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História Blue Dream - Quebra Cabeça


Escrita por: yunab

Notas do Autor


Mdss gente, seria um milagre dois capítulos quase seguidos?!

Capítulo 41 - Quebra Cabeça


Fanfic / Fanfiction Blue Dream - Quebra Cabeça

(POV RITA)

Os poucos dias que eu, Kyle e mais alguns amigos tivemos para preparar alguma coisa descente para o aniversário da Cara passaram muito rápido e foram estressantes. Ainda assim, nos dias em que a gente se viu ela foi paciente e amorosa comigo, amo o fato de que ela sempre arranja um motivo para me fazer sorrir quando eu estou brava.

Enfim conseguimos terminar de ajeitar tudo, vai ser uma festa simples, uma coisa mais intima porque eu sinto que a aniversariante está exausta e é orgulhosa demais para admitir isso e também porque eu deixei tudo para última hora. Por sorte Kyle conseguiu descolar uma espécie de clube, que é enorme com direito a piscina, sala de jogos com video game e uma televisão enorme que eu suponho que Cara vai amar e também uma pista de dança que nós improvisamos. Encomendamos comida e muita bebida, a fantasia da aniversariante já chegou e eu vou até a casa dela entregar.

(...)

(POV CARA)

Eu odeio admitir mas eu estou morrendo de curiosidade sobre a tal festa e torcendo pra que não seja algo do tipo 'O Evento do Ano' porque eu me sinto cansada, estou precisando tirar férias de um século no mínimo e se for junto com a Rita melhor ainda.

— Cara não aguento mais esse monte de coisa que não para de chegar. O que é isso hein?  – gritou minha mãe com um buquê de flores e uma caixa pequena vermelha

— Ah, isso é coisa da Rita.  – abri um sorriso verificando o cartão para ver se eram realmente dela — Ela disse que ia ser extremamente brega no meu aniversário, eu pensei que ela estivesse brincando.

— Esse deve ser o terceiro buquê de flores que ela envia hoje. Já dá pra montar um jardim minha filha. – brincou

— E uma loja de bombons com o tanto de caixas que ela mandou. – mantive o sorriso bobo nos lábios enquanto abria a caixinha vermelha — Nossa mãe! Ela mandou bombons com o formato de bacon, uau eu amo essa garota.

— Ela realmente sabe o que tá fazendo. – soltou uma gargalhada, eu ri junto

Aproveitei para ir tomar um banho enquanto minha mãe ficou se deliciando com os chocolates e assistindo televisão. Já havia escurecido e eu não tinha nenhuma noção do que vestir para a festa. Vesti o roupão de banho e saí para procurar alguma coisa descente para colocar, não sei se foi loucura minha, mas ouvi a voz de Rita muito suave lá embaixo e num reflexo gritei da porta do quarto;

— Amor?

Ninguém respondeu, porém tinha alguma coisa rolando lá pela cozinha, alguém estava conversando, eu não liguei muito voltei a procurar algo para vestir. E então eu comecei a sentir o perfume gostoso da Rita por tudo. Não é possível!

— Cara? – ouvi uma voz quase rouca me chamar, eu me arrepiei

— Sabia que eu tinha escutado a sua voz. – me virei — Pensei que eu estava ficando louca.

— Eu... Feliz aniversário. – me deu um selinho — Eu queria ser a primeira a te dar os parabéns... – beijou minha bochecha esquerda — Mas você sabe, foi uma correria. – mordeu de leve a minha bochecha direita

— Não tem problema, você foi a primeira a me mandar mensagem. – comecei a rir

— Tem problema sim! – me olhou nos olhos — Eu fui um pé no saco a semana inteira.

— Não foi não. – a apertei em um abraço

Rita ficou abraçada em mim, me olhando por longos segundos sem dizer nada.

— O foi amor? Eu nunca sei o que fazer quando você me olha desse jeito.

— Os teus olhos, eu amo eles.

— Só eles?

— Não, esse narizinho levemente empinado, é sexy. E a sua boca! Nossa o teu beijo...

Interrompi Rita com um beijo, quase igual aqueles de cinema e a forma como eu puxei ela quase fez com que nós duas caíssemos no chão. Seria uma queda feia, nós duas caímos na gargalhada no meio do beijo.

— Ok amor você quase quebrou a minha coluna agora. – Rita brincou

— A gente tem que treinar isso.

— É uma boa ideia. Mas já que a gente conseguiu quebrar o clima, eu trouxe a sua roupa.

— Nossa eu estava enlouquecendo atrás de algo pra vestir. – peguei a sacola que tinha caído no chão

— Eu imaginei você nessa roupa umas mil vezes já.

— Uau! Uma fantasia de leoa? Espera ai, é bem curta não é mesmo?

— Exatamente! Coloca logo, vai.

(POV RITA)

Cara se livrou de seu roupão revelando um corpo totalmente nu, me senti um pouco tímida quando ela me pegou a olhando de cima a baixo. Vestiu a fantasia (que era uma espécie de mini vestido um pouco rodado) o mais devagar possível, ela estava me provocando e adorando a minha cara de quase hipnotizada. Vai ter volta.

— Me ajuda a fechar esse zíper aqui?

— Claro. – eu quase sussurrei — Você nem imagina o quanto de coisa indecente que eu estou pensado agora. – confessei

— Pensei que a pervertida aqui fosse só eu. – ficou de frente pra mim assim que terminei de fechar o zíper — Eu vou precisar de uma calcinha.

— Com certeza você vai precisar de uma calcinha, não quero ninguém de olho em certas coisas. Eu vou colocar a minha fantasia antes que eu comece a tirar a sua. – comecei a tirar minha blusa — Não ia prestar.

— Você vai ficar pelada aqui na minha frente com a porta aberta e eu não vou poder fazer nada? É isso?

— Pode olhar se quiser. – dei de ombros enquanto tirava a calça

— Isso é maldade. – Cara resolveu sentar-se na cama, ainda sem tirar os olhos de mim

Então eu tirei a fantasia da sacola, uma espécie de macacão longo, preto de couro ou algo parecido, era simplesmente a coisa mais apertada que eu já usei na vida. Fantasia da Mulher Gato, com direito a máscara e chicote. Vesti o mais devagar possível sob os olhos de Cara, ela quase me comeu com os olhos. Quando eu pedi para ela fechar meu zíper também, ela se jogou na cama com as mãos no rosto.

— Isso é tortura Rita, você não sabe brincar.

— O que eu fiz?

— Você tá gostosa pra caralho e vai me fazer esperar a noite toda pra poder abrir esse zíper de novo. – Cara resolveu me ajudar

— É isso mesmo! Agora vamos, termina de se arrumar e coloca uma calcinha por favor.

(...)

(Na festa)

Quando chegamos a festa as luzes e pessoas foram direto para Cara e não é para menos, ela estava deslumbrante em sua fantasia de leoa sexy. Foram mais pessoas do que eu esperava, Kyle estava certo, Cara é amiga de todo mundo. Estavam todos quase irreconhecíveis, o som alto rolando e a bebida também. Cara estava rodeada de pessoas e ainda assim continuou segurando minha mão, sussurrei em seu ouvido que estava tudo bem e que ela podia ir se divertir a vontade, ela hesitou um pouco mas soltou a minha mão e foi carregada por suas amigas sabe-se lá para onde. Passou o garçom com uma bandeja de bebida, quase me joguei na frente do coitado peguei uma taça. Kyle me encontrou em seguida.

 — Nossa até que enfim te encontrei! Cadê a Cara?

— Eu não sei, umas amigas dela puxaram ela pra algum lugar.

— Não tem problema a gente encontra ela. Uau! Você tá bem gostosa com essa roupa hein. – Kyle segurou minha mão fazendo eu dar uma voltinha — Meu Deus você tá ouvindo isso? É Beyoncé! Crazy in Love, a gente precisa dar nosso showzinho.

Kyle não me deixou responder obvio, me puxou com tudo para a pista de dança, empolgada entrei no clima da música, quando dei por já estávamos fazendo a coreografia. Um roda se formou ao nosso redor quando a música acabou e eu pude ver Cara me olhando com um sorriso nos lábios, me senti um pouco constrangida quando percebi que metade da festa parou para nos ver dançar, sai de fininho em direção a Cara quando outra música começou a tocar.

— Você foi incrível amor. – me entrou uma taça de champanhe — E eu tenho que te dizer que eu estou adorando essa festa aqui, aquela sala do jogos, eu poderia ficar lá por meses.

— Você viu o karaokê?

— Tá brincando! Tem?

— Tem, vem cá!

Levei Cara até o Karaokê, seus olhinhos brilhavam e quem conhece bem minha namorada sabe que ela ama e sempre dá um show nos karaokês dá vida. Então simplesmente sentei e deixei ela se divertir. O problema foi que ela ficou lá com aquelas amiguinhas dela por quase meia hora e eu fiquei esse tempo todo sentada enchendo o corpo de álcool, o que não é uma coisa muito inteligente de se fazer no aniversário da própria namorada.

— Rita você vai ficar sentada ai o resto da noite?  – Poppy surgiu não sei de onde

— Hey Poppy, eu estou vendo a Cara se divertir.

— Mas você pode se divertir com ela também.

— É, até poderia se aquela vadia desgrudasse da minha namorada pelo menos um pouco.

— Quem?

— Aquela ali.  – apontei

— Ah sim, elas são amigas de infância e faz tempo que não se encontram. E a Cara tá bêbada já.

— Eu também estou um pouquinho bêbada.

Um "pouquinho" bêbada era modéstia da minha parte, eu praticamente já estava enxergando duas Poppy na minha frente.

— O que eu quero dizer é que a Cara tá bêbada e se você não for tirar ela de lá, ela fica até o outro dia.

— Sério?

— Pode apostar que sim! Eu amo a minha irmãzinha mas acho que ninguém aguenta mais ela cantando. – Poppy começou a rir tomando um gole da minha bebia

— Eu vou fazer esse favor pra você Poppy.

Levantei me sentindo um pouco mais confiante do que o normal, tinham umas cinco pessoas no pequeno palco improvisado. Eu subi em direção a Cara, ficando entre ela e a amiguinha de infância.

— Vocês se importam se eu roubar a minha namorada um pouquinho? – disse em alto e bom som, todos balançaram a cabeça

Pensei que a Cara fosse me odiar por isso, mas o que ela fez foi me abraçar e plantar um selinho em meus lábios. Poppy pareceu se divertir com a cena, eu e Cara estávamos realmente embriagadas.

— Eu pensei que você subir e cantar comigo. Ou melhor, cantar pra mim.

— Não deu, você estava um pouco ocupada cantando pra sua amiguinha de infância.

— Por que tá falando isso? – parou de andar e soltou minhas mãos — Você acha que eu...

— Eu não acho nada! – evitei olha-la nos olhos — Eu vou fazer xixi.

Cara me seguiu em silêncio até o banheiro. Eu comecei a tentar tirar a maldita roupa, mas parecia absolutamente impossível tirar aquela porra sozinha, ainda mais no estado em que eu estava. Cara riu baixinho;

— Você quer ajuda?

— Não precisa, eu estou legal!

Ela ficou em silêncio novamente e eu voltei as tentativas inúteis, até que sentei no chão do banheiro sentindo uma enorme vontade de chorar, o álcool dando o ar da graça novamente.

— Ah meu Deus o que houve?

— Eu não sei, eu estou bêbada e morrendo de calor com essa merda de fantasia, quase fazendo xixi nas calças e com ciúmes de você. – fiz cara de choro — Era pra você tá lá se divertindo mas tá aqui.

— Mas eu estou me divertindo, você fica linda bêbada e com ciúmes amor. – sorriu gentilmente, parecia sóbria — Vamos lá mulher gato, eu te ajudo com esse zíper.

— Não sei como alguém consegue ser feliz usando essa roupa. – comecei a rir

Cara me ajudou e enfim pude fazer xixi, depois de lavar as mãos e fechar a roupa novamente, estava pronta para voltar a festa quando ela colou seu corpo no meu, quando Cara me beijou eu pude ver o quando de saudade que eu senti dela, ficamos várias minutos dando belos amasso quando ouvimos vozes e passos bem próximos, Cara gritou um pouco irritada.

— Mas que merda! Será que nem transar em paz com a minha namorada eu posso?

Soltei uma gargalhada quando ouvi as meninas saírem correndo, ela riu junto.

— Você é terrível Cara.

— É o meu aniversário e tem vários banheiros espalhados por aí.

— Já que o clima já era, vamos lá socializar com os seus convidados amor.

— Tudo bem, é segunda vez que o clima foi quebrado! Mas a terceira vez você não escapa.

(...)

A festa seguiu animada, a maioria dos amigos de Cara também são meus, Jourdan e Elena apareceram mais perto do final e tudo ficou ainda melhor, dançamos, cantamos e bebemos até não aguentar mais. Quando todos já haviam ido embora e o relógio marcava quase três horas da madrugada, Cara me fez um convite inusitado; dar um mergulho na piscina. Sabia exatamente no que isso ia dar, aceitei. Ela me mostrou biquínis, não sei como conseguiu, mas achei ótimo poder me livrar da maldita roupa de couro. Após vários mergulhos e brincadeiras nós começamos a nos beijar com intensidade, a água que estava bastante fria pareceu ter esquentado, as mãos sempre sorrateiras de Cara deslizavam pelo meu corpo como se estivessem explorando um território novo, ela parecia não se importar com nada mais, quando resolveu afundar sua cabeça na água indo de encontro as minha partes intimas, a sensação de Cara em mim mais o movimento da água que ia e voltava me fez enlouquecer por alguns minutos, parece que eu tinha ido à Lua e voltado. Cara surgiu a superfície com um sorriso diabólico nos lábios, e por Deus não sei onde ela conseguiu arranjar tanto fôlego, porque logo estávamos em mais uma seção de beijos e amassos, e assim seguiu até que estivéssemos completamente exaustas.

(POV CARA)

— Eu disse que na terceira vez você não escapava.

— Que espécie de deusa do amor é você? – Rita perguntou enquanto se enrolava em um roupão de banho

— Uma irmã perdida da Afrodite, eu esqueci de te contar.

— Isso explica bastante coisa, então eu estou encantada por você?

— É mais ou menos isso, eu sou irresistível. – brinquei — Já que a gente tá aqui nessa sala de jogos... Vamos jogar video game?

— Você não cansa? – Rita sentou em meu colo — Tenho um presente pra você.

— Pensei que aquele verdadeiro jardim de flores mais a loja de chocolate fosse o meu presente. – fui irônica

— Não! Aquilo foi só 'a entrada'. – ela sorriu sempre adorável — É bem simples. – Rita puxou uma caixinha que estava escondida entre as almofadas do pequeno sofá

— Ah não! Será que é o que eu estou pensando? – arregalei os olhos

— Abre!

— Alianças! Eu não sei como agir, são lindas!

— Como você me pediu em namoro duas vezes, nada mais justo do que eu pelo menos comprar as alianças. – bochechas levemente rosadas — Elas tem esse formato de quebra-cabeça desenhado porque elas se encaixam. Ok! isso vai ser brega. – fez uma pausa — Se encaixam por que você era a peça que faltava no meu quebra-cabeça.

— Puta merda! Essa é a coisa mais linda que alguém já me disse, esse é o presente mais lindo. Me dá o seu dedo. – coloquei a aliança com delicadeza no dedo de Rita, coração disparado — Meu quebra cabeça nunca vai ficar completo sem você.

— Argh! Essas coisas clichês vão me fazer chorar. – ela disse enquanto colocava a aliança em meu dedo — Minha pecinha fundamental.

— Eu preciso postar isso no instagram!

— Você tá falando sério Cara?

— Muito sério.

— Todos vão saber, você tem certeza que quer isso?

— Você não quer amor?

— Eu sempre quis. – me deu um beijo no canto da boca

— O único motivo de eu não ter gritado pro mundo sobre nós é porque eu queria nos proteger. Só que agora é diferente. É como se eu precisasse gritar pro mundo o quão incrível você é.

Rita permaneceu sem palavras, então enfim consegui achar meu celular e bater a foto das nossas mãos com as alianças. Em seguida postei com a legenda;

"Quando tudo começa a se encaixar, quando você encontra a peça que faltava no seu quebra-cabeças, quando você pode sorrir de verdade, aí você deve comemorar. Isso não é uma presente de aniversário, é um presente da vida. Rita I love u."

 


Notas Finais


É meu povo, parece que essa festa rendeu, adoro KKK

Só uma coisinha, vocês ja viram Rita Ora vestida de mulher gato? Se não, façam o favor de ver!
http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2014/03/29/article-0-1CA8963900000578-914_634x969.jpg

É aquela coisa, não desiste não <3


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