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História Blue Blood - I


Escrita por: sweetdisasters

Notas do Autor


Trailer da fanfic nas notas finais xxx

Capítulo 1 - I


Tentava cada vez mais apressar meus passos. Não queria correr e chamar atenção, mas também não queria ser devagar demais e correr o risco dele me alcançar. Tarde demais. Ouvi meu nome sendo gritado. Cada vez mais próximo. Se ele chegasse mais perto de mim eu juro que explodiria.

— Lydia! – meu braço foi puxado. Olhei para ele por um segundo, depois virei a cara e puxei meu braço de volta. Continuei a andar. Ele acompanhou. – Por favor, me escuta.

— Eu não quero falar com você.

— Eu não estou pedindo pra você falar comigo, Lydia. Só quero que você me escute.

— Já escutei. Minha resposta é não. Vá embora.

— Não.

— Stiles – parei de andar e ele também pausou para me ouvir –, eu não estou interessada. Tenho certeza que você tem muitas outras garotas para oferecer isso. Eu não quero.

Sua feição parecia desapontada, mas acho que ele finalmente aceitou minha resposta. Satisfeita, segui meu caminho.

— Você é a única.

Parei de andar. Pensei em algo para responder, mas não consegui pensar em nada. Lydia Martin sem uma resposta, isso é algo novo. Fechei meus olhos e respirei fundo, novamente o ignorando.

Eu poderia voltar e aceitar sua proposta. Eu poderia voltar e negar novamente. Eu poderia voltar e... apenas o encarar por mais alguns minutos, mas não podia. Havia uma parte em mim que implorava para que não confiasse nele, então não o fiz.

 

 

1 DIA ATRÁS

— Mãe? – gritei pela décima vez. – Pai?

Nenhuma resposta. Eu havia os procurado por toda casa, mas nenhum estava lá. Comecei a ligar pro celular dos dois. Nada. Meu coração começava a falhar.

Era domingo de manhã, e durante toda a minha vida meus domingos eram: acordar e descer pra tomar café com meus pais (nosso clássico era panqueca com amora). Isso nunca mudou. Nem mesmo quando a Tia Laurel faleceu. Os cafés da manhã dos Martin

são uma tradição única e especial, nunca devem ser esquecidos. O que poderia ter acontecido que os fizesse esquecer?

Duas horas se passaram. Nada. Eu já teria entrado em desespero se não fosse a pequena Nina me fazendo companhia. A peguei no colo e comecei a acariciar seu pelo macio. Passei a olhar para a janela e pensar. Pensei nas coisas terríveis que poderiam ter acontecido com eles, no Sheriff Stilinski batendo em minha porta com a péssima notícia, a imagem dos corpos que deveria identificar e que nunca sairá de minha cabeça.

Uma lágrima descia pelo meu rosto. A enxuguei e balancei a cabeça, libertando-me de todo e qualquer pensamento negativo.

Me levantei e pensei em pegar meu carro, passar nos lugares que eles poderiam estar e começar a procurar pela cidade. Mas as chances de achá-los assim seriam mínimas e, sem contar, isso seria imprudente.

Pensei em ligar a televisão, ver se havia alguma notícia deles. Ao fazer isso, escutei um estrondo vindo da garagem. Nina correu até meus pés imediatamente. Meu coração parou, meu corpo estava gelado, eu estava morrendo de medo.

Devagar, caminhei até a garagem. Liguei a luz. Bum! Não tinha nada ali, exceto por uma brecha na portão. Controlei minha respiração, que antes estava irregular, e cliquei no botão para fechá-lo, mas por algum motivo ele abriu.

A claridade incendiou o lugar, junto com o frio. Estava prestes a apertar o botão novamente, mas algo chamou minha atenção. O portão estava aberto. Dessa vez não o da garagem, mas sim o que ficava por trás da minha casa.

Enfrentando o frio, fui até lá. Quanto mais eu andava mais sentia uma parte minha congelar. Eu estava usando um pequeno vestido com listras roxas e pretas, coberto por um fino casaco cinza. Meu pés estavam nus e isso causava um choque em mim cada vez que eles encontravam o chão gelado.

Observei atentamente tudo que estava fora da minha casa. Não tinha nada ali, além de uma vasta floresta. Me encostei no portão e esperei. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas sentia que era onde eu devia estar. Com meus pensamentos nas nuvens, ouvi algo novamente, um som conhecido. Eram meus pais. O carro deles estava perto.

Os dois desceram do carro e por um minuto senti um alívio que nunca havia sentido antes. Corri para abraçá-los. Ambos ficaram surpresos por me ver ali.

— Lydia, o que você está fazendo aqui fora, vestida assim, nesse frio? – minha mãe perguntou. Não consegui responder. – Ah, meu doce... desculpe por sair sem avisar. Vem, vamos entrar. Precisamos conversar.

 

***

 

— Allison, eu sinto tanto. – falei, enquanto minha melhor amiga chorava em meus braços.

Meus pais me explicaram o motivo de terem saído sem me avisar. A delegacia os convocou para um questionamento. Assassinato. Eles não eram considerados suspeitos, mas eram meus pais e eu era a melhor amiga da filha da vítima. Bom, Beacon Hills é uma cidade pequena.

A mãe de Allison fora encontrada morta em sua cama. Um tiro. Ainda não se sabe como ninguém ouviu, principalmente seu marido que estava deitado ao seu lado. Não posso imaginar o quanto deve estar sendo difícil pra Alli, elas eram muito apegadas.

— Me distraia – ela disse, enxugando as lágrimas de seu rosto e me olhando com um pequeno sorriso em seus lábios.

— Hm ok. Aparentemente eu tenho um stalker.

Ela riu. Era bom ouvir seu riso.

— O quê?

— Sério. Ele já me ligou umas quinhentas vezes pedindo pra namorar comigo, só hoje. Eu também acho que ele estava me espionando hoje de manhã. Sem contar que ele diz ser da nossa turma de biologia, mas eu nunca o vi por lá. Eu conheço todo mundo.

— Lydia, você não repara em ninguém. Qual o nome dele?

— Stiles. Não perguntei o sobrenome, também não quero saber – disse, enquanto procurava a mensagem que ele me enviou poucas horas antes.

— Stilinski.

Olhei pra ela com uma cara de dúvida, e ela continuou:

— O sobrenome dele. Estuda com a gente há mais de três anos. Filho do xerife. Não tem muitos amigos, mas parece ser bem legal e divertido. Já fiz várias duplas com ele. Acho que somos meio-amigos.

— Ele é bonito?

— Então você está interessada.

— Não! Eu apenas nunca vi o sujeito e queria saber.

Ela deu outra risada, que logo foi abafada. Pela sua feição sei que havia lembrado do que tinha acontecido. Em outro dia qualquer eu provavelmente a pressionaria pra me contar tudo que sabe sobre esse garoto. Mas não hoje. Hoje eu não podia.

Em outro dia qualquer.

 

***

 

STILES

11:19 PM

— Lydia.

— Stiles.

— Minha resposta?

— Já disse. Não.

— Por favor.

Era a quinta vez que ele repetia isso. Por favor. E o pior é que eu estava pensando a respeito. Eu realmente considerei aceitar. Mais de uma vez. Isso é loucura.

STILES

11:42 PM

— Só pra avisar: essa é a última mensagem que eu vou te mandar. Minha resposta continua sendo não. Eu não vou aceitar um pedido falso de namoro. Você quer uma namorada de mentira, diz que é urgente, mas nem me explica o motivo. Eu não te conheço. Eu não quero te conhecer.

Atenciosamente, Lydia. 

XXX

STILES

03:01 AM

— Lydia. Estava até agora pensando em uma maneira de te responder. Infelizmente, você está certa. Eu não posso te dar um motivo, mas eu garanto que não é nenhuma aposta estúpida ou nada do tipo. Eu preciso disso. Eu poderia pedir para qualquer outra pessoa, mas eu necessito que seja você. Você é a pessoa mais... espetacular que eu conheço. E eu sei que isso é algo estranho de se dizer, levando em conta que a gente nem se conhece de verdade. Mas eu sempre te admirei. Você é linda, inteligente, atenciosa, dedicada, contagiante... Lydia. Você é... única. Eu entendo se não quiser aceitar, mas eu te peço: por favor. Por favor.

Stiles 


Notas Finais




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