''O que eu gostaria de fazer?
O que é um dia normal para mim?
Para mim, as respostas são difíceis
Porque minha resposta é você"
- Certo, me fala de uma vez.-A voz da jovem de 22 anos saiu com desdém olhando para o corretor de imóveis,que suava em nervosismo.-Por que tão barato? O que houve aqui?-Ela deu uma passo para mais dentro da sala, o som do eco dos sapatos no piso de madeira era de certa forma, reconfortante.
-Eu não deveria contar..Mas me sentiria mal se descobrisse de outra forma.-O homem de meia idade suspirou pesado.-Esta casa é bem antiga,como já sabe...Aish, certo,certo,sem enrolar...-Ele afrouxou a tosca gravata roxa sob o olhar curioso da moça.-Esta casa,primeiramente, pertenceu ao aspirante estilista...-Ele fez uma pausa remexendo nos papéis.-...Jung Leo! E aqui foi uma cena de terror perturbadora. Dizem que ele, com menos de trinta anos, enlouqueceu de amores por uma mulher casada e,no dia do casamento dela, ele a matou em seguida se matou. Aqui. Nesta casa.
Assim que o homem acabou sua narrativa, uma das janelas fora aberta de forma barulhenta com uma forte lufada de vento agitando os cabelos de MinHee. O vento parecia furioso e frio, como se repudiasse aquela história. Poderia ser apenas a imaginação perturbada da moça afetada pelo fato descrito, mas ela ouviu um baixo sussurro. Um sussurro tão melancólico e sofrido que lhe fez o coração apertar.
''Mentira''.
- Eu entendo que não queria ficar com a casa, Lee-ssi, muitos antes de você não a quiseram, alguns falaram que já viram o espírito revoltado do, que Deus o tenha, Leo tocando ao piano e...
- Eu quero.
- Como disse,senhorita?
- Eu quero a casa e tudo o que vier com ela. -Falou alto e se tivesse algo a mais ali, a tinha escutado.
E como a tinha.
Ali, do alto da escada com um pequeno sorriso de satisfação que não lhe aparecia no rosto há anos, se formou nos lábios do falecido enquanto encarava a jovem bonita.
Ele não estaria mais tão sozinho afinal.
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