela distância mais muito bem audível de onde estávamos.

         “Hey! Eu ouvi você! onde você está?”

        A voz da Chlóe era tudo menos delicada naquele momento e embora estivéssemos muito bem escondidos de seu olhar de falcão sedento eu ainda conseguia sentir a raiva se apossar de sua conduta respeitável ao não encontrar o que procurava a sua frente. Simplesmente ao constatar seus saltos salpicando o piso de tecidos como em um ritmo de bateria descompassado e tornando-se cada vez mais nítidos e intimidadores.

--- Não, eu não sou o..

      Um baque de saltos e uma parada bem em frente ao nosso esconderijo clandestino me acordou como se eu estivesse eletrocutada, e acabei por saltar de encontro a sua boca --- Tapando-a com ambas as mãos e observando temerosa os saltos rosa choking de Chlóe em frente a pequena fresta do tecido da mesa.

       Alguns outros passos se seguiram e uma outra voz surgi-o:

--- Senhorita Chlóe o jovem Agreste ainda não chegou ao evento.

       Curiosa sobre de quem pertencia a segunda voz musical e melodiosa, me atrevi a abrir uma pequena fenda sobre os lenções que cobriam nossos rostos e observei uma garota de cabelos longos avermelhados e trajada com um smoking masculino. Os olhos azuis fascinantes e tão brilhantes quando uma gota d’agua que por hora eram emoldurados por uma mascara negra de couro. De pele clara de porcelana e lábios rosados e carnudos.

        Ela devia ser algum mordomo particular da Chlóe --- uma offici Girl bonita de mais para não ser exibida como um trófel de mérito a honra pela filhinha mimada do prefeito. Quase tive pena dela quando por um longo instante, senti seus olhares cintilantes deslizarem em minha direção. Fascinada e assombrada por encontrar uma “mocinha” de baixo de uma mesa de sobremesas.

         Sussurrei um “shhh” e observei um leve sorriso se formar em seu rosto cumplice e um leve e imperceptível aceno de cabeça antes dela dizer:

--- Vamos lá senhorita. Tens que por um vestido limpo pra já. --- Percebendo os olhares furtivos de Chlóe pela multidão ela prosseguiu exaurida --- O jovem Agreste não ira se agradar por vê-la neste estado...

        E que estado..! Quis dizer quando segurei um riso ao observar a minha obra prima de minutos atrás. O garoto ao meu lado dando um solavanco para olhar também e escondendo um “oh”  em meio a olhos arregalados.

--- Eu não tô acreditando nisso! --- Chloé pestanejou irritada, as mãos apertadas em torno do vestido arruinado --- Ele estava aqui. Estava sim!

--- Sim, sim.. --- A garota de cabelos vermelhos seguiu a empurrar os ombros de Chlóe e vendo-me por uma ultima vez, me relanceou uma piscadela.

--- Ohw! Nath! Eu vou matar a Marinete! Aquela peste! Arruinou meu vestido importado..! E o meu amor nem veio me ver... --- choramingou ao ser arrastada para fora da construção, obviamente em direção a alguma limusine de milhões de dólares.

      Sorri aliviada ao fechar a fenda e o meu observatório pessoal atraz de mim e me voltar ao garoto paralisado e notando que eu ainda mantinha sua boca colada em minha mão esquerda. Abri um sorriso tímido e notei os olhares do mesmo ainda firmes sobre mim. Desviando-se sorrateiros de meus lábios e olhos em uma insinuação aberta de mais para não ser notada. Sentindo-me desnorteada em meio a tanta atenção, fui obrigada a mi afastar. As mãos firmes sobre ambos os joelhos e bochechas em chamas.

--- M-me desculpe por isso. --- Gaguejei tentando controlar minhas palavras e desviando o olhar para o vácuo --- Eu não queria ser pega com você. Ela infernizaria a minha vida. Ah.. sim iria ser um verdadeiro inferno na terra.

         Como se em transi interior, ele se aproximou de mim. Os olhos sempre em direção aos meus --- deslocando uma de suas mãos em meu ombro despido --- enviando impulsos nervosos sobre minha pele sensível.

          Voltei minha atenção quase que imediatamente ao seu olhar fixo e perguntei confusa.

--- O-o que está fazendo? 

--- Eu não sou o namorado dela... --- Respondeu com um sussurro tão e imensuravelmente atraente que senti o pequeno cômodo se espremer entre nós.

---Oh... Eu... Não sabia --- Respondi vidrada em seus lábios e em sua respiração firme e descompassada.

        Ele rio divertido, deslizando os dedos em meus cachos azulados e os pondo atrás de minha orelha.  Fitei os seus interessantes sapatos cintilantes para não encarar os seus olhos agora --- Interessada em saber como eu poderia escapar de uma armadilha provocante dessas. Se jogue, dizia meu coração.

--- Posso provar...

      Encarou-me em busca de uma resposta, os polegares deslizando-se sobre minhas têmporas e causando-me um misto de sensações diversas e confusas ao observa-lo tão de perto. Sendo logo atraída ante seus lábios entreabertos e próximos de tocar os meus --- se aproximando de forma lenta e tortuosa. Sua respiração fazendo cócegas em meu nariz e bochechas. Sentindo um ar gelado rondar o meu pescoço e arrepiar todos os pelos do meu corpo e deixando-me completamente sonolenta e viva  ao calor de seus lábios e olhar vibrante.

        Então, acordei de súbito --- De olhos bem abertos aos poucos centímetros que separavam nossas línguas e nossos corpos.

--- N-não! --- Respondi entre dentes, forçando-me a não dizer o contrário e afastando suas mãos quentes do meu rosto --- Minhas amigas estão comigo, então... É.. Sim é melhor eu voltar.

          Prossegui reabrindo a cortina de tecido para poder passar e me ver longe da perdição. O meu coração reclamando alto por ser ignorado por completo. Me perguntando o porque da minha idiotice e fraqueza diante um mundo novo e maravilhoso que o mascarado queria me proporcionar --- Sentindo um puxão que me fez sentar de bunda no chão.

--- Você veio com garotas? --- Perguntou curioso, os olhos brilhando esperançosos.

--- Sim. Embora, eu ainda ache que a Alya valha por dois garotos, claro, se não fosse aqueles dois --- Gesticulei em frente ao peito e enrubesci depressa com o seu riso “mas que merda..!” --- Eu tenho que ir! Tchau! E boa sorte!

        Escapuli depressa, antes que eu tivesse a oportunidade de dizer alguma bobagem --- escutando a minhas costas:

--- Guarde uma dança para mim!

 ***

         Assim que pude ouvir os burburinhos entusiásticos dos festeiros de plantão --- ainda mais intensos e barulhentos que antes, pude sentir com nitidez um vazio nunca antes mencionado e o frio repentino que deslizou sobre meus ombros me deixando um pouco desnorteada ali no meio das conversas e murmúrios entretidos. O que deabos eu tinha feito mesmo? Demorei um instante para constatar que eu tinha acabado de fugir de um cara lindo e muito mais do que interessante e bem no meio de um acontecimento legendário e emocionante. Ate por que eu nunca poderia imaginar que teria o meu primeiro beijo com um cara lindo. Sentindo uma insistente enxurrada de lamentações enfurecidas adentrarem em meus ouvidos e me chingarem de tudo quanto é nome. Mais que merda eu acabei de fazer?! que tipo de retardada deixava passar uma oportunidade dessas?

          Avistando a Alya sair da grande tenda no meio da festa, eu logo pude imaginar o que diria de mim agora --- abandonada por pura vontade e solitária em meio a vários casais beijoqueiros e pervertidos.

        Aproximei-me de seu semblante desnorteado para cutucar  suas costas --- recebendo um olhar nada contente.

--- Aleluia mulher! --- Resmungou acordada e apertando meus ombros --- Por onde andou? Te procurei umas belas putas horas pelo salão.

         Sorri me lembrando de um vestido estragado e por hora me mantendo distante das lamentações.

 --- Estava ocupada tentando me esconder da Sabrina

--- Da Sabrina?.. Por quê? --- Perguntou, com uma nota de ansiedade na voz.

--- Você não vai acreditar no que se passou aqui!

      Me afastei com a Alya para um lugar mais reservado. Não seria muito satisfatório se as pessoas ao redor descobrissem do meu suposto atentado terrorista ao vestido espalhafatoso da Chlóe e contei sobre o que tinha se passado. Tudo do inicio ao fim, não me esquecendo do garoto misterioso escondido em baixo da mesa e o modo em que havia me encarado.

      Alya terminava com a sua risada estrondosa, quando por fim se lembrava de observar os garotos ao redor com mais interesse e divertimento.

--- Cadê ele?

--- E eu sei lá... --- Segui o seu raio de visão em busca do cara de olhos verdes quando me convenci de quê não o veria. Por que um garoto tão lindo se interessaria por mim, bem no meio de várias beldades em vestidos caros e cabelos longos e brilhantes?  

         Apalpei o meu curto cabelo sem graça para perceber o olhar pensativo da minha melhor amiga.

--- Você não esta pensando no que eu acho que você está pensando, né?

--- Não sei no que você pensa que eu estou pensando.  Mas eu tenho certeza que ele não vai retornar!

--- Ai que merda você está pondo na cabeça Mari? --- Me puxou para um pequeno espelho redondo apoiado na parede. Que se encontrava a disposição de qualquer dama bem vestida para aquela noite e me pondo bem em sua frente --- Você é muito linda para não ser interessante --- Revirei os olhos quando a Alya prendia o meu rosto com ambas as mãos e me obrigava a observar o meu reflexo azul cintilante no espelho. Os olhos redondos e levemente puxados pela minha descendência asiática, meus lábios brilhantes por um glos labial e bochechas ainda rosadas pelo recente acontecimento embaixo da mesa.

      Sorri enquanto a Alya  decidia que era hora de retocar o batom.

--- Agora me diga; você viu o Fred?

--- Hã? Não. Por que...? --- Notei um pequeno e imperceptível enrijecer de ombros e fitei minha amiga com mais interesse e curiosidade. Voltando-me para o seu original perfil físico --- Hei, o que você fez com ele?

--- N-nada! --- Fitei-a autoritária. Faminta por mais respostas e Alya bufou frustrada --- O Drew... Aquele cara popular e lindo, muito lindo sabe? Aquele lá, você conhece ner? --- Balançou a cabeça, os olhos apertados em confusão interna. --- Ele me beijou e... Acontece que o Fred estava passando e..

--- O QUÊ?! --- O meu choque foi tanto que até algumas mulheres se viraram para enxergar o que estava acontecendo ali. Dei um leve aceno e arrastei a Alya para o banheiro feminino. --- Você endoidou? Por que não chutou as bolas do Drew! Quantas vezes eu tenho que dizer que ele é só um aventureiro?

--- Mari! --- Encarei seus olhos escuros seriamente e ela foi obrigada a aceitar a realidade, suspirando desiludida --- E como eu ia saber! Ate pouco tempo eu nem sabia que o Fred gostava de mim!

  

--- Vá lá, vá agora mesmo! --- empurrei-a ligeiramente até a porta esverdeada bem quando Alya decidia se agarrar a ela--- Vamos! Coragem. Você cagou com os sentimentos do Fred e agora vai salvar o couro dele.

--- Nem pensar! Ele vai me enxotar como a uma mosca insignificante.

          Soltei-a frustrada, dando um tempo para encenarmos uma conduta normal aos olhos das outras mulheres que adentravam no banheiro, nos encarando com superioridade e inteligência --- me aproximando ainda mais para perto do  semblante confuso e magoado da Alya.  Sussurrando amavelmente.

--- Você está por dentro da popularidade do Fred? Você sabia que ele está no Top 10 do ranking do melhor cara pra casar? --- Encostei-a na parede fria, acariciando seus ombros murchos e desanimados.

--- Eu sei... Ele é gentil, legal e acima de tudo ...

--- Gosta de você --- Completei amistosa, recebendo um olhar animado de retorno e sentindo que ela estava pronta para voar e porretear umas mocreias enxeridas. Obviamente, Alya não era do tipo que costumava ficar sendo amolada com incentivo era tinha coragem própria --- Tente não chutar os trazeiros das mocreias que estiverem perto dele, tá bom?

       Alya concluía de secar uma lágrima invisível, antes de me abraçar e sorrir divertida.

--- Eu não prometo nada. Mas.. Se elas implorarem quem sabe?

        Sorri vendo-a se afastar. Os garotos abrindo alas para que passasse e observando-a fascinados. Alya ignorando-os por completo e apenas fitando o seu original objetivo: encontrar Fred e prende-lo em um beco sem saída. Os olhos semicerrados a vasculhar a área de batalha. Ela sempre fora assim; uma amiga maravilhosa mas também uma guerreira de sangue quente que sempre me tirava de problemas e aquela  valentona disposta a entrar em brigas por minha causa. Nem o singelo e certinho Fred escapara de sua atração e brilho nos olhos e eu pensava se o garoto medroso se encontraria ainda sobre mim se encontrasse alguma segunda Alya na festa.

        Completamente desiludida de por algum milagre o encontrar, me afastei silenciosa. Os saltos começando a lastimar a minha panturrilha e a irritante queimação de viver nas pontinhas dos pés. Imaginando se a Alya ou as meninas se irritariam se abandona-se a festa, logo antes dos fogos de artificio desenharem os céus. Era óbvio que  eu terminaria a noite sozinha, apenas fazendo companhia para as estrelas e o pensamento não me era nem um pouco agradável. Eu já tinha estourado a cota de solidão ao bater e escorraçar os meus supostos pretendentes juvenis. Seja por tédio, ousadia ou acontecimentos extraordinários que nem eu saberia como explicar e não estava nem um pouco disposta a passar esses últimos segundos relembrando disso ao notar os vários casais a minha volta.

 --- Então, começou a sentir minha falta?!

        Virei de costas e observei passos apressados e olhos cintilantes me acompanharem em cada movimento e gesto que fazia. Os cabelos dourados agora mais claros sobre as luzes da festa e um sorriso que jamais poderia abandonar seu rosto --- não podendo deixar de sorrir também ao notar que sem nem ao menos perceber, eu havia retornado para a cena do crime de minutos atrás. A mesa larga e recheada como uma decoração cremosa de uma linda lembrança ao lado do meu corpo paralisado e sorriso estampado.

         Ele se aproximou entre uma corrida silenciosa os passos se tornando lentos e rítmicos até por fim se apossar de minhas mãos frias --- As acomodando como em um quebra cabeça perfeito e caloroso. Não me afastei dessa vez. Sua presença de certa forma me causava uma sensação de certeza e felicidade que ia muito além de sua aparência espetacular e conseguia me deixar viva apenas com o seu simples toque.

--- Sabe, embora eu tenha dito para guardar uma dança. Eu logo percebi que seria muito difícil encontrar você por aqui... --- Ele se interrompeu, os olhos fixos nos meus --- Seus olhos são tão lindos..

--- Boa tentativa --- Respondi rindo, notando o enlaço em nossas mãos e a ligação repentina, que parecia antiga e rotineira em nossos gestos. Muito difícil acreditar que éramos completos estranhos.

--- Oh, Desculpe. Mas eu não pretendo parar de tocar em você  --- Disse rindo e elevando minhas mãos unidas de encontro ao beijo doce de seus lábios e o olhar risonho que nunca abandonava os meus. Convencido de que não seria rejeitado esta noite.

--- E-está acostumado a tratar todas assim? --- Perguntei um pouco tensa. Os meus olhos migrando-se para os meus pés um pouco doloridos.

--- Não, só você --- Respondeu num sussurro viu tão baixo que fui obrigada a encarar o olhar fixo e determinado em seu rosto para ter certeza da veracidade de suas palavras --- Eu sei... É estranho e anormal --- rio --- Mas, eu tenho a sensação de que se não conhecer você hoje, agora. Eu não vou conseguir dormir hoje a noite.

      Examinei seu olhar sério para empacar qualquer comentário ou piadinha sem graça. Ele estava sendo completamente verdadeiro comigo e, consequentemente, eu não podia usar o meu caráter bem humorado para fugir de uma situação confusa dessas. Sorri um pouco sem jeito e apertei suas mãos sobre as minhas. Ciente que várias garotas o encaravam com cobiça e eu não estava tão ansiosa para largar o osso tão facilmente dessa vez. E ele respondeu ao meu olhar alto protetor, como um sim --- sorrindo de forma contemplativa e sugestiva.

        Sorri abertamente.

--- Não vai me chamar para dançar?--- Sugeri respondendo outra pergunta silenciosa feita em seus olhos e observando um sorriso animado deslizar em sua boca. Sentindo suas mãos ainda mais firmes e confiantes sobre as minhas e deixando-me ser guiada até o pequeno espaço dourado do qual tocava uma musica sonolenta. Observando o Dj sair do salão escuro e faiscante para tomar um ar e seus seguidores entusiásticos se dispersarem --- se jogando com alegria a nova musica lenta que tocava no agora.

         Observei a todos em volta como em uma alternativa de imitar algum passe de dança digno de aplausos. Eu nunca nem sequer uma vez na vida me cerquei em uma dança tão lenta e apaixonante tendo a poucos centímetros do corpo; um garoto confiante e completamente lindo que conseguia cobrir meu raio de visão apenas com o seu porte atlético e ombros largos.

--- Hei --- Rio ao notar o meu olhar distante --- Terra chamando?

          Voltei minha atenção em direção ao seu sorriso divertido e sentindo meus ombros enrijecerem ao notar seus olhares felinos e observadores sobre mim. Era muito fácil me sentir desiquilibrada sobre seus olhares sempre englobando os meus.

--- Oi --- Sorri sem jeito --- Eu não sou nem um pouco boa nisso.

--- Ah, eu também não sou nenhum profissional, então, vamos apenas apostar quem pisa no pé de quem primeiro e  ... Quem sabe prometer um novo reencontro para o vencedor?

      Surpresa inundou meus sentidos. Por que ele gostaria de me ver depois da festa? E essa foi a pergunta que gerou varias outras. Então, antes que eu saísse correndo me obriguei a relaxar e assentir com as bochechas em chamas --- deixando que suas mãos passeassem em direção a minha cintura e deslizassem de meu braço e cotovelos em direção ao meu pulso. Sentindo meu corpo responder com um solavanco para frente --- colando meu corpo no dele e encarando o sorriso despretensioso que se formou em seu rosto ao observar minha espressão em baixo --- Inclinado para poder englobar o meu semblante boquiaberto e confuso de camarote.

      Nunca tive muita interação física com garotos, embora muitas vezes tenha brincado de socar o Fred ou o Gustav na escola. Coisa que não podia nem chegar perto do tipo de sentimentos conflitantes que circulavam os meus pensamentos agora. Estaria apaixonada por um cara que acabava de conhecer? Ou seria um simples sentimento repentino que no dia seguinte iria desaparecer e eu nem sequer lembraria dos lábios que sorriam para mim agora, ou então o olhar que nunca escolheria abandonar os meus?.

        Bem, de todo jeito, eu so me deixei ser guiada pela correnteza --- deixando sua atração magnética me arrastar de encontro ao seu olhar vibrante e lábios entreabertos, acompanhando o movimento rítmico da musica e sentindo um ligeiro puxão invisível para traz que me desestabilizou da mágia e me levou a me apoiar em um archote misterioso que se materializou em minhas mãos e que por conseguinte caio em um baque surdo no chão e segui-o em chamas ligeiras que conseguiram em uma velocidade surpreendente que concluía de botar o salão em alerta.


Notas Finais


Filozofeichon of life xD
O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer...
Ah.. o amour..
Sério gentii eu não sou muito boa com romance sempre fico meio sem jeito e imaginando se está meloso, espôntaneo demais e etc... É meio brochante e tals MAS! Como diz o niandertal do meu irmão “O brasileiro nunca desiste!!” prometo melhorar com os enrolos futuros!

Tem imagem nos bastidores depois eu posto!


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